BRASIL JAPÃO |
JOÃO CRUZUÉ
O cristianismo chegou ao Japão em 1542, impulsionado pelo vento nas caravelas portuguesas. Comerciantes e jesuítas aportaram na Ilha de Kyushu, levando duas coisas bem diferentes: armas de fogo e a religião cristã. Até o final do século, o sucesso do cristianismo também foi sua desgraça. A desconfiança cedeu lugar à perseguição, banimento e massacre. Na metade do século XVII o cristianismo foi considerado extinto no Japão. Venha conhecer os detalhes desta história.
O Shogum, (sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à pólvora, eles concluíram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.
Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas ao shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas.
Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô.
Por volta do fim do século XVI, uma ideia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuítas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.
Por isso, em 1587, o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.
Depois dele outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.
Em 1853, o Japão saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.
A Restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal, para se tornar uma potência mundial décadas mais tarde.
Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a Capital imperial, para o Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa.
O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.
A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas. Os cristãos representam apenas de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões de pessoas.
Os símbolos cristãos têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.
Por outro lado há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. Eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final do culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico.
FONTE: DIVERSAS NA INTERNET
O cristianismo chegou ao Japão em 1542, impulsionado pelo vento nas caravelas portuguesas. Comerciantes e jesuítas aportaram na Ilha de Kyushu, levando duas coisas bem diferentes: armas de fogo e a religião cristã.
O Shogum, (sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à pólvora, eles concluíram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.
Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas ao shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas.
Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô.
Por volta do fim do século XVI, uma ideia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuítas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Já não eram mais vistos com bons olhos.
Por isso, em 1587, o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki.
Depois dele outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram o exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, da família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. No ano seguinte - 1638 - o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão.
Em 1853, o Japão saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.
A Restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal, para se tornar uma potência mundial décadas mais tarde.
Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a Capital imperial, para o Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa.
O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.
A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas. Os cristãos representam apenas de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões de pessoas.
Os símbolos cristãos têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.
Por outro lado há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. Eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final do culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico.
FONTE: DIVERSAS NA INTERNET
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