sábado, dezembro 31, 2011

Leia a Bíblia com a família

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BUSQUE A PRESENÇA DE DEUS

NA SUA CASA



.João Cruzué

A Bíblia Sagrada é a palavra de Deus. O manual completo para os que têm sede das coisas de Deus. Há algo mais na leitura deste livro que você precisa saber, aproveitando esta data importante: Dia 31 de dezembro de 2011.

Se você toma em suas mãos uma Bíblia como se fosse um livro comum, sem nenhuma perspectiva, a não ser de desprezo, ela continuará sendo nada para você. Há tantos relatos de jovens usando suas folhas para enrolar maconha ou aspirar cocaína.

Mas se você está em busca de Deus. Em busca de melhores dias para sua vida. A Bíblia é o livro certo para você. É preciso interesse, respeito, humildade, para conseguir ir além da leitura.

A presença de Deus, o favor de Deus, uma vida com propósitos diante de Deus, uma vida de profundas realizações, pode, sim, serem conseguidos pela leitura do conteúdo da Bíblia Sagrada.

Não desejo ir além da simplicidade com este texto. Para andar com Deus é preciso ter: Interesse verdadeiro, uma vida disciplinada de oração e leitura constante da Bíblia.

Se você tem tempo para muitas coisas, TV, Jogos Eletrônicos, Internet, outras atividades, mas não tem tempo para empreender uma leitura sistemática (planejada) da Palavra de Deus, você estará decidindo o seguinte: Não tenho interesse em ficar na presença de Deus.

Quando você separa um tempo especial, tanto para orar, quanto para fazer sua leitura diária da Bíblia, você estará providenciando tempo para passar na presença de Deus.

E este tempo dedicado naturalmente, mas diário e sem exageros, é muito precioso. Posso dizer que toda vez que fizer isto, a presença de Deus tomará conta da sua vida, do seu futuro e diante dela, você poderá alçar voos de alturas nunca imaginadas.

Um cuidado especial: O exagero no fazer estas coisas tem o mesmo efeito do descaso. É preciso ter um espírito de moderação. Devagar, firme e sempre.

Minha simples sugestão para 2012: Pelo menos uma vez por semana, reúna sua família para fazer uma leitura conjunta da Palavra Deus e logo após uma oração. Busque a presença de Deus na sua casa através do hábito da leitura da palavra de Deus.

Leitura, oração e obediência. Isso é bom e agradável diante dos olhos do Senhor.







quinta-feira, dezembro 29, 2011

Como descobrir seu talento

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.João Cruzué

"Nenhum homem é uma ilha isolada; cada home é uma partícula de um continente, uma parte da terra..." Quem disse isto, foi o poeta inglês John Donne (1572-1631). Mas foi o apóstolo Paulo que deixou escrito estas palavras: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus", em Romanos 12:2.

Deus é o Criador. Ele deu propósito a tudo e a todos. Minha vida tem um propósito. Você foi criado para um propósito especial. Hoje somos 6,5 bilhões de seres humanos, cada um tem pelo menos um talento especial, que se descoberto e trabalhado, contribui para fazer deste mundo um lugar melhor para se viver.

Vou deixar alguns exemplos.

Este ano, faleceu de câncer o mago dos computadores. Seu nome, Steve Jobs. Seu pai biológico era filho de uma família abastada, possuidora de poços de petróleo, empresas e propriedades agrícolas. Sua mãe era de uma família de alemães ricos. Os dois se conheceram na Universidade de Wisconsin e se enamoraram. Ela engravidou. E para não expor a família, de forte tradição católica, foi para São Francisco, onde teve um bebê e o deram para adoção. E nunca mais olharam para trás. Impuseram apenas uma condição: Que os pais adotivos tivessem recursos o suficiente para colocar a criança em uma universidade. Paul Reinholds Jobs, um mecânico de automóveis e Clara Hagopian, Jobs, filha de imigrantes armênios foram os verdadeiros pais de Steve, o jovem que veio a ser o mentor e responsável direto pela construção e crescimento da empresa da Apple - a empresa mais valiosa do mundo. Ela vale tanto quanto os 32 maiores Bancos da União Europeia juntos: 340 bilhões de dólares. Steve Jobs nasceu enjeitado.

Barack Obama também não conheceu o amor do pai biológico. Foi criado pelos avós maternos. Foi o primeiro "negro" a ser eleito Presidente dos Estados Unidos.

Dilma Roussef perdeu o pai quando fez 15 anos. Teve que deixar o Sion, o colégio mais granfino de Belo Horizonte, para estudar em escola pública. Hoje é a presidente do Brasil.

O ex-presidente Lula tentou por três vezes a presidência e perdeu. Tentou pela quarta vez em 2002 e ganhou. Foi reeleito em 2006, terminou seu mandato e continua com grande popularidade.

Nenhum deles é uma pessoa religiosa, mas ninguém pode negar que foram concebidos para um propósito especial: contribuir para tornar este mundo um pouco melhor. Nem todos podem ser empresários ou presidentes como eles, mas cada um tem, sim, um propósito especial para tornar a vida da humanidade menos desigual.

Há muitas pessoas vivendo as mais tristes situações, ou pelo contrário: em ótima situação, mas que, juntas, são infelizes do mesmo jeito, pois não têm a visão do porquê existem e para quê servem.

Eu não sou empresário, nem presidente, nem dono da verdade. Mas uma coisa eu sei: Sei como ter uma vida com propósito e onde mora a paz e a felicidade. Sim, os ingredientes que fazem você se olhar nos olhos no espelho e dizer: Sim! eu tenho um propósito de vida.

Jesus é a maior expressão do amor de Deus. Se você convidar Jesus para morar em seu coração, vai descobrir um caminho que vai "te" levar para o lado feliz da vida. Quando você aprender a orar e descobrir o poder que há na oração, vai descobrir onde é o seu lugar. Um lugar onde pode fazer as pessoas felizes. Aquilo que Paulo escreveu: Que Jesus disse que "Melhor coisa é dar, do que receber".

Aceite Jesus e descubra o que você tem para dar.


O segredo do Salmo 91

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João Cruzué

Quando tinha 18 anos, eu aceitei Jesus em uma Igreja Deus é Amor, na antiga Rua Oito do Jardim São Luiz em São Paulo. Os tios Paulo e Glória convidaram-me para ir à Igreja deles e me disseram que os crentes de lá falavam em línguas estranhas. Eu fiquei curioso, queria ver de perto a novidade.

Naquele tempo, a leitura do Salmo 91 era muito comum naquela Igreja e as pessoas costumavam afixar um texto dele em suas casas, para proteção.


Três anos mais tarde, já batizado nas águas e batizado também com o Espírito Santo, falando em línguas estranhas, mudei do Estado de São Paulo e também de Igreja. O tempo passou, voltei para São Paulo, e certo dia ouvi um ensino bíblico do Pastor Luiz Vicente Branco, homem de Deus, que já dorme no Senhor.

Ele ensinou que as bênçãos contidas no Salmo 91 são reais, mas também condicionais. Há condições para que alcancem com toda plenitude a vida do crente, e estas condições encontram-se no versículo 14: "Pois que tão encarecidamente Me amou, também o livrarei, pô-lo-ei em um alto retiro (o esconderijo) porque conheceu o Meu nome".


Duas condições: Porque conheceu o meu nome e tão encarecidamente me amou. Aqui está a causa cujas conseqüências são o cumprimento de todas as promessas do Salmo 91. Conhecer e amar o Senhor.

Quando fui na Igreja da Rua Oito eu queria conhecer Jesus e ver os crentes falarem em línguas estranhas. Mas não me firmei com Ele. Meses mais tarde, cheguei à conclusão de que eu aceitaria Jesus como meu Senhor e passaria a andar sob a vontade Dele. Eu entendi o amor dele por mim e comecei a amá-lo também. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.

As promessas de Deus escritas no Salmo 91, e centenas de outras que existem na Bíblia, estão ao alcance de qualquer pessoa que aprenda a ter intimidade com Deus. Esta intimidade passa por duas decisões e uma atitude: Aceitar Jesus com Salvador para ter o direito de filiação no Livro da Vida; amar a Deus obedecendo a Sua vontade e ter uma vida de oração - diálogo com Deus.

Assim está escrito no versículo 15: "Ele me invocará, e Eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei. A presença de Deus na vida do crente em tempos de angústia e a resposta de Deus a uma oração aflita são apenas para quem tiver intimidade com Deus. Não é por menos. Para chegar a esta intimidade você precisa deixar tudo que desagrada ao Senhor - vale a pena? Vale! Isto chama-se ser fiel a Deus.

Se o mal está rondando sua vida, sua saúde, sua família, seu lar, sua vida financeira ou qualquer outra coisa- aí está a receita: Deus garante a segurança e todas as bênçãos que você necessita - desde que tenha intimidade com Ele. Se ainda não é crente, dê o primeiro passo e aceite Jesus na Igreja Evangélica do seu bairro, da sua cidade. Se já é crente e precisa muito das bênçãos do Senhor, abondone o que desagrada a ele, fortaleça seu relacionamento com Deus adquirindo o hábito da oração, e não fique inativo na Igreja. Agrade o Senhor e Ele cumprirá o desejo do seu coração.


João Cruzué
cruzue@gmail.com

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Jesus, namoro e casamento

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João Cruzué

Tenho recebido bastantes pedidos de aconselhamento sobre vida sentimental; a maioria deles de pessoas que colheram resultados tristes e indesejados. Não é da vontade do Senhor que o adolescente ou o jovem cristão se perca ou destrua sua felicidade no amor com escolhas erradas. Daí, tive o desejo de escrever algumas palavras, para que alguém leia e evite fazer más escolhas.

O Senhor provou que está interessado em uma vida sentimental feliz, quando atendeu o convite de um casal de noivos, para a cerimônia de um casamento. Lá, ele fez seu primeiro milagre, conforme está escrito na Bíblia, no Evangelho de João. A família é constituída pela união formal e solene de um homem com uma mulher, os dois na presença de Deus.

Por que uma coisa tão sublime e tão simples de acontecer tem trazido infelicidade e desastre na vida de tanta gente - inclusive crentes? Onde está o erro?

Está em colocar a própria vontade à frente da vontade de Deus.

Quando você escolhe alguém para namorar e depois vai orar para que Deus o/a abençoe está desprezando a vontade do Senhor. Sua pressa é o caminho mais curto para o desastre e a infelicidade.

Não é assim que se faz. Você precisa ouvir a voz de Deus, para depois namorar.

E agora vou lhe dizer como é que se faz isto.

Da mesma forma que você usa seu tempo para acompanhar todo dia os capítulos de sua novela preferida; da mesma forma que você gasta duas horas por dia, para abrir seus emails e enviar mensagens no Orkut, Twitter ou Facebook, você também deve separa tempo para estar na presença de Deus, lendo a Bíblia e orando.

O tempo que você passa na presença de Deus, é o tempo que Deus usa para preparar as bênçãos que você precisa. Falando francamente: Como é que você quer ser feliz no amor se tem tempo para tudo, menos para estar na presença de Deus diariamente?

É principalmente por isso que alguns são abençoados e outros não. Ter tempo para estar com Deus. Perguntar para Deus e ouvir sua voz.

Quando você toma uma decisão, e faz uma escolha sem a participação de Deus, você está entristecendo o Espírito Santo. Você faz uma...duas... três, e continua colocando sua vontade adiante da vontade de Deus, com certeza vai colher escolhas infelizes.

Faça da leitura da Bíblia um hábito diário. Depois de ler um pouco, ore ao Senhor. Agradeça pela sua vida, e converse com Ele sobre as suas necessidades: Namoro. Escolhas. Decisões. Estudos. Emprego. Aumento de salário. constituição de um lar abençoado, etc.

Na dúvida, continue na presença de Deus até que seu coração esteja em paz para decidir.

Não decida ouvindo a voz dos outros. Não se fie em profecias humanas, nem acredite em sonhos. Deus fala. E quando Ele fala sobre as escolhas de sua vida, sua voz se ouve dentro da nossa alma. Sem intermediários. No capítulo 15 do Evangelho de João está escrito: Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.

O que pode acontecer se você não tiver tempo para estar na presença de Deus? É claro que nem eu nem o Senhor desejamos que você colha resultados desastrosos, mas é isto que muito provavelmente vai acontecer.

É preciso andar na presença de Deus, para ter um namoro e depois um casamento abençoado. Escolher a pessoa certa e casar-se com ela é alcançar o favor do Senhor. Eu fiz assim, e dia 17 de dezembro deste ano, minha esposa e eu completamos 28 anos de casados.

"Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos."








quarta-feira, dezembro 28, 2011

Mensagem de ano novo

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Jesus e a mulher cananeia

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"Esforçai-vos, e Ele fortalecerá o vosso coração

vós todos os que esperais no Senhor."
Salmo 31:24

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João Cruzué

"Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de mim. Senhor, socorre-me. Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores." Disse, uma mulher cananeia. "Ó mulher, grande é a tua fé. Seja feito para contigo, como tu desejas", Disse Jesus. E desde aquela hora, a filha daquela mulher ficou livre. Atitude, humildade, oração e vitória

A mulher cananeia tinha uma filha cativa por um demônio que a fazia sofrer miseravelmente. Jesus estava passando na região de Tiro e Sidon. Ela estava diante de uma única oportunidade. E não a desperdiçou. Quem sabe você tem um problema parecido.

Não sabemos quantos anos tinha a filha daquela senhora. Mas sabemos que sua mãe tinha um propósito: conseguir a liberdade da filha. Ela não era de Israel. Era estrangeira. Ela não tinha amigos entre os discípulos de Jesus, por isso gritava. Perturbava. E Jesus permanecia em silêncio. Era o Messias; o enviado de Deus exclusivo para Israel. Os estrangeiros, naquele tempo, não faziam parte da sua missão. A mulher insistia.

E quem busca, acha. Quem pede, recebe. E quem bate, a porta abrir-se-lhe-á. Ela seguiu literalmente esta receita, sem nunca tê-la ouvido. Buscou, pediu, gritou e bateu. Humilhou-se. Insistiu. Até receber a admiração e o favor do Senhor - a libertação da filha. Chegou aflita, desesperada. Ouviu palavras duras, mas não desanimou. Saiu chorando, mas não de tristeza: de contentamento. Sua filha estava livre.

Ninguém sabe como aquela mulher achou Jesus. Nem ficou evidente quem lhe falou sobre o poder do Senhor sobre os demônios. Também não está escrito como descobriu que a vida miserável da filha era causada por um demônio. Aquela mulher estava no tempo e lugar certos. Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. "Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração"

Como foi possível àquela mulher conseguir sua bênção com tão poucas palavras?

Oração. Sim, oração sincera. Não aquela oração de desfiar as contas de um terço cheio de "padre-nossos" "ave-marias" e "santa-marias" Era um oração produzida por um espinho na alma, que a fazia gritar e clamar: Senhor, filho de David, tem misericórdia de mim.

Há muitos que oram, mas não recebem. E não recebem, porque oram mal. A oração para ser respondida tem que estar em harmonia, em sintonia, com a vontade do Pai Eterno. Bênçãos grandes vêm de grandes orações. E não de orações grandes.

Você está com um espinho na alma? Sua dor é muito grande? Insuportável? Medite nas atitudes da mulher cananeia. Deixe de lado seus preconceitos. Seu status. Para chegar até o dono das bênçãos é preciso se despojar da soberba. Da presunção humana. Do pensamento cartesiano. Abra seu coração e clame a Jesus. Entre no quarto e feche a porta. Ajoelhe-se ao pé da cama e fale com Jesus, como se ele estivesse assentado nela.

Insista.

Ore hoje. Amanhã. E continue orando. Jesus não é uma lenda. Ele é real. É o filho do Deus vivo, que morreu na cruz, mas hoje está vivo, assentado à direita do Pai. Seus ouvidos estão atentos às orações dos que estão necessitados. Desesperados. De corações quebrantados.

Mas não basta ser necessitado. Estar desesperado. Quebrantado de coração. É preciso ter atitude: buscar, pedir e bater na porta com um coração sincero. Não uma única batida na porta, mas várias. Não um pedido envergonhado, mas um clamor bem alto. Não uma busca de faz de contas, mas verdadeira.

A mulher cananeia não foi a Jesus achando que talvez ele a atenderia. Ela foi disposta a ser ouvida de qualquer maneira. Não importava ser chamada de filhote de cachorro, desde que alcançasse o direito de comer das migalhas que caiam dos pratos dos seus senhores.

E quando o Senhor ouviu essa resposta, se compadeceu da dor daquela mulher, porque viu nela uma grande fé. E fé é a certeza das coisas antes de vê-las.

Vem aí o ano de 2012.

Já disseram e escreveram que vai ser um ano de mau agouro. Eu não creio nisso. O ano de 2012 vai ser, sim, o ano que você vai receber a maior bênção da sua vida. "Esforçai-vos, e Ele fortalecerá o vosso coração, vós todos os que esperais no Senhor". Salmo 31:24.





domingo, dezembro 25, 2011

Redescobrindo os valores perdidos


"Rediscovering Lost Values"


Por Martin Luther King, Jr. (1929-1968)


Tradução de João Cruzué

"Eu quero que vocês meditem comigo nesta manhã sobre este tema: Redescobrindo os valores perdidos.

Há algo errado com o nosso mundo. Alguma coisa fundamental e basicamente errada. Eu creio que não precisamos olhar muito para enxergar isto. Estou certo que a maioria de vocês concordaria comigo em fazer esta afirmação. E quando paramos para analisar a causa dos males de nosso mundo, muitas coisas nos vêm à mente.


Vamos iniciar perguntando se é devido ao fato de não sabermos o suficiente. Mas não pode ser isto. Porque em termos de acumulação de conhecimento, nós sabemos mais hoje do que os homens conheciam em qualquer outro período da humanidade. Nós temos os fatos à nossa disposição. Nós sabemos mais sobre Matemática, Ciências, Ciências Sociais, Filosofia do que nós nunca soubemos em qualquer período da história do mundo. Então, não pode ser porque nõs não sabemos o suficiente. Bem, não pode ser isto, porque nosso progresso científico sobre os anos passados tem sido surpreendente.

Em seguida, gostaríamos de saber se não foi pelo fato de nossa genialidade científica ter ficado para trás.Isto é, se nós não temos feito mais progressos na área científica.O homem através de seu gênio científico tem encurtado distâncias e reduzido tempos. Tanto que hoje (28.02.1954) é possível tomar o café da manhã em Nova York e cear em Londres, na Inglaterra. Por volta de 1753, uma carta levava três dias para ir de Nova York a Washington, e hoje você pode ir daqui até a China em menos tempo que isso. Não pode ser porque o homem esteja estagnado quanto aos progressos científicos. A genialidade científica do homem tem sido assombrosa.

Eu penso que nós temos que olhar mais profundamente o que temos feito para encontrar a real causa dos problemas humanos e dos males deste mundo de hoje. E se nós queremos mesmo encontrar teremos que olhar dentro dos corações e da almas dos homens.

"Assim nós nos vemos pegos em um mundo complicado. O problema é com o próprio homem, na alma do homem. Nós não aprendemos como ser justos, e honestos, e gentis, verdadeiros e amáveis. Está é a causa de nosso problema. O verdadeiro problema é que através de nossa genialidade científica nós fizemos do mundo uma vizinhança, mas através de nossa moral e genialidade espiritual nós falhamos em torná-lo uma irmandade.

E o grande perigo que enfrentamos hoje não é tanto pela bomba atômica que foi criada pelos físicos. Não tanto por aquela bomba que você pode colocar em um avião e jogá-la sobre a cabeça de centenas de milhares de pessoas – tão perigosa quanto ela é. Mas o perigo verdadeiro que confronta a civilização de hoje é aquela bomba atômica que está no coração dos homens, capaz de explodir no ódio mais vil e no mais destrutivo egoísmo — isto é a bomba atômica que devemos temer hoje.

O problema está no homem. Dentro dos corações e das almas dos homens. Esta é a verdadeira causa do nosso problema.

Meus amigos, tudo que eu estou tentando dizer é que se nós queremos seguir em frente hoje, temos que voltar para reencontrar alguns poderosos e preciosos valores preciosos que deixamos para trás. É o único caminho que nós seríamos capazes para fazer de nosso um mundo um mundo melhor, e para fazer deste mundo o que Deus quer que ele seja com um significado e propósito real. A única maneira que nós podemos fazer é voltar, para redescobrir os valores mais preciosos e poderosos que deixamos para trás.


Jesus at 12
Jesus no templo no meio dos doutores da Lei

Nossa situação no mundo de hoje, faz-me lembrar de um popular acontecimento tomou lugar na vida de Jesus. Isto foi lido nas Escrituras hoje pela manhã, encontrado no segundo capítulo do Evangelho de Lucas. A história é muito familiar, muito popular, e todos nós a conhecemos. Vocês se lembram quando Jesus tinha de 12 anos de idade, Havia o costume das festas. Os pais de Jesus o levaram para Jerusalém. Era um acontecimento anual, a festa da Páscoa, e eles subiram para Jerusalém e levaram Jesus consigo. E eles ficaram ali por poucos dias, e depois de estarem por lá, eles decidiram voltar para casa, para Nazaré. E eles partiram, e eu acho, como era a tradição daqueles dias, o pai provavelmente viajava na frente, e a mãe junto com as crianças, atrás. Veja você, eles não tinham as comodidades modernas que nós temos hoje. Eles não tinham automóveis, nem metrôs ou ônibus. Eles andavam a pé, viajavam sobre jumentos e camelos. Então eles viajavam muito devagar, mas era a tradição do pai guiar o caminho

E eles deixaram Jerusalém, caminhando de volta para Nazaré, e eu imagino que eles caminharam um pouco, sem olhar para trás para ver se todo mundo estava lá. Mas então as Escrituras dizem, que eles seguiram jornada de um dia, e pararam,e eu imagino para checar, para ver se tudo estava em ordem. E eles descobriram que alguma coisa muitíssimo preciosa estava faltando. Eles descobriram que Jesus não estava com eles. Jesus não estava no meio. E assim eles fizeram uma pausa e procuraram e não o viram em volta. E eles foram e começaram a procurar no meio da parentela. E eles voltaram até Jerusalém e o encontraram ali no Templo, junto com os doutores da lei.

Agora, o mais importante para ser visto aqui é isto: que os pais de Jesus observaram que tinham partido, e que eles tinham perdido um valor muitíssimo precioso. Eles tiveram senso o bastante para saber que antes de seguir em frente para Nazaré, eles tinham que voltar a Jerusalém para reencontrar este valor. Eles sabiam disso. Eles sabiam que não poderiam ir para casa em Nazaré, sem que voltassem a Jerusalém.

Algumas vezes, você sabe que é necessário retroceder a fim de seguir em frente. Isso é uma analogia da vida. Eu me lembro que um dia eu estava dirigindo de Nova York para Boston, e eu parei em Bridgeport, Connecticut para visitar alguns amigos. E eu saí de Nova York pela pista expressa que vocês conhecem por Merritt Parkway, em direção a Boston, numa ótima avenida. E eu parei em Bridgeport, e depois de ficar por ali por duas ou três horas eu decidi seguir para Boston, e eu queria pegar outra vez a Merrit Parkway. E eu saí pensando que eu estava indo em direção à Merrit Parkway. Eu parti, e rodei, e continuei rodando e eu procurei localizar uma placa mostrando duas milhas para uma pequena cidade que eu teria de cruzar – Eu não cruzei por aquela particular cidade. Então eu pensei que eu estava na estrada errada. Eu parei e perguntei a um cavalheiro sobre a estrada que eu deveria pegar para chegar na Merritt Parkway. E ele disse: “A Merrit Parkway está de 12 a 15 milhas para trás. Você tem que virar e voltar até a Merrit Parkway”; você está fora do seu caminho agora. Em outras palavras, antes de seguir em frente para Boston, eu tinha que voltar de 12 a 15 milhas, para pegar a Merriit Parkway. Não poderia o homem moderno ter pego a avenida errada? Se ele está para seguir para a cidade da salvação, ele tem que voltar e pegar a avenida certa.

E foi isto que os pais de Jesus observaram: que eles tinham que voltar e encontrar o valor mais precioso que eles tinham deixado para trás, a fim de prosseguir. Eles observaram isto. E assim que eles voltaram para Jerusalém eles encontraram Jesus, o reencontraram por assim dizer, a fim de seguir em frente para Nazaré.

Agora isto é o que nós temos que fazer em nosso mundo de hoje. Nós temos deixado muitos valores preciosos para trás; nós temos perdido muitos valores preciosos. E se nós quisermos seguir em frente, se nós quisermos fazer um mundo melhor para se viver, nós temos que voltar. Nós temos que voltar para reencontrar estes valores preciosos que nós deixamos para trás.

Eu quero tratar de um ou dois destes valores muito preciosos, que nós temos deixado para trás, que se nós vamos seguir em frente para tornar este mundo melhor, nós precisamos redescobrir.

O primeiro princípio de valor que nós necessitamos redescobrir é este: que toda realidade depende de fundamentos morais. Em outras palavras, que este é um universo moral, e que há leis morais suportando o universo tanto quanto leis físicas. Eu não estou certo se todos nós cremos nelas. Nós nunca duvidamos que há leis físicas no universo, que nós devemos obedecer. Nós nunca duvidamos disso. E por isso, nós não pulamos de um aeroplano ou saltamos de altos edifícios por diversão – não fazemos isto. Porque inconscientemente nós o sabemos intuitivamente, e assim não saltamos do mais alto prédio em Detroit por achar isto divertido – nós não fazemos isto. Porque nós conhecemos que existe a Lei da Gravitação Universal. Se nós desobedecermos a ela, sofreremos as conseqüências.

Mas eu não estou tão certo se nós sabemos que há leis morais que suportam o universo tanto quanto as leis físicas. Eu não estou tão certo disso. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos que existe a lei do amor no universo, e que se desobedecê-la, você sofrerá as conseqüências. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos nisso. Pelo menos duas coisas me convencem de que nós não acreditamos nela, que nós temos nos desgarrado do princípio que este é um universo moral.

A primeira coisa que nós adotamos neste mundo moderno é uma espécie de relativismo ético. Eu não estou tentando usar um palavrão aqui, estou tentando dizer algo muito concreto. E isto é o que temos aceitado, a atitude de que o certo e o errado são meramente relativos para nossas convicções. Grande parte das pessoas não podem defender suas convicções, porque a maioria não pode não estar fazendo isto. Veja, se a maioria não está fazendo isto, então nós devemos estar errados. E desde que tomo mundo esteja fazendo isto, isto deve ser o certo. Uma espécie de interpretação numérica do que é o certo.

Mas, eu estou aqui para dizer a vocês nesta manhã que algumas coisas estão certas e algumas, estão erradas. Eternamente assim, absolutamente assim. É errado odiar. isto sempre tem sido errado e sempre será errado. É errado na América, é errado na Alemanha, é errado na Rússia, é errado na China. Era errado em 2000 antes de cristo, e é errado em 1954 A.D. Está errado jogar fora nossas vidas em um viver sedicioso. Não importa se alguém em Detroit esteja fazendo isto, é errado. Está errado em qualquer época e está errado em cada nação. Algumas coisas são certas e algumas coisas são erradas, não importa se alguém está fazendo o contrário. Algumas coisas do universo são absolutas. O Deus do universo as tem feito assim. E contanto que adotemos esta atitude relativa em relação ao certo e ao errado , estamos nos revoltando contra as mesmas leis do próprio Deus.

Agora, isto não é a única coisa que me convence de que estamos desviados do caminho desta atitude, deste princípio. A outra coisa é que temos adotado uma espécie de teste pragmático para o certo e errado – aquilo que funcionar é o “certo”. Se funcionar, está jóia. Nada está errado, a não ser aquilo que não funciona. Se você não foi apanhado, é o certo. Esta é a atitude, não é? Tudo bem, em desobedecer os Dez Mandamentos, mas apenas não desobedeça o décimo primeiro: Não se deixe apanhar! Esta é a atitude. A atitude prevalecente em nossa cultura. Não importa o que você faça, apenas o faça com um pouquinho de classe. Sabe, o tipo de atitude da sobrevivência do mais esperto. Não a sobrevivência Darwiniana do mais apto, mas a sobrevivência do mais liso, o mais esperto – é aquele que está certo. É muito bom mentir, se mentir com dignidade. Tudo bem em furtar, em roubar e extorquir, mas o faça com um pouquinho de finesse. E até é muito bom odiar, mas vista seu ódio apenas com trajes de amor e faça transparecer que você esteja amando, quando você está odiando de fato. Apenas vire-se! É assim que é o certo segundo esta nova ética.

Meus amigos, esta atitude está destruindo a alma de nossa cultura. Está destruindo nossa nação. Aquilo que nós necessitamos nos dias de hoje é um grupo de homens e mulheres que queiram defender o certo e resistir ao errado, onde quer que for. Um grupo de pessoas que precisam vir para ver que algumas coisas estão erradas, mesmo se eles nunca são pegos. E algumas coisas são certas, mesmo que ninguém veja você fazendo ou não.

Tudo que eu estou tentando dizer a vocês é: Que o nosso mundo depende de uma fundação moral. Deus o fez assim. Deus fez o universo para ser baseado em uma lei moral. Se o homem desobedecê-la, está se revoltando contra Deus. Isto é tudo o que precisamos no mundo de hoje: pessoas que sustenham o certo e a bondade. Não é o bastante conhecer as firulas da zoologia e da biologia, mas nós temos que saber as intricações da Lei. Não é o bastante saber que dois e dois são quatro, mas temos que saber de qualquer maneira aquilo que é certo, para ser honestos com nossos irmãos. Não é o bastante conhecer nossas disciplinas matemáticas e filosóficas, mas nós temos que conhecer as simples disciplinas de ser honesto e amoroso para com toda a humanidade. Se nós não aprendermos isto, nós nos destruiremos a nós mesmos, pelo abuso de nosso próprio poder.

Este universo depende de fundações morais. Há alguma coisa neste universo que justifica o que Carlyle diz: “Nenhuma mentira pode viver para sempre.” Há alguma coisa neste universo que justifica o que disse William Cullen Bryant: A verdade, quando esmagada na terra, se levantará novamente”. Alguma coisa neste universo justifica os versos de James Russell Lowell:

"A verdade, sempre no cadafalso

O erro, eternamente no trono

Ainda que o cadafalso mude de opinião no futuro

Por trás do obscuro ignorado, de pé está Deus

Dentro das sombras observando tudo"


Há algo neste universo que justifica o escritor bíblico dizer: Você ceifará aquilo que plantar” Esta é uma lei de sustentação universal. Este é um universo moral. Ele depende de fundações morais. Se nós queremos fazer disso um mundo melhor, temos que voltar e redescobrir os valores preciosos que deixamos para trás.

E depois, há uma segunda coisa, um segundo princípio que nós temos que voltar e redescobrir. E isto é aquilo que controla toda realidade espiritual. Em outras palavras, nós temos que voltar e redescobrir o princípio que há um Deus por trás do processo. Bem, vocês vão dizer: Por que você tem tocado neste ponto em seu sermão em uma Igreja? Pelo mero fato de nós estarmos na Igreja, nós cremos em Deus, e não precisamos voltar para redescobrir aquilo. Pelo mero fato de estarmos aqui, e o mero fato de que nós cantamos e oramos, e vamos para a igreja – nós cremos em Deus. Bem, há alguma verdade nisso. Mas nós devemos lembrar que é possível afirmar a existência de Deus com nossos lábios, e negar sua existência com nossas vidas!

O mais perigoso tipo de ateísmo não é o ateísmo teórico, mas o ateísmo prático. Este é o mais perigoso tipo. E o mundo, e mesmo a igreja, está repleta de pessoas que prestam culto com os lábios em lugar de um culto com a vida. E sempre há um perigo em que nós deixamos transparecer externamente que nós cremos em Deus, quando internamente não. Nós dizemos com nossas bocas que nós cremos nele, mas vivemos nossas vidas como se Ele nunca tivesse existido. Isto é o perigo sempre presente confrontando a religião. Isto é um tipo perigoso de ateísmo.

E eu penso meus amigos que isto é uma coisa que tem acontecido na América. Que nós temos inconscientemente deixado Deus para trás. Agora, nós não temos feito isso conscientemente; mas inconscientemente. Veja você, o texto, você se lembra do texto que dizia que os pais de Jesus seguiram uma jornada de um dia inteiro sem saber que ele não estava com eles? Eles não o deixaram para trás conscientemente. Foi sem querer; seguiram um dia inteiro e nem mesmo sabiam disso. Não foi um processo consciente. Veja você, nós não crescemos para dizer: “Agora Deus, adeus! Nós vamos deixar o Senhor agora.” O materialismo na América tem sido algo inconsciente. Desde a ascensão da Revolução Indústria na Inglaterra, e com as invenções de todos os nossos aparelhos e bugingangas, de todas as coisas do conforto moderno, nós inconscientemente deixamos Deus para trás. Nós não pretendíamos isto.

Nós apenas ficamos envolvidos em conseguir nossas contas bancárias graúdas que nós inconscientemente nos esquecemos de Deus. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós ficamos tão envolvidos em conquistar nossos carros de luxo, e eles são mesmo ótimos, mas nós ficamos tão envolvidos nisso, que isto se tornou muito mais conveniente dirigir até à praia no domingo à tarde do que vir para a Igreja de manhã. Isto foi inconscientemente, não pretendíamos fazer isto.

Nós ficamos tão envolvidos e fascinados pelas tramas da televisão que nós achamos um pouco mais conveniente ficar em casa do que vir para a Igreja. Foi uma coisa inconsciente. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós não apenas nos levantamos para dizer “ Agora Deus, nós vamos embora”. Nós temos seguido uma jornada de um dia inteiro, e então nós vimos que nós inconscientemente conduzimos Deus para fora do universo. Um dia inteiro de jornada – não queríamos fazer isto. Nós apenas ficamos tão envolvidos nas coisas, que nós nos esquecemos de Deus.


E este é o perigo que nos confronta, meus amigos, que em uma nação como a nossa, onde damos ênfase na produção em massa, e isto é de importância considerável, onde temos tantas conveniências e luxo e tudo o mais, há o perigo de que nós inconscientemente, nos esqueçamos de Deus. Eu não estou afirmando que aquelas coisas não sejam importantes; nós precisamos delas, nós precisamos de carros, nós precisamos de dinheiro; de tudo o que é importante para viver. Mas sempre quando elas se tornam em substitutos de Deus, elas são prejudiciais.

Eu devo dizer para vocês esta manhã, que nenhuma dessas coisas podem jamais ser substitutos reais para Deus. Automóveis e metrôs, TVs e rádios, dólares e centavos, nunca podem ser substitutos de Deus. Porque muito antes da existência delas, nós necessitamos de Deus. E por muito tempo depois que elas tiverem passado, nós ainda necessitaremos de Deus.

E para concluir, eu digo para vocês nesta manhã que eu não colocar minha o fundamento de minha fé nestas coisas. Eu não vou colocar minha a base de minha fé em bugigangas e invenções. Com um jovem com grande parte de minha vida ainda pela frente, eu decidi bem cedo dar minha vida por algo absoluto e eterno. Não para estes pequenos deuses que estão por aí hoje, e amanhã se vão, mas para Deus que é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

Não nos pequenos deuses que podem estar conosco em poucos momentos de prosperidade, mas no Deus que caminha conosco através do vale da sombra da morte, e nos motiva a não temer mal algum. Este é o Deus.

Não em um deus que pode nos dar alguns carros Cadillacs e Buicks conversíveis, embora eles sejam lindos, que estão na moda hoje e ficarão fora de moda depois de três anos, mas em um Deus que criou as estrelas para ornar os céus como faróis tremeluzentes de eternidade.

Não em um deus que pode construir alguns edifícios arranha-céus, mas em um Deus que criou as gigantescas montanhas, beijando o céu, como se banhassem seus picos no imponente azul.

Não em um deus que pode nos dar alguns rádios e aparelhos de TV, mas em um Deus que criou a grande luz cósmica que se levanta cedo de manhã no horizonte leste, que pinta seu technicolor através do azul, algo que o homem nunca pode fazer.

Eu não vou por os fundamentos da minha fé em pequenos deuses que podem ser destruídos em uma era atômica, mas em um Deus que tem sido nosso socorro desde as eras passadas, e nossa esperança para os anos que virão, e nosso abrigo no tempo da tempestade, e nosso eterno lar. Este é o Deus em quem eu estou colocando o fundamento da minha fé. Este é o Deus que eu rogo a vocês para adorarem nesta manhã.

Saiam e estejam certos de que este Deus vai durar para sempre. Tempestades podem vir e ir. Nossos grandes edifícios arranha-céus podem vir e ir. Nossos belos automóveis virão e passarão, mas Deus estará aqui. As plantas podem desaparecer, as flores podem murchar, mas a palavra de nosso Deus permanecerá para sempre e nada pode impedi-la. Nenhum P-38 desde mundo pode alcançar Deus. Todas as nossas bombas atômicas jamais podem alcançá-lo. O Deus de quem eu estou falando para vocês nesta manhã é o Deus do universo, é o Deus que permanece através de todas as eras. Se nós temos que seguir em frente nesta manhã, nós temos que voltar para encontrar este Deus. Este é o Deus que exige e ordena a nossa máxima submissão

Se nós vamos seguir em frente, devemos voltar lá atrás e redescobrir estes valores preciosos: que toda realidade depende de fundamentos morais e que toda realidade tem um controle espiritual.

Deus abençoe vocês!



Source: http://www.stanford.edu/group/King/publications/sermons/contents.htm

Leia também o sermão O Manual da Igreja Construtiva


cruzue@gmail.com


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Jesus e as mulheres


Sinner woman


"COM AS MULHERES"

Paulo Brabo


"–Está vendo essa mulher?

Eu entrei na sua casa e você não me ofereceu

água para lavar os pés.

Ela, no entanto, lavou meus pés com lágrimas,

e enxugou-os com os seus cabelos.

Você não me cumprimentou com um beijo,

mas ela, desde que entrou,

não parou de beijar-me os pés.

Você não me derramou óleo sobre a cabeça,

mas ela passou essência perfumada nos meus pés.
"


Lucas 7:44-46


"A distância cultural nos impedirá para sempre de apreender a extensão da sua influência e a absoluta novidade da sua postura, mas é certo que nenhuma outra figura masculina da antiguidade oriental – seja no domínio da realidade ou da ficção – sentiu-se mais à vontade entre as mulheres do que o Jesus dos evangelhos. Nenhum outro personagem do seu tempo, e talvez de tempo algum, fez mais para corrigir a distorção das lentes culturais através das quais a imagem da mulher era interpretada – e em muitos sentidos permanece sendo.

A singularidade de Jesus nesse aspecto não é menos do que tremenda. Acho notável ao ponto do milagroso que as posturas de Jesus diante das mulheres, conforme descritas nos evangelhos, não tenham sido censuradas posteriormente por homens menos preparados do que ele para abraçá-las.

É preciso lembrar o óbvio, que não faz cem anos que as mulheres alcançaram status social igualitário no ocidente, o que os evangelhos descrevem que ocorreu há dois mil.

Numa época em que um marido não deveria se dirigir à própria esposa em lugar público, e que homem algum deveria trocar palavra com uma mulher desconhecida (em ambos os casos para proteger a sua honra, não a dela), o rabi de Nazaré buscava a companhia amistosa de mulheres, puxava conversava com elas, tratava-as com admiração e naturalidade, interessava-se sem demagogia pelos seus interesses, deixava que tocassem publicamente o seu corpo e o seu coração.

O Filho do Homem não se constrangia em ser sustentado por mulheres, não virava o rosto à possibilidade de ser acarinhado por elas, não hesitava em recorrer a imagens que diziam respeito ao seu dia-a-dia, não sonegava histórias em que mulheres eram (muito subversivamente, na ótica do seu tempo) exemplo de humanidade, de integridade, de engenhosidade e de virtude.

Falamos de um tempo, num certo sentido não muito distante, em que os homens que não denegriam abertamente a imagem da mulher soterravam-na por completo debaixo de idealizações simplistas. Dependendo de quem estivesse falando, a mulher era vista como incômodo necessário, como homem imperfeito, como criança, como objeto mecânico de desejo, como objeto idealizado de poesia, como animal fraco e sensual; figura às vezes inocente, às vezes desejável, normalmente imprevisível, normalmente indigna de confiança e invariavelmente inferior.

Contra esse cenário, o rabi de Nazaré resgatou uma mulher adúltera das garras da justiça e da morte sem recorrer ao que seria o mais fácil e popular dos argumentos antes e depois dele, o que afirma que a mulher é criatura de mente obtusa e vontade fraca, particularmente suscetível às sensualidades da carne. Em um único golpe eficaz ele transferiu a culpa da mulher acuada para seus acusadores, todos eles homens, emblemas de poder e desenvoltura, até serem publicamente dissolvidos pela mão de Jesus. A vítima, transgressora, foi ao mesmo tempo salva da condenação e tratada, talvez pela primeira vez, como um ser humano independente e responsável (João 8:1-11).

Aqui estava um homem que, irresistivelmente, olhava para as mulheres sem rebaixar-se a preconceitos ou recorrer a idealizações. Jesus lia as mulheres como seres humanos, e foram necessários séculos para que o mundo arriscasse repetir a sua ousadia. Ainda hoje, transcorridos milênios ineficazes, não há homem que esteja imune a ler a mulher através de estereótipos novos e velhos; ainda somos tentados a enxergar o homem incompleto, a flor de pureza, a criança sem rédea. Mas ali, nas esquinas empoeiradas de um canto do mundo, as estruturas do mundo social haviam sido abaladas para sempre.

Para mim não há evidência maior de que o espírito subversivo de Jesus permaneceu vivo nos primeiros discípulos, logo após a ressurreição, do que a descrição da comunidade de seguidores em Atos 1:14: “Todos estes [homens] perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”.

Este com as mulheres me pega desprevenido todas as vezes, tanto pela sua necessidade quanto pelo impensável que representava no seu tempo. Em retrospecto é difícil avaliar o quanto está sendo efetivamente dito aqui, mas é preciso lembrar constantemente que naquela cultura as esferas de atividade de homens e mulheres eram divididas ao ponto do incompatível. Essa fenda corria de uma ponta à outra o tecido da sociedade, mas seu ponto nevrálgico talvez residisse na esfera religiosa, na qual era preciso ser homem para ter participação eficaz – isto é, para ter acesso verdadeiro e relevante à divindade.

Na visão de mundo vigente, homens e mulheres habitavam espaços separados no universo; essa incompatibilidade era espelhada na sociedade e prontamente celebrada através de espaços diferenciados de adoração. Tanto o Templo quanto as sinagogas tinham áreas separadas para homens e mulheres, e os recintos reservados para os homens ficavam invariavelmente mais próximos de Deus. Era uma sociedade em que não ocorreria a ninguém colocar homens e mulheres compartilhando voluntariamente de um mesmo espaço, muito menos um espaço religioso.

Agora que Jesus havia subido ao céu e os homens de branco haviam dito que mantivessem os olhos fixos na terra, os discípulos viram-se diante de um problema e de um embaraço. Jesus, o amigo das mulheres, havia partido, mas as mulheres haviam ficado. Deveriam eles, homens de respeito e maridos de boa fama, retornar ao antigo e unânime padrão social, devolvendo as mulheres ao seu devido lugar? Agora que Jesus não estava mais ali para efetuar a sua mágica, não seria inevitável que restabelecessem a fenda social que ele havia coberto temporariamente? Quando a multidão de seguidores retornasse a Jerusalém (onde Jesus dissera que aguardassem) deveriam o grupo de discípulos e o de discípulas “perseverar unanimemente” em recintos separados?

Escolher o contrário, escolher o abraço comunitário e a convivência santa nos padrões inaugurados por Jesus, seria nadar contra a corrente de todas as instituições sociais em efeito no seu tempo. Um observador só encontraria um modo razoável de interpretar uma reunião voluntária e regular entre homens e mulheres: como ocasião para licenciosidade. Foi efetivamente dessa maneira que as reuniões cristãs “de amor” foram interpretadas por seus antagonistas ao longo de seus primeiros séculos. Tinham que ser desculpas para sexo – porque, que mais poderia um homem querer fazer com uma mulher?

A momentosa decisão encapsulada nesse único verso demorou a encontrar compreensão e aceitação, tanto dentro quanto fora do grupo. Escolhendo reunir-se regularmente no mesmo recinto, tanto homens quanto mulheres abriram voluntariamente mão da ficção da “boa fama” em troca da generosidade, da inclusão e da convivência. Escolhendo sentar-se de modo criativo ao lado de um Outro com quem não criam ter nada em comum, romperam um véu ancestral e convidaram o mundo a explorar um universo de possibilidades inimaginadas. Nos dois casos, seguiam o desafio formidável deixado pelo exemplo de Jesus".


Fonte: Bacia das Almas - Paulo Bravo




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sexta-feira, dezembro 23, 2011

Blogs Evangélicos, planos para 2012

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.João Cruzué

A segunda onda de blogs evangélicos teve início em 2007, quando o presbítero da Assembleia de Deus Valmir Milhomem, junto com dois pastores: Esdras Costa Bentho e Altair Germano, criaram a União de Blogueiros Evangélicos . Ao propósito inicial de uma comunidade agregadora de blogs, foi acrescentada a visão do presb. João Cruzué de que toda liderança evangélica deveria ter um blog, para aprender publicar conteúdo cristão na Internet. Mas o crescimento da comunidade se deu mesmo foi pela operosidade de muitos irmãos anônimos e pela ajuda destacada destes irmãos: Eliseu Antonio Gomes, Pastora Marcia Chaves, Professora Wilma Rejane, Sammis Reachers , Luis Ribeiro , Lucas Santos , Wallace Souza , Cintia Kaneshigue e Renan da Costa. Esta galera, juntos ou em tempos diferentes, ajudaram a agregar mais de 15.000 blogs na UBE.

Peço perdão aos gestores de outras comunidades, justifico, dizendo que também de citar a comunidade que administro, para não deixar o post longo demais.

O que podemos acrescentar e melhorar em 2012? Vou deixar minha opinião.


1 - Individualismo x blogar em grupo.

Eu sei que é difícil convidar alguém para postar junto conosco, por causa do conforto da nossa privacidade. Mas eu aconselho àqueles que estão começando (ou desanimando) a blogar em grupo. Isto pode ser feito no painel do blogger em Configurações/Permissões/Adicionar autores. É preciso considerar que, manter sozinho a regularidade de um blog, é uma atividade bem cansativa que pesa ao longo dos anos. É bíblico trabalhar em grupo.

2. Planejamento de comentários

É fantástico observar como a perda de memória tem ajudado a murchar muitos blogs. Não a memória de seus editores, mas de seus amigos virtuais, aqueles que eram muito presentes no começo, mas com o passar do tempo se esquecem de fazer uma visitinha para deixar umas poucas linhas de incentivo. Como mudar isto: planejando seus comentários: listando umas duas dezenas de endereços, e a cada vez que abrir o painel do próprio blog, separar um minuto apenas, para deixar algumas palavras de incentivo, crítica ou encorajamento, na caixa de comentário dos amigos - sem esquecer dos mais novos.


3 . Publicação de Conteúdo Cristão.

Blogs. Creio que é para isto que servem: Publicar conteúdo cristão. Outro dia recebi um comentário crítico de leitor. Ele se queixava de um post que fiz sobre o pagamento bilionário de juros feito pelo Brasil. Um valor tão alto que equivale aos orçamentos anuais da Saúde, Educação e Assistência Social. O comentarista escreveu que isto tirava seu enlevo espiritual ao manusear os posts do Olhar Cristão.

Com todo respeito pela opinião dos leitores, um blog para mim deve escrever e opinar sobre tudo. É claro, sob o ponto de vista de uma consciência cristã. Somos cidadãos do céu, mas ainda vivemos na terra. Não podemos ser egoístas nem ignorantes quanto às necessidades do próximo. É preciso manter uma consciência alerta quanto a advertência de Jesus na Parábola do Bom Samaritano. Tanto no escrever, quanto no agir.


4. Formação de Opinião Pública

Para escrever sobre tudo, é preciso ler. ler muito em fontes variadas. Pior que não ter o hábito da leitura é ter apenas uma fonte de notícias para se atualizar. Nossos textos começam a aparecer muito na busca do Google. Textos inteligentes são apreciados por pessoas inteligentes. Se quisermos influenciar a sociedade não podemos escrever apenas sobre assuntos internos de Igrejas e convenções de pastores. Uma grande panela gospel não é uma ideia sábia. Quando surgiu o movimento "Black Power", perguntaram para o Pastor Martin Luther King o que ele achava do movimento. Sua resposta foi bem crítica: Ele entendia que o movimento buscava isolar o negro da sociedade americana. O Pastor King via de forma diferente: Que eles deveriam estar presentes em todas as atividades americanas.

Para influenciar pessoas e mudar uma sociedade é preciso, talvez, mudar primeiro nossa própria visão. Uma visão muitas vezes restrita às quatros paredes de um templo ou aos bancos de um seminário. Vamos pensar grande, para a glória de Deus.

5. Efeito Multiplicador

O Evangelho é a mensagem que pode tratar e resolver todos os males do mundo. Mas a pregação do Evangelho é feita por nós. E a Internet, uma estrada de alta velocidade que atravessa o mundo, continente por continente, país por país, povo por povo, tribo por tribo, língua por língua e pessoa por pessoa. Não basta ao cristão blogar. É preciso que ele descubra homens e mulheres de Deus, para que eles também aprendam a publicar conteúdo cristão. Cada um de nós temos coisas para contar, bênçãos e testemunhos maravilhosos que outros precisam ouvir. Em minha visão, todo líder cristão que tem o Espírito de Deus ardendo em sua vida, deve aprender a deixar escrito seus textos na Internet. Cabe ao Espírito distribuí-los para quem esteja precisando. Cabe a nos escrever e publicar.

Se somos 40 milhões de evangélicos nesta nação, 1% disto dá 40 mil blogs. Quero ver 5% blogando para glória de Deus, até o final de 2012. São 200 mil blogs cristãos.









sábado, dezembro 17, 2011

Prêmio Blogueiro Cristão 2011

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PASTOR CARLOS ROBERTO SILVA

PR. CARLOS ROBERTO SILVA
João Cruzué

Em 2007, ano em que se iniciou um processo irreversível de mudança dentro da weblogosfera evangélica, até então pequena e elitista, foi instituído por nós o Prêmio Blogueiro Cristão. Esta distinção tem por objeto a premiação de blogueiros evangélicos que se destacam pela ética, comunicação educada, seriedade, regularidade, interatividade e principalmente pela consciência de levar o máximo de lideranças cristãs a publicar conteúdo cristão genuíno na Internet a começar por um blog.

O Pastor Rubens Teixeira, do Rio de Janeiro, na época coeditor do blog Holofote, foi o primeiro entre nós a receber o Prêmio Blogueiro Cristão, versão 2007. No ano seguinte, coube ao Pastor Altair Germano, do Estado de Pernambuco, o Prêmio Blogueiro Cristão de 2008. Em 2009 não houve consenso e o processo de escolha não foi concluído. Por isso, na versão de 2010, ffoi realizado um concurso de literário, e o vencedor do Prêmio Blogueiro Cristão 2010 foi o jovem cantor evangélico, Ministro do Louvor e pós-doutorando em Direito, Renato Collyer, da Igreja Metodista de Poços de Caldas.


Em 2011 voltamos ao processo de consulta entre os colegas mais antigos e participativos da blogosfera. Apresentamos quatro opções definidas e mais uma quinta opção, em aberto, para indicações pessoais. O resultado saiu bastante apertado e os três mais indicados foram: Valmir Milomem, editor do blog E agora como viveremos; Wilma Rejame, do Blog a Tenda na Rocha e o Pastor Carlos Roberto da Silva, do blog Point Rhema.

Quero anunciar formal e solenemente que a
Academia Brasileira de Blogueiros Evangélicos, instituição responsável pela outorga Prêmio a partir deste ano, concede ao Pastor Carlos Roberto Silva, da Igreja Ev. Assembleia de Deus em Cubatão/SP, o PRÊMIO BLOGUEIRO CRISTÃO 2011, pelo seu trabalho como editor do blog Point Rhema desde 15 de abril de 2007.

Por direito, o blogueiro que recebe este Prêmio, tem assento permanente em uma cadeira desta organização cujo compromisso é, ao mesmo tempo simples e sublime, Apontar referências para promover o crescimento da publicação de conteúdo cristão na Internet, bem como preparar grandes formadores de opinião, comprometidos com a cosmovisão cristã.

Consultado previamente se aceitaria o Prêmio, o Pastor Carlos se manifestou dizendo que estava aquém da distinção, mas que aceitava com humildade a vontade dos irmãos e amigos que apreciam seu trabalho como editor do Point Rhema.

Parabéns Pastor Carlos Roberto!



João Batista Cruzué
Diretor da Academia Brasileira de Blogueiros Evangélicos.
Gestor da Associação de Blogueiros Cristãos e Editor do blog Olhar Cristão







sexta-feira, dezembro 16, 2011

Globo Gospel - Especial de Natal 2011


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Dia 18 de dezembro
, a partir das 13:00 horas


"IN GOLD WE TRUST'

João Cruzué

Comentário em 18.12.2011: Este post começou a ser escrito no final da sexta-feira e concluído na madrugada de 17 dezembro. Uma coisa é perspectiva de um evento. Outra, é assistir a edição de seus melhores momentos do começo ao fim. É quando a realidade confronta a perspectiva. Eu digo que o Festival foi um bom começo.

Com duas surpresas:

Uma, quando os artistas contratados se juntaram no final, para cantar uma bela canção. Eu descreveria a impressão daquele momento, dessa maneira: Foi como se a Igreja Evangélica, através da música, hasteasse uma bandeira em terreno que sempre lhe foi hostil.

A outra surpresa, foi assistir no intervalo das 13:58/59, duas vinhetas da Central Gospel divulgando a Bíblia Diária de Estudos, pelo próprio Pastor Silas Malafaia. Se ele queria pregar na TV Globo, já deu o primeiro passo.

Vou registrar uma grande ausência: André Valadão, contratado da gravadora de R.R. Soares. Mais se a Som Livre Gospel der certo, sua transferência é só uma questão de tempo.

Quanto à TV Globo, não mudei de opinião sobre ela. Tanto no aspecto negativo: A maior fonte de massificação de (maus) costumes; falo das novelas. Quanto ao aspecto positivo: Seu padrões de qualidade de imagem e organização é inigualável. O que o bispo Macedo não teve coragem de fazer, os Marinho fizeram.


POST DE SEXTA-FEIRA

A música Gospel hoje é um produto comercial que vende 2 bilhões de reais por ano e subindo. Da lado dos artistas, será que foi um passo adiante ou um retrocesso? Este assunto é por demais polêmico e certamente não vai se esgotar aqui. O que se passa nas cabeças deles, depois que foram contratados pela Gravadora Som Livre? Qual será a reação do público que até o evento era fã desta banda ou daquele cantor?

Pontualmente às 14:00 h do sábado - dia 10.12.2011 - a TV Globo começou a gravar seu primeiro projeto Gospel, chamado "Festival Promessas". As gravações aconteceram ao ar livre, no Aterro do Flamengo e foram concluídas ali pelas 21:00 h. Era esperado um público de 200 mil pessoas, entretanto, William Bonner, no Jornal Nacional, disse que 20 mil estavam presentes, na quele momento em que a Banda Diante do Trono subia no palco, liderada pela cantora Ana Paula Valadão. Ana foi a última a se apresentar naquela estrutura construída em forma de púlpito, para reproduzir a sensação de estar em um ambiente de culto.

O Festival Promessas foi planejado e divulgado para ser a fonte principal de imagens do Especial Gospel, que a Rede Globo vai editar e selecionar os melhores momentos, para transmitir a partir das 13:00 h de domingo, dia 18 de dezembro, uma semana do Natal.

Por que vieram apenas 10% do público planejado, se há 10 anos somente a Banda Diante do Trono levava quase 1 milhão de crentes às gravações de seus CDs/DVDs nas grandes Capitais? Será que foi a chuva que atrapalhou os planos dos fãs de cantar e pular a tarde inteira com seus artistas favoritos? Ou teria mais "coisa" nesta aparente apatia?

Ana Paula Valadão é carioca? Não; é de Belo Horizonte. Regis Danese é carioca? Não; é de Uberlândia. Damares é carioca? Não; é de Curitiba.

Ludmila Feber, sim, é carioca; mudou-se para Goiás, mas voltou depois para o Rio. O cantor Fernandinho mora em Campos de Goytacazes, interior do RJ. Davi Sacer vem da Banda Toque no Altar; depois Trazendo a Arca - é de Nova Iguaçu/RJ. Fernanda Brum e Eyshila vivem no Rio.

Resumindo: A maioria dos cantores são ou moram no Rio.


Por que mesmo com tantos artistas do Rio, apenas 20 mil* pessoas foram ao Aterro do Flamengo? Foi a chuva? Será que foi a divulgação em cima da hora da Rede Globo a principal causa para pouca gente? Sim, foi mesmo pouca gente. O Bispo Macedo, o Pastor Valdemiro, Pr. Silas Malafaia e Missionário R. R. Soares levam muito mais gente às ruas, com um "pé nas costas".

Alguém mencionou que são as Igrejas Evangélicas que agitam as "galeras" para lotar os eventos. É possível. Todavia, Pastores não são muito propensos a incentivar suas Igrejas a participar de eventos não promovidos por eles. Imagina, então, eventos da Rede Globo... Deus me livre! Mas isto não impede os jovens e adolescentes de irem aos lugares que têm grande interesse de assistir.. Eu não gostava de Oficina G3, mas minha filha (adolescente) era apaixonada pelo som deles. Também ajuntava seu dinheirinho ao longo do ano para não faltar ao Congresso anual da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

E se a Aline Barros estivesse presente - teria ido mais gente? Pode ser que sim, mas não dobraria a participação do público.

Bem, eu deixei por último uma das razões que ao meu ver explicaria este aparente fiasco de público no primeiro Festival Gospel da TV Globo.

A Globo não mudou. Está agora, mais do que nunca, interessada em novas alternativas para manter seu faturamento, uma vez que 2012 não vai ser um ano bom para as finanças brasileiras, vem aí uma "marolinha" provocada pela crise da Europa. Desprezar um mercado de 2 bilhões de reais e um contingente de 40 milhões de consumidores é burrice. Os diretores da Emissora podem torcer o nariz para a cultura evangélica, mas eles não são burros.

A Globo se rendeu ao Gospel. E o Gospel também se rendeu ao sonho de aparecer na tela da Globo. Com direito até propaganda da Bíblia de Estudo Diário da Central Gospel do Pr. Silas Malafaia, nos Intervalos da transmissão. Vocês já viram algo parecido antes?

Cerca de 70% dos artistas do Gospel foram contratados pela gravadora da TV do "Plim Plim". Ela comprou o direito de vender ed divulgar seus trabalhos. Se vai ser bom para eles ou não, é outra história. Para as finanças da Empresa, por outro lado, vai ser muito bom.

O Gospel hoje é o gênero musical que mais vende no Brasil. Mais que Pagode, Axé e Sertanejo. Eles passaram enquanto o Gospel apenas está começando. A cultura evangélica de onde ele está expandindo seu círculo de atuação. Até que demorou, pois o valor da música evangélica vem desde a casa de Elvis Presley.

Ou as Organizações Globo "esqueciam" sua notória repugnância pelos crentes já ou perderiam de vez a oportunidade de combater a hegemonia do Bispo Macedo (Line Records). Se ele copiou as novelas da Globo para conquistar sua hegemonia nesse terreno, agora é a vez da Emissora tomar, este é o termo, tomar a metade do faturamento do mercado Gospel. Todos os artistas que a Som Livre contratou têm vendagem acumulada de 5, 7 e 10 milhões de CDs vendidos.

A Globo quer tomar o espaço da "Line Records" do Bispo Macedo e da MK de Haroldo e Marina de Oliveira. A competição por artistas evangélicos de grande potencial de vendas foi declarada. Bom para eles.

Mas isto é comércio. Não tem nada de louvor. Cristo não está no centro disso. É um negócio.

Quanto aos evangélicos que não quiseram ir ao "festival" no Aterro do Flamengo, eu desconfio que aquele "NÃO" quer dizer: Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Pode ser que eles entenderam que os artistas que a Globo levou ao Aterro do Flamengo, não foram lá para dançar e louvar a Jesus. A maioria sabia que a Globo sempre desprezou e desdenhou em suas novelas do comportamento evangélico.

Só o tempo vai dizer se cantar na Globo foi uma boa escolha ou uma "roubada". Há um fator de risco nesta questão, que não pode ser desprezado: O desencanto dos fãs com seus artistas, alimentado pela reação das gravadoras 100% Gospel. Mas por outro lado, não deixa de ser uma boa surpresa: O Gospel venceu na marra o preconceito da Globo, porque hoje a sua música vale ouro.

O que você acha?

* Há uma divergência quanto ao público que compareceu no Aterro do Flamengo na tarde de sábado - 10 de dezembro de 2011. Foram 100 mil ou 20 pessoas? Bem, quantificação é uma coisa polêmica e difícil, pois não se pode contar exatamente quem foi e quem ficou o tempo todo, das 14:00 às 21:00 h participando do Festival Promessas. Como estava assistindo o Jornal Nacional àquele dia, e escrevendo o desenrolar do evento, anotei os números que William Bonner falou, citando a como fonte a Polícia Militar do Rio: 20 mil pessoas.






quinta-feira, dezembro 15, 2011

Por que Deus nos deixa fracassar


Renovando sua Paixão por Cristo

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"EU TRABALHEI EM VÃO"
Pastor David Wilkerson

"Essa é uma mensagem para todos os que estejam vivendo embaixo de um peso de desencorajamento. Você olha para a sua vida e se deprime com as expectativas que falharam. Você sente que não realizou muito na vida, e à medida que o tempo se esvái vê que muitas promessas não foram cumpridas. Durante anos você orou e orou, mas as coisas que acredita Deus ter lhe falado não se realizaram. Outros que lhe cercam parecem ter tudo, desfrutando do cumprimento de muitas promessas - mas você carrega uma sensação de fracasso.

Olhando ao passado, você se lembra de todos os momentos difíceis. Você conheceu rejeição, sensação de total incapacidade e de fraqueza. Você amou tanto o Senhor, entregando corpo e alma para agradá-Lo, fazendo tudo que sabia. Mesmo assim, finalmente chegou um momento quando se convenceu: "Trabalhei em vão; me esforcei por nada. Foi tudo futilidade". E agora uma coisa irritante entra na cabeça, e cochicha, "Você errou o alvo; não chegou nem perto. A sua vida é prova de que não fez diferença alguma no mundo".

Se você está passando por essa sensação de fracasso, então está em boa companhia. Em verdade, está entre gigantes espirituais.

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Muitos grandes servos de Deus ao longo da história
acharam ter falhado em seu chamado
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O profeta Elias olhou sua vida e gemeu: "Senhor, leve-me. Não sou melhor do que os meus pais, e todos eles falharam contigo. Por favor, tire a minha vida. Tudo foi em vão" (parafraseado).

E o rei Davi? Ele ficou tão desanimado quanto àquilo que achava ser unção desperdiçada em sua vida, que queria bater asas como um pássaro em direção a um lugar isolado. "Quem me dera asas como de pomba! Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto" (Salmo 55:6-7).

Até mesmo o grande apóstolo Paulo tremeu de medo ao pensar ter vivido uma vida como obreiro inútil, "Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco" (Gálatas 4:11).

João Calvino, um dos pais da Reforma, teve a mesma terrível experiência. Na hora da morte disse, "Tudo que eu fiz não teve valor algum...os ímpios alegremente atacarão essa palavra. Mas repito tudo de novo: tudo que fiz não teve valor algum".

São Bernardo também suportou esse terrível desânimo. Em seus últimos dias ele escreve, "Falhei em meus propósitos...As minhas palavras e meus escritos foram um fracasso".

David Livingstone foi um dos missionários mais usados no mundo - seus feitos reconhecidos até mesmo pelo mundo secular. Livingstone abriu o continente africano para o evangelho, plantando muitas sementes e sendo usado por Deus para despertar a Inglaterra às missões. Deu corpo e alma, seguindo uma vida sacrificial para Cristo.

No entanto, durante o vigésimo terceiro ano no campo missionário, Livingstone expressou as mesmas dúvidas terríveis destes outros grandes servos. Ele também achou que seu ministério todo teria sido em vão. O seu biógrafo o cita em seu desânimo: "Tudo que eu fiz apenas serviu para que se abrisse o comércio de escravos africanos. As sociedades missionárias não mostram fruto após vinte e três anos de trabalho. Todo o trabalho parece ter sido em vão...eu trabalhei em vão".

Um dos grandes missionários que impactaram a minha vida foi George Bowen. A sua vida foi um exemplo poderoso, e seu livro, "Love Revealed" (amor revelado), é um dos maiores livros que já li sobre Cristo. Solteiro, Bowen se afastou da riqueza e da fama para ser missionário em Bombaim, na Índia, no meio do século 19. Quando viu os missionários lá vivendo bem acima do nível das pessoas às quais ministravam, Bowen deixou o sustento da missão e escolheu viver em meio às mais pobres delas. Se vestia como os indianos, e abraçou a pobreza, vivendo numa habitação humilde, e subsistindo às vezes só com pão e água. Ele pregava nas ruas sob calor sufocante, distribuindo literatura do evangelho e chorando pelos perdidos.

Esse homem tremendamente consagrado havia ido à Índia com altas esperanças pelo ministério do evangelho. E havia dado tudo que tinha com essa finalidade, o seu coração, a mente, corpo e espírito. Mesmo assim, em seus mais de quarenta anos de ministério na Índia, Bowen não teve nenhum convertido. Foi só após a sua morte que as missões descobriram que ele era um dos mais amados missionários do país. Até mesmo os adoradores de ídolos viam Bowen como exemplo do que é um cristão.

Hoje, a vida humilde de Bowen e suas palavras de poder ainda incendeiam a minha alma, e a alma de outros pelo mundo. Contudo tal como muitos antes dele, Bowen suportou uma terrível sensação de fracasso. Ele escreve: "Sou o ser mais inútil da igreja. Deus me fere e esmaga com desapontamentos. Ele me edifica, e então permite que eu caia de novo ao nada. Eu gostaria da companhia de Jó, e simpatizo com Elias. Todo o meu trabalho é em vão".

Alguns leitores podem dizer, "Os grandes homens de Deus não deveriam usar uma linguagem dessas. Eles não deveriam nem ter esse tipo de sentimentos. Isso soa como medo e incredulidade". No entanto essa é a linguagem de muitos gigantes da fé, grandes homens e mulheres que consideramos exemplos fiéis. Todos eles tiveram o mesmo horrível sentimento de que "Não consegui chegar àquilo que Deus me chamou. Eu fracassei". Conheço o terrível som dessa linguagem em meu próprio coração".


Você ficaria chocado se soubesse
que Jesus experimentou essa mesma sensação
de ter realizado pouco?


Em Isaías 49:4 lemos essas palavras: "Eu mesmo disse: debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças...". Note que essas não são palavras de Isaías, que foi chamado por Deus em idade matura. Não, elas são palavras do próprio Cristo, proferidas por Alguém que diz "O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe...o Senhor, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó e para reunir Israel a ele" (49:1,5).

Quando cheguei à essa passagem, a qual eu já havia lido muitas vezes antes, o meu coração se maravilhou. Eu mal podia acreditar no que estava lendo. As palavras de Jesus aqui quanto a "trabalho inútil" foi uma resposta ao Pai, que havia acabado de declarar "Tu és o meu servo... por quem hei de ser glorificado" (49:3). Lemos as surpreendentes palavras de Jesus respondendo no verso seguinte: "Debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças" (49:4).

Após ler isso, me levantei em meu escritório e disse, "Que maravilha! Mal posso acreditar que Jesus fosse tão vulnerável, confessando ao Pai que estava experimentando aquilo que nós humanos enfrentamos. Em Sua humanidade, experimentou o mesmo desencorajamento, o mesmo desânimo, as mesmas feridas. Ele estava tendo os mesmos pensamentos que já tive em relação à minha própria vida: 'Não é isso que eu entendi estava me sendo prometido. Desperdicei o meu esforço. Foi tudo em vão"'.

Ler aquelas palavras fizeram com que eu amasse Jesus ainda mais. Me conscientizei de que Hebreus 4:15 não é só um cliché: o nosso Salvador verdadeiramente é tocado pelo que sentimos em nossas enfermidades, e foi tentado em todas as maneiras como nós somos - contudo sem pecar. Ele conheceu essa mesma tentação de Satanás, e ouviu a mesma voz acusadora: "Você não cumpriu a missão. A tua vida é um fracasso. Você não tem o quê apresentar como resultado do trabalho".

Qual foi exatamente a missão de Cristo? Segundo Isaías, foi trazer Israel de volta para Deus, tirar as tribos de Jacó da corrupção e da idolatria: tornar "a trazer os remanescentes ("os guardados") de Israel" (49:6). O historiador Josephus fala sobre a situação de Israel nos dias de Jesus: "A nação judaica havia se tornado tão má e corrupta no tempo de Cristo, que se os romanos não a houvesse destruído, Deus teria feito cair fogo dos céus, como no passado, para os consumir". Em resumo, Cristo foi enviado como judeu entre os judeus, para livrar o povo de Deus do poder do pecado, e libertar todos os cativos.

Jesus testifica, "(O Senhor) fez-me como uma flecha polida, e me guardou na sua aljava" (49:2). O Pai O havia preparado desde a fundação do mundo. E o mandado dado a Cristo foi claro: "Fez a minha boca como uma espada aguda" (49:2). Jesus deveria pregar uma palavra como espada de dois gumes para penetrar no mais duro dos corações.

Então Cristo veio ao mundo para cumprir a vontade de Deus e promover reavivamento em Israel. E fez exatamente como lhe foi ordenado, sem proferir sequer uma palavra e sem realizar um único ato senão o que Lhe foi orientado pelo Pai. Jesus ficou exatamente no centro da vontade de Deus, recebendo autoridade total e a mais poderosa das mensagens. Mas Israel O rejeitou: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (João 1:11).

Pense nisso: Jesus pregou à uma geração que viu milagres incríveis - olhos cegos se abrindo, surdos ouvindo, os aleijados podendo andar. Contudo os milagres de Cristo foram repudiados ou minimizados, e Suas palavras ignoradas, incapazes de penetrar o coração endurecido das pessoas. Em verdade, a pregação dEle só enfureceu as seitas religiosas. Os próprios seguidores decidiram que a Sua palavra era dura demais e se afastaram dEle (v. João 6:66). No fim, até os discípulos mais chegados, os doze escolhidos, O abandonaram. E a nação que Jesus veio para levar de volta ao Pai gritava: "Crucifica-O".

Diante de qualquer olhar humano, Cristo falhou totalmente em Sua missão. O encontramos perto do fim do Seu ministério, junto a Jerusalém, lamentando a rejeição de Israel, chorando pelo Seu aparente fracasso em reuni-los, e com esperanças aparentemente frustradas. "Jerusalém, Jerusalém...Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta" (Mateus 23:37-38).

Imagine a dor que Cristo deve ter sentido ao proferir tais palavras. Posso apenas especular, mas creio que esse foi o momento quando Jesus se lamentou, "Trabalhei em vão". Imagino Satanás cochichando a Ele nesse momento, "Essa é a casa que fostes chamado a salvar, e a deixastes desolada e deserta".

Por um curto período, o Pai permitiu que Cristo experimentasse esse desespero humano da sensação de fracasso na vida: "Me entreguei inteiro, dei a minha força, o meu trabalho, a minha obediência. O quê mais eu poderia fazer para salvar esse povo? Todo o meu trabalho foi em vão". Ele sentiu o quê todo grande guerreiro de Deus ao longo das eras já experimentou: a tentação de se acusar de fracasso, quando um mandado claro de Deus parece não ter sido cumprido.


Por que Jesus, ou qualquer homem ou mulher de Deus
haveria de dizer essas palavras em eesespero:

"Eu trabalhei em vão" ?


Como poderia o próprio Filho de Deus fazer uma declaração destas? E por que gerações de crentes fiéis têm sido reduzidas à palavras tão enganosas? É tudo resultado de se comparar resultados pequenos com altas expectativas.

Pode-se pensar: "Esta mensagem parece que se aplica só a ministros, ou àqueles chamados para realizar uma grande obra para Deus. Percebo que ela é dirigida a missionários ou a profetas da Bíblia. Mas o que ela tem a ver comigo?".

A verdade é que todos nós somos chamados a um grande propósito em comum, e a um ministério: ou seja, sermos como Jesus. Somos chamados a crescer em Sua semelhança, a sermos transformados em Sua imagem. Você simplesmente não pode ser um cristão a menos que esse seja o seu chamado, esse seja o seu único alvo na vida: "Quero me tornar mais e mais como Cristo. Quero ser liberto de todo egoísmo, de toda ambição humana, de toda inveja, impaciência, ira, e da atitude de pensar mal dos outros. Quero ser tudo aquilo que Paulo diz que eu devo ser - para andar em fé e em amor. Senhor, o meu coração anseia ser como Tu".

Que expectativas elevadas! E você tem todas as promessas de Deus para lhe sustentar. Você segura nas mãos a espada de dois gumes, e seu coração se propõe a ser como Jesus. Então você começa a agir para se tornar como Ele.

Em pouco tempo, algumas mudanças maravilhosas começam a acontecer. Você fica mais paciente. Cada reação carnal que surge dentro de si, você rejeita, dizendo: "Isso não é ser igual a Jesus". A sua família, amigos, vizinhos e companheiros de trabalho percebem que você se torna melhor. Toda noite, você pode curtir a vitória daquele dia, e se parabeniza dizendo: "Consegui! Fui mais bondoso hoje. Hoje foi um dia bom, semelhante a Jesus".

Há alguns meses atrás, escrevi uma mensagem entitulada "Chamados para a semelhança de Cristo". Nela digo que a semelhança com Cristo começa em sermos como Jesus junto àqueles que estão pertos de nós. Verdadeiramente creio nisso. Logo, se você é casado, essa pessoa mais perto é o seu cônjuge. Então me dispus a me tornar o esposo mais semelhante a Cristo que um homem pode ser. E trabalhei nisso, me esforçando para ser mais paciente, compreensivo e atencioso.

Na primeira semana, batalhei para rejeitar toda e qualquer irritação. Fiquei o tempo todo recordando: "Jesus não iria fazer isso. Ele não iria dizer o quê quero dizer. Então não vou dizer. Vou ser como Ele".

No fim da semana, perguntei à minha esposa Gwen, "Você tem visto mais de Jesus em mim?". Ela respondeu, "Sim, eu vejo". Fiquei encorajado. Eu pensei, "É isso aí. Finalmente, após todos estes anos, descobri o quê é preciso fazer para ficar mais como Jesus".

Então a semana ruim chegou. Perdi a minha semelhança com Cristo - pelo jeito a cada movimento. No fim da semana, perguntei a Gwen, "O quê você acha de mim agora?". Ela disse, "Mais parecido com Paulo".

Eu gostaria de dizer que a cada dia, sob todos os aspectos, estou me tornando mais como Jesus. Mas a minha luta humana na carne para ser tal como Cristo simplesmente não funcionou. E o fato é que nunca funcionará. Eu continuo lutando com pensamentos, palavras e sentimentos diferentes dos de Cristo. A minha carne não possui a habilidade de lançar fora a carne. Tal trabalho é feito unicamente pelo Espírito Santo: "Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis" (Romanos 8:13). Em resumo, render-se à obra do Espírito Santo é a única maneira de se tornar verdadeiramente como Cristo.

É em meio à essa guerra contra a carne que muitas vezes caímos no engano. Somos tentados a pensar que fomos chamados, ungidos, e que aprendemos de mestres piedosos - e assim sendo, por que então continuamos a pensar em coisas da carne. Às vezes sucumbimos diante dos mesmos pensamentos que ressoaram ao longo das eras entre o povo de Deus: "Trabalhei em vão. Desperdicei o meu tempo e a minha força. Jamais vi acontecendo aquilo que Deus me prometeu. Não consegui realizar os planos e atos".


Pergunte a qualquer jovem que esteja se afastando de Cristo
por que se esfriou com Ele


Se você perguntasse a um jovem ou à uma jovem, "Por que você voltou ao que era antes?", encontrará a mesma mentira demoníaca plantada no coração deles: "Eu fiz o possível. Orei, li a Bíblia. Fui à igreja, e testemunhei para os meus amigos na escola. Me esforcei ao máximo para viver de modo reto. Mas nunca recebi o milagre que eu precisava. As minhas orações não eram respondidas, e não era liberto. Depois de tudo isso, acabei derrotado. Eu não conseguia tirar da minha cabeça a coisa de que não adiantava, que a minha carne não iria mudar nunca. E que era perda de tempo. Eu sentia que tudo que fizera fora em vão".

E os pais e as mães retos, que tão diligentemente oraram pelos filhos que estavam esfriando? Deus lhes deu promessas e eles se agarraram à elas, clamando a Ele em fé. Mas o tempo passou e o filho nunca reagiu. E agora estes consagrados santos suportam a mesma terrível mentira: "Você falhou, trabalhou em vão. Perdeu tempo estes anos todos. Essa luta só serviu para te esgotar. Não adiantou nada".

Muitos que lêem esta mensagem estão desanimados porquê não experimentaram a promessa que Deus lhes fez. Eles não invejam as bênçãos que o Senhor dá aos outros. Eles não se comparam com alguém que pareça estar desfrutando de um milagre. Não, no momento estão olhando para as suas próprias vidas. E estão comparando o que crêem Deus lhes prometeu com o quê parece estar acontecendo nesse momento. Para eles, suas vidas parecem um fracasso absoluto.

Examinando o seu caminhar com toda a honestidade e sinceridade, eles parecem ver pouco progresso. Fizeram tudo que Deus lhes disse para fazer, sem jamais hesitar diante de Sua palavra e mandamentos. Mas o tempo passa, e eles vêem apenas o fracasso. E agora estão aniquilados, com o espírito ferido. Eles pensam, "Senhor, será que tudo foi em vão? Será que ouvi a voz errada? Será que fui enganado? Será que a minha missão terminou em ruínas?".


Há duas coisas que eu quero colocar em sua mente
com essa mensagem


Primeiro de tudo, você agora sabe a partir de Isaías 49 que o Senhor conhece a sua batalha. Ele a lutou antes de você. E não é pecado ter pensamentos assim, ou ver-se deslocado com um sentimento de fracasso diante de experiências que lhe despedaçam. Jesus mesmo experimentou isso e era sem pecado.

Segundo, é muito perigoso permitir que essas mentiras do inferno infectem e incendeiem a sua alma. Jesus nos mostrou como sair desse desânimo com a seguinte declaração: "Debalde tenho trabalhado...todavia o meu direito está perante o Senhor, a minha recompensa, perante o meu Deus" (Isaías 49:4). Em hebraico a palavra direito aqui é "veredicto". Cristo está dizendo em verdade, "O veredicto final está com o meu Pai. Somente Ele julga tudo que fiz, e se fui eficiente ou não".

Através dessa passagem Deus está reforçando o seguinte para nós: "Pare de emitir veredictos em relaçao ao teu trabalho para Mim. Não é da sua conta julgar se foi eficiente ou não. Você ainda não sabe o tipo de influência que teve. Você simplesmente não tem a visão para conhecer as bênçãos que lhe estão chegando". Na verdade, não conheceremos muitas destas coisas enquanto não estivermos diante dEle na eternidade.

Em Isaías 49, Jesus ouve o Pai dizendo com todas as letras:

"Sim, Israel ainda não foi reunido. Sim, eu lhe chamei para reunir as tribos, e isso não aconteceu do jeito que o imaginavas. Mas esse chamado é uma coisa pequena comparado com o quê lhe deverá vir. Não se compara com o que tenho preparado. Eu agora vou lhe tornar em luz para o mundo todo. Israel será finalmente reunido; essa promessa será cumprida. Mas tu te tornarás uma luz não apenas para os judeus, mas para os gentios. Tu trarás salvação para o mundo inteiro".

"Israel não se deixou ajuntar; contudo aos olhos do Senhor serei glorificado, e o meu Deus será a minha força. Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra" (Isaías 49:5-6).

Prezado santo, enquanto o Diabo está mentindo, dizendo que tudo que você fez foi em vão, que nunca verá cumpridas as suas expectativas, Deus em Sua glória está preparando uma bênção maior. Ele tem coisas melhores preparadas, acima de qualquer coisa que você possa imaginar ou pedir.

Não devemos mais ouvir as mentiras do inimigo. Pelo contrário, devemos descansar no Espírito Santo, crendo que Ele cumprirá a obra de tornar-nos mais como Cristo. E devemos nos erguer da desesperação e nos sustentar sobre essa palavra: "Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (I Coríntios 15:58).

Chegou a hora da abundância em seus trabalhos. O Senhor está lhe dizendo basicamente: "Esqueça e abandone essa 'idéia de fracasso'. Está na hora de voltar para a obra. Nada foi em vão! Há muita coisa chegando para ti - então pare com esse abatimento e alegre-se. EU não deixei você pra trás. Proverei abundâncias maiores do que você possa imaginar ou pedir!".

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Sermão do Pastor David Wilkerson em 19/09/2005


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