domingo, julho 27, 2014

Hamas: um clube de milionários na Palestina


GAZA



Tradução:João Cruzué

Nas eleições legislativas de 2006, as ruas da palestina esmagadoramente votaram no Hamas por causa exuberante contribuição  financeira que corrompeu a  Autoridade Palestina. Agora, depois de anos do lucro da exploração da guerra, parece que próprio Hamas  se tornou o  primeiro entre o clube dos milionários palestinos.

Desde muito cedo,  depois de tomar 0 controle da Faixa de Gaza em 2007, o Hamas  e seus aliados começaram a escalada de lançamento de foguetes contra o estado judaico. Dado a gravidade das represálias israelenses, que pareceriam não ser muito boas para o negócio. Mas, que de fato tem sido.

Passados sete anos, a liderança de Hamas arrecadou  somas ultrajantes de dinheiro graças ao bloqueio israelense de Gaza. A maior parte dos ganhos foram o resultado de impostos exorbitantes sobre as mercadorias contrabandeadas do Egito em túneis que correm embaixo das fronteiras de Gaza, ou grosseiramente tributando  o combustível egípcio subsidiado.

Nenhuma daquelas fontes de receita seriam possíveis sem  a provocação  violentamente a Israel para estabelecer o cerco à Gaza.Da mesma maneira os lucros de Hamas são ameaçados pelas quantidades enormes da ajuda humanitária e outras mercadorias que o Israel e a comunidade internacional distribuem em Gaza todo mês, que numerosos relatórios sugerem que o Hamas bloqueia aquela ajuda.

Ao mesmo tempo, os líderes de Hamas tem se provido de arrecadações de fundos agressivas nas suas viagens ao exterior. E, desde que a razão da existência do Hamas é a destruição de Israel, seria duro virar as costas para o lobby financeiro  para alguns mísseis  em cima do judeus de vez em quando.

E para onde vai o dinheiro?

Em entrevistas recentes  aos meios de comunicação , o Professor Ahmed Karima da Universidade al--Azhar no Egito observou que, nos últimos anos, o Hamas se tornou um movimento florescente de milionários. Segundo Karima,  o Hamas gerou  mais de 1,200 milionários sob sua liderança entre os funcionários de nível médio. Esta  afirmação foi confirmada pelo líder palestino Mahmoud Abbas, que em 2012 estimou que o número de milionários de Gaza era de 800.

Particularmente, o líder geral do Hamas, Khaled Mashal, acumulou uma fortuna de 2.6 bilhões de dólares, segundo fonte jordaniana.

Há um ano, quando a Fraternidade Muçulmana, organização de onde veio o Hamas, governava o Egito, o grupo de liderança de Gaza do grupo menos tinha pouco cuidado em ostentar  sua prosperidade, e o mercado imobiliário luxuoso que cresceu como resultado.

Tudo isso está acontecendo porque muitos habitantes de Gaza se afundam  na pobreza e lutam com uma taxa de desemprego de 40 por cento. Imagine quantos novos empregos poderiam ser criados com todo o dinheiro  reunido pelo Hamas. 

Em vez disso, o grupo de terror instalado em  Gaza sente prazer em ver o povo de Gaza sofrer, tanto economicamente como em consequência de sua violência contra  Israel, tudo a serviço do principal  objetivo  do Hamas.


SP 27.7.14.








Jesus disse não


João Cruzué

Vivemos em uma época em que a palavra sim está na moda. Pelo amor ao dinheiro,  a consciência de muito religioso troca o não pelo sim, por um simples exercício de racionalização.

há bispos e pastores que dizem, sim! Pelo interesse em perenizar o poder, os políticos dizem "sim!" à corrupção. Pela introdução dos relacionamentos descartáveis na sociedade a palavra sexo usurpou o significado de amor - sim. Também vivemos em dias, que os filhos quando conversam com os pais, só esperam ouvir: Sim! Tempos da relativização do santo, do escárnio da moral, da banalização do sexo, da "Lei de Gerson" que se tornou um texto consuetudinário enquanto o "Príncipe" de Maquiavel tem sido a bíblia de cabeceira de muitos aspirantes ao "pudê". No entanto, hoje eu não vim enaltecer o "óbvio", mas lembrar de três momentos em que Jesus Cristo exercitou a força da palavra não.

Decerto que houve mais de três momentos em que Cristo precisou dizer não. Assim posso restringir o foco do meu post em três passagens bíblicas. Eu sei que este texto vem destinado a mim, e por isso mesmo, também poderá falar com muitos. Jesus disse não: durante a tentação; Jesus disse não, diante da mulher adúltera e Jesus disse não durante sua crucificação.

Há momentos que é preciso dizer não!

Quando Jesus foi para o deserto orar e jejuar por 40 dias e noites, ele foi assediado pelo diabo. E naquele lugar solitário e árido o Senhor foi tentado por três vezes. Na primeira, o diabo tentou quebrar sua obediência à vontade de Deus, sugerindo: Se tu és o filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Colocar a satisfação de uma necessidade justa, primária, na hora errada. Cristo pensou duas vezes, como é costume dizer, e respondeu que nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus. Comer era uma necessidade básica, ainda mais depois de 40 dias de jejum, mas Cristo esperou para o momento certo, quando os anjos de Deus desceram para lhe dar alimento. Depois o diabo procurou tentá-lo com a fama e comisso matá-lo antes do tempo, induzindo-o ao suicídio. A fama também mata, haja vista o que tem acontecido com milhares de religiosos. Na última tentativa, o diabo ofereceu o poder e a glória deste mundo, e foi rechaçado pelo Cristo, pois o Reino de Deus é um reino espiritual.

Se Cristo tivesse racionalizado com a palavra de Deus, como muitas autoridades estão fazendo hoje, a miséria, o pecado e a morte seriam eternas. Isto não aconteceu, pois a mente do Senhor estava atenta ao que era (e o que não era) a vontade do Pai. Ah! como tem gente sendo enganado pelo diabo pensando que estão fazendo o que é da vontade de Deus.

A segunda vez que Jesus disse não, foi diante de um grupo de religiosos radicais. Adiante, ia uma mulher adúltera. Atrás, velhos e moços com grandes pedras na mão. Calmo, Jesus escrevia no chão. Tendo insistido, o Senhor propôs: Aquele que estiver sem pecado, que atire a primeira pedra. Saíram primeiro os mais velhos; surpresos, os jovens os seguiram. Frente a frente, ficaram uma mulher assustada e agradecida e o Filho de Deus. "Mulher, onde estão os teus acusadores? ...Vai em paz e NÃO peque mais."

Jesus disse sim, para a vida e não, para o pecado. Ele ama o pecador, mas aborrece o pecar. E mais ainda aborrece aos atiradores de pedra de plantão que se postam nas portas do templos para procurar falhas e defeitos na vida dos irmãos e dos pecadores que tenta se aproximar da salvação.

A terceira vez que Jesus disse não, foi quando ele estava a poucos momentos da morte e um coro de filhos de príncipes zombava: Se tu és o Cristo, desce da cruz agora e salva-te a ti mesmo! O curioso é que o início desta frase também foi usada pelo diabo - Se tu és o Cristo... Como também não é mera coincidência as mesas palavras dentro do contexto da pergunta do Sumo Sacerdote em Marcos 14:61, e de membros do Sinédrio em Lucas 22:67. É somente impressão minha ou toda aquela gente estavam com suas bocas à disposição do diabo?

Se Cristo tivesse descido da cruz com o poder e a glória que tem, o plano da salvação teria fracassado e nunca mais alguém escutaria o seu nome. Mas Cristo venceu a vontade do diabo. Ele venceu a própria vontade, e é por isso que, 2000 anos depois, seu nome continua sendo Maravilhoso, Deus Forte, Conselheiro, Deus Forte e Pai da Eternidade.

Há "nãos" que não precisam ser ditos para que sejam entendidos. Atitudes falam mais alto que palavras, porque são mais difíceis de serem tomadas.

Quero terminar esta mensagem fazendo três perguntas para mim mesmo:

-Qual é o preço de se dizer não! Quando as pessoas esperam que devemos dizer sim?

Se alguém vier oferecendo uma oportunidade maravilhosa, dizendo que é uma bênção, será que estarei pronto para dizer a resposta certa, dentro da vontade de Deus?

De acordo com minhas atitudes, que palavra o Senhor me dirá, naquele dia, quando eu bater a sua porta?

Diante disso, chego a esta conclusão: minha justiça perante o Senhor é como trapos de imundície e que eu preciso muito conhecer sua vontade para dizer não no tempo apropriado.





segunda-feira, julho 21, 2014

Medicina na Bíblia



Wilma Rejane

Existiria na Bíblia o ensinamento de que é pecado recorrer a medicina para curar doenças? O uso da ciência médica seria indicação de falta de fé? Esses são dilemas constantes no meio cristão, evangélico ou não, visto que há religiões que proíbem sua comunidade de recorrer a procedimentos médicos como por exemplo: transfusão de sangue, transplantes e outros.

Sei que o assunto exige extenso debate, mas quero tão somente que esse artigo sirva de suporte para ajudar pessoas que procuram referencias Bíblicas para o uso da medicina: Deus condena essa prática? 

Há inúmeras passagens Bíblicas sobre a ciência médica, a primeira referência está no livro de Gênesis quando Deus realiza um corte na costela de Adão com o objetivo de originar Eva. Por que Deus escolhe fazer a Eva de Adão? Ele não poderia fazê-la de modo independente, como fez com Adão? Nessa operação cirúrgica de Deus está presente o papel social de homens e mulheres, mas também e de forma esplêndida o papel de medicina na origem de todos os seres humanos; a química, biologia, genética e outros. Observemos:

Gênesis nos diz que Deus criou Eva usando material retirado do lado de Adão. (Gênesis 2:21-22) A palavra hebraica para o que foi tirado de Adão é tsela = costela(H6763 de Strong). 


Os componentes necessários para fazer Eva já estavam nas células de Adão, ou seja, os cromossomos humanos, que carregam o material genético para fazer o corpo humano. Todos os seres humanos têm 46 cromossomos, mas o sexo é determinado por apenas dois deles - chamados X e Y. Os machos têm um X e um Y. As fêmeas têm dois Xs.


Portanto, para tornar células femininas a partir de células masculinas Deus teve todos os diferentes tipos de cromossomos que precisava. Ele tirou o Y e duplicou o X, mas Ele não teve que inventar qualquer novo  cromossomo. Adão e Eva foram, criações únicas e separadas, produtos de um Deus que sabia manipular coerentemente os dados científicos que tinha em mãos.


Passando do Gênesis, vamos para o livro de Levítico, Onde Deus orienta a congregação de Israel a fazer uso de práticas sanitárias e de higiene pessoal em prol da saúde Dt 23: 10 a13

"Quando entre ti houver alguém que, por algum acidente noturno, não estiver limpo, sairá fora do arraial; não entrará no meio dele.Porém será que, declinando a tarde, se lavará em água; e, em se pondo o sol, entrará no meio do arraial.Também terás um lugar fora do arraial, para onde sairás.E entre as tuas armas terás uma pá; e será que, quando estiveres assentado, fora, então com ela cavarás e, virando-te, cobrirás o que defecaste."

Queimar animais mortos, lavar despojos de guerra com água corrente e/ou esterilizar com fogo foram medidas também ditadas por Deus para que Israel tivesse os dias de vida prolongados, com saúde. 

E hoje : Países que não têm politicas de saneamento básico,  possuem maiores índices de doenças, subnutrição e mortes. Porque a proliferação de germes é responsável por muitas doenças. Deus ensinou sobre isolar roupas e pertences de leprosos e anos depois mais precisamente em 1873 ficou comprovado que a lepra era altamente contagiosa e que sua bactéria poderia sobreviver até três semanas fora do corpo.

E no século 14: A peste negra  ceifou  milhões de vidas e não foi quebrada até que os pais da igreja em Viena  incentivaram o público a  a seguir as diretrizes  estabelecidas na Bíblia. Os resultados promissores em Viena obrigaram outras cidades a seguir o exemplo e, a temida praga foi finalmente erradicado .

Circuncisão ao 8º dia
Deus instituiu a circuncisão  dos meninos nascidos em Israel, a partir do oitavo dia de vida (Gn 17:12, 21:14, 00:03 Levi, Lucas 2:21). Médicos pesquisadores descobriram  que os dois principais fatores de coagulação do sangue, a vitamina K e da protrombina, atingem o seu nível mais alto na vida, cerca de 110% do normal, no 8 º dia após o nascimento. Estes agentes de coagulação do sangue facilitam uma rápida cicatrização e reduzem a chances de infecção. Atualmente, qualquer procedimento de circuncisão antes do 8º dia exigirá injeções de vitamina K para cicatrizar sem problemas.

O que levou anos em pesquisa para ser descoberto,já estava escrito pelo Médico dos médicos nas páginas da Bíblia Sagrada.

Ezequias,  Acazias  e Asa

O profeta Isaías (sobre direção de Deus) prescrever um medicamento para Ezequias, o composto feito com pasta de figos foi colocado em cima da enfermidade e teve efeito rápido de cura. II Reis 20:7.“Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos. E a tomaram, e a puseram sobre a chaga; e ele sarou.” e Isaías 38:21.


II Reis 1:1-4 cita ainda o exemplo do rei Acazias de Israel, que estava doente e foi enviado para Belzebu, o deus de Ecrom, para ver se ele  se recuperava da doença. A resposta de Deus através de seu profeta Elias no versículo 3 foi: "Será que é porque não há Deus em Israel, que você está indo para consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?"

A Bíblia condena a confiança em deuses pagãos, amuletos, encantamentos ou outras formas de magia ou superstição. Rei Acazias enviou a Baal-Zebube, deus de Ecrom, para saber se ele iria se recuperar de uma doença, da mesma forma como o rei Saul consultou a feiticeira de Endor antes de sua batalha final. Acazias deveria ter consultado a Deus. Esta passagem é sobre a idolatria; não tem nada a ver com a obtenção de ajuda médica. 

Em outro exemplo, quase no final de sua vida, o rei Asa foi repreendido por Deus por causa de uma doença muito grave, ele não buscou a Deus, mas procurou os médicos (2 Crônicas. 16:12-13). O problema era que Asa não havia buscado a Deus primeiramente, mas havia colocado toda a confiança nos médicos.


No Novo testamento

Jesus Cristo disse: "Aqueles que estão bem não precisam de médico, mas os que estão doentes" (Lucas 5:31). Era uma clara referência a cura do espírito, sendo Ele, Jesus a cura daqueles doentes.

Lucas 4:23 Jesus cita o provérbio: "Médico, cura-te a ti mesmo"

Lembremos que Lucas, o que narra esses acontecimentos da vida de Jesus, era médico e em nenhum momento da Bíblia é dito que ele deixou de exercer a medicina por causa da fé. Em Colossenses 4:14 Paulo se refere a Lucas como o "médico amado".

Em Marcos 5:24-29 vemos outra referência aos médicos: Uma mulher há doze anos sofria com fluxo de sangue,tendo ido a vários médicos em vão. E bastou um toque da mulher na orla da veste de Jesus para, enfim, ficar curada.

Quando Jesus exerceu seu ministério na Palestina, Ele encontrou muitos doentes, multidões que estavam sofrendo pela ineficácia da medicina daquela época. Jesus veio trazendo a cura e ensinando que vários fatores poderiam motivar a enfermidade do corpo a espiritualidade era uma dessas causas. Contudo, não deveríamos considerar toda doença como fruto de pecado, maldição. As doenças eram consequências também de falta de cuidado com a saúde, acidentes e outros.


Considerações finais:

Por todo o contexto Bíblico, podemos concluir que Deus Pai, Filho e Espírito Santo têm todo o poder para curar qualquer enfermidade que seja. Devemos sempre recorrer a Ele para vencer do mais brando ao mais terrível diagnóstico. Uma vida de oração e adoração constante  nos dará segurança de que Deus está no controle do que quer que aconteça conosco. E se Deus criou a fé e a medicina, não estamos condenados a padecer por doenças que a medicina pode auxiliar a curar. Contudo e sobre todas as coisas, nossa confiança não deve estar nos homens, mas em Deus. 

Tiago 5:14-16

"Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos."

 Recorrer a Deus em casos de doenças, pode nos proporcionar:

  • Em primeiro lugar uma cura sobrenatural sem auxilio de medicamentos.
  • Uma orientação sobre onde e a quem recorrer
  • Tranquilidade e segurança para lidar com o tratamento médico
  • Recursos financeiros e humanos
  • Sobriedade para tomar decisões
  • Resignação para conviver com certos espinhos que nem sempre deverão ser arrancados ( II Coríntios 12)

Provérbios 3:5-6: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não se apoie em seu próprio entendimento;  reconhecê-O em todos os teus caminhos e Ele endireitará as tuas veredas." 

Deus não condena a medicina, nem os cristãos que recorrem a ela. O que Deus condena é o confiar apenas nos recursos humanos esquecendo-se que Ele pode transformar situações. Condena o ocultismo, a superstição, a idolatria na busca pela cura.

Outra consideração que faço é a de que me sinto pequena e incapaz diante da Soberania e poder de Deus. Por isso, sempre que me deparo com situações de doenças quer seja comigo ou com outros, primeiramente recorro a fé porque sei que ela dá o suporte necessário e eficaz para todas as demais áreas. 

A Deus seja a honra e a glória por Sua justiça e perfeição, pela cura sobrenatural ou medicinal. A Ele seja a glória pelo que a vida nos oferece e também pelo que não nos compete.


Deus o abençoe

Fontes: Bibleevidences e Bíblia sagrada.


Wilma Rejane edita o blog A Tenda na Rocha e colabora com o Olhar Cristão

domingo, julho 20, 2014

A mostarda: condimento e símbolo da fé cristã

ELISEU ANTONIO GOMES


O inimigo de nossas almas trabalha para inserir em nossos corações a dúvida. Ele injeta a pergunta: "será que você tem fé suficiente para receber a bênção?"

Não duvide da sua fé, duvide da dúvida, pois está escrito na Bíblia que Deus responde as orações daquelas pessoas que oram com fé, não importando ser uma fé notável ou insignificante. Assim sendo, a atitude mais acertada após orar é guardar na alma o conteúdo que oramos e partir para as nossas obrigações do cotidiano, colocando a incerteza para longe do coração.


Parábolas

Jesus declarou que não é preciso ter uma fé do tamanho do monte Everest para ter orações respondidas, basta que a fé seja do tamanho de uma minúscula semente de mostarda, cujo diâmetro esférico aproximado é de 1 a 2 milímetros (Lucas 17.6).

Em outra oportunidade, Jesus lançou uma pergunta retórica aos seus discípulos: "com o que pode ser comparado o reino de Deus?" Conferir: Marcos 4.30; Lucas 13.18. A pergunta era compreensível, pois a terminologia da palavra "reino" tem conotações políticas, remete ao mundo visível. Em seguida, Jesus explicou com uma parábola, dizendo-lhes que o reino de Deus nada tinha a ver com a política deste mundo, é igual a semente da mostardeira - entre as sementes, a mostarda é a semente que o olho humano tem mais dificuldade de ver, devido seu tamanho pequenino. E continuou a explicar dizendo que o reino de Deus cresce como uma mostardeira, que oferece seus galhos para servir de abrigo aos pássaros e suas sementes como alimento às aves do céu.

História

Existem achados arqueológicos de origem suméria que citam a semente da mostardeira usada em forma de pó, como tempero por volta do ano 3 mil a.C. Desde os tempos dos antigos romanos a mostarda é usada em cataplasma e sais aromáticos para aliviar a dor e a congestão. Conforme alguns escritos gregos apontam, Hipócrates fazia uso na forma de emplastros com finalidade de combater resfriados.

No século 20, a semente desta erva é encontrada como suplemento e realçador do sabor da carne, de salsichas e saladas, hamburguer, torradas e cachorros-quentes; é encontrada combinada ao fabrico de maionese, curry e picles. 

Por possuir valor nutricional importante, propriedades antioxidantes, conter carboidratos, vitamina, gordura, cálcio, ferro, magnésio, zinco, fósforo, potássio, sódio e água, a semente de mostarda é um condimento muito popular em cozinhas de muitas partes do nosso planeta. Ela é acrescentada às receitas de culinária porque dá sabor e aroma especial à comida. Em algumas ocasiões, é cozida antes de ser levada às refeições, sendo transformada no óleo principal da receita ou moída para ser consumida como farinha. De uma ou outra maneira, os grãos de mostarda sempre ganham destaques aos elementos do prato.

Seu aroma e sabor fortes se desenvolvem somente após trituração e umedecimento. Quando misturada com a água ou o vinagre, produz uma reação química que não existia em seu estado natural, criando uma espécie de óleo volátil de cheiro agradável e sabor picante.

Ainda hoje, entre as especiarias, é a terceira mais consumida, perdendo apenas para o uso do sal e da pimenta, é comum na Europa Ocidental usar a mostarda com mel para suprimir a tosse.

No Paquistão, a semente de mostarda é a segunda principal fonte de riqueza do país. Gera 233 mil toneladas de produção ao ano aos paquistaneses.

Comparações

A fé e o reino de Deus se parecem com a semente de mostarda, que não é vista com facilidade. Não é possível perceber com olhos naturais a fé e também não é possível ver o reino de Deus germinar no coração do crente no primeiro lance de observação.

Entretanto é possível analisar a vida cristã das pessoas a partir destas comparações. Quando a semente é colocada em solo fértil ela se transforma em uma enorme planta. A natureza não tem pressa, é necessário regar, esperar que a semente se transforme em broto e cresça viçosa. Se houver cultivo da fé, o resultado será visível, palpável, provado, aprovado, útil e impressionante. A semente da mostarda é associada ao estímulo, incentivo e satisfação. De igual forma é a fé. Mesmo que pequenina, é o tempero que transforma a vida do crente para melhor.

Assim como não há possibilidade de encontrar a raiz, o caule e as folhas dentro de uma semente, não é possível encontrar, sem exame apurado, os resultados da fé e da obediência antes do tempo adequado. A fé se materializa em atos de obediência; o reino de Deus é realidade na vida das pessoas a partir do momento em que elas decidem, voluntariamente, viver em obediência ao Senhor, o Rei dos reis!

Conclusão

"Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" - Romanos 10.16-17.

Antes de experimentar os resultados da fé em atividade, é preciso crer nas promessas de Deus e obedecer suas orientações com boa disposição.

E.A.G.



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sábado, julho 19, 2014

Deus e o controle da tecnologia de armazenamento em DNA


Espiral do DNA
João Cruzué

Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de transformar o DNA orgânico em um HD para armazenamento de arquivos eletrônicos. Eles descobriram que em apenas quatro gramas de moléculas de DNA é possível armazenar 1,8 zettabytes de arquivos, ou seja, tudo que foi gerado pela internet no ano passado. A ciência segue os passos da criação de Deus. Enquanto duvida de sua existência, ela revela para nós, cristãos, as coincidências deixadas propositalmente em cada rastro do Criador.

Sabemos que a Internet é uma teia de comunicação computador-a-computador que permeia mais de um bilhão de dispositivos de informática tanto móveis como fixos em todos os países do mundo, e da comunicação digital, em termos de massa, mal chegou aos 20 anos. Com tanto potencial eletrônico para saber e bisbilhotar tudo, os homens mais poderosos da terra, ao que me parece, buscam uma forma de onisciência para controlar pessoas e ganhar dinheiro. Como cristão, sempre soube da dúvida de muita gente, que pergunta com ceticismo como pode Deus ser onisciente e saber de tudo. Usando uma analogia sobre a tecnologia que podemos compreender, não é difícil de imaginar, ao meu sentir, que Deus pode ter, sim,  a onisciência absoluta.

Uma gangue cibernética invadiu há pouco tempo os sistemas  de 34 bancos brasileiros tendo infectado 192 mil computadores e falsifiou quase 400 mil boletos bancários. Um hacker, sozinho, invadiu 420  mil computadores para mapear dados da Internet.  A famigerada NSA de Barack Obama colocou programas espiões em mais de 100 mil computadores e grampeou os smartphones de autoridades e gente importante no mundo todo, que ficamos sabendo pelas denúncias de Edward Snowden - um analista desertor.  

Se um hacker tão limitado consegue fazer um estrago enorme em centenas de milhares de computador, o que dizer da inteligência de Deus, o SENHOR, um ser eterno que criou os céus e terra e tudo quanto neles há? 

Recentemente os cientistas descobriram que o meio mais seguro e promissor de guardar dados digitais é dentro de moléculas de DNA, ou seja, em meio orgânico. Considerando que o conhecimento em Tecnologia de Informação e Comunicação é coisa de menos de 50 anos, quero imaginar o seguinte: Foi Deus quem criou a molécula de DNA, seus genes,  suas bases de ligação e outras coisas neste campo que ainda não foram descobertas.

Aquilo que o homem está aprendendo a controlar agora, o ETERNO já faz e conhece há mais tempo do que 10 elevado à milésima potência. 

Andrew Macrae, pesquisador do Instituto de Microbiologia Paulo Góes da UFRJ, afirmou que a natureza é perfeita e que o DNA foi o  polímero "escolhido"  (aspas minhas)  por ela para armazenar dados. Ele fez este comentário depois que pesquisadores da Universidade de Harvard descobriram com transformar uma molécula de DNA em HD. Só que com um detalhe: em um grama de DNA cabem 455 exabytes de informação. E que para armazenar os 1,8 zettabytes que toda computação do mundo produziu o ano passado, seriam necessários apenas 4 gramas de DNA.

Um organismo humano tem cerca de 100 trilhões de células. Cada célula com cerca de 2 metros de DNA em espiral. Então o espaço onde dados  podem ser armazenados seriam como uma fita de 200 trilhões de metros. No sequenciamento do DNA humano descobriu-se que há vários trechos dele que os cientistas ainda não têm a mínima ideia para que existem e que tipo de informação trazem.

Ora, falar que tudo isto é obra aleatória da natureza é uma agressão a minha inteligência. Se com a chegada era da informática muita gente passou a entender  que o que se passa no coração dos processadores não é milagre nem obra do acaso, por que é tão difícil compreender que há um Criador que desenhou uma molécula de DNA. E que em um grama deste material cabem 455 exabytes de informação, sendo que um ser humano adulto pesa 70 kg?

Será mesmo que Deus não sabe tudo sobre você e o que faz, com tanta informação no DNA das células do seu cérebro cujo peso médio é de 1,4 kg e 1150 cm³? 

E mais, você não precisa compreender a tecnologia do Wi-Fi, para saber que ela funciona. Da mesma forma não preciso ver nem sentir Deus para saber que Ele está no controle. Sei disso, porque desconfio que a era da informática binária é o tempo do kairós que foi preparado para fazer ouvir a voz da salvação de Deus: 


Ó vós todos que tendes sede, vinde às águas,

e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei;

sim, vinde e comprai sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 

Livro do profeta Isaías, 55:1.


E dentro disso uma parte muito grandiosa: nenhum computador consegue se livrar de um vírus por si só. É necessário que alguém baixe e execute nele o que conhecemos por antivírus. Da mesma forma a Palavra de Deus diz que o pecado entrou no mundo através de um homem - Adão. E diz a Bíblia que por isso, todos pecaram. Mas, depois disso Deus enviou Jesus Cristo, seu filho unigênito cujo sangue derramado na cruz do calvário tira o pecado do mundo. A Bíblia fala também em centenas de textos das cartas e epístolas sobre um assunto que na semântica da nossa língua se conhece por GRAÇA.  A GRAÇA foi uma atitude de Deus, nosso SENHOR e criador que olhando para as misérias da humanidade viu que havia como, por ela própria, se livrar da miséria do pecado. Então Deus se abaixou até onde estávamos por meio da sua GRAÇA para nos trazer o perdão e a alegria (o vinho).  E a paz  (o leite). 

Muitos bispos, apóstolos e pastores corruptos têm mercadejado em suas "igrejas" o vinho e o leite. Eles estão cobrando um preço de perdição sobre aquilo que o SENHOR afirmou em sua lei que seria de graça. A graça de Deus (vinho e leite - conotativo) não são dadas por Deus por preço cobrado por falsos religiosos. Eles estão fraudando a Lei e a Vontade de Deus.  Deus não está sendo cego ou surdo sobre estes crimes. Nesta vida e na outra, há um preço a pagar não só pelo religioso corrupto, mas toda sua casa.

Deus tem tudo registrado. Os registros estão guardados em um Livro que na época do texto bíblico era conhecido como o Livro das Obras. Isto é controle. Há também um outro livro - o Livro da Vida. Só terá seu nome escrito neste Livro aquele líder religioso que mantiver sua vida em santidade, longe da corrupção, principalmente do amor ao dinheiro. A alma que pecar, depois de ter sido salva, terá seu nome riscado do Livro da Vida. Aquele que aceitar Jesus como seu Salvador e Senhor pessoal, terá seu nome escrito neste Livro. Isto também é controle.

E, como disse o Senhor Jesus no Evangelho escrito por São João: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Todo ramo da videira que está ligado a mim que não dá fruto, Ele a tira. E limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Controle. Uma figura da World Wide Web, não de computadores, mas seres humanos, salvos, perdoados e que andam em santidade no caminho que é Cristo Jesus.

A Paz do Senhor Jesus Cristo!

Irmão João.









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sexta-feira, julho 18, 2014

O profeta Ezequiel e a doutrina da predestinação


Rolos sagrados

João Cruzué

Há muito, tenho ouvido esta assertiva calvinista: Uma vez salvo, salvo para sempre! O homem nada fez para ser salvo, e nada precisa fazer para mantê-la ou perdê-la. O ensino de uma salvação absoluta. Eu sei que na Bíblia tem pontos difíceis. Um deles é Romanos 9;13 - Amei a Jacó e aborreci Esaú. Será que Deus olhou para os dois e, de repente, simpatizou-se com Jacó e não foi com a "cara" de Esaú? Vamos ver isto mais de perto.

Muitos pregadores crucificam o caráter de Jacó, com suposições sem fundamento. Será que Jacó era mesmo um enganador, tanto quanto Abrão era um mentiroso?  Não é propósito deste texto tratar desta questão, considerando que os feitos  dos dois falam por si. O coração de Jacó se inclinava para o sagrado, enquanto que o de Esaú era profano. Mundano. Quando arranjou duas mulheres heteias, formou um lar dentro de um conceito de família reprovável. As duas foram fontes de amargura para sogros. Mas, o que mais pesou no coração de Deus para aborrecer a Esaú, foi o desprezo deste pela bênção da primogenitura.

Estive meditando por esses dias no livro do Projeta Ezequiel. Mais precisamente no capítulo 33. Se por um lado, Filipenses 1:6 diz que "Estou certo, que aquele que começou a boa obra em vós, a aperfeiçoará até o dia do Senhor Jesus, no capítulo 33 de Ezequiel, entre outras coisas, está escrito assim:

EZEQUIEL 33:13
"Quando eu disser ao justo
Que certamente viverá,
E ele, confiado na sua justiça,
Praticar a iniquidade,
Não virão a minha memória
Todas as justiças,
Mas na sua iniquidade
que pratica, morrerá."

EZEQUIEL 33:14
"E quando eu disser ao ímpio:
que: Certamente morrerás;
Se ele se converter do seu pecado,
e fizer juízo e justiça,
Restituindo o penhor,
Pagando o furtado,
Andando nos estatutos da vida
e não praticando iniquidade
certamente, viverá,
E não morrerá!"


Daí, meu entendimento é assim: 

A salvação é de graça e pela graça. Deus, vendo a terra e os homens na miséria do pecado, decidiu descer até aqui, para trazer a sua graça até nosso nível. E uma vez tendo sido perdoados e salvos, os frutos são uma consequência natural.  Mas a salvação proposta pro Deus, não é uma reta de chegada mas um caminho a ser percorrido. A porta é Jesus, e depois da porta segue-se um caminho estreito. A salvação é recebida de graça, é mantida pela graça, mas pode ser perdida, se de nossa parte desprezarmos a santidade, a justiça e a comunhão com Deus.




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quarta-feira, julho 16, 2014

A chamada ministerial do Pastor Martin Luther King

D.D
TESTEMUNHO DO

PASTOR MARTIN LUTHER KING

"My call to the Ministry"

Pastor Martin Luther King
(1929-1968)

Martin Luther King, Jr.

Tradução de João Cruzué


Joana Thatcher, diretora de publicidade da Convenção Batista Americana, pediu ao Pastor Martin Luther King para dar uma declaração sobre sua chamada ministerial. Em seu pedido, ela notou que "Aparentemente a maioria de nossos jovens ainda pensam que a menos que vejam uma sarça ardendo ou uma luz ofuscante no caminho para "Damasco", eles não se consideram chamados."

E essa foi a declaração do pastor Martin Luther King:

"Minha chamada para o ministério não foi nem dramática nem espetacular. Ela não veio através de uma visão milagrosa nem da experiência de uma luz ofuscante na estrada da vida. Tamnbém não veio de uma forma repentina. Pelo contrário: foi a resposta a um impulso interior que gradualmente veio sobre mim. Aquele impulso se expressava através de um desejo de servir a Deus e à humanidade e um sentimento de que meus talentos e meu compromisso poderiam ser melhor expressos através do Ministério.

No começo eu planejei ser um Físico. Depois, eu mudei minha atenção para a carreira de Direito. Mas, quando passei nos estágios preparatórios para estas duas carreiras, eu ainda sentia dentro de mim aquele impulso imortal de servir a Deus e à humanidade através do Ministério.

Durante o último ano da Faculdade, finalmente, eu decidi aceitar o desafio de entrar para o Ministério. Eu consegui ver que Deus tinha colocado uma responsabilidade sobre os meus ombros, e quanto mais eu tentava escapar, mais frustrado eu me tornava.

E alguns meses depois de pregar meu primeiro sermão, entrei para o seminário teológico. Isto é, em resumo, a história da minha chamada e  minha peregrinação para o ministério."


07 de agosto de 1959.


Fonte: 
MLK/Stanford





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terça-feira, julho 15, 2014

Jesus com as mulheres - de Paulo Brabo


Sinner woman


"COM AS MULHERES"

Autor: Paulo Brabo


"–Está vendo essa mulher?

Eu entrei na sua casa e você não me ofereceu

água para lavar os pés.

Ela, no entanto, lavou meus pés com lágrimas,

e enxugou-os com os seus cabelos.

Você não me cumprimentou com um beijo,

mas ela, desde que entrou,

não parou de beijar-me os pés.

Você não me derramou óleo sobre a cabeça,

mas ela passou essência perfumada nos meus pés.
"
 

Lucas 7:44-46


"A distância cultural nos impedirá para sempre de apreender a extensão da sua influência e a absoluta novidade da sua postura, mas é certo que nenhuma outra figura masculina da antiguidade oriental – seja no domínio da realidade ou da ficção – sentiu-se mais à vontade entre as mulheres do que o Jesus dos evangelhos. Nenhum outro personagem do seu tempo, e talvez de tempo algum, fez mais para corrigir a distorção das lentes culturais através das quais a imagem da mulher era interpretada – e em muitos sentidos permanece sendo.

A singularidade de Jesus nesse aspecto não é menos do que tremenda. Acho notável ao ponto do milagroso que as posturas de Jesus diante das mulheres, conforme descritas nos evangelhos, não tenham sido censuradas posteriormente por homens menos preparados do que ele para abraçá-las.


É preciso lembrar o óbvio, que não faz cem anos que as mulheres alcançaram status social igualitário no ocidente, o que os evangelhos descrevem que ocorreu há dois mil.


Numa época em que um marido não deveria se dirigir à própria esposa em lugar público, e que homem algum deveria trocar palavra com uma mulher desconhecida (em ambos os casos para proteger a sua honra, não a dela), o rabi de Nazaré buscava a companhia amistosa de mulheres, puxava conversava com elas, tratava-as com admiração e naturalidade, interessava-se sem demagogia pelos seus interesses, deixava que tocassem publicamente o seu corpo e o seu coração.


O Filho do Homem não se constrangia em ser sustentado por mulheres, não virava o rosto à possibilidade de ser acarinhado por elas, não hesitava em recorrer a imagens que diziam respeito ao seu dia-a-dia, não sonegava histórias em que mulheres eram (muito subversivamente, na ótica do seu tempo) exemplo de humanidade, de integridade, de engenhosidade e de virtude.


Falamos de um tempo, num certo sentido não muito distante, em que os homens que não denegriam abertamente a imagem da mulher soterravam-na por completo debaixo de idealizações simplistas. Dependendo de quem estivesse falando, a mulher era vista como incômodo necessário, como homem imperfeito, como criança, como objeto mecânico de desejo, como objeto idealizado de poesia, como animal fraco e sensual; figura às vezes inocente, às vezes desejável, normalmente imprevisível, normalmente indigna de confiança e invariavelmente inferior.


Contra esse cenário, o rabi de Nazaré resgatou uma mulher adúltera das garras da justiça e da morte sem recorrer ao que seria o mais fácil e popular dos argumentos antes e depois dele, o que afirma que a mulher é criatura de mente obtusa e vontade fraca, particularmente suscetível às sensualidades da carne. Em um único golpe eficaz ele transferiu a culpa da mulher acuada para seus acusadores, todos eles homens, emblemas de poder e desenvoltura, até serem publicamente dissolvidos pela mão de Jesus. A vítima, transgressora, foi ao mesmo tempo salva da condenação e tratada, talvez pela primeira vez, como um ser humano independente e responsável (João 8:1-11).


Aqui estava um homem que, irresistivelmente, olhava para as mulheres sem rebaixar-se a preconceitos ou recorrer a idealizações. Jesus lia as mulheres como seres humanos, e foram necessários séculos para que o mundo arriscasse repetir a sua ousadia. Ainda hoje, transcorridos milênios ineficazes, não há homem que esteja imune a ler a mulher através de estereótipos novos e velhos; ainda somos tentados a enxergar o homem incompleto, a flor de pureza, a criança sem rédea. Mas ali, nas esquinas empoeiradas de um canto do mundo, as estruturas do mundo social haviam sido abaladas para sempre.


Para mim não há evidência maior de que o espírito subversivo de Jesus permaneceu vivo nos primeiros discípulos, logo após a ressurreição, do que a descrição da comunidade de seguidores em Atos 1:14: “Todos estes [homens] perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”.


Este com as mulheres me pega desprevenido todas as vezes, tanto pela sua necessidade quanto pelo impensável que representava no seu tempo. Em retrospecto é difícil avaliar o quanto está sendo efetivamente dito aqui, mas é preciso lembrar constantemente que naquela cultura as esferas de atividade de homens e mulheres eram divididas ao ponto do incompatível. Essa fenda corria de uma ponta à outra o tecido da sociedade, mas seu ponto nevrálgico talvez residisse na esfera religiosa, na qual era preciso ser homem para ter participação eficaz – isto é, para ter acesso verdadeiro e relevante à divindade.


Na visão de mundo vigente, homens e mulheres habitavam espaços separados no universo; essa incompatibilidade era espelhada na sociedade e prontamente celebrada através de espaços diferenciados de adoração. Tanto o Templo quanto as sinagogas tinham áreas separadas para homens e mulheres, e os recintos reservados para os homens ficavam invariavelmente mais próximos de Deus. Era uma sociedade em que não ocorreria a ninguém colocar homens e mulheres compartilhando voluntariamente de um mesmo espaço, muito menos um espaço religioso.


Agora que Jesus havia subido ao céu e os homens de branco haviam dito que mantivessem os olhos fixos na terra, os discípulos viram-se diante de um problema e de um embaraço. Jesus, o amigo das mulheres, havia partido, mas as mulheres haviam ficado. Deveriam eles, homens de respeito e maridos de boa fama, retornar ao antigo e unânime padrão social, devolvendo as mulheres ao seu devido lugar? Agora que Jesus não estava mais ali para efetuar a sua mágica, não seria inevitável que restabelecessem a fenda social que ele havia coberto temporariamente? Quando a multidão de seguidores retornasse a Jerusalém (onde Jesus dissera que aguardassem) deveriam o grupo de discípulos e o de discípulas “perseverar unanimemente” em recintos separados?


Escolher o contrário, escolher o abraço comunitário e a convivência santa nos padrões inaugurados por Jesus, seria nadar contra a corrente de todas as instituições sociais em efeito no seu tempo. Um observador só encontraria um modo razoável de interpretar uma reunião voluntária e regular entre homens e mulheres: como ocasião para licenciosidade. Foi efetivamente dessa maneira que as reuniões cristãs “de amor” foram interpretadas por seus antagonistas ao longo de seus primeiros séculos. Tinham que ser desculpas para sexo – porque, que mais poderia um homem querer fazer com uma mulher?


A momentosa decisão encapsulada nesse único verso demorou a encontrar compreensão e aceitação, tanto dentro quanto fora do grupo. Escolhendo reunir-se regularmente no mesmo recinto, tanto homens quanto mulheres abriram voluntariamente mão da ficção da “boa fama” em troca da generosidade, da inclusão e da convivência. Escolhendo sentar-se de modo criativo ao lado de um Outro com quem não criam ter nada em comum, romperam um véu ancestral e convidaram o mundo a explorar um universo de possibilidades inimaginadas. Nos dois casos, seguiam o desafio formidável deixado pelo exemplo de Jesus".



Fonte: Bacia das Almas - Paulo Bravo





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sábado, julho 12, 2014

Paródia da Oração do Profeta Habacuque

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João Cruzué

"Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos. No meio dos anos a notifica; na ira lembra da misericórdia."

Acaso é contra os rios, SENHOR que estás irado? contra os ribeiros, ou contra o mar, contra as florestas e cerrados, contra as favelas e mansões que crepitam sob o fogo? ou será contra os que deixaram o teu nome ao esquecimento?

Ouvindo eu a tua voz, o meu coração se comoveu. À Tua voz tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos; estremeci dentro de mim; descanse eu no dia da angústia, quando Ele vier contra o povo que nos destruirá.

Porquanto, ainda que os arrozais não floresçam, nem haja fruto nos cafezais; o produto da soja minta e os campos queimados não produzam mais pasto nem mantimentos; o gado dos currais seja arrebatado, nem haja mais leite nas vacas, todavia eu me alegrarei no SENHOR e exultarei no Deus da minha Salvação. JEOVÁ, o Senhor, é minha força. Ele fará os meus pés velozes como o guepardo e me fará andar nas alturas como asas da águia.


SP-14.08.2010.




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Hífen e os prefixos recém e extra



Olá!



Por João Cruzué



Regra: sempre há uso de hífen diante do prefixo RECÉM


Recém-chegado

Recém-eleito

Recém-escrito

Recém-fabricado

Recém-formado

Recém-julgado

Recém-nascido


etc.













Prefixo EXTRA, latim "extra" 'fora, além de'.

De acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico - vigência a partir de janeiro de 2009; obrigatório a partir de janeiro de 2013.

A -  ESCREVE-SE COM HÍFEN:

Primeira dica: diante de elemento (palavra) iniciado com a vogal "a" ou a letra "h".

Exemplos: extra-amargo; extra-amarelo; extra-hepático; extra-húmido.


NOTA: nas demais construções com o prefixo extra, não se usa (mais) hífen.



B - NÃO SE ESCREVE COM HÍFEN:


a) Diante de radical que comece com as consoantes "r" ou "s"cai o hífen e dobra-se a consoante.

Exemplos: extrarregimental; extrasseco; extrarregulamentar; extrassensorial, etc.


b) diante de vogal que comece com "e", "i", "o"  não se usa hífen.

Exemplos: extraorçamentário; extraoficial; extraordinário,


c) Diante de elemento (palavra, radical) que comece por consoantes outras, diferentes de "h", "r", "s" NÃO se usa o hífen.

Exemplos: extracurricular; extraclasse; extrajudicial; extravirgem; extracampo e extrabranco.

Fonte de consulta: A B L








Texto de João Cruzué


Novo acordo ortográfico da língua portuguesa;
vigência obrigatória a partir de janeiro de 2013.





Muito interessante o uso do hífen neste caso especial:


ESCREVE-SE COM FEN:


As combinações em que os prefixos HIPER, INTER e SUPER são seguidos de palavras que comecem com a letra "r".

Exemplos: hiper-rabugento; super-reacionário, inter-resistente.


Nota: Observe que na regra geral, não há hífen quando o prefixo, diante de uma palavra que começa com "r" ou "s", mas dobra-se a consoante como em: cosseno, extrarregular, arquirrival, etc. Mas quando as duas consoantes já existem, como no caso tratado, só para "contrariar", coloca-se o hífen. Coisas da língua portuguesa...


Fonte de pesquisa: ABL.


Comentário: a Língua Portuguesa pode muito bem dispensar o uso desse hífen. Não é pecado seguir o (bom) exemplo do espanhol. (João Cruzué)




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quinta-feira, julho 10, 2014

Bob Pierce e a Visão Mundial

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HISTÓRIA

Tradução: João Cruzué

Bob Pierce, fundador da ONG internacional Visão Mundial





A World Vision teve início com a visão de um homem – O Reverendo Bob Pierce.
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Em 1947 Bob Pierce conheceu uma professora chamada Tena Hoelkedor, durante uma viagem à China. Ela lhe apresentou uma criança espancada e abandonada chamada White Jade. Incapaz de cuidar dela, a professora perguntou: “O que o senhor vai fazer por ela?” Então, o Reverendo Pierce lhe deu seus últimos 5 dólares e combinou de enviar, mensalmente, a mesma quantia, para ajudar aquela mulher a cuidar da menina.

Aquele encontro trouxe uma virada na vida de Bob Pierce. E foi assim que em 1950 ele fundou uma organização humanitária dedicada a ajudar crianças do mundo inteiro, chamada "World Vision". Seu primeiro programa de patrocínio infantil começou três anos depois, atendendo às necessidades de centenas de milhares de crianças órfãs coreanas, do final da Guerra da Coréia.

Durante as próximas décadas, a Visão Mundial estendeu seu trabalho a todas as partes da Ásia, América Latina, África, Oriente Médio e Europa Oriental. Os recursos do patrocínio infantil assistiram crianças pobres com comida, educação, cuidado da saúde e formação profissional.

Nos anos 70 a Visão Mundial abraçou um amplo modelo de desenvolvimento comunitário e estabeleceu uma divisão de ajuda de emergência. Ela tentou atingir as causas da pobreza concentrando-se em atender às necessidades comunitárias tais como: água, saneamento, educação, saúde, treinamento de lideranças e programas de geração de renda.

A Visão Mundial iniciou o século XXI fortalecendo seus esforços de advocacia,  particularmente em questões relacionadas à sobrevivência infantil e diminuição da pobreza. Tornou-se mais ativa em parcerias com governos, empresas e outras organizações em questões ligadas ao combate do trabalho infantil, crianças utilizadas em conflitos armados e à exploração sexual de mulheres e crianças.

A Visão Mundial se tornou uma organização líder em questões humanitárias. Conta Aproximadamente com 31.000 membros, pessoas que implementam programas de desenvolvimento comunitário, ajuda de emergência e promoção de justiça em quase 100 países.


O QUE FAZ A VISÃO MUNDIAL



A Visão Mundial trabalha com desenvolvimento comunitário, ajuda em desastres e advocacia.


Transformando Comunidades
Transforming communitiesComo a pobreza tem causas locais e globais, a Visão Mundial opera dentro das comunidades em determinadas áreas geográficas para ajudar indivíduos e grupos a melhorarem o bem-estar de crianças e a superar a pobreza.

Resposta aos Desastres
Responding to disastersQuando os desastres sobrevêm, a World Vision fica globalmente posicionada para ajudar com gêneros de primeira necessidade, tais como: alimentos, água e abrigo. A Visão Mundial também trabalha junto à comunidade na recuperação pós-desastre e prevenção de futuras catástrofes.

Buscando uma Mudança Global
Seeking global change
A Visão Mundial engaja instituições, doadores e o grande público, para atacar os problemas globais que perpetuam a pobreza. O staff de sua advocacia capacita as comunidades a defendere, seus direitos, tanto local como globalmente.

Comentários: No mês de novembro(2008) tivemos a oportunidade de conhecer o pastor e conferencista luterano, Valdir Raul Steuernagel, na abertura da Conferência Missionária 2008 da Igreja Batista do Morumbi. O pastor Valdir foi durante alguns anos o Presidente do Conselho Administrativo da Visão Mundial Internacional ( World Vision). Na ocasião se mostrava preocupado com a atual e grave crise financeira. Chegando de uma recente viagem à Moçambique e África, afirmou que quando uma crise mundial se aproxima, os primeiros recursos a minguarem são os fundos destinados às causas humanitárias por governos e empresas. A primeira vítima da crise, disse ele, é a solidariedade. 

Também impressionou-me seu relatório abordando o lado espiritual de certos lugares de extrema miséria no mundo, como os campos de refugiados de Darfur no Oeste do Sudão. Ele disse com todas as letras que não existe em lugar nenhum do mundo um lugar onde um processo demoníaco de aniquilação é tão evidente quanto em Darfur. Disse que ao andar ali um cristão se angustia em ver, sentir e ouvir um processo destrutivo interminável. Que em pleno século XXI ninguém conseguiu deter ainda. Uma mistura de pavor, impotência, angústia ao ser confrontado com uma situação onde todos os tipos de misérias se aglutinam para humilhar, quebrantar, matar pela fome, pela doença, pela sede, violência - enfim - eu entendi de suas palavras que a última palavra em ação destrutiva com todos os requintes do inferno está acontecendo ali, cravado bem no coração da África.

Como não vi publicado em lugar algum, vou reportar que a Prefeitura do Município de São Paulo, através do Decreto 50.299 de 05/12/2008, publicado do DOC de 06/12/2008, delegou competência ao Secretário  Municipal de Participação e Parceria, Sr. José Ricardo Franco Montoro, para representar o Município de São Paulo na assinatura de Contrato de Subvenção entre a PMSP e a Visão Mundial, cujo objeto é a implementação de atividades de gerenciamento do Centro de Refer~encia da Mulher, voltado ao atendimento da demanda de mulheres em situação de vulnerabilidade social e/ou casos de violência doméstica.

Também, ainda sobre a Visão Mundial, nosso contato para confirmação de assuntos de perseguição religiosa na Índia, irmão Jyoti, é missionário da World Vision, que trabalha entre outras coisas em campos de plantio de arroz em West Bengal para atender comunidades carentes.

Muito inspiradora esta visão inicial da WWI. Um fato deu conseqüência a um ato de solidariedade humana, que ao se repetir, deu lugar a uma visão; e depois uma instituição de renome mundial. tE 60 anos depois, cresceu tanto ao ponto de estender suas mãos generosas que ajudam pessoas em quase 100 países, inclusive no Brasil.

Vendo a situação do Haiti depois do pavoroso terremoto nesta segunda semana de janeiro 2010, lembrei-me da visão Bob Pierce. Que Deus ilumine os leitores deste artigo a criar projetos de cunho cristão dentro do que chamamos Agenda 2012.

João Cruzué.

cruzue@gmail.com

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