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domingo, fevereiro 13, 2022

As tribulações da vida e o último inverno de Jesus em Jerusalém

 

Wilma Rejane


E em Jerusalém, havia a festa da Dedicação do templo, e era inverno. João 10:22

Era inverno e Jesus caminhou alguns minutos em direção ao templo de Jerusalém para participar da Festa da Dedicação. Aquele era um dia especial para a nação que por oito dias seguidos celebraria a dedicação de um importante templo. As paredes (externas e internas) e toda a estrutura havia sido restaurada no período de Zorobabel. A festa  era tradição desde 163 a.C. Um rei pagão sírio, chamado Antíoco Epífanes, havia profanado o lugar, causando grande revolta e tristeza aos judeus. E naquele inverno, havia júbilo no ambiente e na nação que solidária se unia celebrando a restauração não apenas de um lugar, mas de uma cultura e de um povo. Jesus estava lá, passeando nos cômodos, observando os detalhes e as pessoas. Era seu último inverno, depois viria a Páscoa e primavera e sua crucificação. Jesus, era o Novo e Eterno Templo que seria derrubado e edificado ao terceiro dia (João 2:29) Sua ressurreição era o inicio de um tempo e lugar mais espetacular do que aquele festejado no inverno, no último inverno de sua vida.

"Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão João 10:23

E quando perceberam a presença de Jesus, se aproximaram dele de uma forma hostil, interrogando-o sobre Sua identidade como não crendo que Ele era de fato o Messias. Meditei sobre essa passagem e relacionei-a ao comportamento de muitos homens (não descartando a possibilidade de me incluir no exemplo); Jesus era maior que aquele templo de pedras, tão festejado. Contudo, os homens ali presentes o ignoravam e menosprezavam. Viravam as costas para Jesus e voltavam o olhar e a atenção para o monumento. Isso parece tão vazio e sem sentido, quanto invernos sem chuvas ou ventos. Tão terrível, quanto frio sem cobertor e sem teto. Jesus caminhou no inverno, para aquecer os corações gélidos e cansados, mas esses corações não o quiseram, preferiram o acolhimento das pedras que formavam aquele abrigo passageiro.

Será que não estamos fazendo das pedras deuses e desprezando o Deus que carrega nossas pedras? Estamos confiando que a cada inverno Jesus virá em nosso socorro?  Ele mesmo disse que em todo e qualquer dia, quer seja de sol, chuva, tempestade ou brisa Ele não nos abandonaria ."De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te desampararei.” Hebreus 13:5.

Há uma palavra grega, que traduz muito bem o significado de confiar: “Confia ao Senhor as tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos” Pv 16:3. Confiar aqui é o mesmo que “galal” (Strong 01556) com o sentido de rolar, entregar, afastar, remover. A imagem é a de um camelo sobrecarregado.  Quando a carga está para ser removida, o camelo ajoelha-se, inclina-se para o lado e a carga desliza. Podemos nos ajoelhar em oração e fazer a carga deslizar em direção a Ele. Essa ação estabelecerá nossos pensamentos, modificará as ações, nos fará desviar o olhar das muitas pedras (problemas, tribulações, tentações) "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei". Mateus 11:28. 

Tantas vezes amontoamos pedras (problemas, tribulações, tentações...), olhamos para essas pedras como se fossem um lugar contínuo e esquecemos que Deus é muito maior que elas. Perguntamos os porquês e ignoramos Jesus que está tão perto, tão receptivo a nossa fé. Mas a fé morre, sufocada pelas pedras que não produzem frutos, tal qual a parábola do semeador: " A semente caiu no pedregal e veio o sol e a secou, porque não tinha raiz" Mt 13:6. É certo que as pedras virão, a cada inverno, a cada verão, elas têm o objetivo de nos fazer tropeçar ou em uma perspectiva maior e revestida de fé, terão o objetivo de nos aproximar de Cristo.

Jesus estava em Jerusalém, naquele templo lotado de pessoas! Ele foi para lá como em segredo, sem alarde, passeou entre as pessoas como um ilustre desconhecido. Sabe o que aprendo com isso, amigos leitores? Jesus está conosco mesmo quando não percebemos Sua presença. Está no cotidiano, quando estamos a sós ou na multidão. Ele é o Abrigo seguro. Será preciso desviarmos o olhar das pedras que estão em grande monumento em nossas vidas (sonhos, realizações, orgulho, vaidade, prestígio, problemas, pedras...) e voltarmos o olhar para Jesus. Essa é a mensagem que aprendi com o último inverno de Jesus em Jerusalém.

Paz para você, em Cristo.

sábado, junho 05, 2021

A vinda de Jesus e os dias de Ló

 

Wilma Rejane

Nos dias de Ló é uma expressão usada por Jesus para definir a situação humana no fim dos tempos.

Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam ; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.  Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” Lucas 17:28-30.

Nos dias de Ló, a vida seguia o curso natural e o cotidiano era repleto “de cotidiano”: comer, beber, comprar, vender, tudo era tão necessário e urgente que não havia espaço para Deus. A chuva de enxofre chegou e encontrou em Sodoma e Gomorra homens fazendo coisas iguais ao que faziam todos os dias. Ocupados demais em garantir um lugar na terra, deixam de alcançar lugar no céu.

O pecado de Sodoma é assim definido por Isaías:

Eis que essa foi à iniquidade de Sodoma, fartura de pão e próspera ociosidade teve elas e suas filhas, mas nunca amparou o pobre e o necessitado”, 16 :49.

E por Ezequiel:

Ora, este foi o pecado de sua irmã Sodoma: Ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados. Eram altivas e cometeram práticas repugnantes diante de mim. Por isso eu me desfiz delas conforme você viu.” Ezequiel 16:49,50

Desse modo, de acordo com o contexto Bíblico, nos dias de Ló,  Sodoma e Gomorra eram referência em corrupção humana, agravada pela comodidade,  consequência da fartura de pão e ociosidade. 

Aqui encontram-se lições indispensáveis para aqueles que almejam servir a Deus de modo agradável: é impossível servir a Deus sem importar-se com o próximo. Prosperidade material nem sempre é indicativo de bênção, nos dias de Ló, foi indicativo de maldição. A bênção da prosperidade consiste em ser ela uma bênção para si e também para o próximo, é quando a gratidão a Deus é tão vital quanto o servir ao próximo e este servir não significa dar tudo o que o outro pede, mas o que o outro precisa, assim interpreto. 

É interessante perceber –  isso me chama atenção –  que passados mais de quatro mil anos, milhares de gerações após os dias de Ló, os homens desta época ainda se assemelham aos homens daquela época. Jesus voltará, em um tempo que a ciência estará avançadíssima, a tecnologia terá produzido inventos eficientes e supermodernos, ainda assim haverá homens estagnados em seus cotidianos, fazendo todos os dias as mesmas coisas sem buscarem conhecimento sobre a vontade de Deus. Quem sabe, cada um estará absorto, tão dominado pelo fantástico mundo internético e tecnológico que esquecerá de olhar ao redor, ou pior: esquecerá de olhar para si mesmo. 

Os anos passam, o mundo evolui e os homens permanecem iguais em necessidades e conflitos. Comer, beber, comprar, vender, são coisas corriqueiras e quem haveria de dizer que há mal em realizar tais coisas? Afinal, isso é vida! Não há mal algum, desde que se pense nas coisas do alto. E para pensar nas coisas do alto, será necessário deixar um pouco as coisas da terra. Em Colossenses está escrito:

Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. ”Colossenses 3:2-6

Quais são as coisas da terra?

“ Fornicação,  impureza,  afeição desordenada,  vil concupiscência,  avareza, que é idolatria”.

Não é comer, beber, comprar, vender, casar. O problema é fazer tudo isto e rejeitar a santidade fruto da graça de Deus. Esse era o problema dos dias de Ló e será o problema de todas as épocas, conforme disse Jesus.

Mas, se os dias de Ló reservam lições de juízo sobre o pecado, também reservam lições de livramento, por exemplo: Ló e suas filhas foram salvos por anjos quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra (Gênesis 19). Da mesma forma, os crentes em Cristo Jesus serão salvos da destruição que há de vir sobre o mundo e  da morte eterna. Porque Deus está atento, Ele conhece as obras de cada um e ali, no cotidiano, onde se pensa que a vida segue naturalmente sua rotina, Deus está agindo de modo sobrenatural falando ao coração dos homens, na consciência sobre bem e mal, do pecado e da justiça. 

Como está as nossas vidas? Sem tempo para Deus e para o próximo? Sem tempo para nós mesmos? 

Certa ocasião Jesus falou de um homem que trabalhou duramente dia e noite para encher seus celeiros, porém, não parou para refletir sobre o futuro( ou mesmo o presente) de sua alma:

Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Lucas 12:20

Podemos colocar todo o nosso coração no trabalho, nos estudos ou até mesmo na igreja. Porém, amados de Deus, se não colocarmos tudo o que temos e fazemos nas mãos de Deus, pela fé e esperança no Cristo ressuscitado, não valerá a pena.

Não, nossa salvação independe de obras, mas as obras realizadas por meio da fé estas dizem tudo sobre o destino de nossas almas.

Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós. ”Romanos 4:16

Que possamos estar atentos, Jesus voltará e assim como foi nos dias de Ló, será naqueles dias. Muitos estarão desapercebidos, imersos em seus afazeres cotidianos e nas coisas da terra. Que não seja assim conosco.

Com amor e temor,

Que Deus em Sua eterna graça tenha compaixão de nós.

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O que fazer para ser salvo?

A salvação está na pessoa de Jesus:

Atos 4:12 diz: " E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos."

Uma simples oração pode ser feita reconhecendo-se um pecador, arrependendo-se do pecado e entregando a vida para Jesus:

"Senhor Jesus, reconheço que és o único e suficiente Salvador. Perdoa todos os meus pecados, conduz-me em Teus caminhos transformando-me em nova criatura, para glória de Deus. Sustenta-me diariamente, livra-me do engano desse mundo, santifica-me e me ensina a te adorar em espírito e em verdade. Obrigada pela salvação, é em teu nome que oro, amém".

quinta-feira, julho 09, 2020

Porto seguro em tempo de tempestade





Autor: Pastor Estevam Fernandes
João Pessoa-PB

Pouco a pouco, ainda que contra a nossa vontade, acostumamo-nos a conviver com os vendavais que ameaçam nossa vida. Na medida do possível, adaptamo-nos à fúria dos ventos contrários e também à força das águas turbulentas. Tudo não passa de uma necessidade de sobrevivência. Afinal, viver é o que realmente importa.

Nosso passado registra uma história de lutas, algumas profundamente dolorosas, diante das quais achávamos que não sobreviveríamos, tamanha era a desproporção entre a nossa força e as forças que se levantavam contra nós.

Eram como rios violentos, ventos destruidores e noites escuras, a fúria das pessoas que nos enganaram, dos poderes que nos oprimiram, das circunstâncias adversas. E apesar de tudo, aqui estamos nós. Passaram os ventos, o mar se acalmou, as águas foram acariciadas pela brisa da paz, e nós sobrevivemos. Afinal de contas, depois da tempestade vem sempre uma brisa que nos faz sonhar e continuar vivendo.


É possível que você esteja vivendo um tempo de tempestade, ou mesmo um verdadeiro furacão. Tudo parece estar dando errado. Quando ora, o céu fica em silêncio. Busca socorro nos amigos, e eles estão muito ocupados ou até sofrendo mais que você.  O sorriso foi substituído pela lágrima, e a alegria sufocada pela  dor. A fé ficou abalada e o desespero começou a dar sinais. Mais do que nunca, você precisa de serenidade, paciência, humildade e da certeza de que, depois da tempestade, sempre se descortinam diante de nós novos horizontes.

Não entre em pânico, não se desespere, não entregue os pontos, não proclame derrota e não antecipe o fim. Para quem tem fé, jamais é um tempo que não existe, pois, ao que crê, tudo é possível. É o que nos garante o Mestre, Jesus.

Em tempos de crises agudas, não devemos tomar decisões precipitadas, pois, desde que o mundo é mundo, a vida nos tem ensinado uma grande lição: tudo é passageiro, inclusive a nossa dor. Em meio a tempestades, o que mais importa é não perder o controle do barco, segurar firme os remos e descobrir, em meio às águas revoltas, o norte que nos levará a um porto seguro.

Quando a sua vida estiver ameaçada pelas tempestades, segure firme nas mãos do Senhor, pois Dele vem não somente a força que nos ampara, como também é Ele quem faz vir sobre nós uma brisa suave, com o perfume da vida, a beleza da paz e o encanto da esperança. Por isso mesmo, tudo se acalma quando vem a brisa. É só uma questão de tempo.

Deus o abençoe

domingo, outubro 20, 2019

Dez mentiras do movimento feminista



 The Lies of Feminism

Tradução de Wilma Rejane (2014)


No seu inicio, o movimento feminista, acompanhado pela revolução sexual, fez uma série de atraentes promessas muito interessantes para as mulheres. Promessas que soaram tão bem que algumas mulheres abandonaram maridos e filhos e rejeitaram toda noção de casamento e família em busca de si e de uma carreira. Essas perseguições que enfatizaram a auto-suficiência e o individualismo, foram supostamente para melhorar a qualidade de vida, bem como suas relações com os homens. Agora, décadas mais tarde, as mulheres tiveram que enfrentar o fato, de que, em muitos aspectos, o feminismo ou libertação feminina, fez promessas que não pode cumprir:

Mentira n.º 1 - A mulher pode ter tudo

Foi alimentada a ilusão de que as mulheres, sendo o sexo superior, têm uma fonte inesgotável de energia física e emocional que nos permite conciliar: carreira, família, amizades e outros serviços. Os defensores do feminismo declararam que as mulheres podem não só fazer o que os homens fazem, mas que devemos sim fazer o que os homens fazem. Acontece, que homens não podem fazer o que mulheres fazem, por exemplo: ter filhos. Isso coloca uma dupla carga sobre as mulheres.

Deus fez mulheres diferentes de homens. As Escrituras não proibe que mulheres exerçam atividade profissional, na verdade, a mulher virtuosa de provérbios 31 está envolvida em vários empreendimentos de tempo parcial: mercado imobiliário e fabricação. No entanto, é o excelente entendimento de seu marido, filhos , sua casa e comunidade que inspira o devido louvor. A força dada por Deus as mulheres, foi dada para trazer glória a Deus através das diferenças femininas.

Mentira n.º 2- homens e mulheres são fundamentalmente os mesmos




Para além de algumas diferenças biológicas, o feminismo fortemente sugeriu que machos e fêmeas são fundamentalmente o mesmo. Não é verdade. Homens e mulheres inclusive,  se comportam de forma diferente no ambiente de trabalho. A verdade é que Deus criou diferenças significativas entre machos e fêmeas. Podemos ver evidências disso, no fato de que a Bíblia dá comandos diferentes para maridos e esposas, que estão enraizados nas diferentes necessidades. Deus nomeou divinamente papéis de homens e mulheres.

Mentira n.º 3 - a oportunidade é reforçada pela realização

A terceira mentira do feminismo é que quanto mais uma mulher consegue, mais atraente  e desejável ela se torna para os homens. O feminismo declarou que conseguir algo, deixar uma marca no mundo, era a única medida de sucesso que mereceria o respeito dos outros. As mulheres que acreditavam nesse mito, se viram competindo desesperadamente com os homens. A concorrência se tornou adequada para o mundo profissional dos negócios, mas é um desastre nos relacionamentos.

As mulheres têm sido decepcionadas ao descobrir que suas conquistas não resultam em grandes relacionamentos com homens, mas que elas são terrivelmente prejudicadas pela competição profissional dentro do relacionamento. Não é raro encontrar mulheres bem sucedidas no trabalho, porém frustradas no amor, como se sua ascensão lhe garantisse estabilidade financeira, mas se tornado um fardo na área sentimental.

Sim, algumas mulheres têm deixado sua marca no mundo: Débora do livro de Juízes, Margaret Thatcher e outras, mas a conquista, não deve ser causa de separação e disputas, mas de amar e apoiar aqueles que nos rodeiam, tocando os corações. As conquistas, devem estar fundamentadas no amor.

Mentira n.º 4 - Mulheres têm um potencial não explorado

Ser médio não adianta, você tem que ser grande. Ficamos em apuros quando operamos sob um conjunto de crenças que não coincidem com a realidade. Consequentemente, muitas mulheres estão operando sob perspectivas irreais de si mesmas. Isso nos leva a um segundo problema: muitas mulheres se sentem fracassadas por não realizar esse modelo de grandeza. Em vez de aproveitarem a vida fazendo o que podem fazer, elas chorarão o que não são. Romanos 12:3 nos diz: " não pense de si mesmo mais altamente do que deveriam". Ao invés de nos preocuparmos com o "potencial não realizado", devemos ser fiel e obedecer a Deus nas coisas que Ele nos deu para fazer, confiando Nele para os resultados finais. Não temamos ser normais como se houvesse algum estigma.

A Bíblia diz que Deus se agrada em usar pessoas comuns, porque é assim que Ele recebe a maior glória , I Cor 1:26-31. É uma honra ser uma pessoa comum nas mãos de um Deus extraordinário!

Mentira n.º 5 - Homens e mulheres são sexualmente iguais

Essa mentira vem da mesma fonte que nos trouxe as mentiras da revolução sexual. A verdade é que mulheres não podem separar sexo de amor tão facilmente quanto os homens podem. Para mulheres, o sexo precisa ser uma expressão de amor e compromisso. Sem essas qualidades, sexo é humilhante, nada mais que hormônios enlouquecendo. Cada vez que uma mulher dá o corpo a um homem, ela dá parte de seu coração também. "Liberdade" sexual trouxe novos graus de sofrimento para milhões de mulheres. A mentira da igualdade sexual, produziu promiscuidade generalizada e doença epidêmica. Não é de se admirar que tantas mulheres estejam lutando com a auto-estima.

Os mandamentos de Deus para o sexo é que homens e mulheres são diferentes, e não deve ser de outra maneira. Ele nos diz para exercer o autocontrole antes do casamento, guardar toda expressão sexual para o relacionamento conjugal , e em seguida, manter o leito conjugal puro, sem mácula. Quando seguimos essas diretrizes, descobrimos que o plano de Deus é fornecer proteção as mulheres, proporcionando : segurança no relacionamento, saúde sexual e um ambiente familiar estável. Esse alto padrão também protege os homens, fornecendo um canal seguro para as suas energias sexuais. Homens e mulheres fiéis no casamento, são mantidos a salvo de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada fora do casamento (parceiras amantes e filhos frutos de infidelidade) e também culpa por pecados de sexualidade.

Mentira n.º 6- A negação da maternidade

Muitas mulheres começaram a adiar casamento e maternidade para buscar objetivos de carreira. esta perspectiva nega a realidade do sistema reprodutivo de uma mulher e as limitações do tempo. A mulher entre os 20 e 30 anos é mais fértil que aos 40. Além disso, tem um custo físico, a ciência tem confirmado que mulheres mais velhas são mais propensas a ter problemas para engravidar. O risco de conceber filhos com sindrome de Down é consideravelmente maior em mães mais velhas.

Há também uma dimensão espiritual em negar a maternidade. I Tm 2:15 é um versículo intrigante: "Mas as mulheres serão salvas através da procriação". A tradução correta seria: "As mulheres vão ser mantidos em segurança por meio do parto". Quando as mulheres mantêm suas prioridades na família, são mantidas em segurança. Não é raro encontrar mulheres solteiras já de uma certa idade e que optaram pela carreira profissional, viverem dilemas de ceder ou não as tentações de uma vida de solteira.

O problema, portanto, não é ter uma carreira, mas desequilibrar as prioridades sob um ponto de vista Bíblico.

Mentira n.º 7 - Ser feminina é ser fraca



Na tentativa de borrar distinções de gênero, as feministas declararam guerra ao conceito de gênero. As qualidades que marcam mulheres como femininas: suavidade, doçura, bondade, capacidade de relacionar-se entre outras, foram julgadas como bobo, estúpido e fraco. Ter características masculinas de; agressividade e competitividade, foram consideradas valiosas.

Mas quando mulheres tentam assumir qualidades masculinas, o resultado final é uma distorção que não é nem feminino, nem masculino. Não há realmente um estereotipo de que " as mulheres são todas assim" e isso deve ser demolido. Um monte de homens são ameaçados por mulheres fortes, de opiniões e agendas próprias. Mas a verdade é que as características tradicionalmente masculinas se tornaram atraentes para o feminismo.

A harmonia e o poder dos sexos, está nas diferenças.Aprouve ao Senhor, criar a mulher para completar o homem, não para competir com ele, ou ser uma cópia dele. I cor 11:7 diz que o homem é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Feminilidade não é fraqueza, é coroa gloriosa magnifica sobre a humanidade.

Mentira n.º 8 - Fazer é melhor que ser

Em seu livro Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus, John Gray apontou que os homens encontram sentido na auto realização e que as mulheres, recebem sentido através da auto realização dos relacionamentos. O feminismo, por sua vez declarou que a única coisa que realmente importa é o que você faz. Quem você é não é importante para as pessoas.

Essa mentira diz que mulheres devem ser sempre ativas, ser passiva não serve. E comportamentos tradicionais de humildade como: ouvir sempre o outro, receber o outro de coração e mente abertos, foram denunciados. A maioria das mulheres fazem isso naturalmente, mas muitas passaram a se sentir desconfortáveis nesse papel. Em vez disso, passaram a trabalhar freneticamente valorizando a agressão, asertividade e poder loucamente suprimindo seus instintos no amor e relacionamentos.

o plano de Deus é que devemos viver uma vida equilibrada: as vezes passiva, outras ativa, algumas vezes indagando, outras respondendo, em todos os momentos nos submetendo ao senhorio de Cristo.

Mentira n.º 9 - O mito da auto-suficiência

Lembre-se do famoso slogan feminista que apareceu no mundo inteiro, desde adesivos e camisetas, até cadernos e blocos de natas? " Uma mulher sem um homem é como um peixe sem bicicleta". A mensagem era clara: mulheres não precisam de homens, eles são inferiores". O próximo passo para "as mulheres não precisam de homens", seria, lógico: as mulheres não precisam de ninguém. Nós podemos cuidar de nós mesmas. A música de Helen Reddy "I Am Woman" tornou-se música tema do feminismo, com o refrão memorável: "se eu precisar de alguém, não posso fazer nada,  eu sou forte, sou invencível, sou mulher".

Claro que se as mulheres não precisam de ninguém além de si mesmas, certamente não precisam de Deus. Particularmente um Deus masculino, patriarcal, que faz regras que elas não gostam e que insiste em dizer que só Ele é Deus. E como a capacidade de adorar está arraigada em nós, o pensamento feminista deu origem ao culto à deusa. a deusa era apenas uma imagem feminina que se podia tocar. Na realidade, adorar a deusa, era como adorar a si mesma.

A mentira da auto-suficiência é a mesma que Satanás apregoou no jardim do Éden, enganado Eva e Adão: Você precisa de Deus para que, se você pode conhecer o bem e o mal? Entristecemos o coração do Senhor quando acreditamos nessa mentira. Jeremias 2:13 dia" O meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram o manancial de águas vivas e cavaram cisternas, cisternas rotas que não detêm as águas". Deus não criou a auto-suficiência. Ele não nos fez para agradarmos apenas a nós mesmos.

Mentira n.º 10: Mulheres, aproveitem a feminilização dos homens!



As feministas acreditavam que a única maneira de alcançar a igualdade dos sexos era acabar com as distinções de papéis. Então, a sociedade tinha que acabar com as distinções de gênero. Mulheres abraçaram valores masculinos e homens foram encorajados a adotar características femininas. Isso resolveria o problema, mas não foi o que aconteceu.O problema é que mulheres não querem "homens moles", mas fortes, firmes e corajosos, queremos um homem viril. Há uma grande razão pelo qual livros e filmes com heróis masculinos fortes, continuam a apelar para um público tão grande.Os designios de Deus para liderança masculina, são: proteção e força.

O movimento de libertação das mulheres, é uma atitude de raiva e insubmissão que é alimentado pelas mentiras do engano. É bom saber o que são mentiras, e o que a Palavra de Deus diz para combatermos a mentira com o poder de Sua verdade.

Wilma Rejane edita o blog  A Tenda na Rocha e colabora com o Olhar Cristão

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segunda-feira, maio 14, 2018

Mães de Ramá e Mães que choram



Wilma Rejane


Profecia por Jeremias: "Assim diz o SENHOR: Uma voz  se ouviu em Ramá, o gemido de muito choro amargo: Raquel chorando os seus filhos, recusando ser consolada quanto a seus filhos, porque eles não mais existem." Jeremias 31:15

Cumprimento: "Um som se ouviu em Ramá, o som do choro de tristeza amarga. Raquel estava chorando por seus filhos. Ela não quer ser consolada, porque eles estavam mortos."  Mateus 2:18

Ramá é a abreviação do nome Ramote-Gileade, região citada muitas vezes no Antigo Testamento. Atualmente, atribui-se a localização de Ramá a Ramith situado em uma colina a duas horas de viagem de Jerusalém. O lugar ficou marcado pela tragédia da morte das crianças por mando de Herodes. De dois anos de idade para baixo, nenhuma criança foi poupada da espada e em apenas um dia  a matança se realizou gerando pranto e grande choro das famílias.

Raquel era esposa de Jacó, mãe de José e Benjamim. Por muito tempo Jacó chorou a morte de José, mas ele não estava morto,  havia sido levado por mercadores como escravo para o Egito. Por ser um homem valoroso e temente a Deus, superou todo o contexto de tragédias que o havia levado ao Egito, José tornou-se governador, um homem admirado por todos . Benjamim era o mais novo e serviu de instrumento de resgate para a família se livrar da fome e da morte e reencontrar o irmão José.

Os dois filhos de Raquel citados acima, representam choro e restauração. E é justamente o que a passagem Bíblica sobre o choro das mães em Ramá pretende nos transmitir. Enquanto Herodes mata as crianças, uma obra de esperança - a maior de todas - acontece nas redondezas: Jesus é dado como salvação para os povos, consolação de toda alma chorosa e amargurada.

No livro do profeta Jeremias, a profecia relacionada a Raquel era uma parábola ao cativeiro Babilônico, quando Ramá havia se transformado em campo de prisioneiros. O território era herança dos filhos de Benjamim (Josué 18:25) e agora abrigava as tribos do norte, chorosas e temerosas pelo destino de cada um. O ano, 722 a.C.

Voltando do cativeiro

A profecia completa de Jeremias fala não apenas de sofrimento, mas especialmente de restauração,vejamos:

Assim diz o Senhor: reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos, porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão das terras do inimigo. E há esperança no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o Senhor, porque os teus filhos voltarão para o seu país” Jr 31: 16:17.

Deus enche de esperança as mães de Ramá! E podemos dizer que essas mães, são todas aquelas que choram por filhos em cativeiro. Os "filhos da Ramã" são vítimas de uma matança sem precedentes: o tráfico das drogas,  vício em pornografia, a rebeldia contra Deus e o mundo, as doenças, enfim.  É preciso continuar trabalhando para que venha o galardão. E esse trabalho é à base de fé e oração.

Deus não omite o sofrimento e a dor em Sua Palavra, mas deixa evidente que Seu amor é capaz não apenas de curar, mas de restituir o que se perdeu.

Esperança no hebraico, se traduz como tiqvah  “estender a corda ou cordão” .(Strong 08615)

Talvez seja mais fácil falar sobre fé e esperança do que viver esses referenciais. Mas a vida é esse desafio que se torna rude e pesado se lutamos com as próprias forças. E se torna  surpreendente quando estamos com Cristo. O “cordão” alcança até os insondáveis lugares da eternidade, onde apenas Deus tem acesso para de lá nos revestir do impossível.

Raquel chorando seus filhos em Ramá é um lugar de indecifrável dor e de incomparável amor. Foi em Ramá que Ana chorou a Deus por um filho e recebeu como resposta Samuel e depois dele mais cinco crianças.

Ramá diz respeito a mães e filhos, mas também a situações como a que atravessava a nação de Israel na época de Jeremias. Raquel se recusa a ser consolada pelos homens, porque a nenhum deles é dado o poder de curar a alma das calamidades espirituais.

Ramá significa "lugares altos, elevados" , podemos dizer que é um lugar altíssimo, perto de Deus, onde se ouve orações. Enquanto os filhos de Raquel morriam em Ramá, Deus entregava o consolo aos homens em Belém, Jesus era a promessa de restauração do cativeiro. Por essa causa, não desprezemos a fé, ela é a melhor escolha em todos os tempos.

Basta um olhar sobre o mundo e as matanças diárias, para percebemos que o choro de Raquel persiste através das gerações. Basta mais que um olhar para Deus, uma entrega de fé, para que a esperança permaneça viva nas mães que choram.


Deus o abençoe.

Fonte: Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, corrigida e atualizada.

sexta-feira, fevereiro 16, 2018

O eunuco mor e a rainha de Candace



Wilma Rejane


E o anjo do Senhor falou a Felipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, regressava e assentado em seu carro lia o livro do profeta Isaías Atos 8:26-27.

O eunuco mor e a rainha de Candace  eram gentios, estavam em Jerusalém para adorar o Deus dos judeus e voltavam para casa por um caminho em Gaza, uma estrada deserta e pouco trafegada. Existem algumas perguntas que poderíamos fazer considerando todo o contexto: Por que esses influentes etíopes retornavam a Africa por um caminho deserto? Por que vieram de tão distante para reverenciar O Deus de Israel? Quem era essa rainha e esse mordomo-mor?

Alguns historiadores tiveram a preocupação de recolher dados significativos sobre esses dois personagens. Candace era uma denominação dada para as rainhas mães no reino de Kush, ou Cão. Um clássico escritor romano (Calistenes) deixou registrada sua admiração pelas Candaces. Segundo ele, elas eram mulheres fortes e de uma sabedoria ímpar. Ele cita o diálogo de uma Candace com Alexandre o Grande que teria sido proibido de entrar na Etiópia:" Não menospreze nosso povo, nossa cor, porque nossas almas são tão brancas e brilhantes quanto o branco que há em você".

Dizem que após conhecer (de longe) a defesa formidável e o treinamento dos soldados de Candace, Alexandre teria desistido de enfrentar esse povo: perder a guerra para uma general mulher, seria vergonhoso. Estrabão, em seu relatório sobre o confronto militar entre romanos e etíopes, descreve uma Candace como a maior estrategista militar que já havia visto.

A rainha da Etiópia e seu mordomo, tiveram que viajar cerca de 200 quilômetros para chegar até Jerusalém. A presença de judeus etíopes na cidade era comum, pois haviam adquirido certa influência, a Etiópia havia se tornado o primeiro centro de culto monoteísta do continente africano e tão fantástico foi o encontro do eunuco com o Evangelista Felipe, que escritores antigos como Jerônimo, contam ter sido o mordomo-mor de Candace um dedicado discípulo de Jesus, tendo apregoado o Evangelho na Arábia Felia e nas proximidades do Mar Vermelho chamada Caprobano (alguns chamam celião), onde supõe-se ter sofrido martírio pelo testemunho. O cristianismo foi reavivado como religião oficial na Etiópia no século IV, de 1644 a 1974 com a queda do imperador Haile Sellasie em 1974.


Um encontro real com Deus

O mordomo-mor era um oficial da corte, negro e castrado (eunuco). Um etíope interessado e estudioso das Escritura que parecia ter voltado de Jerusalém, incomodado com a passagem do livro de Isaías sobre o Cordeiro mudo levado ao matadouro (Isaías 53:7-8). As leituras nas sinagogas e templo, nessa época, eram feitas em voz alta e os pergaminhos do profeta Isaías que anunciam a vinda do Messias, devem ter sido centro de alguma pregação ouvida pelo eunuco que foi pelo caminho repetindo a passagem de Isaías.

E o anjo do Senhor falou a Filipe dizendo: Levanta-te, e vai para o lado do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta. Atos 8:26.


A estrada era deserta, mas o mordomo não estava sozinho, nem invisível aos olhos de Deus. Filipe é avisado de forma sobrenatural que deveria encontrar o mordomo e explicar-lhe a passagem de Isaías.

Não existe lugar nenhum inacessível e oculto para Deus. Ele resgata vidas em todo e qualquer lugar da terra e utiliza as mais variadas formas de falar conosco.

O mordomo não podia entrar livremente no templo por ser considerado defeituoso. Só podia adorar do lado de fora. Não se sabe ao certo de que forma aconteceu a visita da rainha e do mordomo em Jerusalém, mas a estrada solitária, parecia refletir de fato, o estado de espírito em que se encontravam.

Apesar da posição de destaque, os judeus muito rigorosos e zelosos com a lei,devem ter proporcionado certo distanciamento entre a rainha de Candace, seu mordomo e a elite religiosa de Jerusalém.

Mas se os homens se mostram distantes de nós, por algum motivo preconceituoso, Deus não faz acepção de pessoas. O pecado e a rebeldia em ouvir Deus, são fatores que nos afastam Dele e não nossa condição física, social ou mesmo de nacionalidade.


Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. Isaías 59:1-2

Deus nos encontra nos lugares desertos. Na estrada, a caminho de Gaza, o mordomo lia Isaías em sua carruagem, nem rainha, nem condutor, ninguém era capaz de acalmar seu espírito e resolver o conflito existencial que instigava seu ser sobre a salvação. Ele lia e relia os versos de Isaías e sabia que ali havia algo mais, uma revelação. E Deus providenciou Felipe para ajudar o eunuco.

Podemos estar rodeados de pessoas, mas ainda assim não estarmos felizes. Podemos mesmo, ter uma profissão de destaque, influência na sociedade e ainda assim, viver como em uma estrada deserta e ninguém, será capaz de resgatar nossa alma da solidão, só mesmo Deus.


Ele enviou Felipe a Gaza porque ouviu a oração, a angústia e o anseio do mordomo por conhecer o Messias. Deus também viu o esforço do mordomo e da Rainha ao se deslocarem de uma distância tão grande para irem ao templo. Digamos que o templo representa uma religião, mas ela não nos salva. Ela pode revelar que há um vazio em nós, uma necessidade de encontrar o Deus que preencha esse vazio, mas assim como o mordomo e a raínha voltavam para casa, por caminho deserto, a religião também faz com que pessoas continuem desertas em si mesmas e também no olhar sobre o mundo e o outro.

Deus sabe onde estamos e quais são nossas angustias, mas é preciso que oremos a Ele.

 O mordomo-mor e a Rainha de Candace podem ter sido vitimas de preconceitos por parte dos judeus que chamavam samaritanos de impuros por serem idolatras e cananeus de cachorrinhos pelo mesmo motivo. Deus, contudo os acolheu com amor eterno, não deixou  que partissem vazios de Jerusalém. O historiador Fouard conta que a rainha de Candace também teria se convertido pelo testemunho do seu mordomo-mor.

E sobre o significado do nome mordomo-mor, há algo que vale a pena conhecer. Essa palavra, vem do grego "dunastes" (strong 1413) significando ministro real, alto funcionário da corte. Essa Palavra também é usada para descrever o reino de Cristo como uma eterna mordomia. Assim, como cristãos, somos servos e tão dedicados a nosso Senhor como o mordomo-mor deveria ser a sua Rainha.

Que Deus o abençoe.

 Consultei:

Bíblia de Estudo Plenitude, Revista e corrigida, 1995, SBB
Mulheres Negras na Antiguidade de Ivan Van Sertima, 1990

quinta-feira, julho 07, 2016

O valor das pedras queimadas

Não devemos desistir de buscar a Deus por causa da rudeza do mundo, da maldade das pessoas


Wilma Rejane

Neemias foi contemporâneo de Esdras. Ambos viveram em uma fase difícil da história de Israel, quando o povo havia sido levado cativo para Babilônia e os que ficaram na cidade de Jerusalém, conviviam com um cenário desastroso. A cidade estava destruída. Casas e muros derrubados,  construções em pedras despedaçadas pelo contato com o fogo e fúria dos inimigos.

Os sobreviventes, lá na província que escaparam do cativeiro estão em grande dificuldade e vergonha, o muro de Jerusalém é dividido, e as suas portas foram destruídas pelo fogo.” Ne 1:3

Copeiro do rei Artaxexes, considerado funcionário de confiança da corte, Neemias servia na capital de Susã, a 150 milhas do Rio Tigre, que atualmente é o Irã. Ele adquiriu permissão e favores do rei para voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade e suas fortificações. O ano é aproximadamente 432 a. C. O que aprendemos com Neemias? Essa é mais uma narrativa Bíblica fortalecedora, restauradora!  Neemias era um homem de fé e temor a Deus, morando em um luxuoso palácio, nada lhe faltava, mas  seu coração desfalecia pelos compatriotas  judeus. Ele deixa o palácio e segue em missão para Jerusalém. Um homem que revela a grandeza da intercessão, da oração humilde, sincera e cheia de amor ao próximo. Além disso, a capacidade de discernimento de Neemias é algo que devemos buscar a fim de não cedermos às ciladas do inimigo.

À noite me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém .

Então, lhes disse: Estais vendo a miséria em que estamos, Jerusalém assolada, e as suas portas, queimadas; vinde, pois, reedifiquemos os muros de Jerusalém e deixemos de ser vergonha.” Neemias 2:12 e 17.

Reedificar a cidade de Jerusalém representava também  recobrar os ânimos dos moradores, a alegria de espírito, a comunhão espiritual com Deus. Jerusalém estava nua, desprotegida. Sem fronteiras, os inimigos adentravam livremente na cidade, saqueando o que restava, inclusive as vidas. Disse Jesus: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.” Ap 16:15.  Essa situação é tão idêntica ao homem caído, entregue ao pecado. Sua alma fica refém do diabo que tem acesso livre às portas de seu coração.  Neemias vem nos dizer que as fortalezas de pedra, destruídas e queimadas a fogo pelos inimigos, podem ser erguidas novamente, aleluia!


E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus .E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? Neemias 4:1-2

Sambalate é a imagem de Satanás, aquele que nos acusa e despreza na tentativa de nos  fazer desistir . Seu desejo é como uma boca grande e sempre aberta para devorar dizendo  palavras de derrota: “ pobres e fracos judeus, tudo que têm são montões de pedras queimadas que só servem para o lixo, até uma raposa derrubaria esses muros que pensam em reconstruir”. Querido leitor, essa é a missão do mal. Tal qual fez com Neemias faz conosco. Diz que não somos capazes, que somos pecadores, “pedras queimadas”.  Seu prazer é ver muros derrubados, territórios saqueados, nus a frio e fome. Quando estivermos ouvindo essas vozes que surgem muitas vezes em forma de pensamento,  ou  através de “Sambalates”, saibamos de onde vem. Procuremos, assim como fez Neemias, orar , confiar  e não desistir de agir conforme a Palavra.

A  figura das pedras queimadas merece destaque.  Para Sambalate elas  eram   inúteis montões. Para Neemias, tinham valor tal qual as pedras originais. Essas pedras queimadas, podem ser eu e você, leitor. Feridos, decepcionados, vivendo adversidades. Pode ser quem um dia já se sentiu forte e feliz o bastante para ser  muro sem brechas. Pode ser o que se levanta, se ergue, após seguidas derrotas. Pedras queimadas fala de vidas “passadas pelo fogo” e que aos olhos de muitos pode não ter valor, mas para Deus assim como para Neemias, elas podem  reconstruir com a mesma força e utilidade de pedras virgens. Pedras queimadas em Jerusalém, fala de vida espiritual. Pessoas que já viveram com vigor a vida cristã e hoje não mais. Acredito que muitas são as pedras queimadas espalhadas pela igreja, necessitando serem ajuntadas e valorizadas para construírem (ou reconstruírem) fortalezas.

Neemias 4:7 E sucedeu que, ouvindo Sambalate e Tobias, e os árabes, os amonitas, e os asdoditas, que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo.



Essa é uma fotografia de um muro reedificado com pedras queimadas, é perceptível a diferença de cor comparando-as com as pedras originais, elas são mais escuras. Esse muro fica em Banias  150 Km ao norte de Jerusalém. São séculos de construção e as pedras queimadas continuam firmes na sustentação da obra.  Neemias não descartou as pedras queimadas e viu que poderiam ser tão úteis quanto as demais, e ele estava certo. Sambalate estava furioso porque os muros se reerguiam, as brechas se fechavam,   Deus era com os construtores e a obra não parava.  Neemias 4: 14 “ Não os temais! Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas.”

Reconstruir os muros significava também reconstruir a vida familiar de muitos dos envolvidos na obra. Que grande, magnífica lição, nos traz o livro de Neemias! Para cada vida restaurada espiritualmente, para cada pedra queimada assentada, muitas outras vidas beneficiadas! Não devemos  desistir de buscar a Deus por causa da rudeza do mundo, da maldade das pessoas. Pelo contrário. Se desanimarmos na batalha, seremos a pedra inútil que “Sambalate” se alegrará em chutar e despedaçar até virar pó e se esvair como poeira. Nossa força não está em nós mesmos, mas no Senhor, grande e temível, o mesmo que foi com Neemias para vencer. 

“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de elul, em cinquenta e dois dias.” Neemias 6:15

"Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.Neemias 8:10

A destruição se dá de forma tão rápida que às vezes é difícil de acreditar como em  pouco tempo  as coisas tomaram proporção  tão grande! O fogo que consome uma floresta, carros que se chocam na estrada, guerras armadas, tudo destrói em segundos e às vezes leva anos para ser reconstruído. Criticar como Sambalate é mais fácil que agir como Esdras, por essa causa, o mundo conspira contra os filhos de Deus. Os muros da cidade de Jerusalém foram reconstruídos, sob a liderança de Neemias, em 52 dias. Foram destruídos em no máximo uma semana. Se nós estamos hoje tal qual as pedras queimadas de Jerusalém, saibamos que somos preciosos para Deus. A força para se reerguer está no Senhor que se alegrará em nos colocar como alicerce em nossa casa, trabalho, enfim aonde formos. Sambalate armou muitas armadilhas para que Neemias fosse morto e parasse a obra, mas não teve sucesso porque nem por um minuto Neemias duvidou de que Deus era com ele para o bem: “ A boa mão do meu Deus era comigo” Ne 2:8.

Essa é a lição trazida pelas pedras queimadas erguidas nos muros da cidade de Jerusalém. Oro para que assim como tenha falado a mim, fale a tantos quantos o Senhor Deus enviar.

Deus o abençoe.

Bíblia de Estudo Plenitude, Revista e corrigida, SBB, tradução João Ferreira de Almeida 1995. Livro de Neemias.

terça-feira, junho 07, 2016

O Ministério da caixa de bebês



Traduzido e compilado
Por Wilma Rejane


Lee Jong-rak é um pastor coreano ( Coreia do Sul). Sua história de fé,  esperança e amor, comove a tal ponto que tem levado centenas de pessoas a converterem-se ao Evangelho de Cristo.

Ele criou uma caixa para bebês. Esta caixa fica anexada à sua igreja e tem por finalidade recolher bebês abandonados que são fisicamente ou mentalmente deficientes e indesejados por suas mães. O ministério de Lee começou de modo muito singular. Ele e sua esposa tiveram um filho deficiente, com função cerebral limitada. Seu bebê passou os primeiros 14 anos de vida em um hospital e Lee teve que vender seu mercado de alimentos, pegar dinheiro emprestado e assumir biscates para poder manter as despesas do hospital.

Durante os 14 anos em que acompanhou o filho, Lee visitava os quartos de outras crianças deficientes incentivando os pais a não desistirem delas. E as pessoas começaram a chamá-lo de pastor naturalmente.Posteriormente, Lee se matriculou em uma escola de teologia e se oficializou pastor.

Inicialmente ele não queria aceitar o fato de ter um filho com deficiência,  diz que perguntava a Deus: " Por que você me deu uma criança deficiente? Eu não sou grato por esse bebê". Mas, o amor de Lee por seu filho foi aumentando e levando-o para mais perto de Deus.

É incrível, pois, o motivo da grande decepção de Lee, acabou por se tornar sua causa de amor que iria salvar muitas pessoas. Pastor Lee registrou seu filho deficiente sob o nome de Eun-man que significa "cheio da graça de Deus". Eun-man atualmente se encontra em casa, com a família. Passa a maior parte do tempo em uma cama, ocasionalmente solta um ronco ou suspiro e sua saliva é sugada através de um buraco traqueal em sua garganta.

A Caixa:




Construída  em um anexo da casa do pastor, somente no ano de sua criação havia recebido 383 crianças. De lá para cá a caixa já ultrapassou a marca de milhares de crianças abandonadas. Sem condições para cuidar de todas as crianças que recebe, o pastor transfere algumas para orfanatos, sob cuidados médicos. Algumas mães acabam voltando para recuperar seus filhos.

Hoje, a casa do pastor foi reformada e conta com 21 alas, abrigando pouco mais de 20 crianças. O mais jovem tem dois meses de idade e o mais velho 18. É Lee e sua esposa que acordam no meio da noite, trocam fraldas, preparam mamadeiras e acompanham algumas das crianças na escola.

Autoridades do governo tentaram fechar o orfanato da caixa alegando que o pastor não tem treinamento formal e não há espaço suficiente para todas as crianças. O Ministério da saúde na Coreia alega que a caixa incentiva o abandono de crianças. Contudo, algumas empresas privadas se solidarizam com a causa e ajudam na manutenção do ministério do pastor Lee. Ele diz que Deus lhe concedeu essa obra e não tem deixado nada faltar, nem para ele, nem para o orfanato.

“Era doloroso ver a realidade, mas eu precisava fazer o que fiz. Não é algo que planejei. Não é algo que fiz porque sou uma pessoa boa. Foi realmente Deus quem orquestrou e me levou a este caminho. Todas essas crianças são preciosas para Deus"

Histórias da caixa:

O interior da caixa contém uma toalha grossa cobrindo o fundo e  luzes de aquecimento para manter o bebê confortável. Um sino toca quando alguém coloca um bebê na caixa, em seguida, os associados da equipe pastoral e sua esposa, vêm recolher o bebê . 

O ministério da caixa de bebês se transformou em filme.  Brian Ivie, o cineasta de 22 anos que decidiu fazer o filme, após ler sobre o trabalho do pastor, não se considerava cristão antes das filmagens. Ou melhor, era um cristão nominal, mas ele afirma que se converteu verdadeiramente a Jesus após conhecer e entrevistar o pastor Lee, podendo testemunhar com seus próprios olhos o amor que ele afirmava que antes só ouvia falar. Parte dos lucros do filme serão usados para ajudar o ministério de Lee e outros programas de assistência social cristãos.

A seguir trailler do filme sobre o ministério do pastor Lee e uma reportagem mostrando como funciona a caixa e as acomodações na casa do pastor. Ambos estão em inglês (infelizmente ainda não aprendi legendar vídeos), mas permitem conhecer o modo excepcional, o amor de Deus que transborda na vida desse trabalho.

Trailler:


Reportagem:



Deus o abençoe.

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Uma boa dose de coragem!





Wilma Rejane

O Senhor, pondo-se do lado dele disse: Coragem! At 23:11

Esse verso do livro de Atos, me fez parar e refletir sobre o valor da coragem e a fidelidade de Deus. Paulo havia sido encarcerado e aguardava sentença , os fariseus conspiravam contra ele e no meio da noite o Senhor Jesus lhe aparece com essa palavra: “ Paulo, você não está sozinho estou contigo, coragem”! Creio que após ouvir isso, o apostolo recobrou as forças e fortaleceu a fé. Tenho trazido a memória essa palavra, porque é necessário manter a coragem diante dos problemas e do cotidiano.

Pv 24:10: Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.

A palavra coragem, tem origem em uma língua pré-histórica e hipotética, era falada por guerreiros conquistadores. Coragem vem de cor e coração. O idioma latino, originado do indo-europeu, revela que a palavra cor indica: ânimo, disposição, qualidade espiritual de bravura e tenacidade. Coragem está diretamente ligada a "cor do coração" ânimo do ser, da alma, do entendimento.

Quem tem coragem age com força interior, disposição do coração. Essa virtude, está em nós e se mostra em momentos adversos. Não existiriam guerreiros se não houvesse coragem, ela nos move além do medo, da angústia, da dor, da impotência. Não vejo a coragem como auto superação, mas atitude resultante de ação Divina, pois somente em Deus encontra-se a fonte para vencer batalhas. Coragem, não diz respeito a força física, potência ligada a valores externos como: beleza, riqueza, sabedoria. A coragem está na alma, no coração.

Não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão, e o Senhor é conosco, não os temais Nm 14: 9

O Senhor revestiu seus líderes de coragem e prudência para usá-la nos momentos oportunos. Cada vez que os israelitas se preparavam para conquistar territórios e derrotar inimigos, Deus fortalecia seus líderes com o conselho: “Não temais”. Jesus, falou sobre a virtude da coragem : “ "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo" Mt 10:28. Não temer é um ato de bravura, mas que necessita de fundamento Bíblico porque a coragem exalta o homem , mas também o abate se estiver aliada a maldade, a ganância e imprudência.

O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura Pv 14:29.

Assim, queridos leitores, que se alguém está em Cristo, se alguém clama a Deus, Ele se põe ao lado para revesti-lo de coragem como fez a Paulo. Não estamos sós ou esquecidos, mas guardados em fortalezas e alto Refúgio. Invisíveis, porém reais. Deus não nos deixa sós, Ele é fiel e amigo que faz por nós além do que pensamos. Com Ele, há livramentos, vitórias sobre batalhas.

Coragem porque Deus é conosco!

quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Um lugar de Refúgio




Wilma Rejane

Salmo 57:1:" Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades."

Um exército de homens armados cercava a caverna de Adulão, lugares estratégicos de Mizpá e Judá a fim de capturar Davi. O ódio e a inveja de Saul provocava toda esta situação de calamidade. E é nesse contexto que o Salmo 57 é criado, como um uma oração de socorro na providência Divina. À sombra das asas de Deus era o ùnico lugar, o mais seguro lugar, inacessível para os inimigos e absolutamente disponível para o Davi aflito e confiante. Deus,portanto, é invocado em oração, como um pássaro cuidadoso e amoroso abrigando seu filhote embaixo de Suas asas.

Em vários outros lugares da Bíblia a fraternal imagem do Pai Pássaro é invocada para transmitir a atuação de Deus em relação aos homens. No livro do profeta Sofonias, por exemplo, as asas de Deus estão estendidas sobre o remanescente humilde de Israel:

"Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre; e eles confiarão no Nome  do Senhor." Sofonias 3:12. Confiar aqui se traduz em chasah (dicionário Strong 02620) = abrigar em Deus, acolhido em Deus, sob a proteção de Deus da mesma forma que um filhote pássaro está protegido sob as asas de seus pais.

Em outra passagem, Deus também é citado como um abrigo com asas resguardando a jovem Rute, uma mulher sem posses e sem herdeiros que teve sua vida transformada através da fé em um Deus que não apenas abriga filhos, mas preserva sonhos fazendo-os florescer na sombra do Seu tempo:

O Senhor retribua a você o que você tem feito! Que seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!" Rute 2:12

É revigorante abrigar-se em Deus todos os dias e voltar a abrigar-se nas calamidades. Neste tempo as asas de Deus nos aquecem enquanto o mundo é um lugar gélido e cruel. 

As asas de um pássaro se oferecem como abrigo de forma totalmente voluntária, por bondade, cuidado. É sob as asas que os filhotes estão salvos de predadores, do mau tempo. E aquilo que estaria destinado aos filhotes, recae sobre o pássaro de asas abertas (ou fechadas) que abriga filhotes. E essa situação é tão parecida com o amor de Cristo que abriu seus braços em uma cruz para abrigar o mundo, para salvar pecadores. Tudo recaiu sobre Ele: nossas dores, enfermidades, maldades (Isaías 53:4). E na cruz nos abrigamos, no calvário, à sombra de Cristo nos refazemos, até que este mundo passe, que tudo passe e tudo haverá de passar, somente o amor de Cristo triunfará (I coríntios 13:10).

Abriguemos-nos em Deus que por meio de Cristo estende Suas asas sobre nós. E neste lugar estamos salvos. Calamidades existem, elas nos alcançam sem permissão nossa. Porque é curso da vida a incerteza dos dias. Mas, sob as asas de Deus somos transportados para um lugar de paz,uma paz que o mundo jamais poderá dar (João 14:27). 

Deus o abençoe.

terça-feira, janeiro 19, 2016

Percebi que Buda estava morto...



Mark Elles
Tradução: 
Wilma Rejane

Ele deixou o budismo e foi para a  magia negra, depois de receber a Cristo, ele entrou em uma nova batalha com as autoridades comunistas pela  alma do povo vietnamita, uma batalha feroz que continua até hoje.Seu nome é Tran Dinh, mais conhecido como "apóstolo Paulo do Vietnã".  A entrevista a seguir foi concedida a Mark Elles em Maio de 2014 para Reporters de Deus

"Cresci em uma família budista muito atuante, fui enviado para um templo budista e treinado para ser um monge. Meu pai era um médico chinês muito bem sucedido, mas  estava incomodado com os políticos que tentaram extorquir dinheiro dele, então ele prometeu que se  tivesse um filho  iria mandá-lo para o templo para que  pudesse ser treinado como um monge. Meu nome de budista era 'Stop Loving do mundo'.

Aos 15 anos, depois de apenas um ano de estudo, tornei-me desencantado com o desespero de doutrinas budistas.

Procurando mais poder e experiência religiosa  viajei para o lado negro, fui estudar magia negra e me tornei  mestre em feitiçaria, servindo 3.366 deuses". Esses deuses me deram  poder, mas eles me fizeram curvar minha vida para seus redutos. Eles também me fizeram odiar o Evangelho.

Em 1970, quando o Presidente Nixon enviou tropas americanas para o Camboja do Vietnã, causando protestos de montagem nos campi universitários norte-americanos, missionários americanos entraram na cidade de Ai no sul do Vietnã. Um monte de gente na minha cidade foi para as cruzadas e encontrou o Senhor. Alguns dos meus alunos de magia negra vieram até mim dizendo: Mestre, você deve parar esta cruzada, caso contrário, perderemos todos os nossos clientes nesta cidade.

 No dia seguinte fui dar uma olhada na cruzada.Esperei encontrar  missionários realizando "atividades religiosas", mas fiquei surpreso ao encontrá-los cantando músicas, lendo a Bíblia, e dando uma mensagem simples. Eles disseram, 'Nós não queremos trazer para o Vietnã uma nova religião, porque todas as religiões vão torná-lo mais e mais sobrecarregados. Mas Jesus prometeu que se você levar seus fardos pesados até Ele ​, Ele vos aliviará'


Esta mensagem era demais, no que procurei freneticamente encontrar alguma maneira de frustrar a cruzada cristã, com medo de as pessoas da cidade não precisarem mais  de meus serviços de feiticeiro. Para meu desgosto, muitos na área estavam sendo salvos e oferecendo testemunhos de orações respondidas.

Virei-me para as  hostes demoníacas. Busquei os 1.000 deuses naquela primeira noite, mas no final do serviço, percebi que meus deuses não estavam aparecendo para fazer  seu trabalho. Na noite seguinte, busquei os 2.000 deuses, mas nada aconteceu. Fui para casa  jejuar e orar para os 3.366 deuses.

Eu disse: Vocês têm que acordar e acabar com esta cruzada, rezei para todos os 3.366 deuses, mas nenhum deles revelou-se.

De repente, ao amanhecer, algo  varreu minha mente. Percebi que Buda era um homem bom, sábio, mas  tinha morrido . Ele nunca prometeu salvar alguém ou ajudar alguém . Percebi que Jesus Cristo era diferente, Ele não só era bom e sábio, como ressuscitou e estava vivo! Naquele momento reconheci a futilidade de minha trajetória religiosa anterior e me entreguei a Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador.

Dei meu coração ao Senhor e Deus salvou a minha vida e me libertou e me chamou para o ministério.Depois que  fui salvo me disseram: 'Irmão, havia um homem na Bíblia exatamente como você. Ele era tão religioso, odiava o Evangelho e perseguiu a igreja. Seu nome era Saulo, mas, finalmente, Deus o salvou e mudou seu nome  para Paulo.

Tomei o nome de Paulo. Um mês depois, quando  li na Bíblia sobre Paulo, disse: ou, ou, eles me deram o nome errado. Paulo viveu muito tempo como preso e eu não quero estar na prisão como Paulo.Mas  o novo nome  pegou, todos passaram a me chamar de Paulo. Fui rejeitado por minha família,obrigado a sair de casa, mas a igreja me aceitou e me discipulou.

Olhando para trás, sou grato pela família  que me expulsou porque isso me deu  impulso para  frequentar a igreja. Em abril de 1975, apenas dois dias antes de os EUA evacuar Saigon, fui ordenado pastor.

Não queremos um Jonas  em nosso barco

Toda  nossa liderança se reuniu para buscar o Senhor e  decidiu que seria melhor  sairmos do país antes de os comunistas nos jogaram na prisão. Pegamos um barco e saímos de lá. Quando cheguei no barco  o Espírito Santo falou comigo : 'O que você está fazendo neste barco? Pare de amar o mundo. Você quer ser um Jonas? "

Foi forte o suficiente para me assustar,meus amigos disseram que eu estava suando profusamente.

-Irmão , o que aconteceu com você?
-Acabei de ouvir uma palavra do Senhor.
-Precisamos de uma palavra do Senhor, porque estamos prestes a fazer uma viagem muito perigosa no oceano, disseram eles.
-Deus me perguntou se eu quero ser o Jonas deste barco.
-O quê? Clamaram em uníssono. Saia do barco que não queremos ter Jonas com a gente.

Fui forçado a sair do barco. Fui tão estupido que por um momento pensei que não deveria ter dito nada para eles. Sem saber o que me esperava, fiz  o caminho de volta para  igreja. No dia seguinte, fui preso pelos comunistas e enviado para um campo de trabalhos forçados.

Eu iria passar mais de dez anos nesses campos com os comunistas tentando me reeducarem. O comunismo é uma religião. Eles competem com outras religiões. Foi terrível. Dormi na sujeira, no cimento batido.Às vezes não tinha o que  comer, tinha que sair na selva para encontrar folhas para comer.

Durante meu primeiro mandato de cinco anos eu não tinha escova de dentes, sabão, ou outros itens pessoais. Depois que fui libertado da prisão, arrumei um saco com uma escova de dentes, sabonete, toalha e roupa interior.  Carreguei uma bolsa com essas coisas  em todos os lugares que eu fui e a bolsa ficava ao meu lado quando eu dormia.



Paul e Ruth




Em 1980, fui libertado da primeira de oito prisões e  casei com Ruth Kim-Lan, um ex-professora do ensino médio. Ela tornou-se desencantada com o ensino após os comunistas tentarem mudar as mentes das crianças para acreditarem na evolução. Ela se sentiu chamada para o ministério para que ela pudesse ensinar as crianças sobre Deus e sua criação.

Apesar da perseguição por parte das autoridades,  continuei  meus esforços para plantar igrejas nas casas, plantei  24 novas igrejas entre 1988-1990. Um dia fui apanhado pelas autoridades e levado para a delegacia, onde  fui avisado para parar de plantar igrejas.

Expliquei que havia recebido um chamado de Deus. O búfalo de água foi feita para arar o campo, o cavalo foi feito para puxar o carrinho, e o pregador foi feita para pregar o Evangelho.

Minha resposta os incomodou e me disseram: se você não parar, voltará para os campos de concentração.

Cerca de um mês depois fui preso enquanto realizava batismos.Fui enviado de volta para a prisão, mas desta vez tive uma mochila  contendo  pertences pessoais.

Minha mochila não permaneceu intacta por muito tempo. Na prisão, os guardas cortaram as tiras de minha mochila, era prática comum por causa do medo de enforcamento. Havia um homem selvagem na prisão a quem chamavam de tesoura. Ele era um alfaiate e carregava uma tesoura com ele o tempo todo como uma arma. Ele matou muitas pessoas dentro e fora da prisão, todos tinham medo dele, incluindo os guardas.

Mas  começei a orar para que Deus suavizasse aquele homem. Comecei a compartilhar o amor de Jesus com ele e disse-lhe como Jesus lhe daria paz e seria seu amigo. Enquanto eu continuava a mostrar-lhe a amizade e a graça de Deus, ele deu o seu coração para o Senhor."

Como uma expressão de gratidão, ele usou uma de suas camisas para consertar minha mochila e me fez um chapéu para me proteger do sol.

É João 3:16 

Pr Paul em oração


Em 1999 fui preso em Hanói e condenado a uma pena de cinco anos. Tentaram me matar, mas Deus usou um ex-funcionário do Departamento de Estado, agindo como um embaixador-geral, juntamente com a pressão da ONU, para ganhar a minha libertação. Expulsaram-me para fora do país.

Eu quero alcançar os vietnamitas no exterior e discipular para que eles possam conhecer as boas novas de Jesus Cristo em suas famílias e comunidades.

Algum dia Deus irá abrir portas no Vietnã exatamente como fez na União Soviética, a igreja subterrânea está realmente crescendo. Meu trabalho agora é preparar e treinar discípulos para esse dia.

Queremos trazer os fiéis de volta ao Vietnã, não com rifles M16, mas com João 3:16 e Bíblias. "