João Cruzué
Será que os novos convertidos do Tele-evangelismo se transformarão em seguidores reais de Cristo, nesta época em que há Igrejas seguimentadas e fabricadas com um apelo de marketing para alvos diferenciados? O blog olhar cristão pensa que não.
Há muitos anos, por determinada circunstância, fui pregar no Largo 13 de Maio, em Santo Amaro. Um bairro da Zona Sul de São Paulo. E algo inusitado aconteceu: Na hora do "apelo", uma multidão de mãos foram levantadas. Acho que foi a única vez na vida que vi um grupo inteiro de umas 20 ou 30 pessoas aceitar Jesus. Eu não esperava ver toda aquela gente se decidindo, ainda mais que a mensagem não mexeu com as emoções de ninguém.
Depois daquele dia eu comecei a pensar mais seriamente em não apenas convidar, mas acompanhar o crescimento da fé de novos convertidos. E cada vez mais que eu meditava nos cuidados de Jesus - durante três anos - de andar com seus discípulos e ensinar a eles como pregar o Evangelho, mais mudava minha visão de pregar sem a responsabilidade de cuidar e ensinar.
Há uma norma vigente em nosso meio Cristão: A função do evangelista é pregar e a do pastor, arrebanhar e cuidar das almas. Estará isto certo, comparando com a Bíblia?
Acho que estamos encrencados. Há evangelistas de mais (na TV) e pastores de menos. E mesmo tendo pastores, não está havendo discipulado. E o único "discipulado" bem feito na TV brasileira não é cristão, nem está a serviço da Igreja.
Se você respondeu que são as novelas, acertou.
Quer aprender a adulterar? Assista uma novela. Quer aprender a trair? Novela. Quer aprender a ser inescrupuloso? Novela. Quer aprender a perder a virgindade na adolescência? Novela. Quer lições de mau-caratismo? Novela. Quer saber como trocar de esposa ou de marido como se troca de roupa? Artistas de novela. Quer aprender a fumar e a beber: Novela. Quer ver prostituição? Novela. Quer aprender lições de banditismo? Novela. Quer ver homossexualismo? Novelas.
Não estou aqui dando uma de santarrão, condenando o trabalho dos atores. Estou, sim, dizendo que se há discipulado na Televisão - as novelas são exemplo. São longas, planejadas e feitas para "estarem juntas" dos telespectadores por meses a fio. E sai uma, entra outra, a função dos papéis dos personagens não muda. A fórmula é sempre a mesma. Na minha opinião elas tem outra função além do lazer: Justamente um discipulado subliminar. Tanto é verdade que são patrocinadas por empresas que desejam massificar seus produtos: Sabonetes comuns, shampus baratos, operadoras de celular, detergentes, desinfetantes de banheiro...
Até na TV do Bispo as novelas fazem este anti-discipulado. O que ele prega de madrugada, as novelas "despregam" no horário nobre.
Quer sustentar a indústria das novelas? Compre os produtos que as financiam. Aqueles que aparecem nos intervalos.
Fora disso não há outro discipulado. E pior: Mesmo dentro de Igrejas lotadas de crentes, ninguém mais sabe fazer isso. Isso o que: Andar com um novo convertido por três anos ensinando-o a orar, ter comunhão com o Espírito Santo, expulsar demônios, curar doentes, ressuscitar mortos. Repercutir aquilo que viu e ouviu. Se não para todos, pelo menos para aqueles que têm sede de Deus.
E se não há mestres de carne e osso, para estar e praticar juntos, como haverá discípulos reais?
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Há muitos anos, por determinada circunstância, fui pregar no Largo 13 de Maio, em Santo Amaro. Um bairro da Zona Sul de São Paulo. E algo inusitado aconteceu: Na hora do "apelo", uma multidão de mãos foram levantadas. Acho que foi a única vez na vida que vi um grupo inteiro de umas 20 ou 30 pessoas aceitar Jesus. Eu não esperava ver toda aquela gente se decidindo, ainda mais que a mensagem não mexeu com as emoções de ninguém.
Depois daquele dia eu comecei a pensar mais seriamente em não apenas convidar, mas acompanhar o crescimento da fé de novos convertidos. E cada vez mais que eu meditava nos cuidados de Jesus - durante três anos - de andar com seus discípulos e ensinar a eles como pregar o Evangelho, mais mudava minha visão de pregar sem a responsabilidade de cuidar e ensinar.
Há uma norma vigente em nosso meio Cristão: A função do evangelista é pregar e a do pastor, arrebanhar e cuidar das almas. Estará isto certo, comparando com a Bíblia?
Acho que estamos encrencados. Há evangelistas de mais (na TV) e pastores de menos. E mesmo tendo pastores, não está havendo discipulado. E o único "discipulado" bem feito na TV brasileira não é cristão, nem está a serviço da Igreja.
Se você respondeu que são as novelas, acertou.
Quer aprender a adulterar? Assista uma novela. Quer aprender a trair? Novela. Quer aprender a ser inescrupuloso? Novela. Quer aprender a perder a virgindade na adolescência? Novela. Quer lições de mau-caratismo? Novela. Quer saber como trocar de esposa ou de marido como se troca de roupa? Artistas de novela. Quer aprender a fumar e a beber: Novela. Quer ver prostituição? Novela. Quer aprender lições de banditismo? Novela. Quer ver homossexualismo? Novelas.
Não estou aqui dando uma de santarrão, condenando o trabalho dos atores. Estou, sim, dizendo que se há discipulado na Televisão - as novelas são exemplo. São longas, planejadas e feitas para "estarem juntas" dos telespectadores por meses a fio. E sai uma, entra outra, a função dos papéis dos personagens não muda. A fórmula é sempre a mesma. Na minha opinião elas tem outra função além do lazer: Justamente um discipulado subliminar. Tanto é verdade que são patrocinadas por empresas que desejam massificar seus produtos: Sabonetes comuns, shampus baratos, operadoras de celular, detergentes, desinfetantes de banheiro...
Até na TV do Bispo as novelas fazem este anti-discipulado. O que ele prega de madrugada, as novelas "despregam" no horário nobre.
Quer sustentar a indústria das novelas? Compre os produtos que as financiam. Aqueles que aparecem nos intervalos.
Fora disso não há outro discipulado. E pior: Mesmo dentro de Igrejas lotadas de crentes, ninguém mais sabe fazer isso. Isso o que: Andar com um novo convertido por três anos ensinando-o a orar, ter comunhão com o Espírito Santo, expulsar demônios, curar doentes, ressuscitar mortos. Repercutir aquilo que viu e ouviu. Se não para todos, pelo menos para aqueles que têm sede de Deus.
E se não há mestres de carne e osso, para estar e praticar juntos, como haverá discípulos reais?
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2 comentários:
realmente verdades incotestaveis
Triste.
A primeira pergunta que fica é: O que podemos fazer para mudar isso?
Outra: Será que é possivel?
Infelizmente, não sei...
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