João Cruzué
Honduras - Isis Obed Murillo Mencía, um jovem de 19 anos, estava ao lado do pai, o Pastor Evangélico José Murillo Mencía, e outros três irmãos, quando foi atingido na cabeça por um disparo de fuzil M16. Isto aconteceu domingo, 05 de julho 2009, no Aeroporto Internacionla de Tocontín quando soldados do exército hondurenho, a mando do governo golpista, atacaram milhares de pessoas que foram ao aeroporto participar da recepção à volta do presidente Manuel Zelaya.
Nascido em Santa Cruz de Guayape, município de Holancho, Isis Obed morava com a família na capital do estado, na Colônia Villeda Morales, a 140 kilômetros à leste de Tegucigalpa. Amigos e famíliares dão testemunho, que o jovem era muito sensível à dor alheia e pronto a colaborar toda vez que fosse necessario.
Sua mãe, irmã Sílvia Mencía, na despedida do filho assim se expressou: “Era un muchacho sano, amable, luchador y carismático, siempre estuvo dispuesto a quitarse la camisa por un amigo”. E questionou: Os filhos dos ricos que andam protestando pela ilegalidade [golpe de estado] são protegidos, enquanto que nós somos agredidos, e o pior é que, agora, tenham assassinado meu filho"
o ataque do exército
O enterro do filho do pastor comoveu Honduras
e a comunidade internacional
A dor de um pai - o Pastor José Murillo Mencía
O enterro do filho do pastor comoveu Honduras
e a comunidade internacional
A dor de um pai - o Pastor José Murillo Mencía
Irmã Sílvia Mencía chorando sobre o caixão do filho
Desde criança encontrou no lugar os ideiais em prol das causas justas e a se opor às injustiças e desigualdades na distribuição da riqueza, que reproduzem a fome entre a maioria dos hondurenhos. Dos 7,5 milhões de habitantes, cerca de 5 milhões transitam abaixo da linha de pobreza e miséria.
O moço era o sexto de 12 irmãos e estudava de manhã no 2º ano do ciclo comum do Instituto 21 de Febrero. À tarde trabalhava no supermercado local.
Obed era uma pessoa disposta a fazer qualquer coisa para melhorar a vida da família, sustenta Cristian, um dos irmãos Murillo Mencía. Com o rosto molhado e saudades nos olhos assim comentou: Juntos Obed e eu construímos minha casa de adobe. O que pudemos fazer com os poucos "lempiras" (moeda de Honduras) que consegui ajuntar.
Domingo 05 de julho, Isis Obed levantou-se bem cedo para ir junto com sua família até a Universidade Pedagógica Nacional "Francisco Morazán", e dali partirem com milhares de compatriotas até o Aeroporto de Toncontín, onde aguardariam a volta do Presidente Zelaya, (deposto por um golpe de estado) na esperança de conquistar uma Constituição Nacional de acordo com a realidade do país.
Com o passar do tempo, aumentava a ansiedade pelo retorno do ex-mandatário, que vinha se aproximando do povo mais humilde, e por isso Obed se identificou com ele. O que o jovem talvez nunca imagiou, é que uma bala dos golpistas tiraria sua vida. É uma lástima, mas a história está aí para confirmar que as batalhas dos povos para se livrar dos opressores têm sido escritas com sangue.
Obed não estava sozinho. Estava junto com a família, e morreu ao lado do pai, o Pastor evangélico José Murillo Mencía. Obed não praticava nenhuma ilegalidade. No artigo 3º da Constituição Hondurenho está escrito:" El pueblo tiene derecho a recurrir a la insurrección en defensa del orden constitucional”.
Fonte: Jornal El LibertadorO moço era o sexto de 12 irmãos e estudava de manhã no 2º ano do ciclo comum do Instituto 21 de Febrero. À tarde trabalhava no supermercado local.
Obed era uma pessoa disposta a fazer qualquer coisa para melhorar a vida da família, sustenta Cristian, um dos irmãos Murillo Mencía. Com o rosto molhado e saudades nos olhos assim comentou: Juntos Obed e eu construímos minha casa de adobe. O que pudemos fazer com os poucos "lempiras" (moeda de Honduras) que consegui ajuntar.
Domingo 05 de julho, Isis Obed levantou-se bem cedo para ir junto com sua família até a Universidade Pedagógica Nacional "Francisco Morazán", e dali partirem com milhares de compatriotas até o Aeroporto de Toncontín, onde aguardariam a volta do Presidente Zelaya, (deposto por um golpe de estado) na esperança de conquistar uma Constituição Nacional de acordo com a realidade do país.
Com o passar do tempo, aumentava a ansiedade pelo retorno do ex-mandatário, que vinha se aproximando do povo mais humilde, e por isso Obed se identificou com ele. O que o jovem talvez nunca imagiou, é que uma bala dos golpistas tiraria sua vida. É uma lástima, mas a história está aí para confirmar que as batalhas dos povos para se livrar dos opressores têm sido escritas com sangue.
Obed não estava sozinho. Estava junto com a família, e morreu ao lado do pai, o Pastor evangélico José Murillo Mencía. Obed não praticava nenhuma ilegalidade. No artigo 3º da Constituição Hondurenho está escrito:" El pueblo tiene derecho a recurrir a la insurrección en defensa del orden constitucional”.
Nota: A comunidade internacional não apoia o golpe de estado em Honduras. Para evitar que haja uma recaída golpista, já tradicional na América Latina.
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Um comentário:
Ore por Honduras e participe do abaixo assinado em repúdio ao golpe de Estado neste país
http://www.petitiononline.com/fale/petition.html
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