EFE
Em 27 de fevereiro/09 o Conselho Tutelar de Alagoinha-PE assumiu um caso de uma menina de nove anos, 33kg, 1,36m, grávida de gêmeos depois de ter sido estuprada pelo padrasto, por mais de três anos . O caso evoluiu para uma recomendação de aborto clínico, o que atraiu a atenção e a pressão da Igreja Católica. O que não se imaginava era a tamanha proporção que o Caso de Alagoinha viria a se tornar. Sua evolução foi tão rumorosa que a fumaça atingiu o a imprensa mundial e as portas do Vaticano.
O pároco de Alagoinha, Padre Edson Rodrigues, resumiu com riqueza de detalhes o acompanhamento do caso e as ações da ICR em sua carta à imprensa publicada na primeira semana de março. À medida que o desfecho evoluia para um aborto clínico com amparo legal, o Pe. Edson e o bispo da Diocese de Pesqueira, Dom Francisco Biasin, encaminharam a batata quente para as mãos do arcebispo Metropolitano de Olinda, Dom José Cardoso.
Mas o caso fugiu ao controle da Igreja Católica local quando o Arcebispo de Olinda anunciou à imprensa a posição da Igreja: a excomunhão da mãe da menina e da equipe médica por causa do aborto. A sociedade não gostou principalmente ao ficar claro que o estuprador, no caso o padrasto, não seria excomungado. A temperatura ficou ainda mais quente quando o Presidente Lula se manifestou sobre o assunto e houve réplica do arcebispo Cardoso. Por causa desses fatos o Caso Alagoinha repercutiu na imprensa mundial e bateu às portas do Vaticano.
Com receio de aumentar ainda mais o distanciamento que vem se estabelecendo entre a sociedade cristã e as posições religiosas da Igreja Católica o Vaticano publicou uma "nova interpretação" (política) para o caso, assinada pelo Monsenhor Rino Fisichella - Presidente da Academia Pontifícia para a Vida. Na opinião de M. Fisichela o anúncio da excomunhão por parte do arcebispo de Olinda, D. Jose Cardoso Sobrinho, colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica.
Na avaliação de M. Rino Fisichella, o arcebispo de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho, se apressou e deveria primeiro ter se preocupado com a menina. "O caso só ganhou as páginas dos jornais porque o arcebispo de Olinda e Recife se apressou excomungar os médicos que fizeram o aborto clínico. Uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida se não fosse pelo alvoroço e pelas reações provocadas pelo gesto de dom José Cardoso.
"Como agir nesses casos? É uma decisão difícil para os médicos e para a própria lei moral. Não é possível dar parecer negativo sem considerar que a escolha de salvar uma vida, sabendo que se coloca em risco uma outra, nunca é fácil. Ninguém chega a uma decisão dessas facilmente, é injusto e ofensivo somente pensar nisso" - racionalizou M. Fisichella.
"Era mais urgente salvaguardar a vida inocente e trazê-la para um nível de humanidade, coisa em que nós, homens de igreja, devemos ser mestres. Assim não foi e infelizmente a credibilidade de nosso ensinamento está em risco, pois parece insensível e sem misericórdia", continuou o Monsenhor.
Dom Rino Fisichella ainda opinou que, levando em conta a idade e às precárias condições de saúde, a menina corria sério risco de morte por causa da gravidez. E justifica que os médicos, neste caso, merecem respeito profissional."
O Vaticano desautorizou as declarações de excomunhão de Dom José Cardoso e as primeiras posições da CNBB porque eram "imprudentes." Dom Fisichella sabe que dependendo da forma que um caso atinge a opinião pública, a parte ofendida na ânsia de defender uum direito pode se tornar o agressor. O Vaticano fez a Igreja Católica brasileira mudar o discurso no Caso Alagoinha porque sua credibilidade foi atingida, principalmente quando Dom José Cardoso declarou excomungados a mãe da criança e a equipe médica, mas não excomungou o padrasto pedófilo que estuprou duas crianças por mais de três anos.
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O pároco de Alagoinha, Padre Edson Rodrigues, resumiu com riqueza de detalhes o acompanhamento do caso e as ações da ICR em sua carta à imprensa publicada na primeira semana de março. À medida que o desfecho evoluia para um aborto clínico com amparo legal, o Pe. Edson e o bispo da Diocese de Pesqueira, Dom Francisco Biasin, encaminharam a batata quente para as mãos do arcebispo Metropolitano de Olinda, Dom José Cardoso.
Mas o caso fugiu ao controle da Igreja Católica local quando o Arcebispo de Olinda anunciou à imprensa a posição da Igreja: a excomunhão da mãe da menina e da equipe médica por causa do aborto. A sociedade não gostou principalmente ao ficar claro que o estuprador, no caso o padrasto, não seria excomungado. A temperatura ficou ainda mais quente quando o Presidente Lula se manifestou sobre o assunto e houve réplica do arcebispo Cardoso. Por causa desses fatos o Caso Alagoinha repercutiu na imprensa mundial e bateu às portas do Vaticano.
Com receio de aumentar ainda mais o distanciamento que vem se estabelecendo entre a sociedade cristã e as posições religiosas da Igreja Católica o Vaticano publicou uma "nova interpretação" (política) para o caso, assinada pelo Monsenhor Rino Fisichella - Presidente da Academia Pontifícia para a Vida. Na opinião de M. Fisichela o anúncio da excomunhão por parte do arcebispo de Olinda, D. Jose Cardoso Sobrinho, colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica.
Na avaliação de M. Rino Fisichella, o arcebispo de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho, se apressou e deveria primeiro ter se preocupado com a menina. "O caso só ganhou as páginas dos jornais porque o arcebispo de Olinda e Recife se apressou excomungar os médicos que fizeram o aborto clínico. Uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida se não fosse pelo alvoroço e pelas reações provocadas pelo gesto de dom José Cardoso.
"Como agir nesses casos? É uma decisão difícil para os médicos e para a própria lei moral. Não é possível dar parecer negativo sem considerar que a escolha de salvar uma vida, sabendo que se coloca em risco uma outra, nunca é fácil. Ninguém chega a uma decisão dessas facilmente, é injusto e ofensivo somente pensar nisso" - racionalizou M. Fisichella.
"Era mais urgente salvaguardar a vida inocente e trazê-la para um nível de humanidade, coisa em que nós, homens de igreja, devemos ser mestres. Assim não foi e infelizmente a credibilidade de nosso ensinamento está em risco, pois parece insensível e sem misericórdia", continuou o Monsenhor.
Dom Rino Fisichella ainda opinou que, levando em conta a idade e às precárias condições de saúde, a menina corria sério risco de morte por causa da gravidez. E justifica que os médicos, neste caso, merecem respeito profissional."
O Vaticano desautorizou as declarações de excomunhão de Dom José Cardoso e as primeiras posições da CNBB porque eram "imprudentes." Dom Fisichella sabe que dependendo da forma que um caso atinge a opinião pública, a parte ofendida na ânsia de defender uum direito pode se tornar o agressor. O Vaticano fez a Igreja Católica brasileira mudar o discurso no Caso Alagoinha porque sua credibilidade foi atingida, principalmente quando Dom José Cardoso declarou excomungados a mãe da criança e a equipe médica, mas não excomungou o padrasto pedófilo que estuprou duas crianças por mais de três anos.
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5 comentários:
a pratica do aborto com o olhar cristao e totalmente inaceitavel
mais com o oolhar publico,no caso di acontecimento da menina de 9 anos q abortou sou totalmente a favor,pois ela é uma criança e nao tem culpa da crueldade q fizeram com ela...
Não é minha intenção propagar aborto. Embora a Bíblia ensina que: Se alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é mais feliz do que ele (Eclesiastes 6.3), ainda assim, não sou a favor do aborto indiscriminado.
Mas sou a favor da preservação das mães, que por falta de temor a Deus ou infantilidade, entregaram seus corpos ou foram estupradas e acabaram engravidando sem nenhuma condição de ser mãe. Isso sem falar das crianças que ao invés de curtirem a infância com bonecas, acabam sendo vítimas de pedófilos dentro de casa.
Além disso, as mães que têm usado suas crianças para se prostituirem por míseros reais…
Isso sem falar daquelas que têm sido usadas por traficantes e formadas bandidas para tirar a vida de inocentes e têm tornado nossa sociedade num risco constante de vida.
Quando uma criança é gerada sem pai já é um problema grave. Imagine essa criança, sem mãe e sem pai? Certamente vai crescer com ódio da sociedade e se voltar contra tudo e contra todos. Ora, nesses casos específicos não seria melhor o aborto oficial amparado pelo Estado sem risco de vida para as mães?
Porque o feto abortado já é salvo. Mas e a mãe? E se ela morre numa clínica de fundo de quintal por causa do aborto? O que será de sua alma diante de Deus?
Portanto, entre um aborto seguro e o risco da perda de vida da mulher numa clínica clandestina, eu prefiro que haja o aborto oficial. É esse o tipo de aborto a que me refiro e que não fere minha fé!
Mas que tem interesse contrário ao aborto? O Clero Romano que vive da miséria alheia, abarcando enormes somas de dinheiro público para suas “santas casas” e afins, em nome das obras sociais. Eles têm sido contra o aborto até de crianças sem cérebro… Sob o pretexto estúpido de que o sofrimento purifica o ser humano, conforme declaração do obstetra católico dr. Dernival Brandão no STF.
E o argumento de que a criança vem de Deus é uma tremenda heresia. Se assim fosse, então Deus seria um monstro. Pois quando a criança nasce de um estupro, por exemplo, essa criança veio da vontade de Deus? E o que falar do anticristo que nascerá de uma mulher? Seria ele de Deus ou do diabo?
Minha gente, vamos usar a fé com inteligência e não na base de emoção, do contrário nunca seremos um país de primeiro mundo.
Deus abençoe a todos.
Caro irmão João!
Graça e Paz!
Na condição de cristão, sou totalmente contra o aborto.
Na realidade o abroto desse caso, torna-se uma verdadeira excessão, considerando-se as circunstâncias do caso em si mesmo.
O que trouxe toda essa exposição da mídia, creio ter sido a posição da ICAP, que sabendo que a cada dia, acontecem centenas de abortos, nunca se manifesta em disciplina dos seus fiéis, e, nesse caso em que se manifesta, aplica a justiça parcialmente, deixando live o padastro pedófilo.
Aí a coisa pegou!
Que o Senhos nos dê graça e discernimento, porque não estamos livres de situações como essa também em nosso meio.
Um grande abraço!
Pr. Carlos Roberto
Pr. João,
Graça e Paz!
Tanto a ICAR quanto as Igrejas Protestantes, precisam rever urgentemente o seu conceito sobre o aborto.
Como cristão e pastor assembléiano, sou contrário a prática do aborto em muitos casos, todavia, existem alguns casos onde jugo totalmente necessário a interrupção da gravidez.
Em breve estarei postando em meu blog um postulado sobre o aborto.
Pr. Sylas de Souza
http://sylasneves.blogspot.com/
...misericordia meus irmãos; nós como cristãos autenticos não podemos aceitar o errado simplesmente pelo fato de que o certo é polemico e trará consequencias desagradaveis...
O ERRADO SEMPRE SERÁ ERRADO.
...Queixe-se o homem dos seus proprios pecados...
Supondo que a criança poderia não resistir o parto e morrer, entam acharam melhor matar DUAS CRIANÇAS simplesmente pelo fato de não estarem vendo-as -
Está Certo isso???
...??
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