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sexta-feira, março 04, 2016

A imagem da mulher brasileira e a cerveja

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João Cruzué  

Sem meias palavras, diante de um fato grave acontecido  no Paraná envolvendo a AmBev há alguns anos, e  noticiado nesta semana na página 64 da Revista Veja,  cheguei a uma lastimável conclusão: A rica indústria da cerveja  associa a imagem da mulher brasileira a uma prostituta. Contra fatos, é muito difícil encontrar argumentos. Não escondo de ninguém minha campanha: As autoridades brasileiras precisam proibir a propaganda de bebidas alcoólicas nos canais de mídia.

Eis o fato. Pesquisei e encontrei o Processo no site do TST.

Processo: RR - 3253900-09.2007.5.09.0011

 A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) terá de indenizar um funcionário em danos morais por constrangê-lo a comparecer a reuniões matinais nas quais estavam presentes garotas de programa, e por submetê-lo a situações vexatórias com o objetivo de alavancar o cumprimento de metas.

Recurso da empresa foi analisado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) depois que o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) determinou o pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil em razão do assédio moral decorrente de constrangimento.

A Quinta Turma do TST não conheceu do recurso, e não chegou, portanto, a julgá-lo. Assim, a decisão que condenou a Ambev em R$ 50 mil foi mantida. Segundo relatos de testemunhas, um dos gerentes de vendas tinha costume de se dirigir aos empregados de forma desrespeitosa, valendo-se de palavrões. O mesmo gerente era responsável pela presença de garotas de programa em reuniões, que apareciam nos encontros a seu convite.

Os fatos ocorreram mais de dez vezes entre os anos de 2003 e 2004. A empresa, inclusive, já havia sido coibida de adotar práticas incompatíveis com o ambiente de trabalho e chegou a firmar Termo de Ajuste de Conduta (TAC), junto ao Ministério Público do Trabalho. No TAC, comprometeu-se "a orientar e enfatizar seus funcionários para evitar condutas que possam de alguma forma promover desrespeito mútuo".

O autor, casado e evangélico, descreve na reclamação trabalhista que chegou a ser amarrado e obrigado a assistir filmes pornôs, e houve situação na qual uma "stripper" foi levada à sua sala para se despir. Também relata que os vendedores eram obrigados a participar de festas em chácaras, com a presença de garotas de programa utilizadas como forma de incentivo para o aumento de vendas. Afirmou que havia os funcionários que batiam as cotas de venda recebiam "vales garota de programa".

No recurso ao TST, a Ambev alegou que o valor da indenização seria desproporcional e o dano sofrido pelo empregado seria "mínimo". As alegações, todavia, não foram analisadas porque, segundo fundamentou o relator do processo, ministro Brito Pereira, as decisões apresentadas para os confrontos de teses seriam inespecíficas, e por isso o recurso não poderia ser conhecido, nos termos do enunciado 296 da Súmula do TST.

(Demétrius Crispim/RA)


Nota: O detalhamento do assédio moral. Como possui vários nomes, optei por não transcrever, mas vou deixar o endereço no TST: Inteiro Teor Download

Comentário do Blogueiro: Eu creio que já passou da hora para que as autoridades brasileiras tome providências contra esta forma grosseira que indústrias da cerveja tratam e usam a mulher brasileira. Grande baixaria.






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sábado, março 08, 2014

Denúncias de pedofilia no Dia Internacional da Mulher



MENINA DE 12 ANOS É TROCADA PELOS PAIS POR UMA VACA

E O DONO DA VACA É UM COMERCIANTE PEDÓFILO

ISTO É UMA VERGONHA!

Vulnerabilidade Social
POR JOÃO CRUZUÉ

1) Denúncia no Estadão

ARACAJU - Uma menina de 12 anos foi trocada por uma vaca no dia 28, em São Cristóvão, Região Metropolitana de Aracaju. Os pais receberam o animal  de "presente" de um comerciante de 55 anos, que mantinha relacionamento com a garota havia seis meses. O caso veio à tona na quinta-feira, dia 6, depois que a denúncia chegou ao juiz da cidade, Dr. Manoel Costa Neto. Quando houve a troca, o Conselho Tutelar foi informado, o suspeito foi preso, e a menina levada para um abrigo. O crime de pedofilia era permitido pelos pais da criança. O comerciante foi autuado por estupro de vulnerável.


2) Denúncia no Facebook

Um juiz do Recife acaba de concluir o mais completo retrato que alguém já fez sobre crimes contra a criança em uma grande cidade brasileira. A pesquisa inédita, que o Fantástico mostra em primeira mão, traça, com precisão, o perfil tanto da criança agredida quanto do agressor.

O juiz Luiz Rocha tinha 20 anos de profissão. Mas quando chegou à Vara da Infância, ficou chocado. “São casos absurdos, são casos violentos, são casos degradantes”.

Quando soube que não havia nenhuma estatística, o choque foi maior ainda. “A sociedade não quer ver esse problema. Ela não quer sequer olhar de lado. Que dirá olhar pra trás”.

Mas o juiz resolveu olhar. 

Em oito meses de trabalho, esmiuçou os 427 processos de crimes contra a criança em Recife nos últimos 26 anos. Todos julgados e com sentença definida: 42% são de abuso sexual; 58%, violência física, maus tratos e lesão corporal; em 91% dos casos o agressor era alguém próximo, em quem a criança confiava.

Talvez por isso o agressor, em 95% das denúncias, só usou o convencimento como arma. Faca e revólver em apenas 4% dos casos. O local do crime, em 35% das vezes, foi a casa do agressor. Em 29%, a casa da criança. Por outro lado, quem mais denuncia não é a polícia nem o conselho tutelar. É algum parente que não concorda com a agressão: isso acontece em 85% das vezes.



A juíza que assinou o decreto de prisão da menina estuprada na cadeia por 20 homens esteve a um passo de assumir a principal Vara de Crimes contra Crianças do Pará.

Durou menos de 24 horas a ideia de instalar a juíza Clarice Maria de Andrade na Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém. No decreto publicado nesta quarta-feira, a desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento atribuiu a promoção ao “critério do merecimento”

Baseado no critério da sensatez, o Tribunal de Justiça do Pará acaba de revogar a premiação injustificável.

Foi Clarice quem assinou, em 23 de outubro de 2007, o auto de prisão em flagrante da menor L.A.B., encarcerada durante 26 dias numa cela da cadeia de Abaetetuba ocupada por 20 homens. 

Tinha 15 anos, menos de 40 quilos e um metro e meio de altura. Foi estuprada incontáveis vezes, teve cigarros apagados em seu corpo e as plantas dos pés queimadas enquanto procurava dormir. 

Acusação: tentar furtar um telefone celular.

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Comentário de um Blogueiro Cristão:  Normalmente no dia de hoje só se escreve sobre homenagens, como começou a comemoração do Dia da Mulher, etc. Mas, eu penso que ainda há muita coisa para por em ordem neste país, onde o crime de pedofilia é endêmico, e aceito com naturalidade e tolerância na Região Amazônica e depois na Região Nordeste do pais. Ali a pobreza é tanta, que a honra é trocada por um prato de comida ou uma vaca magra. Mas não se engane, a pedofilia também está presente nas classes "A", "B" e "C". É uma questão de falta de temor a DEUS.

Precisamos colocar estes assuntos a luz do sol, e encaminhar cartas e e-mails para as autoridades diretamente relacionadas com o dever de cuidar disso.









sábado, junho 02, 2012

Veja Entrevista Pr Silas Malafaia

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 João Cruzué

Tive uma boa surpresa hoje quando abri a revista Veja hoje no ônibus, voltando de Sorocaba. Lá estava na página 23, o Pastor Silas Malafaia todo sorridente com a Bíblia na mão, soltando o verbo com vontade de A a Z. Falando da Igreja Assembleia de Deus da Penha, prosperidade na vida cristã, oferta, dízimo, preconceito contra pastores evangélicos, ativismo gay, avanço dos evangélicos em todas as classes sociais brasileiras - principalmente na classe "C", implante de cabelo, projeto de implantação de 5000 Igrejas nos próximos 10 anos, exorcismo, riqueza pessoal, salário de pastores, política e o papel dos religiosos em assuntos nacionais.  Para quem não acompanha o discurso do Pastor vai encontrar muitas novidades.

Conhecedor dos esforços do Pastor Silas, desde o início dos anos 90s, as respostas à entrevista concedida ao jornalista  Pedro Dias Leite, não tem nenhuma novidade, a não ser a honra de ser um dos poucos pastores/bispos brasileiros que chegam até ali sem ser protagonista de escândalo ou preconceito religioso. De minha parte, até aqui, entre prós e contras, estou satisfeito e  não tenho do que me envergonhar de ser um pequeno contribuinte de seu ministério. E contribuo de duas formas: com críticas a sua  forma meio desbocada de pregar e também financeiramente.

Veja  fez a introdução afirmando que o Pastor  é um dos mais respeitados televangelista brasileiros, com 30 anos de programas na televisão brasileira e vice-presidente do CINEB - Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil - entidade que congrega mais de  8.500 pastores.

Perguntado sobre o avanço dos evangélicos  na população brasileira, o Pastor respondeu que a grandeza do Evangelho esta no fato dele poder ser praticado lá fora e não uma liturgia de duas horas dentro de um templo. O Pastor Silas também mencionou os padres da Ala Carismática da Igreja Católica, certamente pelas causas comuns, principalmente o combate ao aborto.

Veja pontuou que a Igreja Evangélica é muito eficiente tanto em atrair quanto manter seus fiéis no rebanho, em contraponto ao velho problema da Igreja Católica que tem muitos adpetos apenas nominais -  não praticantes.

Depois o entrevistador foi direto ao ponto e questionou sobre a ganância de arrecadação dos pastores evangélicos. O Pastor começou sua resposta constatando a existência de um preconceito miserável [pelos formadores de opinião] contra os evangélicos. Para essa gente, os crentes são descritos com um bando de idiotas, tapados, semianalfabetos e manipulados por espertalhões decididos a arrancar tudo do  bolso daqueles. O pastor não negou a existência desses "bandidos", como também ponderou que  há malandros  em todas as instituições brasileiras - inclusive na Igreja Evangélica. Citou nominalmente o bispo Edir Macedo na sequência, mas afirmou categoricamente que  é um erro achar que todo ofertante da Igreja Universal é imbecil ou idiota.  O crente contribui porque se sente abençoado na Igreja.

O Pastor Silas, continuando sobre o mesmo assunto, afirmou que não há no Brasil nenhuma outra instituição que recupere mais pessoas na sociedade do que a Igreja Evangélica.

Sobre o assunto mais polêmico, o Pastor também foi categórico: O Brasil não é um país homofóbico. Criticou os ativistas gays que procuram polemizar para continuar vivendo das mamatas do governo. Concluiu dizendo que a pretensão do projeto de lei  da homofobia é colocar uma mordaça na sociedade.

Quando perguntado sobre um projeto que propõe a descriminalização do uso de drogas que vai chegar no mês de junho ao Congresso Nacional o pastor criticou: "Espero que o Senado e Câmara joguem fora esta porcaria. Perderam o juízo. Não existe lógica em liberar o consumo de drogas e penalizar o traficante. Então eu estou desconfiado de que vai vir um marciano para vender drogas aqui. Olhe a hipocrisia!"

- O Senhor pensa em entrar para a política? Perguntou o repórter.

-Nunca serei candidato a nada... Mas quero influenciar pessoas. Votei duas vezes no Fernando Henrique, duas vezes no Lula, depois votei no José Serra. Não satanizo partidos políticos nem candidaturas.


Crédito da foto: Site Verdade Gospel.






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domingo, junho 29, 2008

Ao diretor de redação da Revista Veja

Réplica ao artigo de André Petry

e-mail enviado dia 28 de junho de 2008
para veja@abril.com.br
João Cruzué

Senhor diretor,

Direto ao ponto: sou crente desde 1974 e estou na Igreja Assembléia de Deus há mais de 30 anos. Quando converti-me a uma denominação protestante, sofri discriminação da família e até fui gentilmente "convidado" a sair da casa de meus pais. No trabalho, porque não fui comprar um maço de cigarros para o patrão, sofri descompostura pública na presença de mais de 20 colegas e ameaça velada de ser mandado embora do emprego.

Fui diplomado na escola da discriminação e do preconceito.

Sou contador público, já editei pasquins, gosto da Revista Veja e não vou abandonar sua leitura, de maneira alguma, por causa da visão diferente que alguns articulistas seus, entre eles o jornalista Petry. Senhor editor, é bem verdade que radicalismo e fanatismo existem entre pessoas de qualquer grupo humano. Mas não vou calar-me diante de uma "abobrinha" memorável do senhor Petry. Quem foi que disse a ele que nós os crentes, queremos ver gays sendo apedrejados, mortos, execrados diante das pessoas porque têm uma forma diferente de usar o sexo? Mesmo nos tempos em que isto era possível - falo dos anos da ditadura- nunca vi, ou li, que grupos de crentes reuniram-se para matar, agredir ou ferir gays.

Se alguns de nossos representantes foram a Brasília, não foi pelo direito de discriminar gays, nem mantê-los em guetos, nem de assassiná-los. Se for feito uma análise imparcial do texto do Projeto de Lei 122/2006, vai ser encontrada, sim, uma brecha que mina o direito à livre expressão, não só religiosa, mas de qualquer outro tipo de opinião dentro dos princípios constitucionais.

Senhor, em meu blog Olhar Cristão, sempre recebo ofensas gratuitas de gays nesses termos: "os crentes são a pior coisa que existe no mundo"; que a Bíblia é um "um livro racista, nazista, fachista" e vai por aí afora. Quem está literalmente discriminando quem?

O manifesto foi feito em Brasília, porque nos países onde já existe esta lei, a liberdade de ensinar a Bíblia foi tolhida. Quantos pastores podem ser presos por ler um texto Bíblico dentro da igreja, se um homossexual se infiltrar lá com o propósito de perseguir os crentes? Por acaso a sociedade brasileira deseja uma nova inquisição?

Se eles podem nos discriminar, criticar, ofender, porque pensamos de uma forma diferente, que ensinamos a nossos filhos que Deus não aprova o homossexualismo - e isto fazemos pela interpretação literal da Bíblia - nós também queremos exercer nosso direito de criticar, emitir uma opinião diferente, com apenas uma exceção: sem discriminar. Se Deus não mata ninguém automaticamente quando peca, porque nós evangélicos iríamos enxovalhar, linchar, desrespeitar e expor a preferência sexual das pessoas com alegações fanáticas?

Quando integrantes de várias correntes sociais protestam por seus direitos, isto chama-se democracia. Quando crentes e pastores protestam, são chamados de a "praga do atraso da sociedade". Ora senhor, isto, a meu ver, chama-se preconceito. Perante a grande mídia brasileira, todos mudaram e melhoraram, será que somente os crentes involuíram? Uma mudança está acontecendo em nosso meio, sim, deixamos de ser politicamente alienados para participar ativamente da boa política brasileira, porque estamos aprendendo a exercer nossa cidadania.

Estou sugerindo, com todo respeito e educação, que este projeto de Lei seja examinado com mais acurácia, que as pessoas dos dois extremos sejam ouvidas, entrevistadas, para que exponham com clareza seus pontos de vistas. Isto é o mínimo que deve acontecer em um regime democrático.

Os crentes estão protestando sim: pelo direito de usar e interpretar a Bíblia na sua forma literal, sem distorções, direito este que está sendo ameaçado pelo Projeto de Lei 122/06. E, por favor, apresente ao Sr. Petry nossos protestos de indignação, pois ele, no que concerne aos evangélicos brasileiros, está se baseando na imagem dos crentes que ele viu em novelas da Globo e não na realidade das coisas.

Senhor, se esta lei trouxer a censura para o uso da Bíblia dentro as Igrejas Evangélicas, tal censura não ficará por aí: vai crescer e a próxima vítima pode ser a grande imprensa brasileira. Juízo ao senhor Petry.

Termino parabenizando esta revista, em detrimento de algumas inverdades; saiba que entre as outras três grandes revistas concorrentes, a Veja vem de longe realizando um trabalho democrático, pouco tendencioso, digno de ser apreciado. Li as últimas três entrevistas dos pré-candidatos à alcadia de São Paulo, elas levaram à queda do "muro de berlim" que impedia o exercício da liberdade de informação política no Brasil. Um "Adios " ao resto da ditadura!

Obrigado,

João Batista Cruzué

Blog Olhar Cristão

cruzue@gmail.com