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. João Cruzué
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Conhecedor dos esforços do Pastor Silas, desde o início dos anos 90s, as respostas à entrevista concedida ao jornalista Pedro Dias Leite, não tem nenhuma novidade, a não ser a honra de ser um dos poucos pastores/bispos brasileiros que chegam até ali sem ser protagonista de escândalo ou preconceito religioso. De minha parte, até aqui, entre prós e contras, estou satisfeito e não tenho do que me envergonhar de ser um pequeno contribuinte de seu ministério. E contribuo de duas formas: com críticas a sua forma meio desbocada de pregar e também financeiramente.
Veja fez a introdução afirmando que o Pastor é um dos mais respeitados televangelista brasileiros, com 30 anos de programas na televisão brasileira e vice-presidente do CINEB - Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil - entidade que congrega mais de 8.500 pastores.
Perguntado sobre o avanço dos evangélicos na população brasileira, o Pastor respondeu que a grandeza do Evangelho esta no fato dele poder ser praticado lá fora e não uma liturgia de duas horas dentro de um templo. O Pastor Silas também mencionou os padres da Ala Carismática da Igreja Católica, certamente pelas causas comuns, principalmente o combate ao aborto.
Veja pontuou que a Igreja Evangélica é muito eficiente tanto em atrair quanto manter seus fiéis no rebanho, em contraponto ao velho problema da Igreja Católica que tem muitos adpetos apenas nominais - não praticantes.
Depois o entrevistador foi direto ao ponto e questionou sobre a ganância de arrecadação dos pastores evangélicos. O Pastor começou sua resposta constatando a existência de um preconceito miserável [pelos formadores de opinião] contra os evangélicos. Para essa gente, os crentes são descritos com um bando de idiotas, tapados, semianalfabetos e manipulados por espertalhões decididos a arrancar tudo do bolso daqueles. O pastor não negou a existência desses "bandidos", como também ponderou que há malandros em todas as instituições brasileiras - inclusive na Igreja Evangélica. Citou nominalmente o bispo Edir Macedo na sequência, mas afirmou categoricamente que é um erro achar que todo ofertante da Igreja Universal é imbecil ou idiota. O crente contribui porque se sente abençoado na Igreja.
O Pastor Silas, continuando sobre o mesmo assunto, afirmou que não há no Brasil nenhuma outra instituição que recupere mais pessoas na sociedade do que a Igreja Evangélica.
Sobre o assunto mais polêmico, o Pastor também foi categórico: O Brasil não é um país homofóbico. Criticou os ativistas gays que procuram polemizar para continuar vivendo das mamatas do governo. Concluiu dizendo que a pretensão do projeto de lei da homofobia é colocar uma mordaça na sociedade.
Quando perguntado sobre um projeto que propõe a descriminalização do uso de drogas que vai chegar no mês de junho ao Congresso Nacional o pastor criticou: "Espero que o Senado e Câmara joguem fora esta porcaria. Perderam o juízo. Não existe lógica em liberar o consumo de drogas e penalizar o traficante. Então eu estou desconfiado de que vai vir um marciano para vender drogas aqui. Olhe a hipocrisia!"
- O Senhor pensa em entrar para a política? Perguntou o repórter.
-Nunca serei candidato a nada... Mas quero influenciar pessoas. Votei duas vezes no Fernando Henrique, duas vezes no Lula, depois votei no José Serra. Não satanizo partidos políticos nem candidaturas.
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Um comentário:
Ele apoiou a Marina, mas depois de uma conversa com Serra mudou o apoio em troca de que?
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