sábado, dezembro 13, 2014

O sofrimento na visão do evangelho da prosperidade


Colher de fermento
Por João Cruzué

No exercício da visão noturna, aquilo que você vê nem sempre é o que parece, foi o que percebi isto, viajando de carro, à noite. Nesta situação, tudo deve ser reavaliado, para se certificar de que o que está à sua frente é uma reta, ou uma curva para a direita, ou se aquela coisa clara, a uns 100 metros não passa de um tronco árvore. Na vida espiritual, eu creio que uma só reavaliação das coisas que nos cercam, pode não ser suficiente para evitar que andemos por caminhos errados. Uma boa reflexão para este sábado.

No capítulo 16 do Evangelho, segundo Mateus, Jesus está advertindo os jovens discípulos, para se acautelarem com o fermento dos fariseus. Eles pensando no pão (que se esqueceram de comprar), e Jesus, falando de outra coisa,  prevenindo-os sobre um fermento doutrinário.

Eu fiz uma ligeira pesquisa, no site da Fiocruz, para saber um pouco mais sobre o fermento. Ali está escrito que o fermento biológico constituído de fungos microscópicos, também chamados de leveduras. Elas agem, liberando gás carbônico na massa do pão para que ele fique depois macio e fofinho.  Sem o uso do fermento, o pão ficaria com uma consistência dura, que seria rejeitada no café da manhã, porque não estaria do jeito que nos acostumamos a consumi-lo.

Um evangelho fofinho e macio (light e soft) ao mesmo tempo. Um "novo" evangelho de um "cristo" que está reocupado em transformar as pedras (duras) em pães (fofinhos) para satisfazer as comichões dos ouvidos de filhotes de fariseus, gerados dia a dia pelos profetas da prosperidade. Acho que é isto que dá para perceber.

No tempo de Cristo, uma das principais características dos fariseus era o apego às coisas materiais, por isso eram avarentos. Nos dias atuais, isto continua do mesmo jeito. E o fermento deles, é bem atraente: pregam um evangelho que é macio para os ouvidos. Uma igreja de faz de contas, onde a única coisa real é o dinheiro e o hedonismo.

Por que será que Jesus chamou 12 discípulos do meio de gente humilde? Eu creio que foi com o propósito claro de evitar que a futura Igreja não nascesse de um mal crônico. Por que depois que o Senhor Jesus jejuou 40 dias, o diabo veio para sugerir três propostas fermentadas? Usar o Evangelho para transformar pedras e pães, usar o poder divino para tentar a Deus e a pregar o Evangelho para ficar rico e poderoso.

Se naquele tempo Jesus já está preocupadíssimo com a contaminação da Igreja com o fermento dos fariseus, posso muito bem imaginar o que Ele não diria, hoje, quando vemos os valores morais de grandes líderes evangélicos serem trocados por valores políticos. Fiquei impressionado de ver, há poucos dias, um "missionário" de uma grande denominação (Igreja Internacional da Graça) apresentando à sua congregação os três filhos recém-eleitos para os cargos de Deputado Federal e Deputado Estadual. Do ponto de vista secular, sem dúvida, foi um belo feito, mas do ponto de vista do Senhor Jesus, uma lástima.

Não estou dizendo que o cristão, para ser cristão de verdade, tem que sofrer 24 horas por dia, pois não era isto que acontecia com Jesus. Mas, durante os dias que ELE, seus apóstolos e os missionários do começo do século passado, o que mais passavam era por sofrimento. O objetivo do sofrimento, diante de Deus, tenho eu uma suposição que pode estar perto da verdade: pode ser que o sofrimento seja um antídoto contra o fermento.

Sabe, estou ficando velho, mas não, cego. A Igreja que estou vendo hoje está padecendo de secularismo. João disse  para que não amássemos o mundo. Amar o mundo, neste sentido, é passar a olhar, sentir, comportar, e aceitar os valores e visões da sociedade atual. Isto é fatal para uma Igreja e para seus fiéis.

Não li na Bíblia que Jesus dissesse que todo cristão tem que ser um sofredor a vida inteira. Mas, eu duvido que um cristão verdadeiro, diante de tanta coisa ruim e louvada por  nossa sociedade, olhe e fique satisfeito. Tenho certeza que não. Por exemplo, em um país tão corrupto quanto o Brasil, cuja corrupção já se tornou uma instituição, o cristão que vê seus pastores trocando a Igreja por Brasília e comendo e bebendo  no meio desta gente, será que isto é, por acaso, motivo de alegria?

Por outro lado, o sofrimento,  na visão de um pregador de prosperidade, é algo antibíblico. Ensinam que Cristo já sofreu por nós, para que nós não mais precisemos passar por isso. Agora é só vitória... Gostaria que essa gente assistisse o filme "Mein Kampf", um documentário feito a partir de filmagens feitas pelos próprios nazistas. Como explicar o que aconteceu no Gueto de Varsóvia e nos fornos de Auschwitz-Birkenau. lugares onde milhões de orações não foram respondidas...


Os tempos são muito difíceis. Não convém aceitar tudo e participar de tudo como se fosse faz-de-contas... Disso teremos que prestar contas ao Senhor, por omissão, ou por negligência ou por conformismo, ou por pecado. 

O Sucesso de nenhum evangélico, dono ou pregador de TV, não é garantia nenhuma de que seja um homem de Deus - hoje. Mas pode ser que ele esteja vivendo das cinzas do que homem de Deus que já foi no passado. Não há nenhum sinal do verdadeiro Evangelho na prosperidade que pregam hoje. 

Eu apenas creria, se essa gente fizesse aquilo que o Mestre sugeriu ao "Mancebo de Qualidade": Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu.



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terça-feira, dezembro 09, 2014

Os túneis da linha amarela do metrô de São Paulo


João Cruzué


A linha quatro do Metrô de São Paulo tem o nome Linha 4-Amarela. Sou seu usuário desde 2011, quando ia de Pinheiros à Paulista. Dali, baldeava para a Linha 2-Verde, descia na Estação Paraíso, para fazer a última baldeação no Paraíso e seguia na Linha 1 Azul até a Estação Tucuruvi. Hoje embarco na Estação Pinheiros e, se saio mais cedo, desço na Estação Luz para caminhar até perto da Praça da Sé. Semana passada, eu matei minha curiosidade, embarcando na primeira porta e me debrucei junto ao vidro do para-brisa do trem, para olhar toda a extensão dos túneis, desde a Estação Pinheiros até a Estação da Luz.

Cruzando por cima das pistas da Marginal Pinheiros, eu tenho acesso àquele prédio redondo, com muitos lances de escadas rolantes, chegando há uns 50 metros de profundidade. Geralmente, um terço das pessoas não gostam de descer pelas escadas rolantes. Vão a pé pelas escadas "andantes", e bem lá embaixo, usam apenas uma vez as escadas rolantes. Eu desço ouvindo as notícias do dia e só desligo o rádio do celular na chegada à plataforma de embarque.

De bruços sobre o balcão do para-brisas esquerdo do primeiro carro do Metrô da Linha 4-Amarela eu comecei a olhar o túnel à minha frente. É curva para a esquerda, depois ainda mais à esquerda ainda, depois as curvas seguem para a direita, subindo, até a Estação Paulista/Consolação. Dali para frente, começa a descida. Nos primeiros metros de cada linha, depois da estação, tem uma área de escape para que um trem possa sair de uma linha para acessar a outra. Na Estação Paulista, há um terceiro trecho de trilhos que, se precisar, cabe uma composição inteira. 

Os túneis são recheados de grossas placas de concreto e aço,  formando uma semi-circunferência de boca para baixo. O curioso é que você olhando de dentro do primeiro carro, parece que a roda do trem está mais para dentro, por causa do trilho, da a sensação de que o trem é muito mais largo que o trilho. 

Várias trens vinham de encontro ao nosso, e a distância entre dois três seguindo em sentidos opostos, deve ser coisa de uns 80 cm. Na Estação Paulista o túnel tem o dobro da largura, e também um pouco mais alto. Por cima de cada estação tem um mezanino, onde os passageiros transitam de um lado para outro para embarcar no trem.  Ainda não estão prontas as Estações Oscar Freire e Mackenze. O mezanino da Oscar Freire está sendo feito agora

Muito interessante é a mídia underground, aquela sequência de uns 100 a 200 metros de TVs digitais, do lado direito de quem sobe da Estação Fradique Coutinho para a Paulista. Aquela tartaruga colorida nadando vagarosamente nas águas claras do mar, é de uma beleza ímpar.

E, embora, nem todos passageiros saibam que aquilo não tem maquinista, é assim que é: sem maquinista. Dizem que o controle é como joystick de videogame. Mas quando o condutor fala, parece que o maquinista está dentro do trem - mas só parece.

O que melhorou?

Se antes um passageiro que quisesse  sair do centro para chegar em Santo Amaro ou ao Grajaú precisavam perder 30, 40 minutos, indo de ônibus pela Av. Nove de Julho até a Estação Cidade Jardim da CPTM, hoje, com 12 minutos você sai da Praça da Sé do Metrô e chega na Estação Pinheiros da CPTM. Para muita gente, o deslocamento da Periferia até o Centro foi encurtado de uma a duas horas. O que muita gente não esperava, eu acho, é que não houvesse tanto passagem na hora do rush para usar a Linha 4-Amarela.

E tudo debaixo do chão. Antes de terminar, colocaram uma decoração de festa de final de ano. Nos ambientes dos três da Linha 4, do teto ao chão, ficou um ambiente de sala de jantar em dia de Ceia de Natal. 



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domingo, dezembro 07, 2014

Religião, política e corrupção no Brasil


João Cruzué.

Em seu livro "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade" Rosseau fala de  sua época, um tempo em que a sofisticação da aparência se tornou uma arte para dissimular a má índole dos indivíduos cujos espíritos pareciam ter sido moldados todos na mesma forma. Imagino, que antes de Rosseau, pensadores de outras épocas escreveram sobre a mesma índole má e mascarada do homem. O Brasil de nossos dias, também não está fugindo à regra: tanto no meio político como no meio religioso. Que remédio existe na Palavra de  Deus, para tratar deste sistema de valores invertidos, onde impera a Lei de Gerson? É sobre isto que queremos refletir.

Rosseau era adepto do pensamento de que o homem era bom, mas sua inserção em um meio social-cultural sofisticado vai torná-lo em um ser educado, fino, elegante, atraente, porém na sua essência ele será marcado pelas vilezas, maucaratismo, espertezas e malandragens que não se mostram acima da linha d'água do iceberg. Ou seja, para Rosseau: O homem nasce bom, mas é a sociedade que o corrompe.

A sucessão de escândalos protagonizados por políticos, religiosos e homens de negócios brasileiros também mostram um comportamento social similar ao que era visto por Rosseau em sua época. Talvez a diferença  seja a saída da finesse francesa, para a entrada da arrogância da carteirada brasileira: "sabe-com-quem-está-falando?"

Os escândalos da roubalheira na Petrobrás,  as mensagens enganosas e mentirosas das campanhas políticas dos que desejam permanecer no poder, a caça descarada e ousada ao dinheiro no bolso dos fiéis, o leilão de consciência de políticos evangélicos e católicos e ateus, a oração da propina, o assentar junto à mesa dos escarnecedores, podem ser tudo, menos finesse!

Resumindo, estamos em uma época de plena safra de inversão de valores, aqui no Brasil. Ela existe em todas as sociedades, mas é do Brasil que estamos falando. Fico imaginando, como será o discurso pedagógico-paterno dentro do ambiente familiar destes agentes da corrupção. Será que a palavra honestidade, moral e respeito está sendo gotejado nos ouvidos da descendência ou a coisa é tão descarada, que acontece de forma igual àquele lobo das revistinhas do Walt Disney que vivia ensinando ao filho pequeno a arte de caçar os três porquinhos?

Por outro lado, a Bíblia é muito clara quanto ao hona matriz homem de Rosseau. Depois que Adão pecou, o homem nunca mais nasceu bom, por causa do pecado. A Bíblia Sagrada mostra a maldade acontecendo já no seio da primeira família. Caim matou Abel, por inveja. A inveja é um tipo de pecado. Outro exemplo: Ló perdeu sua família, porque foi morar perto de Sodoma e Gomorra.

A sociedade corrompe, sim. Mas, a partir da introdução do pecado, veio junto com ele conhecimento do bem e do mal. Quem pratica o mal, geralmente sabe a diferença entre o certo e o errado. De certa forma, Rosseau não pensou nisto: Se o homem nasce bom, e a sociedade é composta de homens, logo a sociedade não pode ser má. O problema é que o homem nasce com o desvio do pecado, e pela porta do pecado entra toda natureza ruim do diabo, o ser que carrega todo DNA da maldade.

Em uma linguagem bem atual e compreensível: se foi introduzido um vírus na matriz do sistema operacional, não importa quantos milhões de aparelhos smartphones sejam fabricados: todos virão carregados com  desvio, uma porta dos fundos por onde pode entrar comandos estranhos ao propósito original. O pecado é como o algorítimo de um vírus que infecta o homem. Assim como a máquina não consegue, por si só, se livrar de um vírus, o homem, da mesma forma, precisa aceitar Jesus Cristo, para se livrar da dependência do pecado.

A Bíblia registra, em Romanos 6:23: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Também está na Bíblia em Romanos, capítulo 3:  Por que TODOS pecaram e destituídos estão da graça de Deus.  Mas, poderão ser justificados GRATUITAMENTE  pela sua graça (favor de Deus), pela redenção em Cristo Jesus.

Paulo, o Apóstolo dos gentios, escreveu assim:  E não vos conformeis com este MUNDO, mas transformai-vos pela renovação do vosso ENTENDIMENTO, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

João, o Apóstolo que o Senhor amava, também escreveu: Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Porque tudo o que há no mundo (prostituição, consumismo, inveja, orgulho etc) não é de Deus, mas do mundo. Aquele que diz que ama a Deus, mas pratica as obras do mundo, nunca conheceu a Deus.

A semântica para o vocábulo MUNDO, nos dois  textos acima pode ser: os valores de uma sociedade corrompida. O roubo, a propina, a pedofilia, o homossexualismo, a prevaricação, a mentira para levar vantagem, o engano, a rebeldia, e outras coisas similares são o errado que o deus deste mundo - o diabo - fala aos ouvidos desta sociedade que é o certo. O gestor deste sistema de comportamento é o diabo.

A corrupção cresceu no Brasil, porque a verdade foi jogada no lixo e a mentira colocada no seu lugar. E quem jogou a verdade no lixo, infelizmente, são muitos  profetas velhos, que começaram com Deus, pecaram no meio do caminho e, hoje, dissimuladamente, falam de Deus, colocam as coisas de Deus dentro de seus imensos templos, mas Deus está longe de suas vidas. São semelhantes a um iceberg, na parte de cima você vê tão branquinho e brilhante, mas se pudesse ver abaixo da linha d'água, veria  o engano e a corrupção.

Você está assustado como o que vê na Petrobrás? Susto você vai ver, quando a profecia de Deus cumprir na vida dos falsos profetas (há exceções) de grandes Igrejas  brasileiros. E a profecia diz que tudo que for feito à sombra da noite, será revelado à luz do meio dia!

Ao contrário de Rosseau, em sei que o homem é mau porque nasce no pecado e passa a viver no pecado, seguindo o comportamento do mundo. Mas se este homem ouvir a palavra de Deus, aceitar Jesus como seu Salvador e se arrepender dos seus maus caminhos,  a presença do Espírito de Deus fará morada no seu coração, e ele se tornará bom. Nesta situação, ele não rouba nem aceita propina;  não fala de Jesus para enriquecer o próprio bolso e o nosso país vai ser uma bênção.

Mas, todo mundo está roubando....É porque o mundo, temporariamente, esta sendo governado pelo mal - leia-se: pelo diabo. No grande Dia do Juízo Final, cada um comparecerá diante do grande Trono Branco onde Deus se assenta, para receber uma sentença sem direito a benefícios. Os que andam segundo os valores do mundo, desprezando os padrões de Deus, vão para o inferno, um lugar eterno de sofrimento, e os que se submeteram a Deus e andaram na sua presença vão resplandecer como a luz do sol e  andarão na cidade que tem as Ruas calçadas de ouro e seus muros são de cristal puro.



SP, em 7.12.14.







sábado, dezembro 06, 2014

De volta ao meu velho blog


João Cruzué

Depois de dois anos de estudos, consegui, com a bênção do Senhor, completar o meu curso de especialização. Ontem, quinta-feira, eu fui lá na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), no Largo São Francisco, para entregar meu artigo de conclusão de curso. Agora, posso passar mais tempo com meu velho Blog.

No começo de 2013, eu voltei a estudar. Graduado em 1985, eu parei no tempo e, então, senti a necessidade de aprender uns conceitos e metodologias novos para uso no meu trabalho. Foi assim que bati às portas da FECAP, para fazer uma pós-graduação lato sensu em Auditoria.

Foi uma dureza! Entre 14 colegas, dois "velhinhos" em meio a maioria de jovens. Eles nos olhavam discretamente, surpresos e, às vezes, deixavam escapar algumas referências a velhos: "... Olha, vocês são exemplos para nós...ou, seja,  dois  vovôs de cabelos quase brancos frequentando banco de escola.

Vovô, sim. Eu tenho 58 anos. A "lataria" tá amassada, mas o que tem dentro da cabeça ainda está cada dia melhor.

Nem sei a quantidade de seminários e reuniões com meu grupo de estudos. Foram 14 matérias diferentes. Auditoria Financeira, Auditoria de Sistemas, Auditoria de Gestão, Auditoria Operacional, Governança Corporativa, Auditoria de Tributos, Auditoria de RH, Normas Brasileiras de Contabilidade, Fundamentos de Auditoria, Liderança e Gestão, Auditoria de Risco, Métodos Quantitativos, afora outras que não me lembro.

Acabei o curso em junho deste ano, mas ainda tinha o Artigo Científico de conclusão de curso para elaborar, com obrigatoriedade de 8 aulas presenciais com minha orientadora. Por causa desse artigo, minhas férias de agosto foram para o ralo, perderia duas aulas com a orientadora. Três ausências dá pau. Aí, de agosto até começo de dezembro, tome estudo, pesquisa, escreve-e-corrige, não-isso-tá errado, pesquisa obrigatória de fontes estrangeiras...noites e madrugadas em claro, intercaladas com semanas que não aguentava nem olhar para o computador. Foi um massacre! E minha iniciação em trabalhos científicos. Agradeço a Deus e a minha pacientíssima orientadora, Professora Érica Taís da Silva Trevizan.

Mas, graças a Deus, sobrevivi. Fui lá no Largo São Francisco, ontem, e protocolei meu trabalho de conclusão de curso. Na saída, o peso nas costas parecia que ainda estava lá. Parecia! Acabou! Eu não podia fazer feio,  pois todo o curso foi custeado pelo órgão onde trabalho. 

Valeu a pena. Aprendi novos conceitos e novas competências. Trabalhei com um tema de Governança Corporativa, pois tratava de transparência em publicação de informações da área da educação. Coisa muito "chics" de nome mas que toca numa ponto muito vulnerável de nosso país: De uma população de 18 anos para cima, com base na estatística eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE, 2014) o Brasil tem  apenas 5,63% de seus eleitores com curso superior (base 142,822 milhões). Somando os que possuem do ensino médio para cima, alcança 26%, enquanto nos Estados Unidos da América este porcentual chega a 87% da população com 18 anos para cima - dados do Census Bureau, o IBGE deles.

Mudando de assunto. Estive no congresso da mocidade da Igreja que pertenço, a Assembleia de Deus do Setor 06 - Indianópolis de São Paulo. A convite do Pastor Américo (meu Pastor) quem foi o preletor do domingo (2 de novembro 2014) foi o Pastor João Barbosa do setor da Cidade Ademar. Ele já é velho conhecido nosso de pregação em congressos de jovens. Desde os tempos do saudoso Pastor Luís Branco e do Centro Educacional de Santo Amaro.

Gosto das pregações do Pastor João Barbosa. Ele estava pregando sobre assuntos de perspectiva de vida. Que Deus já deu muitas bênçãos para seus filhos, mas que eles ainda não foram pegar. O pastor se referia ao caso de deixar de ser um eterno praticante da política do "mais ou menos". Que é preciso conquistar a bênção, correndo atrás de aperfeiçoamento. Aí deu um exemplo: se é o maestro da Igreja, porque não faz um curso de regência? se já tem um curso superior, porque ainda não fez uma especialização? Se já é um mestre, porque ainda não correu atrás de um doutorado. Porque se contentar com a mediocridade, se Deus já nos abençoou grandemente, mas que estamos esperando que Deus seja também assistencialista? Para terminar este assunto, citou o povo judeu. O Pastor disse que é comum, hoje, um menino judeu de 12 anos, já falar com desenvoltura quatro línguas, incluindo, ultimamente, o mandarim. Aí, me lembrei que analfabetismo é coisa que há milênios não exite entre o povo judeu. A dificuldade e a perseguição aos judeus fizeram com que eles corressem atrás das bençãos de Deus.

Foi em uma ocasião, lá pelos anos 90, que vi este pastor João Barbosa pregar no Centro Educacional de Santo Amaro. Ele tinha acabado de iniciar a pregação, e dezenas de moços entravam e saim do banheiro. Antes de entrar no tempo, repreendeu sem nenhuma cerimônia aquele movimento de vai e vem do banheiro, que não dava sinais de parar. Quinze minutos depois, eu estava observando e ouvindo a mensagem, quando senti a presença de Deus. Então, eu comecei a pensar: se isto é mesmo a presença de Deus, eu quero ver  se o ginásio inteiro também vai sentir. Não passou 5 segundos... O Espírito Santo começou a tocar aqueles crentes, como uma brisa que chega e vai balançando as folhas de uma árvore, depois a outra e mais outra...Ô Glória! Eu fiquei pensando, Deus ama a disciplina, a ordem, o esforço, a perfeição. Deus nos aceita imperfeitos, mas depois de certo tempo ele passa a nos cobrar a perfeição.

Que nesta manhã de sábado, agora são 6:40, Deus nos inspire a ver as coisas sobre novas perspectivas. Um bom texto bíblico, para reflexão, hoje, seria Números, capítulos 13 e 14, para ver como a diferença de perspectiva pode levar a dois destinos completamente diferentes.

Abraço do Irmão João.


















Eu preciso de um milagre de Deus


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João Cruzué

Se você precisa de um milagre de Deus em sua vida, leia com atenção estas simples palavras. Milagre é a resposta de Deus a uma situação impossível de se resolver por meios humanos. Assim está escrito no Evangelho do Senhor Jesus, em Lucas 1:37: "Porque para Deus nada é impossível."  O que é humanamente impossível passa a ser da competência de Deus, e se alguém insistir com Ele pode receber.

Quando o que você precisa, pode ser alcançado por esforço próprio, e Deus já lhe deu conhecimento e sabedoria para se lutar por este negócio, é você que tem que se mexer. Se o que precisa depende de estudar mais, estude. Se é um problema de saúde, mas você come mal e não faz exercício nenhum, a solução é por sua conta. Se sua casa está toda desajustada, e você espera que Deus resolva tudo, alguma coisa é da sua responsabilidade e terá que fazê-la. 

Vou dar meu testemunho. 

Fiquei desempregado por 11 anos. Enviei currículos durante todos esse tempo e nada aconteceu. Chegou a um ponto que orei assim: Senhor Jesus, durante todo este tempo eu corri atrás, e nada... Eu posso continuar correndo, mas se quiseres ainda me dar um emprego, manda alguém a minha casa para mostrar onde é esta porta. E Deus mandou. O telefone não atendeu e, por isso, a pessoa foi até minha casa, pessoalmente para falar que havia uma vaga para contador em determinado Hospital. Era a porta que Deus abriu.

E mesmo tendo Deus aberto a porta, tive que refazer mais um vez meu currículo, ir até o Hospital, entregá-lo, depois voltar para uma entrevista. E depois que já estava naquele lugar, veio o a oportunidade de ser efetivado. Quando houve o processo seletivo, tive que estudar muito... por isto, passei em primeiro lugar.

Eu fico imaginando. Se eu não tivesse refeito aquele currículo depois de não sei quantas vezes, talvez hoje eu ainda estivesse desempregado. Deus abriu a porta, mas não era trabalho dele me carregar no colo para passar por ela. Ele sabia que eu tinha conhecimento e sabedoria necessários para fazer a minha parte. É assim que funciona.

O milagre acontece quado você está diante de um problema e nada do que fizer ou puder fazer vai mudar a situação. Isto é o que chamo de impossibilidade. Este tipo de causa é da competência de JEOVÁ. Se for da vontade dele, você entra pela porta. Mas, só vai entrar no tempo que Ele determinar. Eu penei por 11 anos, mas desde 2003 estou desfrutando da bênção do SENHOR.

Exemplos de milagres na Bíblia: A concepção de Isaque, porque sara já tinha 90 anos e já tinha passado pela menopausa. A cura da lepra de Naamã, mergulhando sete vezes nas águas barrentas do Rio Jordão, porque não havia cura para a doença naquela época. A cura da epilepsia  de João Cruzué (eu) depois que aceitei Jesus; por mais que eu me esforçasse, não conseguiria ficar curado. 

Hoje, trabalho como servidor em um Tribunal de Contas e posso ganhar o pão para minha casa com fartura. Mas se eu não tivesse estudado minhas apostilas por cerca de uns 10 anos, e tentado algum concurso todo ano, ainda estaria desempregado ou ganhando muito pouco.

Deus abre as portas, mas somos nós que temos de caminhar e entrar por elas. Os exemplos acima, são para que você tenha uma ideia do que é preciso fazer

Agora um bom conselho de irmão para irmão: se você ainda não é crente, aceite Jesus. Ele é a porta da reconciliação com Deus, o dono da bênção, o autor dos milagres. 
Quem aceita Jesus Cristo como Senhor e Salvador tem um vantagem que os outros não têm: a de status de Filho de Deus. Está declarado no primeiro capítulo do Evangelho de S. João, versos 11 e 12:

"Ele veio para os que eram seus (os judeus), e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam (eu, você, os crentes) deu-lhes o poder de serem feitos FILHOS DE DEUS; aos que crerem em seu nome."

Se já é um crente em Cristo, mas está afastado, volte. Se não sabe como se reconciliar, leia este texto que escrevi para você: Como se Reconciliar com Deus.

Se tem sido fiel, mas continua passando por grandes aflições (como eu passei) creia que o Senhor vai lhe abençoar com uma bênção grande, uma que nem sequer sonhou. Continue se esforçando, orando, estudando, trabalhando na casa do Senhor, porque a sua sorte vai mudar. 


Porque quem pede, recebe; 
o que busca, acha; 
e ao que bate, a porta abrir-se-lhe-á. 

Pela fé creia que o Senhor vai fazer o milagre que você precisa, mas antes, analise bem: para saber se o que está precisando depende de você ou de Deus.

Um abraço, do irmão João.




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terça-feira, dezembro 02, 2014

Escrevendo à luz do luar

Lua crescente
João Cruzué

São 21:52 no canto da tela do meu note. Cheguei do trabalho, tomei um banho (aqui ainda tem água),  desci e fui dar comida pra o Lion (gato). Depois, aguei minhas plantas; minha esposa chegou, fomos para a cozinha. Eu fiz uma salada, ela passou alguns bifes, esquentei o feijão no micro-ondas, oramos e jantamos. Depois,  conversamos, liguei para minha filha, dei-lhe os parabéns, citei dois versículos do Salmo 118, fui lavar algumas louças e agora estou aqui.

Aqui, deitado sobre uma esteira, na varanda de casa, escrevendo este texto debaixo da luz do luar. Uma belíssima lua pendurada no céu sem nuvens. De vez em quando uma brisa fresca assopra nas plantas ao meu redor e eu sinto até um pouco de frio.

 Não. E não e não! Eu não estou no sertão, apesar da secura, estou no meio da Capital paulista. Da São Paulo, ex-terra da garoa, que agora não sei o que. O que sei é que de vez em quando a lua dá o ar da sua graça por aqui.

Parafraseando o Salmo 118: Esta é o noite que fez o Senhor; alegremo-nos e regozijemo-nos nela. Foi o Senhor que fez isto e, é coisa maravilhosa aos nossos olhos" Sl. 118, 24 e 23.

Boa Noite Lua.






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Quando Deus diz não





Wilma Rejane


Há momentos que não encontramos explicação para alguns acontecimentos de nossas vidas. A morte ou separação de alguém querido, uma doença que não cura, um fracasso financeiro e assim sucessivamente. O devir é imprevisível e se não somos capazes de prever o futuro, tão pouco de decifrá-lo. Para quem crê em um Deus Criador, que rege todas as coisas, é Nele que se encontram as respostas, ora reveladas, ora em segredos permanente. Para conforto nosso, o não de Deus, não significa Sua ausência em nossas vidas, visto que a Bíblia relata que servos amados do Senhor também experimentaram momentos de angústia e de terem não como respostas a orações.


A vida é mistério e muito do que se passa conosco só será esclarecido quando não mais vivermos, essa esperança na eternidade, tanto é motivo de conforto, como de desespero, mas jamais deverá ser  causa de abandonarmos a fé: “Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido.” Lucas 12:2.  Portanto, amados, se neste momento atravessamos o vale da sombra da morte, saibamos que desse mesmo vale ressurgirá a luz e que apesar dos pesares, nossa confiança na soberania de Deus deve ser a causa de toda nossa expectativa de dias e se não houver mais dias, Ele mesmo nos recolherá em Seu Reino para um tempo sem dúvidas, sem trevas e sem choro.


Creio que Deus me chamou para falar sobre fé e às vezes é desafiadora a missão,  porque já vivi (e não estou livre de viver) momentos terríveis em que nada do que pedi ou sonhei acontecia. Porções preciosas da minha vida pareciam desmoronar e tudo acabaria ali. Mas eu procurava não “soltar as sementes" que estavam em minhas mãos e mesmo chorando ia plantando aquilo que estava como Promessa na Palavra de Deus. Não era por minha força ou feitos, mas somente por acreditar que Deus transforma e não abandona seus filhos. Eu olhava ao redor e via a pior circunstância, olhava para a Palavra de Deus e encontrava consolo: não, isso aqui não é utopia, não é mentira, é Real. Aleluia!

“...Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus. “ Isaías 50:10

O não de Deus

Moisés - O que viu o mar se abrir, sinais e maravilhas, na saída do Egito em direção a Terra Prometida. Um dia ele  feriu a rocha , quando deveria ter apenas falado a ela para jorrar água. O Salmo 106: 33 diz: "Deus se indignou com Moisés porque ele falou imprudentemente aos filhos de Israel”. Moisés errou e não mais foi capaz de pisar os pés na Terra Prometida, apesar de ter orado a Deus mais de uma vez para entrar nela. Sabem o que Deus respondeu para ele? “chega Moisés, não me fale mais nesse negócio, não vais entrar lá, se conforme com isso” Deuteronômio 3: 25-26.

Aqui o não de Deus veio como resultado da desobediência de Moisés. Alguns não's, chegam para nós também nessas condições. Ferimos pessoas, desobedecemos ao Espirito Santo, desprezamos Jesus e perdemos de conquistar coisas importantes: "Todavia o meu justo vivera pela fé, se retroceder, nele não se compraz minha alma". (Hb 10:38).

Certa vez Moisés também orou para Deus curar sua irmã Miriã da lepra,  e ouviu como resposta: “ Não Moisés, agora não, ela ficará leprosa por mais um tempo, depois resolvo isso”  Números 12:13-14.

Quantas vezes já oramos pela cura de alguém e a pessoa continuou doente? Quem sabe Deus está a dizer: " agora não, preciso realizar algumas coisas na vida dessa pessoa, resolvo mais tarde, no tempo oportuno”. O que nos cabe é interceder e colocar nas mãos do Senhor,  que poderá curar através de sinais e maravilhas ou via medicina, ou ainda,  Ele pode não curar e a pessoa morrer da enfermidade.

È por isso que a melhor escolha sempre é manter a comunhão e a fé em Deus, em qualquer tempo e para qualquer resposta, sabendo que o possível foi feito por nós, mas o impossível, somente Deus poderia fazer.


Jó – Era integro e fazia holocaustos contínuos a Deus por sua família, tamanho era o cuidado e o amor que tinha para com todos. Ainda assim, seus filhos morreram de forma trágica e Jó padeceu horrores! E aqui sabemos qual a causa de todos os males da vida desse homem: a ação do diabo como forma de desviá-lo do caminho da salvação.

Onde foram parar as orações  de Jó por sua família? Alguma vez você já se perguntou o que acontece com suas orações? Por que parecem não ser ouvidas? Deus estava atento a cada palavra de Jó, as ditas e as não ditas e mesmo com toda desgraça, Deus estava agindo na vida de seu servo para lhe dar o melhor. Jó precisava continuar acreditando, sendo fiel a Deus, mesmo sob a pressão do mundo que lançava julgamentos precipitados e distantes dos de Deus.

 “Clamo a ti, porém, tu não me respondes; estou em pé, porém, para mim não atentas.” Jó 30:20

O estar de pé, significava urgência, pressa, desespero. Mas Deus estava em silêncio a dizer: “Agora não, Jó. Aguarde mais um pouco, estou atento, você não está orando em vão, vou recompensá-lo”.

Orar nunca será vão. Jesus mesmo disse:  "Pedi, e dar-se-vos- a; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe á. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?" Mateus 7:7-9

Orando e a situação continua ruim? Ela poderia está muito pior, sem oração. Deus está trabalhando, ainda que não se perceba.

Poderia prosseguir contando muitos outros casos Bíblicos sobre o não de Deus, mas creio que o Espirito Santo de Deus cumprirá o propósito da mensagem na vida daqueles que estão perseverando em servir a Jesus em um modo digno e honrado de vida. E para os que ainda não creem no Evangelho, oro para que o tempo da restauração chegue as vossas vidas em reconhecimento de que em Deus se encontra toda justiça e Salvação.

Em Cristo, Eterno Refúgio.

domingo, novembro 30, 2014

A chegada do cristianismo no Japão


Japão

João Cruzué 

O Cristianismo chegou ao Japão em meados do século XVI, levado pelas caravelas portuguesas na rota das Índias. Em 1542, uma nau de comerciantes portugueses aportou na Ilha de Kyushu levando armas de fogo para comercializarr e padres missionários jesuítas para evangelizar. Sessenta anos mais tarde, o cristianismo já estava disseminado pelo campo e nas famílias próximas dos Shoguns;  assustados, decidiram limitá-lo. Não conseguindo, partiram para seu extermínio. Cem anos depois, o cristianismo estava praticamente banido pelas armas do shogunato Tokugawa. Duzentos anos mais tarde, a partir de meados do século XIX, a era dos shoguns chegou a o fim através da Revolução Meiji. E o Cristianismo voltou. E voltou para florescer no Japão com a força dos missionários do Ocidente.

O Shogum, (sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos fascinado apenas pelas armas. Diante de uma demonstração, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses como pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa, usada no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia também um interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois, planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô. 

Por volta do fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuítas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Os portugueses já não eram mais vistos com bons olhos. 

Por isso, em 1587, o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki. 

Depois dele, outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a Rebelião de Shimabara, em que 30.000 camponeses cristãos enfrentaram um exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, residência da poderosa família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. Os cristãos foram destrídos. No ano de 1638, o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão. 

Em 1853, o Japão saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da Restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos da existência legal e livre pregação do evangelho.

A Restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico.

Fontes de pesquisa: textos em inglês na WEB de autorias não conhecidas.
LEIA TAMBÉM: A História do Pentecoste no Japão


cruzue@gmail.com




sexta-feira, novembro 28, 2014

E agora, quem poderá nos defender?

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ROBERTO GOMEZ BOLAÑOS  (1929 - 2014)


O Chaves se foi...




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quarta-feira, novembro 26, 2014

O instituto da corrupção no Brasil


Por João Cruzué


Estava conversando com um colega de trabalho, hoje na hora do almoço sobre o que está sendo revelado pelo trabalho do Juiz Moro, à frente da Operação Lava Jato. Este assunto está parecendo quando a dona de casa resolve levar para a máquina de lavar, a roupa suja de várias semanas.

Causou grande irritação a análise do Dr. Mário de Oliveira Filho, Advogado do senhor Fernando Baiano.  Ele disse mais ou menos isso: Que nenhum empreiteiro consegue assentar um paralelepípedo no Brasil, se antes não tiver que aceitar um "esquema" de propina.

Daí eu estava conversando com meu colega: A coisa está tão descarada neste país, que a julgar pelo mau-caratismo, não duvido que logo, algum "Odorico" venha com um projeto de lei debaixo do braço,  para institucionalizar e regulamentar a propina. Sei lá, por meio de uma tabela progressiva, do tipo,  Imposto de Renda na Fonte.

Obra da Petrobrás - 3%

Obra do Metrô - 2%

Calçamento de Paralelepípedo na rua do Morro do Chapéu: 1%

A  instituição do IPRF - Imposto da Propina Retida na Fonte!

No final da história, de acordo com o PNUD  entre 200 a 300 bilhões de reais de dinheiro público no Brasil (5% do PIB) vão parar no bolso do alheio, pelo ralo da corrupção.

Só pode ser obra de demômio! Precisamos orar e repreender esta legião!







Começou a chover de novo em São Paulo


João Cruzué



Eu confesso que me enganei com o tempo, hoje, grande terça-feira, 25 de novembro de 2014. Já durante à tarde, vi cair uns bons pingos da janela do meu trabalho no Centro da Cidade. Depois tornou a fazer sol e, de novo, ficou escuro. Saí, lá pelas 18:30 e estava começando a pingar.

A estação Sé estava começando a ficar lotada. Um pessoal fazia uma manifestação sobre os direitos da Mulher e a Lei Maria da Penha.  Os trens do Metrô para a Barra Funda estavam vindo lotados, e aquele negócio de descer na Estação Anhangabaú pelo lado esquerdo, e na Estação República pelo lado direito, pega muita gente desprevenida. Quando a porta abre do lado direito, e aquela multidão vem querendo sair, o efeito rolha logo se desfaz pela força dos empurrões... uns querendo sair e outros tentando não sair.

Tem um pouco de humor nisso.

Já na Estação Pinheiros, um trovão e o barulho da chuva anunciavam que nesta terça-feira iria chover por todos os meses que ficaram secos.

Confesso que quando desci, e fui embora para casa, não esperava que chegasse todo molhado em casa - dos pés à cabeça, incluindo o guarda-chuva. Molhou sapato, camisa, barra da calça, meia... Choveu no princípio da noite, choveu outras duas vezes e está chovendo, agora, depois da meia-noite.

Os canais da TV por satélite ficaram todos fora do ar, porque um cúmulo-nimbus ficou entre a parabólica e o satélite. Estava assistindo o X-Men no canal FX, quando tudo ficou sem sinal. Eu desliguei.

Apesar do banho, graças a Deus. Lá no meu trabalho, eu brinquei, dizendo que minha intuição estava me dizendo que nesta semana e na próxima iria chover demais. O governador Alckmin  deve ter saído do lado de fora do Palácio Bandeirantes - sem guarda-chuva, para comemorar.

Só que não imaginava tanto.



sexta-feira, novembro 21, 2014

Deus ainda faz Milagres

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João Cruzué

Se você precisa de um milagre em sua casa, vida ou na sua família, leia com atenção estas simples palavras. Milagre é a resposta de Deus a uma situação impossível de se resolver por meios humanos. Mas assim está escrito no Evangelho do Senhor Jesus: "Porque para Deus nada é impossível." Lucas 1:37. O que é humanamente impossível, passa a ser da competência de Deus, se alguém procurar com insistência por sua ajuda.

Para acontecer um milagre é preciso uma ação de sua parte. Vou dar meu testemunho. Enviei currículos durante 11 anos seguidos, em que fiquei desempregado. Até o ponto em que orei assim ao Senhor: "Jesus, durante todo este tempo eu corri atrás, e nada" Se quiseres ainda dar-me um emprego, manda alguém a minha casa para mostrar onde é esta porta. E Deus mandou.

Um dia uma mulher conhecida ligou para minha casa. Como o telefone não atendeu, ela foi lá pessoalmente. Chegou e disse: "Refaz o seu currículo, e vá no Hospital tal, pois lá estão precisando de um contador".

Sabe Deus quantos currículos já tinha refeito, mas fiz de novo. Fui lá, passei pelo processo seletivo e uma semana depois já estava trabalhando.

Eu fico imaginando. Se eu não tivesse refeito, de novo, aquele currículo depois de não sei quantas vezes, talvez hoje eu não estaria trabalhando em um Tribunal de Contas. Sim, porque, na verdade ,o milagre não foram os seis anos que trabalhei no Hospital, mas a bênção muito maior que veio seis anos depois disso: o cargo de auditor no TCE conquistado por concurso público. Nem em sonho eu pensava nisso, depois que os dois anos de validade terminaram. Foi prorrogado, e eu não sabia.

Este é só um exemplo. Não importa que milagre você esteja precisando. Se ainda não é crente, aceite Jesus - que é a porta que nunca está fechada para quem se aproxima dele.

Se já é um crente em Cristo, mas está afastado, volte.

Se tem sido fiel, mas continua passando por grandes aflições, creia que o Senhor vai lhe abençoar com uma bênção tão grande, que nem sequer sonhou.


Porque quem pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, a porta abrir-se-lhe-á. Pela fé creia: o Senhor vai fazer o milagre que está precisando.





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domingo, novembro 16, 2014

John e Elizabeth Price, uma história de missões no Brasil


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Bem-aventurado o homem que teme o Senhor, 
que em seus mandamentos  tem grande prazer!
Seus descendentes serão poderosos na terra e
 uma geração abençoada de homens íntegros.''
Salmos 112:1-2


Missionários John e Elizabeth Price

A partir do século XIX, o Brasil começou a ser um campo missionário de protestantes vindos da América e da Europa. Conheça a linda história de um desses casais missionários que foram pioneiros do Evangelho no Brasil: Reverendo Dr. John Price e Elizabeth Price e os frutos que deixaram em sua descendência. Conheça a seguir esta abençoada história. 

Desde a primeira década do século XIX, os missionários protestantes, de diversas tradições, chegaram e se estabeleceram no Brasil. Esses desbravadores do Evangelho de Cristo semearam nos quatro cantos da nação brasileira e investiram as suas vidas para que o Brasil hoje pudesse ser um celeiro missionário para o mundo inteiro. 

Todavia, eles não foram os primeiros protestantes que chegaram no Brasil, pois nos séculos XVI e XVII, de formas pontuais aqui estiveram cristãos protestantes oriundos da França (Huguenotes) e da Holanda  (Reformados). A partir do século XIX, porém, alcançariam uma permanência definitiva em terras brasileiras. 

As primeiras organizações protestantes que atuaram junto aos brasileiros foram as sociedades bíblicas Britânica e Estrangeira (1804) e Americana (1816). O binômio “evangelizar e educar” caracterizava a estratégia missionária dos protestantes que se instalaram no Brasil durante o século XIX. 

A partir desse momento histórico, o Brasil passa a ser transformado e profundas mudanças ocorrem na história do país. Hoje, segundo dados do censo demográfico do IBGE (2010), os evangélicos já somam mais de 42,3 milhões de fiéis ou 22,2% da população brasileira. Ainda hoje somos testemunhas oculares desse mover do Espírito de Deus sobre a nação e que se deve em grande parte ao sacrifício e dedicação dos pioneiros do Evangelho que investiram suas vidas em favor da evangelização desse país.

Um dos pioneiros do Evangelho na nação brasileira foi o casal de missionários Rev. Dr. John Watkin Price e Elizabeth Wittmann Price. Eles chegaram no Rio de Janeiro em 25 maio de 1896, a bordo do Navio “Coleridge” vindo do Brooklyn em Nova Iorque, enviados pela Igreja Metodista Episcopal dos Estados Unidos da América. A partir dessa data uma grande obra missionária se iniciava em solo brasileiro. O casal de missionários norte-americanos durante mais de 35 anos investiu suas vidas em favor da causa do Evangelho no Brasil, deixando um legado espiritual imensurável para as gerações futuras. 

Segundo  artigo “O Apóstolo” publicado no jornal de Porto Alegre (RS) em Janeiro de 1939 escrito pelo Rev. A.M.Ungaretti, o médico Rev. Dr. John Price destacou-se como um missionário de grande envergadura em sua época. Ele e sua esposa pastorearam e fundaram várias igrejas locais  nos estados do Rio Grande do Sul , Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,  destacando-se as igrejas de Porto Alegre, Santa Maria, Cruz Alta, São Lucas e Rio da Prata. 

Como missionário e evangelista, trabalhou com sua esposa em diversos outros projetos sociais no Brasil tendo fundado também escolas e hospitais, deixando profundas marcas espirituais por onde viajavam. Outro admirador e cooperador do Rev. John Price, João P. Flores, descreve em sua biografia um artigo dedicado ao casal de desbravadores publicado no Jornal “Expositor Cristão” de 1938, dizendo: “Aqui no Brasil muitos serão os corações que se lembrarão do agradável casal que deixa uma rica herança entre nós. 

O casal Price dedicou mais de 35 anos de suas vidas na obra de Deus em nosso favor.” O missionário Rev. John Price era um homem de ferro e não media esforços para o bem da causa do Evangelho. Ele viajava montado a cavalo e não se importava com o inverno, nem com o calor sufocante nos dias de verão. Ele e sua esposa eram uma só carne e aspiravam o mesmo objetivo: a expansão do Reino de Deus. 

Em muitas ocasiões, o casal de missionários se sacrificava e investia seus  próprios recursos para sustentar as ações sociais e a manutenção das escolas nas cidades onde  plantavam igrejas. A perseguição e hostilidade ao protestantismo eram notória naquela época. Em algumas cidades os comerciantes eram orientados pelos líderes religiosos locais a não venderem alimentos para o casal, nem tão pouco podiam se comunicar com eles. 

Mas, o chamado de Deus em suas vidas falava mais alto. O casal Price prosseguiu incansavelmente na obra evangelizadora, inclusive na zona colonial e encerraram seu ministério em solo brasileiro na cidade de Porto Alegre (RS) após 35 anos de ininterrupta obra missionária na nação que escolheram para amar e servir.   


Eu e minha casa serviremos ao Senhor
Josué 24.15


Aprouve ao Senhor Deus em sua presciência na genealogia do casal de missionários reascender no século XXI a chama sacerdotal e missionária na família Price. Hoje, o bisneto do casal missionário, Pastor Mauricio Price juntamente com sua esposa, Cristina Price, servem no Ministério Cristão e prosseguem com a obra evangelística de seus antecessores e referenciais.  

Com o mesmo espírito missionário e empreendedor de seus bisavós, desejam contribuir com a expansão do Reino de Deus. Ao longo de sua vida, o Pr. Mauricio Price  tem se dedicado integralmente em favor da Causa da Bíblia no RJ e no Brasil, bem como ao pleno exercício do Sacerdócio Pastoral e da Medicina. 

Foi batizado em águas, em outubro de 1992 no Rio Jordão em Israel e ordenado ao Ministério da Palavra no dia 21 de Maio de 2006.  Como Presidente do Diretório Estadual no RJ e Conselheiro Nacional da Sociedade Bíblica do Brasil(SBB) e Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil serve também no ministério cristão universitário desde 1997, tendo idealizado a Capelania Evangélica Universitária (CEU) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), movimento cristão universitário, onde atua com o segmento jovem fluminense. 

É Ministro do Evangelho filiado a CEADER da Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil (CGADB). Em sua trajetória profissional, o Pr. Price, seguindo a formação de seu ascendente, graduou-se em Medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ) em 2002 tendo ingressado no mesmo ano nas fileiras da Marinha do Brasil como Oficial Médico do Corpo de Saúde(CSM), obtendo o segundo lugar geral de sua turma. 

Como pastor e como médico militante, o Pr. Price, seguindo o exemplo deixado por seus bisavós, juntamente com toda sua família tem  adotado como lema de sua vida,  o que está escrito no livro de Josué 24.15:“ Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. 

Em sua mensagem de gratidão pela homenagem ao receber a Medalha Pedro Ernesto na solenidade de comemoração do “Dia da Reforma Protestante” na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o jovem pastor finalizou dizendo: 

“Sou simplesmente fruto da fidelidade e da abnegação de meus bisavós que amaram esse país em favor da expansão do Evangelho. Louvo ao Senhor pela vida deles e pelo exemplo que são para mim e toda a minha família. Tal como meu bisavô, minha vida tem sido uma jornada de dedicação, esforço e serviços prestados em favor do Evangelho e da Pátria. Dou graças a Deus por tudo o que Ele tem feito em minha vida, família e ministério. Deus é fiel! Creio que serviço a Igreja do Senhor e ao Senhor da Igreja é o maior privilégio que um homem pode alcançar nessa vida. A Deus seja dada toda a honra e glória!” 






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quinta-feira, novembro 13, 2014

Coral da Assembleia de Deus canta no Hospital do Campo Limpo



PERFORMANCE DO CORAL MANANCIAL
DA IGREJA ASSEMBLÉIA DEUS - SETOR SEIS - SANTO AMARO - MIN.BELENZINHO
NO HOSPITAL MUNICIPAL DO CAMPO LIMPO.
domingo de 11.05.2008 - Dia das Mães

Foto: David Ramos

Coral Manancial - S.06 AD STO AMARO
Regência: Maestro Geniton

Foto: David Ramos
Coral Manancial S06 - AD Sto Amaro
Intervalo: Coral Manancial intercedendo pelos enfermos do Hospital do Campo Limpo
junto com o Presbítero Isauro e o Maestro Geniton.

Foto: David Ramos
Coral Manancial Ass.Deus Sto Amaro
De volta ao louvor, no espaço da futura Brinquedoteca do Hospital



IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS

SETOR - 06 - SANTO AMARO

Pastor Astrogildo Adolfo Américo







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terça-feira, novembro 11, 2014

A benção e os nativos das Ilhas Salomão

Princesa Kate Middleton em visita as ilhas Salomão

Wilma Rejane


Foi assistindo ao belo filme "Como estrelas na terra, toda criança é especial" que ouvi pela primeira vez a referência sobre o método utilizado pelos nativos das ilhas Salomão para derrubar árvores. É uma história curiosa e apesar de meu esforço em pesquisa para  comprovação cientifica , nada encontrei a não ser artigos repetidos dando a ideia de que se trata de mais uma lenda a circular pela internet. Em todo caso, farei uso da "lenda" para extrair lições reais. 

No filme, um professor apaixonado e dedicado, luta para desenvolver as aptidões intelectuais e emotivas de um garotinho com dislexia (Ishan de 9 anos). Uma criança mal compreendida e traumatizada pelos maus tratos verbais de seu pai que não percebe que as dificuldades do filho são de ordem patológica. Em uma das conversas com o pai de Ishan, o professor diz: "Você conhece a história dos nativos das ilhas Salomão? Quando uma árvore é de grosso caule e difícil de ser derrubada, por 30 dias os nativos se põem ao redor da árvore pronunciando maldições contra ela até que morram,sem sequer serem tocadas por um machado, apenas pela força das palavras". 

Não se preocupe que o objetivo do artigo não é convocar o leitor à pratica da confissão positiva, porque acredito que a priori vem a fé, depois a confissão, o contrário disso seria superstição. Contudo, ignorar o poder das palavras seria ignorar o mundo, afinal somos movidos a linguagem e nada foge a essa regra, mesmo no silêncio, apreendemos mensagens que nos chegam em diferentes formas: desenhos, gestos, símbolos, cores, odores, sabores, pensamentos. O mundo é linguagem onde se procura as palavras certas para viver. A história das ilhas Salomão tem sua verdade e eu não quero ser o nativo, nem a árvore.

Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Tiago 3: 8.9,10.

Abençoar a si e aos outros é um exercício edificante quando envolve sinceridade e amor. Em qualquer circunstância a benção tem efeito revigorante e motiva o perdão, Jesus disse: "Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos vossos inimigos, para que sejais filhos de Deus Pai que está nos céus" Mateus 5:44, 45. A benção dizima o ódio, porém é sempre mais difícil construir que destruir, por isso tantas vezes  escolhe-se acusar e falar mal ao invés de abençoar.

Abençoar , no hebraico, é “barach”. A raiz da palavra “barach” possui alguns termos derivativos, como: vrachá (benção); berech ( ajoelhar); b’rekah (tanque ou reservatório). Assim, benção inclui prece e reserva um mundo de coisas boas. Ao abençoarmos alguém, estamos desejando que essa pessoa conquiste prosperidade, paz e felicidade, por meio de Deus. Abençoar vai além do que se pode alcançar com as próprias forças, é uma invocação  Divina. Deus disse para Abraão:"Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoares", Gn 12:3. Portanto, ao abençoarmos os outros, somos também abençoados. Plantando e colhendo.

Como cristã e educadora, tenho usado a benção na fé de que através desse ato, Deus de fato, transforma mau em bem. E já que iniciamos o artigo falando sobre o poder da benção no ato de educar e motivar, incluo aqui uma de minhas experiências em sala de aula. Ano passado, tive um aluno por nome Raimundo. 17 anos, primeiro ano do ensino médio. Em uma conversa com professores das disciplinas de inglês e história ouvi: "Raimundo não assiste minha aula e nem faço questão, pois a sala fica bem melhor sem ele e: em minha aula o ponho para fora da sala, se quiser bagunçar fica logo do lado de fora". Depois me perguntaram: E na sua aula, professora Wilma? Bem, Raimundo não apenas assiste todas as minhas aulas, como ainda é um dos melhores alunos, respondi. Surpresa geral. 

O segredo estava na benção. Eu orava por Raimundo, elogiava seu desempenho em sala e o resultado foi surpreendente. No final do ano, dei de presente ao Raimundo um livro meu autografado e ele ficou muito feliz: " Nunca tive uma professora escritora, nem professor que achasse que eu merecia algum premio". Raimundo era um aluno inteligente, mas revoltado e queria chamar a atenção para si, em minhas aulas, acabou fazendo isso de forma positiva. Esse é um singelo exemplo do que a benção pode gerar.

Vou ficando por aqui com a lição dos nativos das ilhas Salomão e as recomendações Bíblicas sobre abençoar. Se você já pratica a benção, amém. E se ainda não, que tal começar hoje?

Deus o abençoe.

quarta-feira, novembro 05, 2014

Onde encontrar a Igreja perfeita

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Quadro de T. Kinkade

João Cruzué

Venho observando, há um bom tempo, o processo de busca pela Igreja perfeita. Também sei de algumas pessoas que ao longo da vida têm visitado Igrejas e mais Igrejas à procura daquela que lhes produza um arrepio na pele ou uma emoção arrebatadora, como a igreja à primeira vista. E quanto mais buscam, e quanto mais visitam, e quanto mais pensam que descobriram, mais se frustram porque, ao passar do tempo,  acabam encontrando, depois, o tédio. Tenho algumas coias para refletir sobre isto, inclusive, pode ser que o problema não seja da Igreja.

Para encontrar a igreja perfeita, é preciso que, antes, haja um encontro Jesus Cristo, o SENHOR dela.

Assim falou o apóstolo Paulo diante dos filósofos no Areópago de Atenas: "O Deus que que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens...E Deus fez toda a geração dos homens para habitar a terra, para que buscassem ao Senhor, ainda que tateando, o pudessem achar, porque não está longe de cada um de nós.

Deus está mais próximo de nós do que uma Igreja.

Para encontrar a Igreja perfeita você precisa primeiro ser encontrado por Deus. Deus é Espírito. Onipresente. Onisciente. Onipotente. Se houver um interesse verdadeiro, uma sede de Deus, você já estará no caminho certo.

Não existe fórmula mágica nem um lugar especial para conversar com Deus. O lugar é onde você estiver. Basta que seja tranquilo. Ali onde você possa conversar com Ele, sem interrupções. É como em um namoro: um lugar onde os dois possam estar a sós. No quarto, na sala, na cozinha, na rua tranquila, no campo, na estrada ou no banco da praça. Fale com Deus como se Ele estivesse assentado ao seu lado. No sofá da sala; na cadeira da cozinha; caminhando na rua. Abra o seu coração e fale com ele. Deus já sabe o que vai no seu coração, mas tem interesse em ouvi-lo, para que você aprenda a dialogar com ele.

Quando  você entender que é preciso andar de acordo com a VONTADE DO SENHOR, não existe este tipo de problema. Complicado fica, quando você decidi andar com independência, colocando a sua vontade na frente de todas as coisas. É claro que isto vai entristecer o Espírito Santo. E ao fazer isto, você começa a procurar por uma Igreja onde o Pastor fale aquilo que você espera ouvir. E se ele não falar, você começa a ficar descontente.

É por isso que há milhares de pessoas que já passaram por tantas Igrejas, e não conseguem  encontrar a Deus.. Quem visita igrejas apenas achar uma para chamar de sua, sempre vai ficar decepcionado. É preciso, primeiro, ter um encontro verdadeiro com Deus. Ele é que decide aonde você vai congregar. É uma questão de submissão de vontade, "para que não mais via o eu, mas o Cristo que viva em mim

Também tenho uma palavra para quem já é cristão há muito tempo, e anda insatisfeito, ou deixou de congregar permanecendo em casa. É um lindo sermão de Martin Luther King, que fala muito comigo: Redescobrindo os Valores Perdidos. Pode falar com você também.

No Livro do Profeta Jeremias está escrito: "Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração"

A Igreja perfeita está no coração de um crente onde a presença de Deus habita e a vontade do SENHOR governa. E isto, às vezes, depende de um fazer um concerto... um compromisso pessoal. Um comprometimento de se dedicar a algo que agrade ao Senhor. Se isto não for feito, você nunca vai encontrar a igreja perfeita.


Deus lhe abençoe.

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Para saber mais: Primeiros Ensinos 



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sábado, novembro 01, 2014

A política de desconstrução do Brasil





João Cruzué

Tenho observado o tratamento que o povo brasileiro vem recebendo dos doutrinadores marxistas e leninistas. Antes e depois da conquista do poder. Coincidentemente, o Brasil passa neste momento por um ponto de inflexão. Ou ouvimos a voz de Deus ou nossa democracia será esmagada pelos nós da serpente bolivariana.

Não há dúvida de que na panela petista há correntes políticas de todos os espectros. Desde os mais radicais aos desavisados, à semelhança da Revolução Russa depois de Lenin, é um processo de cobra vai engolindo cobra. A quem interessa analisar isto de perto, aconselho assistir o filme "A Revolução dos Bichos" de George Orwel.

No Brasil o petismo se fortaleceu através de uma simbiose com as CEBs da Igreja Católica. Conheço isto de perto, pois estudei em uma Faculdade jesuíta, no começo dos anos 80, com direito a quatro aulas de marxismo por semana. A mãe do PT é a Igreja Católica, sem ela não existiria PT no Brasil.

Até que veio João Paulo II, que tinha horror a comunismo. A arqui-diocese de São Paulo, foi repartida em quatro, Frei Leonardo Boff levou um calaboca de Joseph Aloisius Ratzinger, e para sepultar a "Teologia da Libertação" veio a corrente carismática de Padre Marcelo Rossi.

Para conquista do poder político, a cobra marxista se veste até de beata; recita versículos bíblicos em púlpitos evangélicos, e faz questão de tirar fotos ao lado de pastores pentecostais.

Mas fora da vista, ela desenha projetos e decretos que vão comendo a democracia pelas bordas. Usa da liberdade democrática, para vencer o jogo democrático pelo voto dos que não têm opção entre a fome e a esmola pública.

Quanto mais rico e próspero se torna um país, mas anticorpos a sua democracia conquista. Quanto mais desemprego, pobreza, miséria, economia arrasada, mais fácil se torna desconstruir a democracia.

No momento o Brasil está descendo a ladeira.

Depois de uma campanha política violenta, com ameças diretas e indiretas com foco na vulnerabilidade dos estados cujas famílias mais dependem da esmola pública, nossa "presidenta" foi reeleita.

Como  a vitória foi por um triz, e sob a suspeita de fraude em urnas eletrônicas, a ala mais radical do petismo procura pear o Legislativo com o desejo dos conselhos populares (cubanos, venezuelanos, bolivianos, equatorianos) onde o vizinho dedura o vizinho, e o ignorante apoia as mudanças que não entende. Estão desesperados, pois se não conseguirem derrubar a liberdade democrática brasileira agora, não terão outra oportunidade.

Querem: A censura da imprensa, a tributação das receitas das igrejas evangélicas, e que o Brasil quebre, para que todos fiquem dependentes de bolsas-esmola. Nesta situação, qualquer candidato ao Planalto ganha. Ganha porque a primeira coisa que a fome e a miséria tira de uma pessoa é a sua autonomia, sua liberdade de escolher sem medo o que é melhor para o PAÍS.

Olhando o MAPA ELEITORAL do Brasil,  podemos ver que as Regiões Nordeste e  foram as que mais contribuíram para a reeleição de Dilma Rousseff. Minha análise é diferente: Não foi culpa do povo nordestino, gente que eu amo e respeito, foi culpa da vulnerabilidade, da fome, do abandono e do descaso coronéis da política regional. Estes somente se perpetuam no poder porque mantém o povo vulnerável.res Creio que a isto devo acrescentar, principalmente, a responsabilidade da Igreja Católica Romana que não consegue mais falar ao coração do povo. Não só da Igreja Católica, mas dos Pastores Evangélicos que dobram a espinha diante desses políticos nocivos e perpetuadores da miséria nordestina.

O Povo Nordestino é um povo lutador cuja esperança, a cada ano se renova e se esvai diante da malandragem política regional. 

A Igreja, seja Católica ou seja Crente, precisa tomar uma posição urgente. Que abandone a sustentação dos faraós, e ensine o povo a abandonar a escravidão do medo de passar fome.  No Êxodo, Israel deu um passo importante em busca da liberdade. A Igreja brasileira pode ajudar nosso povo a exigir seus direitos. Por exemplo, o acesso do garoto pobre do interior à Universidade. A bolsa-família passa, pode ser até negada e ameaçada, mas a Educação permanece e ninguém a tira.

É uma vergonha que apenas 13% das pessoas com mais de 25 anos, tenha um diploma de nível superior no Brasil. Ou 5,63% sobre a base estatística eleitoral de 142,8 milhões de eleitores.

Há 514 anos tem sido assim. Muita enrolação, blá-blá-blá... e nada!


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