domingo, fevereiro 13, 2022

As tribulações da vida e o último inverno de Jesus em Jerusalém

 

Wilma Rejane


E em Jerusalém, havia a festa da Dedicação do templo, e era inverno. João 10:22

Era inverno e Jesus caminhou alguns minutos em direção ao templo de Jerusalém para participar da Festa da Dedicação. Aquele era um dia especial para a nação que por oito dias seguidos celebraria a dedicação de um importante templo. As paredes (externas e internas) e toda a estrutura havia sido restaurada no período de Zorobabel. A festa  era tradição desde 163 a.C. Um rei pagão sírio, chamado Antíoco Epífanes, havia profanado o lugar, causando grande revolta e tristeza aos judeus. E naquele inverno, havia júbilo no ambiente e na nação que solidária se unia celebrando a restauração não apenas de um lugar, mas de uma cultura e de um povo. Jesus estava lá, passeando nos cômodos, observando os detalhes e as pessoas. Era seu último inverno, depois viria a Páscoa e primavera e sua crucificação. Jesus, era o Novo e Eterno Templo que seria derrubado e edificado ao terceiro dia (João 2:29) Sua ressurreição era o inicio de um tempo e lugar mais espetacular do que aquele festejado no inverno, no último inverno de sua vida.

"Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão João 10:23

E quando perceberam a presença de Jesus, se aproximaram dele de uma forma hostil, interrogando-o sobre Sua identidade como não crendo que Ele era de fato o Messias. Meditei sobre essa passagem e relacionei-a ao comportamento de muitos homens (não descartando a possibilidade de me incluir no exemplo); Jesus era maior que aquele templo de pedras, tão festejado. Contudo, os homens ali presentes o ignoravam e menosprezavam. Viravam as costas para Jesus e voltavam o olhar e a atenção para o monumento. Isso parece tão vazio e sem sentido, quanto invernos sem chuvas ou ventos. Tão terrível, quanto frio sem cobertor e sem teto. Jesus caminhou no inverno, para aquecer os corações gélidos e cansados, mas esses corações não o quiseram, preferiram o acolhimento das pedras que formavam aquele abrigo passageiro.

Será que não estamos fazendo das pedras deuses e desprezando o Deus que carrega nossas pedras? Estamos confiando que a cada inverno Jesus virá em nosso socorro?  Ele mesmo disse que em todo e qualquer dia, quer seja de sol, chuva, tempestade ou brisa Ele não nos abandonaria ."De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te desampararei.” Hebreus 13:5.

Há uma palavra grega, que traduz muito bem o significado de confiar: “Confia ao Senhor as tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos” Pv 16:3. Confiar aqui é o mesmo que “galal” (Strong 01556) com o sentido de rolar, entregar, afastar, remover. A imagem é a de um camelo sobrecarregado.  Quando a carga está para ser removida, o camelo ajoelha-se, inclina-se para o lado e a carga desliza. Podemos nos ajoelhar em oração e fazer a carga deslizar em direção a Ele. Essa ação estabelecerá nossos pensamentos, modificará as ações, nos fará desviar o olhar das muitas pedras (problemas, tribulações, tentações) "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei". Mateus 11:28. 

Tantas vezes amontoamos pedras (problemas, tribulações, tentações...), olhamos para essas pedras como se fossem um lugar contínuo e esquecemos que Deus é muito maior que elas. Perguntamos os porquês e ignoramos Jesus que está tão perto, tão receptivo a nossa fé. Mas a fé morre, sufocada pelas pedras que não produzem frutos, tal qual a parábola do semeador: " A semente caiu no pedregal e veio o sol e a secou, porque não tinha raiz" Mt 13:6. É certo que as pedras virão, a cada inverno, a cada verão, elas têm o objetivo de nos fazer tropeçar ou em uma perspectiva maior e revestida de fé, terão o objetivo de nos aproximar de Cristo.

Jesus estava em Jerusalém, naquele templo lotado de pessoas! Ele foi para lá como em segredo, sem alarde, passeou entre as pessoas como um ilustre desconhecido. Sabe o que aprendo com isso, amigos leitores? Jesus está conosco mesmo quando não percebemos Sua presença. Está no cotidiano, quando estamos a sós ou na multidão. Ele é o Abrigo seguro. Será preciso desviarmos o olhar das pedras que estão em grande monumento em nossas vidas (sonhos, realizações, orgulho, vaidade, prestígio, problemas, pedras...) e voltarmos o olhar para Jesus. Essa é a mensagem que aprendi com o último inverno de Jesus em Jerusalém.

Paz para você, em Cristo.

segunda-feira, janeiro 17, 2022

O Covid-19 e a Psicose de Formação em Massa

 

"A transformação social que se desenvolve sob o totalitarismo é construída e sustentada por delírios, pois apenas homens e mulheres iludidos regridem ao status infantil de súditos obedientes e submissos e entregam o controle total de suas vidas a políticos e burocratas." (Joost Merloo)


João Cruzué

Durante o programa de entrevistas "Direto ao Ponto" do jornalista Augusto Nunes, em 11/01/2022, o Dr.  Roberto Zeballos (a partir de 1 hora e 14 minutos do vídeo do YouTube) cita o psicólogo Mattias Desmet, introduzindo o termo "Psicose de Formação em Massa. 

Daí, fiz a pesquisa no Google e cheguei até o post de Luciano Pires (12/01/2022) no Portal Café Brasil. O assunto é bastante técnico, mas para despertar a curiosidade vou fazer dois recortes do texto deste último link.


Primeiro Recorte:

"O Dr. Robert Malone, um dos principais contribuidores para a criação da vacina de RNA mensageiro, criticando a obrigatoriedade das vacinações em massa para a COVID-19, sugeriu ao podcaster Joe Rogan, que os Estados Unidos estão em meio a uma “psicose de formação em massa”.

Malone disse: “Nosso governo está fora de controle sobre isso. E eles são foras da lei. Eles desconsideram completamente a bioética. Eles ignoram completamente a regra comum federal. Eles quebraram todas as regras que eu conheço, nas quais eu fui treinado por anos e anos e anos”.

Cara: a entrevista do médico, deu o maior reboliço. Ele já tinha sido cancelado no Twitter e esse termo, psicose de formação em massa,  ganhou evidência.

Mas do que que se trata, hein?

Olha: quando eu fiz o podcast O poder do mau, lá atrás, eu comecei a pesquisar o assunto e encontrei uma publicação a respeito, mergulhei um pouco mais fundo e encontrei o livro a respeito e já tinha desenhado o programa Café Brasil que se perdeu, ficou meio parado, ficou quietinho, guardadinho pra eu retomar no futuro.

E este episódio aqui com o Joe Rogan, me ajudou a trazer de volta então eu vou fazer hoje o programa que já estava rascunhado desde abril ou maio do ano passado. Então, olha aqui, ó.

Eu vou usar aqui no programa o texto “A fabricação de uma psicose em massa – a sanidade pode retornar a um mundo insano?” Esse texto na verdade é a transcrição de um vídeo publicado no canal da Academy Of Ideas no Youtube em Abril de 2021.


Segundo Recorte:

"O texto abre com uma citação de Gustav Le Bon, intelectual francês interessado em antropologia, psicologia, sociologia, medicina, invenção e física. Le Bon é mais conhecido por sua obra de 1895, The Crowd: A Study of the Popular Mind, que é considerada uma das obras seminais da psicologia da multidão. Le Bon diz assim:

“As massas nunca tiveram sede da verdade. Elas se afastam de evidências que não são do seu gosto, preferindo endeusar o erro, se o erro as seduzir. Quem quer que possa lhes fornecer ilusões é facilmente seu senhor; quem tenta destruir suas ilusões é sempre sua vítima.”

As doenças do corpo podem se espalhar por uma população e atingir proporções epidêmicas, mas o mesmo pode acontecer com as doenças da mente. E das epidemias da mente, a psicose em massa é a mais perigosa. Durante uma psicose em massa, a loucura se torna a norma na sociedade e as crenças ilusórias se espalham como uma epidemia. Mas, como os delírios podem assumir muitas formas e a loucura pode se manifestar de inúmeras maneiras, o jeito específico como uma psicose em massa se desdobra será diferente com base no contexto histórico e cultural da sociedade infectada. No passado, as psicoses em massa levaram à caça às bruxas e genocídios, mas na era moderna é a psicose em massa do totalitarismo que é a maior ameaça.

Arthur Versluis, professor e chefe do Departamento de Estudos Religiosos na Faculdade de Artes e Letras da Michigan State escreveu em As Novas Inquisições o seguinte:

O totalitarismo é o fenômeno moderno do poder estatal centralizado total junto com a aniquilação dos direitos humanos individuais: no estado totalizado, existem aqueles que estão no poder, e existem as massas objetificadas, as vítimas.”

Em uma sociedade totalitária, a população é dividida em dois grupos, os governantes e os governados e ambos passam por uma transformação patológica. Os governantes são elevados a um status quase divino, o que é diametralmente oposto à nossa natureza de seres imperfeitos, facilmente corrompidos pelo poder. As massas, por outro lado, são transformadas em sujeitos dependentes desses governantes patológicos e assumem um status regredido psicologicamente infantil.

Hannah Arendt, uma das mais proeminentes estudiosas dessa forma de governo no século 20, chamou o totalitarismo de uma tentativa de transformação da “própria natureza humana”. Mas essa tentativa de transformação apenas transforma mentes sãs em mentes doentias, como escreveu o médico holandês Joost Meerloo, que estudou os efeitos mentais de viver sob o totalitarismo.

Os autores do vídeo usaram várias referências de Joost Merloo, que em 1933 começou a estudar os métodos pelos quais a pressão mental sistemática leva as pessoas à submissão abjeta, e pela qual os totalitários imprimem sua subjetiva “verdade” na mente de suas vítimas. Em seu livro The Rape of the Mind, Joost Merloo escreveu assim:

“… Há, de fato, muito que é comparável entre as reações estranhas dos cidadãos do [totalitarismo] e de sua cultura como um todo, por um lado, e as reações dos… esquizofrênicos doentes, do outro”.

A transformação social que se desenvolve sob o totalitarismo é construída e sustentada por delírios. Pois apenas homens e mulheres iludidos regridem ao status infantil de súditos obedientes e submissos e entregam o controle total de suas vidas a políticos e burocratas. Apenas uma classe dominante iludida acreditará que possui o conhecimento, a sabedoria e a perspicácia para controlar completamente a sociedade de cima para baixo. E somente quando sob o feitiço de delírios alguém acreditaria que uma sociedade composta de governantes sedentos de poder, por um lado, e uma população psicologicamente regredida, por outro, levará a qualquer coisa que não seja sofrimento em massa e ruína social."

Fim dos recortes.


Repetição da fonte do post:

https://portalcafebrasil.com.br/podcasts/cafe-brasil-804-psicose-de-formacao-em-massa/


Comentário final do Blogueiro:

Não quero crer na possibilidade de que o coronavírus Covid-19, depois de estabelecida a pandemia foi utilizado para testes de ideologia de alienação de massas e conquista de poder. Ainda que infinitamente pequena, a possibilidade é real. Este assunto de Psicose de formação em Massa não é assunto para esquecido, senão pesquisado e melhor entendido. Seu entendimento pode ter os efeitos de uma vacina na sua e na minha mente. Para quê? Para não cairmos no conto do vigário de nenhuma ditadura aniquiladora de nossa liberdade.


Crédito: https://www.afterskool.net/


Vídeo destes desenhos "Menticício"  do After Skool 

aqui: https://www.youtube.com/watch?v=09maaUaRT4M



Nota: não traduzi os textos das figuras de propósito.


SP-17-01-2022