terça-feira, janeiro 19, 2016

Percebi que Buda estava morto...



Mark Elles
Tradução: 
Wilma Rejane

Ele deixou o budismo e foi para a  magia negra, depois de receber a Cristo, ele entrou em uma nova batalha com as autoridades comunistas pela  alma do povo vietnamita, uma batalha feroz que continua até hoje.Seu nome é Tran Dinh, mais conhecido como "apóstolo Paulo do Vietnã".  A entrevista a seguir foi concedida a Mark Elles em Maio de 2014 para Reporters de Deus

"Cresci em uma família budista muito atuante, fui enviado para um templo budista e treinado para ser um monge. Meu pai era um médico chinês muito bem sucedido, mas  estava incomodado com os políticos que tentaram extorquir dinheiro dele, então ele prometeu que se  tivesse um filho  iria mandá-lo para o templo para que  pudesse ser treinado como um monge. Meu nome de budista era 'Stop Loving do mundo'.

Aos 15 anos, depois de apenas um ano de estudo, tornei-me desencantado com o desespero de doutrinas budistas.

Procurando mais poder e experiência religiosa  viajei para o lado negro, fui estudar magia negra e me tornei  mestre em feitiçaria, servindo 3.366 deuses". Esses deuses me deram  poder, mas eles me fizeram curvar minha vida para seus redutos. Eles também me fizeram odiar o Evangelho.

Em 1970, quando o Presidente Nixon enviou tropas americanas para o Camboja do Vietnã, causando protestos de montagem nos campi universitários norte-americanos, missionários americanos entraram na cidade de Ai no sul do Vietnã. Um monte de gente na minha cidade foi para as cruzadas e encontrou o Senhor. Alguns dos meus alunos de magia negra vieram até mim dizendo: Mestre, você deve parar esta cruzada, caso contrário, perderemos todos os nossos clientes nesta cidade.

 No dia seguinte fui dar uma olhada na cruzada.Esperei encontrar  missionários realizando "atividades religiosas", mas fiquei surpreso ao encontrá-los cantando músicas, lendo a Bíblia, e dando uma mensagem simples. Eles disseram, 'Nós não queremos trazer para o Vietnã uma nova religião, porque todas as religiões vão torná-lo mais e mais sobrecarregados. Mas Jesus prometeu que se você levar seus fardos pesados até Ele ​, Ele vos aliviará'


Esta mensagem era demais, no que procurei freneticamente encontrar alguma maneira de frustrar a cruzada cristã, com medo de as pessoas da cidade não precisarem mais  de meus serviços de feiticeiro. Para meu desgosto, muitos na área estavam sendo salvos e oferecendo testemunhos de orações respondidas.

Virei-me para as  hostes demoníacas. Busquei os 1.000 deuses naquela primeira noite, mas no final do serviço, percebi que meus deuses não estavam aparecendo para fazer  seu trabalho. Na noite seguinte, busquei os 2.000 deuses, mas nada aconteceu. Fui para casa  jejuar e orar para os 3.366 deuses.

Eu disse: Vocês têm que acordar e acabar com esta cruzada, rezei para todos os 3.366 deuses, mas nenhum deles revelou-se.

De repente, ao amanhecer, algo  varreu minha mente. Percebi que Buda era um homem bom, sábio, mas  tinha morrido . Ele nunca prometeu salvar alguém ou ajudar alguém . Percebi que Jesus Cristo era diferente, Ele não só era bom e sábio, como ressuscitou e estava vivo! Naquele momento reconheci a futilidade de minha trajetória religiosa anterior e me entreguei a Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador.

Dei meu coração ao Senhor e Deus salvou a minha vida e me libertou e me chamou para o ministério.Depois que  fui salvo me disseram: 'Irmão, havia um homem na Bíblia exatamente como você. Ele era tão religioso, odiava o Evangelho e perseguiu a igreja. Seu nome era Saulo, mas, finalmente, Deus o salvou e mudou seu nome  para Paulo.

Tomei o nome de Paulo. Um mês depois, quando  li na Bíblia sobre Paulo, disse: ou, ou, eles me deram o nome errado. Paulo viveu muito tempo como preso e eu não quero estar na prisão como Paulo.Mas  o novo nome  pegou, todos passaram a me chamar de Paulo. Fui rejeitado por minha família,obrigado a sair de casa, mas a igreja me aceitou e me discipulou.

Olhando para trás, sou grato pela família  que me expulsou porque isso me deu  impulso para  frequentar a igreja. Em abril de 1975, apenas dois dias antes de os EUA evacuar Saigon, fui ordenado pastor.

Não queremos um Jonas  em nosso barco

Toda  nossa liderança se reuniu para buscar o Senhor e  decidiu que seria melhor  sairmos do país antes de os comunistas nos jogaram na prisão. Pegamos um barco e saímos de lá. Quando cheguei no barco  o Espírito Santo falou comigo : 'O que você está fazendo neste barco? Pare de amar o mundo. Você quer ser um Jonas? "

Foi forte o suficiente para me assustar,meus amigos disseram que eu estava suando profusamente.

-Irmão , o que aconteceu com você?
-Acabei de ouvir uma palavra do Senhor.
-Precisamos de uma palavra do Senhor, porque estamos prestes a fazer uma viagem muito perigosa no oceano, disseram eles.
-Deus me perguntou se eu quero ser o Jonas deste barco.
-O quê? Clamaram em uníssono. Saia do barco que não queremos ter Jonas com a gente.

Fui forçado a sair do barco. Fui tão estupido que por um momento pensei que não deveria ter dito nada para eles. Sem saber o que me esperava, fiz  o caminho de volta para  igreja. No dia seguinte, fui preso pelos comunistas e enviado para um campo de trabalhos forçados.

Eu iria passar mais de dez anos nesses campos com os comunistas tentando me reeducarem. O comunismo é uma religião. Eles competem com outras religiões. Foi terrível. Dormi na sujeira, no cimento batido.Às vezes não tinha o que  comer, tinha que sair na selva para encontrar folhas para comer.

Durante meu primeiro mandato de cinco anos eu não tinha escova de dentes, sabão, ou outros itens pessoais. Depois que fui libertado da prisão, arrumei um saco com uma escova de dentes, sabonete, toalha e roupa interior.  Carreguei uma bolsa com essas coisas  em todos os lugares que eu fui e a bolsa ficava ao meu lado quando eu dormia.



Paul e Ruth




Em 1980, fui libertado da primeira de oito prisões e  casei com Ruth Kim-Lan, um ex-professora do ensino médio. Ela tornou-se desencantada com o ensino após os comunistas tentarem mudar as mentes das crianças para acreditarem na evolução. Ela se sentiu chamada para o ministério para que ela pudesse ensinar as crianças sobre Deus e sua criação.

Apesar da perseguição por parte das autoridades,  continuei  meus esforços para plantar igrejas nas casas, plantei  24 novas igrejas entre 1988-1990. Um dia fui apanhado pelas autoridades e levado para a delegacia, onde  fui avisado para parar de plantar igrejas.

Expliquei que havia recebido um chamado de Deus. O búfalo de água foi feita para arar o campo, o cavalo foi feito para puxar o carrinho, e o pregador foi feita para pregar o Evangelho.

Minha resposta os incomodou e me disseram: se você não parar, voltará para os campos de concentração.

Cerca de um mês depois fui preso enquanto realizava batismos.Fui enviado de volta para a prisão, mas desta vez tive uma mochila  contendo  pertences pessoais.

Minha mochila não permaneceu intacta por muito tempo. Na prisão, os guardas cortaram as tiras de minha mochila, era prática comum por causa do medo de enforcamento. Havia um homem selvagem na prisão a quem chamavam de tesoura. Ele era um alfaiate e carregava uma tesoura com ele o tempo todo como uma arma. Ele matou muitas pessoas dentro e fora da prisão, todos tinham medo dele, incluindo os guardas.

Mas  começei a orar para que Deus suavizasse aquele homem. Comecei a compartilhar o amor de Jesus com ele e disse-lhe como Jesus lhe daria paz e seria seu amigo. Enquanto eu continuava a mostrar-lhe a amizade e a graça de Deus, ele deu o seu coração para o Senhor."

Como uma expressão de gratidão, ele usou uma de suas camisas para consertar minha mochila e me fez um chapéu para me proteger do sol.

É João 3:16 

Pr Paul em oração


Em 1999 fui preso em Hanói e condenado a uma pena de cinco anos. Tentaram me matar, mas Deus usou um ex-funcionário do Departamento de Estado, agindo como um embaixador-geral, juntamente com a pressão da ONU, para ganhar a minha libertação. Expulsaram-me para fora do país.

Eu quero alcançar os vietnamitas no exterior e discipular para que eles possam conhecer as boas novas de Jesus Cristo em suas famílias e comunidades.

Algum dia Deus irá abrir portas no Vietnã exatamente como fez na União Soviética, a igreja subterrânea está realmente crescendo. Meu trabalho agora é preparar e treinar discípulos para esse dia.

Queremos trazer os fiéis de volta ao Vietnã, não com rifles M16, mas com João 3:16 e Bíblias. "

quinta-feira, janeiro 14, 2016

Morre o Pastor Gilberto pai do Pastor Silas Malafaia

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Pr. Gilberto Gonçalves Malafaia (1921 - 2016)
"Partiu para eternidade na manhã deste terça-feira, 12 de janeiro de 2016, aos 95 anos de idade o pastor Gilberto Gonçalves Malafaia, um dos mais antigos líderes das Assembleias de Deus no Brasil.

Pastor, pedagogo, educador , um dos fundadores do Instituto Bíblico Pentecostal (IBP), e ex-membro da liderança da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), Gilberto Malafaia nasceu em 10 de janeiro de 1921, na cidade de Castro Alves (BA). Era casado com a irmã Albertina Malafaia há mais de 60 anos. 

Como membro da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, foi um dos fundadores da CEADER - Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Rio de Janeiro".

Texto integral aqui: http://pastorguedes.blogspot.com.br



Excerto do post da Associação Vitória em Cristo:

O pastor Silas Malafaia agradeceu aos presentes e testemunhou sobre o exemplo e a influência de seu pai em sua vida. “Meu pai sempre me dizia: ‘Meu filho, Deus é grande, sonhe coisas grandes. Você pode chegar a lugares altos, chegar muito mais longe do que eu’. Por influência dele, ainda adolescente eu lia o jornal na parte política. Foi ele que me treinou no amor e no desejo de conhecer a Palavra de Deus e a guardar na mente a Palavra de Deus”, declarou emocionado.

Um homem que sempre atuou em defesa dos princípios da Palavra de Deus, pastor Gilberto Malafaia, fundou a Assembleia de Deus de Jacarepaguá em 1973, igreja que dirigiu por 41 anos. Em julho de 2014, ele transmitiu a presidência da igreja para o seu neto, pastor Silas Filho. 

“É com dor, mas com convicção de que este é um momento especial, momento em que podemos celebrar a vida de um grande homem de Deus. Ele continuará sendo referência para toda uma geração por ter sido um homem de fé, coragem, ousadia, visão e de trabalho. Meu avô, pastor fundador desta igreja, cumpriu a vontade de Deus e Seu proposito na sua geração. Que possamos fazer da mesma forma, cumprindo o propósito que Deus nos confiou nesta igreja”, declarou o pastor Silas Filho.

Pastor Gilberto Malafaia nasceu na cidade de Castro Alves, na Bahia, em 10 de janeiro de 1921. Pastor, militar e um exímio educador, formou-se em pedagogia, ao lado de sua esposa, Albertina Malafaia. Ele deixa seis filhos, Samuel, Silas, Sérgio, Suzana e Siléia e Vilma; 14 netos, 18 bisnetos, e um grande legado para a igreja evangélica brasileira. 

Link do texto integral: http://www.vitoriaemcristo.org

quarta-feira, janeiro 13, 2016

Um bispo na porta do céu

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Porta
Por: João Cruzué


Um moço, de origem muito humilde,  tinha 18 anos quando saiu da casa de seus pais, para tentar a vida em um grande cidade e sair da pobreza. Quando lá chegou, em lugar de procurar pelos prazeres da vida, começou a andar junto com os crentes. Isto aconteceu, pois um tio vinha todo final de semana para falar do amor de Deus. Na primeira vez que aquele moço foi em uma Igreja crente ele aceitou Jesus. Um ano depois estava firme e batizou-se, mais três meses se passaram e ele também recebeu o batismo com o Espírito Santo. Um ano depois, recebeu o chamado do seu pastor para começar no ministério da palavra.

A primeira vez que pregou, foi em um culto na frente da casa de uma família crente. O bairro era muito pobre e a rua estava deserta. Quando ele fez o convite para que alguém viesse até aquele lugar para receber a salvação em Cristo Jesus, embora não houve pessoas nas ruas, havia gente ouvindo a pregação pelas janelas das casas. Quase 10 pessoas saíram em silêncio de suas residências e foram até aquele lugar.

Animado com o resultado, aquele jovem crente foi pregar na praça de um dos maiores bairros daquela cidade. Uma pequena multidão se ajuntou para ouvir a palavra. Outros companheiros pregaram, mas quando chegou a vez daquele moço, ele falou sobre as desgraças que um homem sem Deus pode fazer, quando deixa o diabo governar a sua vida. Na hora do apelo, o moço perguntou para os ouvintes da palavra quem queria entregar sua vida para Cristo. O resultado foi aquele multidão de mãos erguidas no ar. Alguns ouvintes levantaram as duas mãos. O destino daquelas pessoas ele nunca soube.

E ele ficou ainda mais entusiasmado. 

Começou a fazer planos para iniciar uma Igreja, pois era evidente para ele que a presença do Espírito de Deus era consigo. E ele abriu um salão de pregação no seu bairro e o salão se encheu.

Mais animado ele ficou e, por isso, foi procurar um espaço no maior bairro daquela cidade. Não foi fácil, demorou um pouco, até que um dia o cinema daquele bairro fechou as portas. O moço não tinha dinheiro suficiente para alugar aquele espaço comercial. Orou, orou, jejuou e jejuou. Pediu para Deus que o abençoasse e lhe desse aquele grande salão.

E deus ouviu suas orações e o abençoou o desejo do seu coração. Ele não só conseguiu instalar ali sua Igreja  como, também, o espaço se encheu e ficava gente de fora em menos de dois anos.

Dali, ele começou a pensar alto. Muitos companheiros de ministério começaram a provocar suas ambições.

--Olha, o Missionário  fulano dominou o Brasil inteiro através evangelização pelas ondas do Rádio. Acontece, que ele rejeitou evangelizar pela TV, porque, no entender dele, aquilo era o território do diabo. Mas, nós temos certeza que não. Aquilo é igual ao Rádio, só que é um milhão de vezes melhor para evangelizar e nos vai dar acesso a milhões de lares que preferem assistir TV.

E aquele moço, desta vez, colocou a opinião de seus colegas no seu coração e não insistiu com Deus para ver se aquilo era da SUA vontade. Trocou o silêncio do Espírito Santo pelas vozes ambiciosas de seus companheiros. Na verdade, chegou um momento que ele se apossou daquela ambição como se sempre estivesse lá, no fundo do seu coração.

TV precisa de muito dinheiro. Dinheiro na casa dos milhões. 

Como Deus operava milagres e e expulsava muitos demônios por intermédio daquele moço, agora casado, e bem casado, em todos os cultos que dirigia, ele começou a sonhar com o que aconteceria com os telespectadores no dia que vissem nas imagens da TV os demônios saindo e as pessoas sendo curadas de todo tipo de enfermidades. Desta fonte, ele pensava, Deus supriria os gastos para manter o programa de TV no ar.

E o dinheiro veio. E veio muito além daquilo que ele poderia imaginar.

Como era tanto o dinheiro, que houve necessidade de fazer novos planos, quem sabe alugar por 24 horas um canal de TV ou, quem sabe, comprar um. A partir deste momento, a avareza começou a falar mais alto, e a voz do Espírito foi começando a ser deixada de lado.

Para alugar por 24 horas um canal de TV, era preciso de mais dinheiro. E para conseguir mais dinheiro era preciso novas ideias. O Marketing entrou na história para desenvolver novos "produtos". Um planejamento agressivo de arrecadação de fundos foi aprovado e posto em prática. Nenhum obreiro daquela Igreja deveria ter vergonha de pedir dinheiro. A justificativa dos novos planos era comprar novos terrenos, construir grandes templos, enviar centenas de missionários para todos os países do mundo, comprar um jatinho Learjet para deslocamentos rápidos pelo mundo afora.

Deus tem pressa. Pelo menos esta era a divisa de marketing da Igreja.

A Igreja apostou na ideia do uso de uma franquia, para crescer ainda mais depressa e dominar o país e o mundo. Um pastor, para instalar um templo em determinada cidade precisava assinar um contrato.  Cada mês, durante uma ano, ele deveria pagar uma grande quantia em dinheiro. Se durante aquele ano o franqueado não conseguisse pagar todo o investimento, de acordo com uma cláusula do contrato, ele deveria passar o "negócio" à frente para outro pastor. Assim, à frente de cada Templo, só permanecia os mais espertos.

E a experiência dos mais espertos era discutida em ensinada, por baixo dos panos, aos jovens ministros.  Coisas do tipo: pedir como oferta as chaves de casas, carros, escrituras de terrenos, o primeiro salário  de cada desempregado que encontrasse emprego; 50% de cada causa difícil, resolvida, 30% para lavagem de dinheiro sujo, e vai por aí afora.

E foi assim que aquele moço deixou de ser humilde e pobre e se tornou o mais bem sucedido líder evangélico na história de seu país. Sua Igreja agora tinha templos abertos em mais de 200 países do mundo. Milhões de pessoas ouviram o Evangelho e levantaram as mãos para Cristo em seus Templos.


E ele ficou velho. E depois de velho ele faleceu e foi sepultado. Em seu sepultamento estiveram presentes dos membros da Igreja até o Presidente da República, afora muitos Senadores, Deputados, Governadores, banqueiros,  Prefeitos, Desembargadores, Juízes. O Presidente da República decretou luto oficial. Por três dias a Bandeira Nacional ficou a meio mastro.

A cerimônia foi veiculada incessantemente pela TV. As câmeras mostravam o choro dos fiéis consternados pela grande perda. Nos púlpitos dos Templos, versículos de honra era lidos em memória do grande líder falecido. 

Depois de todas estas honras, o espírito daquele celebrado defunto foi levado até a porta do céu. Ali, estava São Pedro com as chaves na mão. Antes de abrir a porta, as obras do pretendente precisavam ser pesadas.  

Cheio de autoconfiança o espírito do falecido pastor entregou uma grande caixa contendo suas obras ao Senhor Jesus Cristo. Havia uma fornalha acesa ao lado da porta do céu. Quando aquela caixa foi colocada na fornalha, as labaredas subiram muito alto e o crepitar das obras fazia muito barulho.

Quando a fornalha foi aberta, o Senhor deu ordem ao anjo para pegar o que restou de precioso das obras depois das glórias e valores puramente humanos.

Só havia um punhado de cinzas. Nenhum sinal de ouro, prata ou bronze. Tudo o que a grande caixa de obras continha não passava de palha ou madeira.

Muito assustado o espírito do grande líder evangélico estremeceu. Olhando para o Senhor Jesus Cristo, ele começou buscar justificativas para entrar na porta do Céu.

--Senhor, eu era um moço pobre e humilde. Aceitei a fé no começo da minha juventude. Em lugar de andar e beber com as prostitutas e me tornei um crente. Comecei a ganhar almas para ti desde bem cedo. Vendo que tinha  o dom investi todo o meu tempo na sua causa. Construí milhares de templos, gastei os tubos evangelizando pela TV, minha Igreja expulsou demônios de milhares de pessoas. Os cegos viam e os aleijados eram curados. Os endividados eram abençoadas e milhares tornaram-se empresários. Resumindo, para tomar seu tempo, Senhor, ganhei milhões de almas para Ti.

--Como é que tendo feito tudo isto, o resultado foi um punhado de cinzas...Senhor, por favor me desculpe, mas se eu não conseguir entrar por esta porta, quem é que poderá entrar?

E o Senhor, com um semblante calmo, olhou para aquele moço de falou:

--Amigo, lembra do dia que ouvistes a voz dos teus companheiros de ministério, quando eles lhe mostraram a obra do missionário fulano? Pois bem, aquela voz não era Minha, mas do diabo. Como não fostes orar para pedir a minha confirmação, te fizestes surdo ao Espírito Santo e tudo o que construístes foi sobre a areia. O meu propósito para sua vida era bem diferente do que fizestes.  Ganhastes o mundo inteiro, mas deixastes a tua alma sob o domínio do diabo. Não é com o ouro e a prata que se paga o preço da salvação de uma alma perdida.

--Aparta-te de Mim, tu que praticastes a iniquidade, porque há muito tempo deixastes de ser ovelha do meu rebanho!



Nota do blogueiro: hipotéticas semelhanças do texto com a vida real, pode ser mera coincidência.








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domingo, janeiro 10, 2016

A oração que funciona

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Jesus e a mulher cananeia

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"Esforçai-vos, e Ele fortalecerá o vosso coração 

vós todos os que esperais no Senhor."

Salmo 31:24
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Por: João Cruzué

“Partindo dali, Jesus seguiu para a região de Tiro e Sidom. Uma mulher cananeia, vindo daquelas redondezas, pôs-se a gritar: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. Contudo, ele não lhe respondeu. Seus discípulos aproximaram-se dele e rogaram-lhe: Manda-a embora, porque vem gritando atrás de nós. Ele lhes respondeu: Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel. 

Então, ela veio e, prostrando-se diante dele, disse: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondeu: Não é justo tomar o pão dos fi lhos e jogá-lo para os cachorrinhos. Ao que ela disse: Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa do dono. Então Jesus respondeu: Mulher, grande é a tua fé! Seja feito a ti como queres. E desde aquela hora sua fi lha ficou boa” (Mt 15.21-28).

Atitude, humildade, oração e vitória foram algumas das atitudes da mulher cananeia. Ela possuía uma filha cativa por um demônio que a fazia sofrer miseravelmente. Jesus estava passando na região de Tiro e Sidom. Ela estava diante de uma única oportunidade e não a desperdiçou. Não sabemos quantos anos tinha a filha daquela senhora. Mas sabemos que sua mãe tinha um propósito: conseguir a liberdade da filha. Ela não era de Israel. Era estrangeira. Ela não tinha amigos entre os discípulos de Jesus, por isso gritava. Perturbava. E Jesus permanecia em silêncio. Era o Messias; o enviado de Deus exclusivo para Israel. 

Os estrangeiros, naquele tempo, não faziam parte da sua missão. A mulher insistia. E quem busca, acha. Quem pede, recebe. E quem bate, a porta abrir-se-lhe-á (Mt 7.7,8). Ela seguiu literalmente essa receita, sem nunca tê-la ouvido. Buscou, pediu, gritou e bateu. Humilhou-se. Insistiu. Até receber a admiração e o favor do Senhor e a libertação da filha. 

Chegou aflita, desesperada. Ouviu palavras duras, mas não desanimou. Saiu chorando, não de tristeza, mas de contentamento. Sua filha estava livre. Ninguém sabe como aquela mulher achou Jesus. Nem ficou evidente quem lhe falou sobre o poder do Senhor sobre os demônios. Também não está escrito como descobriu que a vida miserável da filha era causada por um demônio.

Aquela mulher estava no tempo e lugar certos. Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14.6). “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). Como foi possível àquela mulher conseguir uma bênção tão grande com tão poucas palavras? Oração. Sim, oração sincera. Não aquela oração de desfiar as contas de um terço. Foi uma oração produzida por um espinho na alma, que a fazia gritar e clamar: “Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de mim”. 

Há muitos que oram, mas não recebem. Não recebem porque oram mal. A oração para ser respondida tem que estar em harmonia, em sintonia com a vontade do Pai Eterno. Bênçãos grandes vêm de grandes orações e não de orações grandes. Você está com um espinho na alma? Sua dor é muito grande? Insuportável? Medite nas atitudes da mulher cananeia. Deixe de lado seus preconceitos, seu status.

Para chegar ao dono das bênçãos é preciso se despojar da soberba, da presunção humana e do pensamento cartesiano. Abra seu coração e clame a Jesus. Entre no quarto e feche a porta. Ajoelhe-se ao pé da cama e fale com Jesus, como se Ele estivesse assentado nela. Insista. Ore hoje. Amanhã. E continue orando.

Jesus não é uma lenda. Ele é real. É o filho do Deus vivo, que morreu na cruz, mas hoje está vivo, assentado à direita do Pai. Seus ouvidos estão atentos às orações dos que estão necessitados. Desesperados. De corações quebrantados. Mas não basta ser necessitado, estar desesperado ou apenas quebrantado de coração. É preciso ter atitude: buscar, pedir e bater à porta com um coração sincero. Não uma única batida na porta, mas várias. Não um pedido envergonhado, mas um clamor bem alto. Não uma busca de faz de contas, mas verdadeira.

A mulher cananeia não foi a Jesus achando que talvez Ele a atendesse. Ela foi disposta a ser ouvida de qualquer maneira. Não importava ser chamada de filhote de cachorro, desde que alcançasse o direito de comer das migalhas que caiam dos pratos dos seus senhores. E quando o Senhor ouviu essa resposta, se compadeceu da dor daquela mulher, porque viu nela uma grande fé. E fé é a certeza das coisas antes de vê-las (Hebreus 11.1).






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Redescobrindo os valores perdidos


"Rediscovering Lost Values"
Sermão de Martin Luther King, Jr.


Por: Martin Luther King, Jr. (1929-1968)

Tradução de João Cruzué

"Eu quero que vocês meditem comigo nesta manhã sobre este tema: Redescobrindo os valores perdidos. Há algo errado com o nosso mundo. Alguma coisa fundamental e basicamente errada. Eu creio que não precisamos olhar muito para enxergar isto. Estou certo que a maioria de vocês concordaria comigo em fazer esta afirmação. E quando paramos para analisar a causa dos males de nosso mundo, muitas coisas nos vêm à mente.

Vamos iniciar perguntando se é devido ao fato de não sabermos o suficiente. Mas não pode ser isto. Porque em termos de acumulação de conhecimento, nós sabemos mais hoje do que os homens conheciam em qualquer outro período da humanidade. Nós temos os fatos à nossa disposição. Nós sabemos mais sobre Matemática, Ciências, Ciências Sociais, Filosofia do que nós nunca soubemos em qualquer período da história do mundo. Então, não pode ser porque nós não sabemos o suficiente. Bem, não pode ser isto, porque nosso progresso científico sobre os anos passados tem sido surpreendente.

Em seguida, gostaríamos de saber se não foi pelo fato de nossa genialidade científica ter ficado para trás.Isto é, se nós não temos feito mais progressos na área científica.O homem através de seu gênio científico tem encurtado distâncias e reduzido tempos. Tanto que hoje (28.02.1954) é possível tomar o café da manhã em Nova York e cear em Londres, na Inglaterra. Por volta de 1753, uma carta levava três dias para ir de Nova York a Washington, e hoje você pode ir daqui até a China em menos tempo que isso. Não pode ser porque o homem esteja estagnado quanto aos progressos científicos. A genialidade científica do homem tem sido assombrosa.

Eu penso que nós temos que olhar mais profundamente o que temos feito para encontrar a real causa dos problemas humanos e dos males deste mundo de hoje. E se nós queremos mesmo encontrar teremos que olhar dentro dos corações e da almas dos homens.

"Assim nós nos vemos pegos em um mundo complicado. O problema é com o próprio homem, na alma do homem. Nós não aprendemos como ser justos, e honestos, e gentis, verdadeiros e amáveis. Está é a causa de nosso problema. O verdadeiro problema é que através de nossa genialidade científica nós fizemos do mundo uma vizinhança, mas através de nossa moral e genialidade espiritual nós falhamos em torná-lo uma irmandade.

E o grande perigo que enfrentamos hoje não é tanto pela bomba atômica que foi criada pelos físicos. Não tanto por aquela bomba que você pode colocar em um avião e jogá-la sobre a cabeça de centenas de milhares de pessoas – tão perigosa quanto ela é. Mas o perigo verdadeiro que confronta a civilização de hoje é aquela bomba atômica que está no coração dos homens, capaz de explodir no ódio mais vil e no mais destrutivo egoísmo — isto é a bomba atômica que devemos temer hoje.

O problema está no homem. Dentro dos corações e das almas dos homens. Esta é a verdadeira causa do nosso problema.

Meus amigos, tudo que eu estou tentando dizer é que se nós quisermos seguir em frente hoje, teremos, antes, que voltar para reencontrar alguns poderosos e preciosos valores preciosos que deixamos para trás. É o único caminho que seríamos capazes para fazer de nosso um mundo, um mundo melhor, e para fazer deste mundo o que Deus quer com um significado e propósito reais. A única coisa que nós podemos fazer é voltar, para redescobrir os valores mais preciosos e poderosos que deixamos para trás.

Jesus at 12
Jesus no templo no meio dos doutores da Lei

Nossa situação no mundo de hoje faz-me lembrar de um popular acontecimento que tomou lugar na vida de Jesus. Isto foi lido nas Escrituras hoje pela manhã,  no segundo capítulo do Evangelho de Lucas. A história é muito familiar, muito popular, e todos nós a conhecemos. Vocês se lembram quando Jesus tinha de 12 anos de idade? Havia o costume das festas. Os pais de Jesus o levaram para Jerusalém. Era um acontecimento anual, a festa da Páscoa, e eles subiram para Jerusalém e levaram Jesus consigo. Eles ficaram ali por poucos dias e, depois de estarem por lá, decidiram voltar para casa, para Nazaré. E eles partiram e eu acho, como era a tradição daqueles dias, o pai provavelmente viajava na frente e a mãe, junto com as crianças, atrás. Veja você, eles não tinham as comodidades modernas que temos hoje. Eles não tinham automóveis, nem metrôs ou ônibus. Eles andavam a pé ou viajavam sobre jumentos e camelos. Então eles viajavam muito devagar, mas era da tradição o pai guiar o caminho

E eles deixaram Jerusalém, caminhando de volta para Nazaré. E eu imagino que eles caminharam um pouco sem olhar para trás, para ver se todo mundo estava lá. Mas então as Escrituras dizem que eles seguiram a jornada de um dia e pararam. Eu imagino, para checar, para ver se tudo estava em ordem. E eles descobriram que alguma coisa muitíssimo preciosa estava faltando. Eles descobriram que Jesus não estava com eles. Jesus não estava no meio. E, assim, eles fizeram uma pausa para procurar e não o viram em volta. E eles foram e começaram a procurar no meio da parentela. E eles voltaram até Jerusalém e lá o encontraram no Templo, junto com os doutores da lei.

Agora, o mais importante para ser visto aqui é isto: Que os pais de Jesus observaram que tinham partido e que eles tinham perdido um bem muitíssimo precioso. Eles tiveram senso o bastante para saber que antes de seguir em frente, para Nazaré, eles tinham que voltar a Jerusalém para reencontrar este valor. Eles sabiam disso, eles sabiam que não poderiam ir para casa em Nazaré, sem que, antes, voltassem a Jerusalém.

Algumas vezes, você sabe que é necessário retroceder a fim de seguir em frente. Isso é uma analogia da vida. Eu me lembro que um dia eu estava dirigindo de Nova York para Boston, e eu parei em Bridgeport, Connecticut para visitar alguns amigos. E eu saí de Nova York pela pista expressa que vocês conhecem por Merritt Parkway, em direção a Boston, numa ótima avenida. E eu parei em Bridgeport, e depois de ficar por ali por duas ou três horas eu decidi seguir para Boston, e eu queria pegar outra vez a Merrit Parkway. E eu saí pensando que eu estava indo em direção à Merrit Parkway. 

Eu parti, e rodei, e continuei rodando e eu procurei localizar uma placa mostrando duas milhas para uma pequena cidade que eu teria de cruzar – Eu não cruzei por aquela particular cidade. Então eu pensei que eu estava na estrada errada. Eu parei e perguntei a um cavalheiro sobre a estrada que eu deveria pegar para chegar na Merritt Parkway. E ele disse: “A Merrit Parkway está de 12 a 15 milhas para trás. Você tem que virar e voltar até a Merrit Parkway”; você está fora do seu caminho agora. Em outras palavras, antes de seguir em frente para Boston, eu tinha que voltar de 12 a 15 milhas, para pegar a Merrit Parkway. Não poderia o homem moderno ter pego a avenida errada? Se ele está para seguir para a cidade da salvação, ele tem que voltar e pegar a avenida certa.

E foi isto que os pais de Jesus observaram: que eles tinham que voltar e encontrar o valor mais precioso que eles tinham deixado para trás, a fim de prosseguir. Eles observaram isto. E assim que eles voltaram para Jerusalém eles encontraram Jesus, o reencontraram por assim dizer, a fim de seguir em frente para Nazaré.

Agora isto é o que nós temos que fazer em nosso mundo de hoje. Nós temos deixado muitos valores preciosos para trás; nós temos perdido muitos valores preciosos. E se nós quisermos seguir em frente, se nós quisermos fazer um mundo melhor para se viver, nós temos que voltar. Nós temos que voltar para reencontrar estes valores preciosos que nós deixamos para trás.

Eu quero tratar de um ou dois destes valores muito preciosos, que nós temos deixado para trás, que se nós vamos seguir em frente para tornar este mundo melhor, nós precisamos redescobrir.

O primeiro princípio de valor que nós necessitamos redescobrir é este: que toda realidade depende de fundamentos morais. Em outras palavras, que este é um universo moral, e que há leis morais suportando o universo tanto quanto leis físicas. Eu não estou certo se todos nós cremos nelas. Nós nunca duvidamos que há leis físicas no universo, que nós devemos obedecer. Nós nunca duvidamos disso. E por isso, nós não pulamos de um aeroplano ou saltamos de altos edifícios por diversão – não fazemos isto. Porque inconscientemente nós o sabemos intuitivamente, e assim não saltamos do mais alto prédio em Detroit por achar isto divertido – nós não fazemos isto. Porque nós conhecemos que existe a Lei da Gravitação Universal. Se nós desobedecermos a ela, sofreremos as conseqüências.

Mas eu não estou tão certo se nós sabemos que há leis morais que suportam o universo tanto quanto as leis físicas. Eu não estou tão certo disso. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos que existe a lei do amor no universo, e que se desobedecê-la, você sofrerá as conseqüências. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos nisso. Pelo menos duas coisas me convencem de que nós não acreditamos nela, que nós temos nos desgarrado do princípio que este é um universo moral.

A primeira coisa que nós adotamos neste mundo moderno é uma espécie de relativismo ético. Eu não estou tentando usar um palavrão aqui, estou tentando dizer algo muito concreto. E isto é o que temos aceitado, a atitude de que o certo e o errado são meramente relativos para nossas convicções. Grande parte das pessoas não podem defender suas convicções, porque a maioria não pode não estar fazendo isto. Veja, se a maioria não está fazendo isto, então nós devemos estar errados. E desde que tomo mundo esteja fazendo isto, isto deve ser o certo. Uma espécie de interpretação numérica do que é o certo.

Mas, eu estou aqui para dizer a vocês nesta manhã que algumas coisas estão certas e algumas, estão erradas. Eternamente assim, absolutamente assim. É errado odiar. isto sempre tem sido errado e sempre será errado. É errado na América, é errado na Alemanha, é errado na Rússia, é errado na China. Era errado em 2000 antes de cristo, e é errado em 1954 a.D. Está errado jogar fora nossas vidas em um viver sedicioso. Não importa se alguém em Detroit esteja fazendo isto, é errado. Está errado em qualquer época e está errado em cada nação. Algumas coisas são certas e algumas coisas são erradas, não importa se alguém está fazendo o contrário. Algumas coisas do universo são absolutas. O Deus do universo as tem feito assim. E contanto que adotemos esta atitude relativa em relação ao certo e ao errado , estamos nos revoltando contra as mesmas leis do próprio Deus.

Agora, isto não é a única coisa que me convence de que estamos desviados do caminho desta atitude, deste princípio. A outra coisa é que temos adotado uma espécie de teste pragmático para o certo e errado – aquilo que funcionar é o “certo”. Se funcionar, está joia. Nada está errado, a não ser aquilo que não funciona. Se você não foi apanhado, é o certo. Esta é a atitude, não é? Tudo bem, em desobedecer os Dez Mandamentos, mas apenas não desobedeça o décimo primeiro: Não se deixe apanhar! Esta é a atitude. A atitude prevalecente em nossa cultura. Não importa o que você faça, apenas o faça com um pouquinho de classe. Sabe, o tipo de atitude da sobrevivência do mais esperto. Não a sobrevivência Darwiniana do mais apto, mas a sobrevivência do mais liso, o mais esperto – é aquele que está certo. É muito bom mentir, se mentir com dignidade. Tudo bem em furtar, em roubar e extorquir, mas o faça com um pouquinho de finesse. E até é muito bom odiar, mas vista seu ódio apenas com trajes de amor e faça transparecer que você esteja amando, quando você está odiando de fato. Apenas vire-se! É assim que é o certo segundo esta nova ética.

Meus amigos, esta atitude está destruindo a alma de nossa cultura. Está destruindo nossa nação. Aquilo que nós necessitamos nos dias de hoje é um grupo de homens e mulheres que queiram defender o certo e resistir ao errado, onde quer que for. Um grupo de pessoas que precisam vir para ver que algumas coisas estão erradas, mesmo se eles nunca são pegos. E algumas coisas são certas, mesmo que ninguém veja você fazendo ou não.

Tudo que eu estou tentando dizer a vocês é: Que o nosso mundo depende de uma fundação moral. Deus o fez assim. Deus fez o universo para ser baseado em uma lei moral. Se o homem desobedecê-la, está se revoltando contra Deus. Isto é tudo o que precisamos no mundo de hoje: pessoas que sustenham o certo e a bondade. Não é o bastante conhecer as firulas da zoologia e da biologia, mas nós temos que saber as implicações da Lei. Não é o bastante saber que dois e dois são quatro, mas temos que saber de qualquer maneira aquilo que é certo, para ser honestos com nossos irmãos. Não é o bastante conhecer nossas disciplinas matemáticas e filosóficas, mas nós temos que conhecer as simples disciplinas de ser honesto e amoroso para com toda a humanidade. Se nós não aprendermos isto, nós nos destruiremos a nós mesmos, pelo abuso de nosso próprio poder.

Este universo depende de fundações morais. Há alguma coisa neste universo que justifica o que Carlyle diz: “Nenhuma mentira pode viver para sempre.” Há alguma coisa neste universo que justifica o que disse William Cullen Bryant: A verdade, quando esmagada na terra, se levantará novamente”. Alguma coisa neste universo justifica os versos de James Russell Lowell:

"A verdade, sempre no cadafalso

O erro, eternamente no trono

Ainda que o cadafalso mude de opinião no futuro

Por trás do obscuro ignorado, de pé está Deus

Dentro das sombras observando tudo"


Há algo neste universo que justifica o escritor bíblico dizer: Você ceifará aquilo que plantar” Esta é uma lei de sustentação universal. Este é um universo moral. Ele depende de fundações morais. Se nós queremos fazer disso um mundo melhor, temos que voltar e redescobrir os valores preciosos que deixamos para trás.

E depois, há uma segunda coisa, um segundo princípio que nós temos que voltar e redescobrir. E isto é aquilo que controla toda realidade espiritual. Em outras palavras, nós temos que voltar e redescobrir o princípio que há um Deus por trás do processo. Bem, vocês vão dizer: Por que você tem tocado neste ponto em seu sermão em uma Igreja? Pelo mero fato de nós estarmos na Igreja, nós cremos em Deus, e não precisamos voltar para redescobrir aquilo. Pelo mero fato de estarmos aqui, e o mero fato de que nós cantamos e oramos, e vamos para a igreja – nós cremos em Deus. Bem, há alguma verdade nisso. Mas nós devemos lembrar que é possível afirmar a existência de Deus com nossos lábios, e negar sua existência com nossas vidas!

O mais perigoso tipo de ateísmo não é o ateísmo teórico, mas o ateísmo prático. Este é o mais perigoso tipo. E o mundo, e mesmo a igreja, está repleta de pessoas que prestam culto com os lábios em lugar de um culto com a vida. E sempre há um perigo em que nós deixamos transparecer externamente que nós cremos em Deus, quando internamente não. Nós dizemos com nossas bocas que nós cremos nele, mas vivemos nossas vidas como se Ele nunca tivesse existido. Isto é o perigo sempre presente confrontando a religião. Isto é um tipo perigoso de ateísmo.

E eu penso meus amigos que isto é uma coisa que tem acontecido na América. Que nós temos inconscientemente deixado Deus para trás. Agora, nós não temos feito isso conscientemente; mas inconscientemente. Veja você, o texto, você se lembra do texto que dizia que os pais de Jesus seguiram uma jornada de um dia inteiro sem saber que ele não estava com eles? Eles não o deixaram para trás conscientemente. Foi sem querer; seguiram um dia inteiro e nem mesmo sabiam disso. Não foi um processo consciente. Veja você, nós não crescemos para dizer: “Agora Deus, adeus! Nós vamos deixar o Senhor agora.” O materialismo na América tem sido algo inconsciente. Desde a ascensão da Revolução Indústria na Inglaterra, e com as invenções de todos os nossos aparelhos e bugigangas, de todas as coisas do conforto moderno, nós inconscientemente deixamos Deus para trás. Nós não pretendíamos isto.

Nós apenas ficamos envolvidos em conseguir nossas contas bancárias graúdas que nós inconscientemente nos esquecemos de Deus. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós ficamos tão envolvidos em conquistar nossos carros de luxo, e eles são mesmo ótimos, mas nós ficamos tão envolvidos nisso, que isto se tornou muito mais conveniente dirigir até à praia no domingo à tarde do que vir para a Igreja de manhã. Isto foi inconscientemente, não pretendíamos fazer isto.

Nós ficamos tão envolvidos e fascinados pelas tramas da televisão que nós achamos um pouco mais conveniente ficar em casa do que vir para a Igreja. Foi uma coisa inconsciente. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós não apenas nos levantamos para dizer “ Agora Deus, nós vamos embora”. Nós temos seguido uma jornada de um dia inteiro, e então nós vimos que nós inconscientemente conduzimos Deus para fora do universo. Um dia inteiro de jornada – não queríamos fazer isto. Nós apenas ficamos tão envolvidos nas coisas, que nós nos esquecemos de Deus.



E este é o perigo que nos confronta, meus amigos, que em uma nação como a nossa, onde damos ênfase na produção em massa, e isto é de importância considerável, onde temos tantas conveniências e luxo e tudo o mais, há o perigo de que nós inconscientemente, nos esqueçamos de Deus. Eu não estou afirmando que aquelas coisas não sejam importantes; nós precisamos delas, nós precisamos de carros, nós precisamos de dinheiro; de tudo o que é importante para viver. Mas sempre quando elas se tornam em substitutos de Deus, elas são prejudiciais.

Eu devo dizer para vocês esta manhã, que nenhuma dessas coisas podem jamais ser substitutos reais para Deus. Automóveis e metrôs, TVs e rádios, dólares e centavos, nunca podem ser substitutos de Deus. Porque muito antes da existência delas, nós necessitamos de Deus. E por muito tempo depois que elas tiverem passado, nós ainda necessitaremos de Deus.

E para concluir, eu digo para vocês nesta manhã que eu não colocar minha o fundamento de minha fé nestas coisas. Eu não vou colocar minha a base de minha fé em bugigangas e invenções. Com um jovem com grande parte de minha vida ainda pela frente, eu decidi bem cedo dar minha vida por algo absoluto e eterno. Não para estes pequenos deuses que estão por aí hoje, e amanhã se vão, mas para Deus que é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

Não nos pequenos deuses que podem estar conosco em poucos momentos de prosperidade, mas no Deus que caminha conosco através do vale da sombra da morte, e nos motiva a não temer mal algum. Este é o Deus.

Não em um deus que pode nos dar alguns carros Cadillacs e Buicks conversíveis, embora eles sejam lindos, que estão na moda hoje e ficarão fora de moda depois de três anos, mas em um Deus que criou as estrelas para ornar os céus como faróis tremeluzentes de eternidade.

Não em um deus que pode construir alguns edifícios arranha-céus, mas em um Deus que criou as gigantescas montanhas, beijando o céu, como se banhassem seus picos no imponente azul.

Não em um deus que pode nos dar alguns rádios e aparelhos de TV, mas em um Deus que criou a grande luz cósmica que se levanta cedo de manhã no horizonte leste, que pinta seu Technicolor através do azul, algo que o homem nunca pode fazer.

Eu não vou por os fundamentos da minha fé em pequenos deuses que podem ser destruídos em uma era atômica, mas em um Deus que tem sido nosso socorro desde as eras passadas, e nossa esperança para os anos que virão, e nosso abrigo no tempo da tempestade, e nosso eterno lar. Este é o Deus em quem eu estou colocando o fundamento da minha fé. Este é o Deus que eu rogo a vocês para adorarem nesta manhã.

Saiam e estejam certos de que este Deus vai durar para sempre. Tempestades podem vir e ir. Nossos grandes edifícios arranha-céus podem vir e ir. Nossos belos automóveis virão e passarão, mas Deus estará aqui. As plantas podem desaparecer, as flores podem murchar, mas a palavra de nosso Deus permanecerá para sempre e nada pode impedi-la. Nenhum P-38 desde mundo pode alcançar Deus. Todas as nossas bombas atômicas jamais podem alcançá-lo. O Deus de quem eu estou falando para vocês nesta manhã é o Deus do universo, é o Deus que permanece através de todas as eras. Se nós temos que seguir em frente nesta manhã, nós temos que voltar para encontrar este Deus. Este é o Deus que exige e ordena a nossa máxima submissão.

Se nós vamos seguir em frente, devemos voltar lá atrás e redescobrir estes valores preciosos: que toda realidade depende de fundamentos morais e que toda realidade tem um controle espiritual.

Deus abençoe vocês!


Source: http://www.stanford.edu/group/King/publications/sermons/contents.htm


Nota do Blogueiro:
--Espero que tenham gostado da tradução. Deu muito trabalho...
Leia também a traduçao do sermão O Manual da Igreja Construtiva

cruzue@gmail.com





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Como fazer mudas de figo com sucesso


Em lugar de fazer a muda no tempo das secas,
faça na estação das chuvas, quando todas as plantas estão brotando.

Confira abaixo:

Muda de figo
Por João Cruzué/ para o blog Olhar Ecológico
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Eu passei muito tempo em minha vida tentando fazer pegar uma muda de figo. Lembro-me de certa vez, seguindo a técnica de plantio dos compêndios da época, enterrei um pedaço de galho de figo e cobri sua parte superior com terra vermelha. Ansioso, um dia verificar se tinha brotado. Ao retirar a terra quebrei o bendito broto. A muda morreu. Umas três décadas depois, descobri o segredo sozinho.

Minha mãe passou por muitos aborrecimentos com plantios de galho de figo. No mês de agosto, em plena estação das secas,  ela plantava galhos de figo na terra. Eles pareciam brotar e depois morriam. Ela chegou até a pensar que nós puxávamos as estacas para cima. Na verdade, o problema era a época errada, fazendo a tentativa no período de hibernação da planta. Dessa forma, nem a metade das mudas pegavam.

Mas, eu descobri uma técnica que atinge de 80 a 90% de sucesso. 

Não tem nada de complicado. 

Em lugar de fazer as mudas em agosto, durante a hibernação da planta, eu passei a fazê-las em dezembro, no período das chuvas mais intensas aqui na Capital Paulista. Em qualquer região, a época certa para fazer mudas pelo processo de ESTAQUIA é na estação chuvosa, quando todas as plantas da região brotam e lançam novos ramos.

Complementando este assunto, para quem deseja fazer mais que umas dez mudas de figo, convém esterilizar a terra para produzir uma muda sadia, embora seja possível fazer a muda sem este processo.

Para fazer um substrato esterilizado onde você vai espetar o galho de figo, anote esta sugestão: 

PARA FAZER O PLANTIO DE 10 ESTACAS DE FIGO:

1 lata de 20 litros de terra vermelha de barranco, 
5 litros de areia de construção, 
10 kilos de esterco de gado ou terra vegetal, 
1 balde de água  com uma mão cheia de cal de parede diluída. 

Misturar tudo e abrir um  vulcãozinho no meio. 

Se você tem um chácara ou sítio, colocar galhos secos no meio da cratera, e colocaria fogo neles. Quando os galhos estivessem queimando bem, cobrir com a terra a ser esterilizada, deixando ardendo por 24 horas. Assim, todo verme e micróbio existentes seriam eliminados.  Você também pode esterilizar deixando este substrato, espalhado em área cimentada, sob  a luz de sol intenso por dois dias. Ou depois de fazer o churrasco, colocar este substrato sobre as brasas e deixar de um dia para o outro.

Sugestão de recipiente para fazer a muda: 

Depois que a terra tiver resfriado, usar uma peneira de pedreiro de crivos grandes, para peneirar.  O melhor recipiente para receber a muda são os saquinhos de polietileno (10 cm diâmetro x 20 cm de altura), um pouco maiores que os de muda de café. Aqui em São Paulo eu os compro na Agrototal, da Rua São Caetano nº 216, a mesma Rua dos vestidos de noiva.

Para encher os saquinhos de polietileno uso um frasco grande de iogurte, cortado ao meio, perfeito para o processo por ter a boca larga.

Plantio: espetaria dentro do saquinho a ponta de um galho (25 cm) de figo cortado na hora, deixando apenas umas três folhas rasgadas ao  meio, com a mão.

Onde deixar as mudas: sempre debaixo de uma sombra, até tiverem brotado. Irrigação: não deixar a terra do saquinho seca, também evitar o excesso - o barro!

Conclusão: Todas as mudas de figo que tentei fazer no inverno, quando a planta doadora dos galhos estava em período de dormência, morreram. Quando eu troquei a época e passei a fazer as mudas na estação chuvosa (dezembro/janeiro na região Sudeste) eu obtive ótimos resultados. Mesmo sem usar terra esterilizada, de cada 10 galhos de figo que espetei, entre 8 e 9 brotaram com sucesso. 


Nota: a mesma coisa acontece com as mudas de uva.


Escreva para mim: cruzue@gmail.com



APROFUNDAMENTO CIENTÍFICO DO ASSUNTO:
Dissertação de MICHELE FERNANDA BORTOLINI, 2006, UFPR
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/3485/Dissertacao.pdf?sequence=1

Nota: Ver o que foi escrito no final da página 25.
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sábado, janeiro 09, 2016

O perigo da fama na vida do cristão

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 A escada da fama

"Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito
de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, 

sozinho, para o monte."
(João 6:15)


POR: JOÃO CRUZUÉ 

Esta semana estive pensando como escrever uma mensagem sobre a fama e a vida espiritual. Eu gosto de escrever mensagens que provocam primeiro a minha mente e depois falam ao meu coração. Se falam comigo, também podem ser úteis para você. O que a fama tem de tão perigosa que até o próprio Cristo conscientemente a evitava? Quero compartilhar neste texto o resultado das minhas reflexões.

Bem cedo em seu ministério, Jesus sofreu o assédio do diabo propondo-lhe riquezas e fama. Durante aqueles dias de tentação no deserto, o diabo levou-o para um alto monte, e de lá  mostrou-lhe a glória de todos os reinos deste mundo e fez uma oferta tentadora: "Tudo isto lhe darei, se prostrado me adorares.  
Eu creio que esse ataque do diabo era fruto de um planejamento exímio, cuidadosamente revisado por muitos milhares de anos da experiência maligna na "arte" de derrubar os homens. 

Em todos os três ataques, satã usou das sagradas letras para confundir o Cristo, o que nos dá uma pequena amostra de que em matéria de teologia o diabo conhece tudo.  Neste ponto, puxo por um assunto paralelo: nunca na história da Igreja o conhecimento das escrituras esteve tão à mão, disponível para quem quiser se aprofundar; são dezenas e dezenas de enciclopédias, dicionários bíblicos, comentários, bíblias de estudo para várias correntes de interpretações e vertentes teológicas.

O que tanto conhecimento pode fazer? Transformar um novo convertido em um doutor em divindade? Sim! Mas nisso também pode estar uma armadilha do diabo. Acúmulo de conhecimento não significa acúmulo de sabedoria muito menos andar na presença de Deus.


O excesso de conhecimento pode inchar as pessoas predispostas à presunção, à soberba e levá-las à morte espiritual. Entendo que foi nisso que "aquele" querubim ungido caiu. E também foi enaltecendo o grande conhecimento que havia no fruto da árvore da ciência do bem e do mal que aquele mesmo "querubim" trouxe o mal e a morte para desgraça a primeira família de Deus na terra. O Apóstolo Paulo entendeu isso quando aconselhou a aquisição do saber com temperança, e não ir além dos limites de cada um.

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração pois é dele procedem as saídas da vida". E mais "Enganoso é o coração e mais perverso do que todas as coisas" Livro de Provérbios. 


O orgulho é um pecado que nasce e toma forma no coração, até o momento que a pessoa se acha como Deus. O sucesso e a fama no meio religioso tem servido de âncora e farol para a idiossincrasia de muita gente. É muito mais atrativo pregar um "evangelho" que vá ao encontro das necessidades de conforto e riqueza humanos do que o legítimo Evangelho. A carroça à frente dos bois. Nos últimos dias do cárcere do apóstolo Paulo em Roma, isto ficou patente. Paulo morreu sozinho, abandonado e desprezado. Por que? Porque o evangelho que pregava era "diferente" dos novos "senhores" da Igreja. Segundo eles, Paulo era um fracassado, um home sem fé, um pastor que não prosperou!

A fama é muito mais perigosa que a tribulação. 


Durante a tribulação temos a promessa da presença e da consolação de Jesus. Nos tempos de fama, o mais provável que aconteça e sermos assediados por uma multidão de bajuladores, interesseiros, maus conselheiros e mercadores de todo o tipo. Fato interessante é que Jesus não só evitava conscientemente como de vez em quando se retirava estrategicamente das oportunidades de sucesso principalmente político. A fama deve ser um atributo com um poder destrutivo tão grande, ao ponto do filho de Deus evitá-la.

Há um exemplo a analisar em Marcos 7:31-36: 

"E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galileia, pelos confins de Decápolis. E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua. E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te. E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente. E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam." 

Pelo que conheço de Jesus, não usaria de esperteza, proibindo algo para que conseguisse um resultado eficiente. Por que neste e em outros casos ele intencionalmente evitava a publicidade? Entre duas interpretações: evitar a morte prematuramente e estar atento aos perigos da fama, eu ficou com o segundo.

A fama pode levar ao orgulho, o pior dos pecados. Aquele que leva homens e mulheres a afirmar nesciamente que não existe Deus. Para si eles são os próprios deuses. Que Deus está dentro de cada um, que as ações de cada um são atos divinos. Quando Elvis Presley tomou contato com a teosofia ficou confuso e definitivamente desviou-se, ao tornar-se simpático aos ensinos de seu cabeleireiro, que afirmava que os homens eram parte de Deus e não suas criaturas.

Deus o criador não se deixa escarnecer, nem divide conosco a glória que é para Si. Uma das maiores vulnerabilidades que a fama traz é quanto ao posicionamento das pessoas. Creio que na mente de um pregador, pastor ou bispo famoso instaura-se uma confusão inconsciente. A perda dos velhos limites. O vício de inovar em com a introdução de coisas que parecem bíblicas, mas não são. As verdades bíblicas não são confusas nem carecem de exercícios desgastantes para sua compreensão. Arrependimento, fé, humildade e presença de Deus. 


"Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas". "O Senhor é meu Pastor e nada (de básico) me faltará. "Na minha angústia clamei ao Senhor e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor." Mas estas coisas são "simples" de mais para quem atingiu o "topo". Os novos "Herodes" querem ser ouvidos como se tivessem voz de Deus!

E durante a última páscoa, Jesus tirou as vestes, e tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água em uma bacia e começou lavar os pés dos discípulos. No final do lavapés, comentou: "Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós também deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.

Tenho assistido em minha vida cristã uma sucessão de quedas de grandes homens que se embaraçaram nos cordéis da fama. Creio que nós humanos temos um fascínio por ela. Parece que, quando bate a nossa porta, procuramos agarrá-la com todas as forças. Isso me lembra uma certa leitura de como certos macacos eram facilmente capturados por uma armadilha muito eficiente. Dentro de uma cumbuca, era colocado uma pedra brilhante. Aquela armadilha era deixada no Depois que agarrava o objeto de seu desejo, não conseguia mais se soltar, entregava sua liberdade por ela.

A fama pode levar um cristão ao desvario. Ao receber para si a glória que é de Deus, ele fica à mercê do diabo. É público o testemunho que dou. Certos pastores no afã de fazer publicidade de suas Igrejas associam curas e milagres de seus ministérios aos nomes de suas igrejas. Uma vez isto feito, seus discípulos repercutem aquele erro. Quando vejo algum pregador ou pastor em grande destaque, principalmente na mídia nacional, preocupo-me. O sucesso dele faz com que suas atitudes, acentuação de voz e até "as línguas" estranhas que fala, sejam amplamente copiados. Por exemplo: já perdi a conta de quantos "charabacandas" tenho ouvido de pregadores.

A fama costuma produzir uma falsa sensação da aprovação total de Deus. Como na parábola do rico e do Lázaro proferida por Jesus, em que o rico acreditava que sua prosperidade era a garantia de uma vida que agradava a Deus. Em nossos dias a leitura de Romanos 12:16: "Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos, soa assustadoramente "antiquada". Da mesma forma, a ditadura da "lei de Gerson" vem associando virtude a comportamento de "trouxas", pois o mundo é dos "espertos." O arcabouço dos princípios morais e éticos cristãos, principalmente entre o povo evangélico aluí-se. E o diabo tem derrubado e, infelizmente, ainda vai derrubar grandes líderes e os melhores príncipes da palavra de nossos púlpitos.

Sei que este artigo não vai mudar o entendimento de quem já tomou a decisão de usar a publicidade em todas as oportunidades que tiver, para "pregar" o Evangelho. Mesmo naquelas em que o Senhor não aprove. Saiba definitivamente que notoriedade e a fama não eram perseguidas pelo Mestre. Porque orava e consultava ao Pai antes de qualquer decisão ele sabia quais portas estavam abertas e quais deveria esperar ou evitar. Se você ultrapassar o limite e saltar o "muro", Deus não será mais responsável pelos seus atos nem pela sua ruína. Medite bem: "Pois que aproveitaria o homem ganhar o todo o mundo e perder a sua alma?" Sem mencionar o nome de ninguém, "Aquele, pois, que cuida estar de pé, olhe não caia"


SP 20.09.2008/Revisão em 9.1.2016
cruzue@gmail.com



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