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sexta-feira, novembro 21, 2025

As Imagens que João viu no Apocalipse

 

João viu a Eterna Cidade

João Cruzué

João, o apóstolo amado, recebeu uma revelação sublime enquanto se encontrava exilado na solitária ilha de Patmos, para escrever o Livro do Apocalipse. Ali, arrebatado em espírito, contemplou inicialmente a figura majestosa de Cristo ressuscitado, não mais velado pela fragilidade humana, mas resplandecendo em plena glória divina. Seus olhos cintilavam como labaredas ardentes, sua voz ressoava como o estrondo de muitas águas, e o esplendor de seu rosto irradiava como a luz do sol em seu auge. Essa visão inaugural estabeleceu o fundamento do livro: a história humana não é um curso aleatório, mas está submetida à soberania absoluta do Cordeiro, Senhor da Igreja.

Conduzido às alturas celestes, João contemplou o trono de Deus, circundado por anjos e pelos vinte e quatro anciãos que, em reverência incessante, lançavam suas coroas diante daquele que vive pelos séculos dos séculos. Entre cânticos de adoração e reverência indescritível, João viu o Cordeiro aproximar-se para tomar o livro selado, símbolo do plano perfeito de Deus para o destino de todas as coisas. Somente Ele era digno de rompê-lo, e à medida que os selos eram abertos, o curso divino da história começava a revelar-se diante dos olhos do profeta.

João contemplou a sucessão dos juízos representados pelos sete selos, pelas sete trombetas e pelas sete taças da ira divina. Eram sinais de convulsões cósmicas, guerras, fome, pestes e terremotos que abalariam a terra, expressando a justiça de Deus contra a rebelião humana. Contudo, em meio à dor e ao estremecimento do mundo, João vislumbrou uma multidão incontável, redimida pelo sangue do Cordeiro, proveniente de todos os povos e línguas, em perfeita adoração diante do trono — testemunho de que a misericórdia de Deus permanece e alcança aqueles que nele confiam.

O apóstolo também viu revelado o drama espiritual que permeia a realidade humana: a mulher vestida de sol, símbolo do povo de Deus, perseguida pelo grande dragão vermelho, figura de Satanás, o adversário eterno. Observou a ascensão da besta que emerge do mar e da besta que sobe da terra, ambas expressões terríveis do poder anticristão que domina os homens e impõe a marca da besta — sinal de submissão a um sistema mundano que se opõe a Deus. O mal alcança força e aparente triunfo, mas sua derrota é inevitável e já decretada.

João viu o juízo da grande Babilônia, imagem do sistema global corrompido por idolatria, violência e arrogância espiritual. Assistiu à sua queda repentina, celebrada com cânticos de triunfo no céu, anunciando o fim da soberba humana e o início da vitória plena do Cordeiro. Em seguida, contemplou Cristo regressando em majestade, montado em um cavalo branco, coroado com múltiplas diademas e denominado Verbo de Deus, vencendo o Anticristo e o falso profeta, lançados vivos no lago de fogo.

Na continuidade da visão, João viu Satanás ser aprisionado por mil anos e Cristo reinar com os santos em um tempo de justiça e paz. Mas ao fim deste período, o inimigo seria solto por um breve instante, reunindo nações para uma última rebelião, imediatamente esmagada pela palavra do Senhor. 

Então João viu o grande Trono Branco, diante do qual toda a humanidade ressuscitada comparece e é julgada segundo suas obras; e quem não foi encontrado inscrito no Livro da Vida foi lançado ao lago de fogo, consumando o juízo final.

Diante de seus olhos maravilhados, surgiu um novo céu e uma nova terra, purificados de toda corrupção e sofrimento. 

Por fim, João viu a Nova Jerusalém descendo da presença de Deus como uma noiva adornada para seu esposo. E ouviu a promessa suprema: “Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens.” Lá, não haverá mais pranto, dor, morte ou escuridão; ali fluem o rio da água da vida e a árvore da vida, oferecendo cura e alegria perpétua. Assim termina a visão sublime do Apocalipse: não com temor, mas com esperança eterna, proclamando a vitória definitiva de Cristo e convidando os fiéis à perseverança até o glorioso dia em que Ele virá.


SP-21/11/2025.