sábado, junho 04, 2011

Uma contextualização da família do filho pródigo

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João Cruzué

É muito curioso que os pregadores pouco abordem nos sermões o objeto da parábola do "Filho Pródigo", ficando apenas nos focos secundários que é o desvio seguido do infortúnio e depois do arrependimento do filho mais novo.

Quero neste início imaginar a Igreja no contexto atual com a família do "filho pródigo". Nesta parábola não está presente a figura materna, pois o Pai é Deus, o filho pródigo são os pecadores (meretrizes, publicanos, centuriões romanos) e o irmão mais velho, os religiosos judeus: levitas, sacerdotes, fariseus e saduceus.

A Igreja de hoje também se assemelha à família da parábola de Jesus, onde os pródigos continuam chegando.São pecadores, desviados e quebrantados de espírito que estão cansados de ser infelizes e de sofrer. Filhos que estão no fundo do poço, passando fome em meio aos porcos. Em situações como essas, de profundo desespero, eles se lembram e procuram por uma reconciliação com Deus, através da Igreja de Jesus Cristo.

Gente que está dizendo: Levantar-me-ei, e irei até meu Pai, e vou dizer: "Pai, pequei contra o ceu e contra ti. Já não sou mais digno de ser tratado como seu filho, trata-me apenas como um simples jornaleiro."

Mas nem sempre contexto atual o Pastor, o Bispo ou o Padre esteja na porta observando com um olhar atento os "pródigos" que voltam. A realidade que eles enfrentam em muitas Igrejas é bem diferente. Em lugar de boa acolhida, calorosa, sincera, eles percebem que não aconteceu nenhuma reação. Uma indiferença paquidérmica.

E por que isto está acontecendo?

Porque nos comportamos como os irmãos mais velhos do pródigo. Rabugentos, pouco compassivos, insensíveis e principalmente indiferentes às lágrimas de arrependimento de pródigo?Não me espanta nem um pouco, que com uma recepção dessas, a maioria dos pródigos volte para "cuidar dos porcos". Eu coloquei a concordância na primeira pessoa do plural mesmo, porque a Palavra de Deus trata comigo e depois com você. Se for feita uma análise mais profunda deste assunto, vamos chegar a outra conclusão mais espantosa: o grau de comunhão nas grandes congregações pentecostais de hoje é tão baixo, que é muito provável que ninguém saiba o que se passa com o próximo. Que nome se dá a uma organização, associação, grupo, que é totalmente indiferente ao que se passa com seus "contribuintes" - Igreja? ou será "igreja"?

A história do irmão mais velho, mostra que ele era ocupado demais com tantas coisas, como a rotina do trabalho, que não tinha tempo para estar com o Pai. Não tinha tempo para ouvi-lo, entendê-lo, nem de longe sabia o que ele pensava. Morava na mesma casa, ou bem próximo, mas estava ocupado demais para ter buscar a comunhão.

O irmão mais velho seguia direitinho todos os preceitos, fazia tudo certinho, com zelo e disciplina, e no entanto não havia um pingo de misericórdia em seu coração. Era frio. Um poço seco, vazio, próximo de uma fonte de águas correntes. Uma porta fechada, ao bater do Espírito. Faz-me lembrar a pergunta que Deus fez a Caim: Onde está Abel, teu irmão? A resposta foi como um coice de mula: Por ventura sou eu o guardador de meu irmã? O irmão não chegou a tanto, mas não mostrou nenhum prazer ao saber que caçula desaparacido há tanto tempo voltara. Ficou de fato irritado e aborrecido.

O irmão mais velho se tornou exatamente o que temos hoje: uma pessoa religiosa. E a religião o induziu ao erro de pensar que sua idiossincrasia era a mesma do Pai.

E não era!







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Uma contextualização da família do filho pródigo

É muito curioso que os pregadores pouco abordem nos sermões o objeto da parábola do "Filho Pródigo", ficando apenas nos focos secundários que é o desvio seguido do infortúnio e depois do arrependimento do filho mais novo e o perdão gracioso do Pai.

Quero neste início comparar a Igreja no contexto atual com a família do "filho pródigo". Também é siginificativo que nesta parábola não apareça a presença da figura materna. É assim, pois o Pai é Deus, o filho pródigo, os pecadores (meretrizes, publicanos, cegos, paralíticos, centuriões romanos) e o irmão mais velho os religiosos judeus, na figura dos levitas, sacerdotes, fariseus e saduceus.

A Igreja de hoje também se assemelha à família da parábola de Jesus. O Pai continua sendo Deus. Os pródigos, os pecadores e desviados que estão cansados de pecar e de sofrer. No fundo do poço e em situações de profundo desespero eles se lembram e planejam uma reconciliação com Deus, através de Jesus Cristo.

--Levantar-me-ei, e irei até meu Pai, e vou dizer: Pai, pequei contra o ceu e contra ti. Já não sou mais digno de ser tratado como seu filho, trata-me apenas como um simples empregado.


Memorial da Grande Perseguição de Cristãos na India em 2008



PARA QUE ISTO NÃO SEJA ESQUECIDO


João Cruzué


No decorrer de 2008, acompanhei chocado os fatos acontecidos na Índia, onde uma grande perseguição contra os cristãos explodiu no Natal de 2007 prosseguindo até outubro de 2008. Como isto não é interessante para a mídia brasileira, eu cobri a evolução dos acontecimentos até o final quando o governo indiano, sob intensa pressão mundial, mandou as autoridades do Estado de Orissa colocar a polícia para controlar as agressões, dando um basta naquele sofrimento. Casas incendiadas, pastores queimados vivos, comércios e Igrejas Cristãos incendiados, freiras estupradas, professora de orfanato católico queimada viva. Uma atrocidade perpetrada por ala radical do Hinduísmo chamada VHP - "Vishaw Hind Parishat", uma espécie de "Al Qaeda" do Hinduísmo.

Na Índia, quando alguém muda de religião, deve ir a um Cartório para registrar seu ato - como uma escritura pública. Na verdade isto é um recurso da religião dominante para ter acesso à esta informação e usá-la (no Interior) para pressões visando a reconversão.

Passado três anos, aquele tipo de perseguição parou, mas uma outra mais eficiente foi iniciada: o boicote às necessiddes dos cristãos, como não transportar doentes em táxis, proibir compra de remédios em farmácias...etc. Daí eu achei por bem atualizar o blog "India para Jesus e deixar lá todos os posts que escrevi e traduzi sobre o assunto. Como um memorial. Não deixe de visitá-lo. É meu convidado; João.


A PERSEGUIÇÃO.

Manifestação da Igreja Cristã Indiana em frente ao prédio da ONU - Organização das Nações Unidas em 11 de outubro de 2008 contra a grande perseguição sofrida pelos cristãos do Estado de Orissa, distrito de Kandhamal no Nordeste da Índia.


A IGREJA CRISTÃ INDIANA PROTESTOU

Fotos do Protesto da Igreja Cristã Indiana na frente do Prédio da ONU - Organização das Nações Unidas, em Nova York, para chamar a atenção do mundo para a indiferença do Governo indiano. Funcionou.


Data da manifestação: 11 de outubro de 2008.

OR2008


OR2008Y


OR2008x

OR2008Z



E ELES ESTAVAM SE MANIFESTANDO CONTRA

ISTO:


fonte: AICC

Orissa 7
Jeep de Igreja incendiado

fonte: AICC

Orissa 12
Corpo do Pastor Dibya Sundars

fonte: AICC
Ourissa 36
Uma congregação destruída por fundamentalistas hinduístas

fonte: AICC
Ourissa 63
Hinduístas queimaram a casa da cristã

fonte: AICC
Ourissa 62
E a casa desta outra irmã em cristo também

João Cruzué
e Sharmilla de Mumbay


Uma grave perseguição
religiosa contra cristãos está acontecendo em Orissa, estado da Região Leste da Índia. Bandos de Hindus exaltados da VPH, uma associação fundamentalista para o hinduísmo mundial incedeiam e destroem Igrejas, matam pastores e expulsam cristãos de suas casas. As fotos abaixo mostram muita destruição e dor. Famílias inteiras estão se escondendo e dormindo no meio do mato depois que foram atacadas e expulsas de seus lares. As perseguições vêm se intensificando desde o Natal de 2007. E de agosto 2008 para cá, infelizmente recrudesceram. Policiais militares e até o exército indiano foram destacados para acalmar os ânimos. Pastores estão sendo falsamente acusados de estupro, justamente para enlouquecer grupos radicais contra os cristãos indianos.

A maioria desses cristãos são (ex)Dalits - também conhecidos por "intocáveis".-ou a casta mais baixa na hierarquia da religião hinduísta. Segundo as estatísticas, há 180 milhões de Dalits na Índia.Eles sofrem
o preconceito religioso porque são pobres e ainda por cima cristãos. Este preconceito resumidamente vem do sistema de castas hinduísta. Se uma pessoa pertence à casta dos Dalits (a mais baixa do hinduísmo) ele deve trabalhar a vida inteira em ocupações como lixeiro. Como em várias lugares da Índia não têm redes de esgotos ou fossas, as mulheres Dalits são obrigadas pela religião a retirar as fezes e todo o lixo das mansões dos membros da casta dominante. Se um Dalit (intocável) estiver passando fome, no meio da rua, segundo o costume do fundamentalismo radical hinduísta quem der de comer a ele estará pecando. Ele tem que sofrer e passar necessidades a vida inteira para "melhorar" seu "karma". Além de explorados, os Dalits são doutrinados a aceitar a exploração como sendo aldo da vontade do deus hinduísta.Traduzindo: o sistema de castas hinduísta é a organização mais miserável que o diabo já planejou com o nome de religião.

O sistema hinduísta de castas foi abolido da Constituição Indiana. Desde Mahatma Gandhi, os políticos vêm combatendo esta ignomínia através de leis que declararam ilegal o sistema de castas. Todavia, nas regiões mais remotas e no interior da Índia as leis nem sempre chegam ou funcionam. Prevalece a força do hinduísmo. Típico caso onde o Estado é laico, mas o povo não o é. Muitos Dalits ao ouvir o Evangelho aceitam Jesus para fugir tanto da miséria quanto do preconceito. Mas, se por um lado eles se tornam livres ao aceitar Jesus, já no convívio social eles continuam sendo tratados como Dalits. E o fundamentalismo Hinduísta não perde a oportunidade em torná-los bodes expiatórios, como é o caso desta perseguição que começou desde o Natal de 2007.
Até aqui a reportagem é de João Cruzué.


Screenshot de João Cruzué
clique para ampliar

Tradução de João Cruzué

"Entre 24 de dezembro de 2007 e 02 de janeiro de 2008 os ataques no "município" de kandhamal mataram ao menos quatro cristãos, e destruíram 100 templos religiosos e 730 casas de cristãos. A maioria das vítimas eram Dalits , anteriormente conhecidos como "intocáveis"

Os recentes ataques começaram depois que Lakshmanananda Saraswati, um líder da
Associação Fundamentalista hindu VHP - Vishwa Hindu Parishad, foi morto em 23 de agosto de 2008, por assaltantes desconhecidos . A VHP acusou publicamente os cristãos locais e grupos de militantes hindus atacaram pelo menos em 12 dos trinta "municípios" do "Estado" de Orissa. Os líderes das comunidades cristãs informaram que desde 03 de setembro, pelo menos 4.014 casas foram destruídas em 300 aldeias, e aproximadamente 50 mil pessoas, expulsas. Dois pastores e outros 24 líderes cristãos foram mortos. Mais de 100 templos foram incendiados. Uma freira foi estuprada e outra religiosa católica foi queimada viva em Bargarh, "município" de Orissa.

Em 25 de Agosto de 2008, as hordas de militantes hindus atacaram casas cristãs e lugares da adoração em Kandhamal. Os ataques foram principalmente à noite. Em primeiro de Setembro de 2008, o Governo do Estado Orissa contou os fatos em números: 16 pessoas mortas, 35 feridas, 185 presos; 558 casas e 17 lugares de adoração incendiados, 12,539 cristãos buscaram abrigo em 10 campos de refugiados; 12 companhias de forças paramilitares, 24 pelotões da Polícia Armada estatal de Orissa, duas seções da Força de Reserva de Polícia Armada, e duas equipes do Operat Especial.

Na Quinta-feira, 4 de setembro de 2008, o Supremo Tribunal de Índia instruiu o governador de Orissa para controlar a violência. As autoridades de Orissa prometeram impedir uma manifestação da VHP (Vishwa Hindu Parishad ou Conselho Hindu Mundial) marcada para o dia 7 de setembro de 2008. Contudo, os líderes de VHP disseram a uma jornalista indiana que eles ainda planejavam manter o "Shraad Yatra” um rito de funeral tradicional executado por sadhus hinduístas
no 16º dia da morte do swami. Anteriormente, líderes de todas as principais denominações cristas conclamaram um dia da oração e jejum através da Índia no domingo, 7 de setembro de 2008."

FOTOS DO RESULTADO DA PERSEGUIÇÃO

fonte: AICC
Orissa 11
Bíblias queimadas

fonte: AICC
Orissa 9
Irmã Namrata - adolescente com queimaduras de segundo grau

fonte: AICC
Orissa 8
Templo destruído

fonte: AICC
Orissa 8
Jeep de Igreja incendiado

fonte: AICC
Orissa 10
Irmão Sudhir junto com dois Evangelistas

fonte: AICC
Orissa  4
Igreja queimada

fonte: AICC
Orissa  1
Templo queimado

fonte: AICC
Orissa 11
Irmã Lydia e filho , viúva e órfão do Pastor Akbar Digal

fonte: AICC
Orissa 13
famílias amendrontadas se escondendo e dormindo no mato

fonte: AICC
Orissa  5
carro em mercadorias de cristãos queimados

fonte: AICC
Orissa  3
casa destruída pelo fogo

fonte: AICC
Orissa  2
veículo incendiado

Artigo mais recente: O fundamentalismo Hindu e as conversões




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