Por João Cruzué
“E tu, Belém de Efrata, pequena demais para estar entre os
milhares de Judá, de ti me sairá aquele que há de reinar em Israel.” (Miqueias
5:2). Assim começa uma das mais belas profecias messiânicas. Belém, uma aldeia
modesta, fora escolhida para dar ao mundo o Salvador. Enquanto os homens olham
para os palácios, Deus olha para o celeiro; enquanto o mundo busca o poder, o
Senhor se revela na simplicidade. O mesmo Deus que escolheu Belém continua hoje
escolhendo corações humildes para manifestar Sua glória.
A primeira vez que a Bíblia se refere à cidade, fala de morte: “Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata (Gênesis 35:19). Na segunda, fala de fome: “E sucedeu que, nos dias em que os juízes governavam, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá partiu para peregrinar” (Rute 1.1-2). Já na terceira vez, o Profeta Samuel foi até a casa de Jessé, o belemita, para ungir um rei segundo o coração de Deus (I Samuel, 16:1,13). Na quarta vez, tem-se a maravilhosa profecia de Miqueias, anunciando o maior presente de Deus para a humanidade.
Miqueias enfatiza que Belém era “pequena demais” para figurar entre as tribos
de prestígio. Isso nos ensina que a grandeza espiritual não depende de posição,
mas de disposição. Deus não se impressiona com títulos, templos suntuosos ou
multidões; Ele se agrada de corações quebrantados. Quando o orgulho é deixado
de lado, o Espírito encontra espaço para operar. A humildade é o solo fértil
onde a promessa germina.
No entanto, Daquela vila discreta nasceria o Redentor. De um estábulo simples sairia o Pão da Vida. Quando Cristo nasceu, a profecia se tornou realidade, no kairós de Deus.
Belém de Efrata nos recorda que os começos pequenos podem estar no caminho sos maiores planos de Deus.
Por isso, não devemos desprezar o dia das coisas pequenas,
porque é no escondido que o Altíssimo escreve as maiores histórias. “Porque um
Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os seus
ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaias 9:6).
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