terça-feira, agosto 21, 2012

Igrejas Evangélicas que mais cresceram no Censo IBGE 2010



Por João Batista Cruzué

................Fiz um resumo comparativo da população evangélica por Igrejas entre os censos de 2010 e 2000. Notei que a tabulação dos resultados não incluíram duas grandes denominações: A Igreja Internacional da Graça de Deus e a Igreja Mundial do Poder de Deus.  Parece que nao houve revisão dos antigos papéis de trabalho do IBGE. Isto posto, vamos aos números, resalvando que eles são resultado de amostragem e não de uma contagem física.


igrejas


ALGUMAS ANÁLISES:

1. As Igrejas Assembleias de Deus cresceram  cerca de 3,9 milhões de membros em 10 anos.  Em termos porcentuais, o crescimento foi de 46,28%, a uma taxa (composta) anual de 3,8769%.

2. Entendo que o IBGE deveria ter  atualizado seus papéis de trabalho na tabulação, pois a ausência de grandes Igrejas Evangélicas nos resultados, tais como: Igreja Internacional da Graça e Igreja Mundial do Poder de Deus tiraram um pouco do brilho da performance do Instituto. Se isso tivesse sido feito, o item "Outras", totalizando 14,7 milhões em 2010, não teria se mostrado maior que os membros da Igreja Assembleia de Deus.

3. Igreja Universal do Reino de Deus -  A redução de 227 mil membros na Seara da IURD põe em cheque uma crença   sobre  o potencial  TV na evangelização.  É apenas um ponto de vista meu, e vou colocá-lo da seguinte forma: quando o "produto" é ruim, nem a TV pode fazer milagres. A dicotomia entre a pregação  e o testemunho é tão notória que o óbvio foi contundente. Com certeza a IURD vem perdendo membros para a Igreja Mundial do Pastor Valdemiro Santiago.

4. Fico com a explicação do Pastor José Wellington Bezerra da Costa, a maior  liderança dentro das Assembleias de Deus, quando foi Entrevistado no Jornal Nacional da Globo, no dia que o IBGE divulgou os dados sobre religião, do Censo 2010. Disse o Pastor, mais ou menos nestas palavras, que os Evangélicos crescem porque praticam a evangelização pessoal - homem a homem. O curioso é que esta forma de evangelização  funciona desde os tempos de Jesus. O vizinho pregando para o vizinho; o colega de trabalho pregando para o colega de trabalho, e a família ganhando os parentes para o Senhor.

5. Quero analisar o poder da Televisão na divulgação do Evangelho e por analogia a Internet vai no mesmo pacote. As pessoas  atraídas para Jesus através  destas mídias, precisam de integração nas  Igrejas. E não se consegem fazer integração dentro de um templo com 10 mil pessoas para cima onde ninguém conhece ninguém. Igreja é comunhão; Igreja não é manipulação de emoções para "extração" de moedinhas de "viúvas" endividadas. Se não houver comunhão, imagino que não pode haver coesão. Neste ponto a maioria das Assembleias de Deus vêm se utilizando da política certa.

6. E por último, quero dizer que está acontecendo uma elitização dentro das Igrejas Evangélicas. Se antes Igrejas como as Assembleias de Deus eram muito fortes na evangelização entre as comunidades  mais carentes, porque faziam parte delas,  hoje isto vem mudando, principalmente quando se trata de evangelização nas periferias das cidades grandes.

7. Infelizmente, a "igreja" que mais está bombando nas periferias destas cidades é a "igreja do pó".  Eu fico entristecido em ver que as organizações do tráfico (de drogas) está ocupando o espaço do governo e das Igrejas, que ao se elitizar, desistiram  dos projetos de evangelização, dos cultos ao ar livre e hoje têm vergonha de abraçar pobres. Não se trata de opção pelos pobres, mas de continuar o que sempre foi feito antes: evangelizando os mais pobres  para que eles melhorem em todos os níveis.


Sobre o mesmo assunto:









FONTES:  
1 . IBGE - CENSO RELIGIOSO 2010

2. IBGE - CENSO RELIGIOSO 2000





segunda-feira, agosto 20, 2012

Consciência cristã na apologética bíblica


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Apologética
Eliseu Antonio Gomes

http://belverede.blogspot.com.br 

É importante fazer uso da Palavra de Deus como regra de fé e conduta. Mesmo que a intenção seja a melhor de todas, ninguém despreze a Palavra de Deus, pois esse desprezo é pecado. Quem a despreza perecerá (Provérbios 13.13). 

O apologeta cristão é ponderado, não é preconceituoso. O exercício de sua competência reside em ter conceito concebido com bases em pesquisas sérias. Ao abordar qualquer tema, não faz isso movido pela pressa, mas pela moderação e ciência dos fatos abordados. Ação apressada e preconceituosa não é atitude coerente à apologia cristã.

O autêntico apologista do evangelho combate atitudes e afirmações absurdas.  Não é combatente de ações que apenas causam o estranhamento da cristandade na ordem pessoal. Usa a apologia cristã para responder tudo que realmente é estranho às normas da prática do Evangelho de Cristo. Tem plena consciência que é essencial conhecer seu público-alvo e se dirigir especificamente para ele. Quando é preciso, evita usar terminologias técnicas, comunica-se com linguajar coloquial para que todos entendam com facilidade o que deseja transmitir. É conciso e claro, evita possíveis ambiguidades. 

O apologeta deve praticar a apologia com total imparcialidade, colocando-a acima de interesses pessoais e de terceiros, acima de instituições, convenções, liturgias e dogmas (Tiago 3.13-18). 

O praticante da verdadeira apologia  preza por todo o conhecimento adquirido, principalmente o teológico. No mínimo, possui razoável conhecimento de teologia. Sabe que o propósito da prática de apologia é salvar almas, e para tal finalidade não é preciso ostentar títulos acadêmicos e diplomas em seus textos e homilias. 

A condição do apologeta é humana. Portanto ele não deve confiar em seu coração, que é extremamente corrupto e pode enganá-lo. Não deve confiar plenamente em seu coração e nem no coração de terceiros (Jeremias 17.5-9).

O apologeta cristão não deve tomar como base suposições para praticar a apologia. Ninguém deve crer que possui a noção exata de tudo o que acontece além do alcance de seus olhos. Só Deus é onisciente e sabe de tudo (Hebreus 4.13).  

A comunicação eficaz é aquela em que é dito tudo o que é preciso e a mensagem é plenamente entendida por quem ouve ou lê. As generalizações provocam confusão. Elas são sempre injustas e os injustos não entrarão no céu (1 Coríntios 6.9). E sendo assim, todos precisamos evitar generalizar em todas as situações. Ao abordar problemas comportamentais, quem pratica apologia cristã precisa fixar-se no assunto em foco, sabendo que deve manter-se justo e que o objetivo da prática apologética é eliminar a prática do pecado, não é atacar pecadores (Efésios 6.12). 

O apologeta praticante da Palavra de Deus respeita a autoridade pastoral, contudo não se comporta como seguidor cego de líderes Y ou X. Ele segue Jesus Cristo e, eventualmente, faz uso da Bíblia Sagrada para avaliar o que os líderes cristãos fazem e dizem. Faz isso combatendo o pecado e nunca os pecadores.

O apologeta cristão não é ofensor. Um erro nunca justifica outro. Então, ao batalhar em favor da fé cristã, rejeita a utilização de práticas carnais para salvar aqueles que estão na carne (Judas 21, 23). Ele tem amor pelas almas, prega o Evangelho puro e simples, envolve-se em ações específicas que representem em 100% o amor, a pureza e a simplicidade cristãs. Faz isso usando as Escrituras Sagradas na oratória e na prática diária. 

Fazer apologia das verdades do Evangelho é evidenciar e também defender o uso da Palavra de Deus objetivando que ela seja conhecida e praticada fielmente pelos cristãos. No trato com a Palavra e com as pessoas, considerar que ninguém e nenhuma instituição estão acima da autoridade das Escrituras Sagradas.

A verdadeira prática apologética não tem espaço para ofensores, deboche, escarnecedores. A zombaria, o escárnio, afastam as almas de Jesus Cristo e daquilo que o ofensor defende. Ironizar é praticar ação escarnecedora e convém não se assentar com escarnecedores (Salmo 1). A dureza de palavras provoca a raiva contra quem as emite e o resultado espiritual é negativo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – Provérbios 15.1.
 
Jesus é o Sumo Pastor das ovelhas e continua a cuidar de todas elas. Confiemos  nEle e ao mesmo tempo usemos unicamente a Bíblia Sagrada para combater o pecado. É a Palavra de Deus que alimenta, sustenta, traz às almas o discernimento espiritual necessário. Salmo 119.105; Jeremias 23.29; 2 Timóteo 2.15; Hebreus 4.12.