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segunda-feira, agosto 20, 2012

Consciência cristã na apologética bíblica


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Apologética
Eliseu Antonio Gomes

http://belverede.blogspot.com.br 

É importante fazer uso da Palavra de Deus como regra de fé e conduta. Mesmo que a intenção seja a melhor de todas, ninguém despreze a Palavra de Deus, pois esse desprezo é pecado. Quem a despreza perecerá (Provérbios 13.13). 

O apologeta cristão é ponderado, não é preconceituoso. O exercício de sua competência reside em ter conceito concebido com bases em pesquisas sérias. Ao abordar qualquer tema, não faz isso movido pela pressa, mas pela moderação e ciência dos fatos abordados. Ação apressada e preconceituosa não é atitude coerente à apologia cristã.

O autêntico apologista do evangelho combate atitudes e afirmações absurdas.  Não é combatente de ações que apenas causam o estranhamento da cristandade na ordem pessoal. Usa a apologia cristã para responder tudo que realmente é estranho às normas da prática do Evangelho de Cristo. Tem plena consciência que é essencial conhecer seu público-alvo e se dirigir especificamente para ele. Quando é preciso, evita usar terminologias técnicas, comunica-se com linguajar coloquial para que todos entendam com facilidade o que deseja transmitir. É conciso e claro, evita possíveis ambiguidades. 

O apologeta deve praticar a apologia com total imparcialidade, colocando-a acima de interesses pessoais e de terceiros, acima de instituições, convenções, liturgias e dogmas (Tiago 3.13-18). 

O praticante da verdadeira apologia  preza por todo o conhecimento adquirido, principalmente o teológico. No mínimo, possui razoável conhecimento de teologia. Sabe que o propósito da prática de apologia é salvar almas, e para tal finalidade não é preciso ostentar títulos acadêmicos e diplomas em seus textos e homilias. 

A condição do apologeta é humana. Portanto ele não deve confiar em seu coração, que é extremamente corrupto e pode enganá-lo. Não deve confiar plenamente em seu coração e nem no coração de terceiros (Jeremias 17.5-9).

O apologeta cristão não deve tomar como base suposições para praticar a apologia. Ninguém deve crer que possui a noção exata de tudo o que acontece além do alcance de seus olhos. Só Deus é onisciente e sabe de tudo (Hebreus 4.13).  

A comunicação eficaz é aquela em que é dito tudo o que é preciso e a mensagem é plenamente entendida por quem ouve ou lê. As generalizações provocam confusão. Elas são sempre injustas e os injustos não entrarão no céu (1 Coríntios 6.9). E sendo assim, todos precisamos evitar generalizar em todas as situações. Ao abordar problemas comportamentais, quem pratica apologia cristã precisa fixar-se no assunto em foco, sabendo que deve manter-se justo e que o objetivo da prática apologética é eliminar a prática do pecado, não é atacar pecadores (Efésios 6.12). 

O apologeta praticante da Palavra de Deus respeita a autoridade pastoral, contudo não se comporta como seguidor cego de líderes Y ou X. Ele segue Jesus Cristo e, eventualmente, faz uso da Bíblia Sagrada para avaliar o que os líderes cristãos fazem e dizem. Faz isso combatendo o pecado e nunca os pecadores.

O apologeta cristão não é ofensor. Um erro nunca justifica outro. Então, ao batalhar em favor da fé cristã, rejeita a utilização de práticas carnais para salvar aqueles que estão na carne (Judas 21, 23). Ele tem amor pelas almas, prega o Evangelho puro e simples, envolve-se em ações específicas que representem em 100% o amor, a pureza e a simplicidade cristãs. Faz isso usando as Escrituras Sagradas na oratória e na prática diária. 

Fazer apologia das verdades do Evangelho é evidenciar e também defender o uso da Palavra de Deus objetivando que ela seja conhecida e praticada fielmente pelos cristãos. No trato com a Palavra e com as pessoas, considerar que ninguém e nenhuma instituição estão acima da autoridade das Escrituras Sagradas.

A verdadeira prática apologética não tem espaço para ofensores, deboche, escarnecedores. A zombaria, o escárnio, afastam as almas de Jesus Cristo e daquilo que o ofensor defende. Ironizar é praticar ação escarnecedora e convém não se assentar com escarnecedores (Salmo 1). A dureza de palavras provoca a raiva contra quem as emite e o resultado espiritual é negativo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” – Provérbios 15.1.
 
Jesus é o Sumo Pastor das ovelhas e continua a cuidar de todas elas. Confiemos  nEle e ao mesmo tempo usemos unicamente a Bíblia Sagrada para combater o pecado. É a Palavra de Deus que alimenta, sustenta, traz às almas o discernimento espiritual necessário. Salmo 119.105; Jeremias 23.29; 2 Timóteo 2.15; Hebreus 4.12.





sábado, dezembro 10, 2011

Sensibilidade, Consciência e Conveniência

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"Nossas vidas começam a perder o sentido
no dia em que ficarmos calados,
diante de coisas que importam."

Martin Luther King Jr.

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João Cruzué

Meu DVD da "Paixão de Cristo" ficou com defeito, e eu fui, e comprei um novo. É muito fácil escrever para os outros, mas hoje quero escrever também para mim. Afinal, com quase 56 anos, já possuo sensibilidade o bastante para conhecer, diante das circunstâncias, as opções de caminhos a tomar, tendo por foco nossas reações às cenas e fatos do cotidiano.

Quando Jesus esteve diante do Sumo Sacerdote judeu, este perguntou: És tu o Messias, filho do Deus Bendito? E diante dela, Jesus não pode permanecer em silêncio e deu testemunho de boa confissão, mesmo sabendo que a resposta o levaria à morte: Eu o sou. E vereis o Filho assentado à direta do poder de Deus.

Como em prova de concurso ele tinha cinco opções:

( a ) O silêncio.
( b ) Eu sou.
( c ) Talvez.
( d ) Depende.
( e ) Não sou.

Se Ele ficasse em silêncio, teria livrado a sua pele, mas perderia a comunhão com o Pai. Às vezes, o silêncio de apenas alguns segundos, diante de uma circunstância em que é imprescindível dizer algo, é o bastante para entristecer o Espírito Santo. Vou especular: Se houvesse 100 pessoas presenciando aquela cena, e Cristo precisasse de uma testemunha que dissesse algo em seu favor, provavelmente 99 ficariam em silêncio, pois nenhuma teria o interesse de se comprometer.

Isso mudou?

Jesus não hesitou: Eu sou. Eu sou o Filho do Deus Bendito.

Nas opções "c" e "d", talvez alguém falasse, dependendo de antemão de um desfecho favorável. Timidez e interesse. Se é vantajoso, diante das circunstâncias, confirmar a divina filiação, então eu sou. Se vou ganhar algum prêmio ou honraria, também eu sou. Se não há risco algum de me revelar, então eu o sou. Mas se o que vier a seguir é ruim, então eu não sou.

O Talvez é uma palavra morna. Nem sim, nem não. A terceira via - nem muito estreita, nem muito larga. O caminho das aparências. Se alguém perguntar: Aquele pastor, aquele cristão, aquela mulher do pastor, é mesmo crente? A resposta poderia ser: Talvez... Não há como perceber.

E se alguém hoje fosse convidado a aceitar Jesus ou a trabalhar no ministério a resposta poderia ser: Depende. Depende de quanto...

Pedro, diante das acusações de que ele também seria um dos discípulos de Jesus, optou pela alternativa "e": Não sou; não conheço este homem, nunca vi este homem, não faço a mínima ideia de quem seja. Entre vender Jesus e negar Jesus não há tanta diferença. A diferença foi que, ao trocar Jesus por 30 moedas de prata, o diabo assenhoreou-se completamente da vida de Judas. E ao negar Jesus, Pedro entristeceu o Espírito Santo
. Se não fosse a iniciativa de Jesus de orar e depois procurar Pedro para restaurar sua fé, ele teria morrido de remorso.

São pequenos detalhes que produzem uma grande diferença. Poucos centímetros de erro na base, produzem uma grande diferença no topo. Olhando para a beleza, nada é notado. Uma vez tive um sonho com um prédio de Igreja. Diante de uma laje caída, uma voz respondeu:

--Puseram pouco cimento.

Não é fácil, pelo menos para mim, tomar uma decisão rápida diante de uma situação momentânea ou duradoura. Para isso eu deveria fazer uma sintonia fina do meu coração com a voz do Espírito Santo. Quando é, e quando não é, da vontade de Deus?

Creio que se eu procurar melhorar os meus ouvidos, e colocar meus olhos em segundo plano, vou perceber os pequenos detalhes que estão escondidos por trás das palavras e das circunstâncias.







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