sábado, julho 23, 2011

De volta aos antigos caminhos

.


João Cruzué

Estou de férias na terra das Gerais. Vim para rever a mama, a família, os velhos amigos e aproveitar para andar a pé pelos mesmos caminhos de criança. Tudo está igual e diferente mexendo com as sensações da gente. Pude entender com muita clareza o signicado daquela frase do poeta inglês, William Wordsworth;´A criança é o pai do homem´.

Ao percorrer outra vez as mesmas curvas, subidas e descidas; rever o mesmo córrego, as mesmas águas, a mesma gameleira, a mesma sumaúma. Iguais por se acharem nos mesmos lugares, mas diferentes, assim com eu, que tinha 8/11 anos e hoje tenho 55.

A gameleira centenária, antes tão frondosa, hoje está com poucos galhos, assim como meus cabelos.

A piorra que fazia sombra ao poço mais fundo e temido do ribeirão ainda está lá. Era ali que meus pais passeavan comigo e levavam o pitó para tomar banho. Nós jogávamos um pedaço de pau lá no meio do poço e ele saltava espalhando água por todos os lados e voltava supercontente com ele na boca. E na passagem sacudia os pelos molhados no meio da gente. Recordações de felizes momentos de um garoto de quatro anos.

E o céu? Lindo. Depois das 6:00, sem lua, pude observar toda a presunção da Via Láctea incluindo até as nuvens de poeira das estrelas, visíveis apenas de um lugar sem iluminação artificial.

Para fechar, ganhei de presente um quadro contendo o original da minha primeira poesia,escrita lá pelos meus 13 anos, gentilmente confecionado e guardado com orgulho pela minha professora de Língua Portuguesa Dª. Ofélia Fernandes.

Boas lembranças de uma criança, hoje quarenta e poucos anos mais velha que eu.




.

terça-feira, julho 19, 2011

Redescobrindo os valores da Igreja

.

João Cruzué

Amados,

Este blog não foi criado para ser o padrão de leitura para pastores ou ministros. Creio que o melhor que consigo é escrever para mim mesmo. Mas a vida de um cristão tem seus propósitos e sei que toda palavra que for de Deus não voltará vazia. Ela irá e prosperará naquilo para que foi enviada. Então vou escrever para ela fale comigo.

Com a "Teologia da Libertação", alguns cristãos ficaram hipnotizados com o materialismo dialético e deixaram eclodir em si ovos de serpentes do comunismo. As palavras são como armas. Ao encontrar ouvidos desesperados, elas envenenam suas almas enquanto semeam o ódio, disfarçadas de revolução. Pelo que sei, nunca houve comunhão entre Cristo e Marx. Água e Gasolina. A paz e a guerra.

Com a "Teologia da Prosperidade" a Igreja Evangélica caiu em um conto do "vigário". É "lindo" ouvir palavras e testemunhos de crentes vitoriosos. Uns conquistaram carros de luxo, outros casas e mansões em condomínios fechados. Empresas, cargos de chefia. Universidades. Viagens em cruzeiros marítimos. Compras em Nova York. Todo o bem desta terra! Mas ao instruir nossas almas a buscar a satisfação das necessidades individuais, sempre falta alguma coisa. E os planos de Cristo para nossas vidas ficam esquecidos no "porão".

A situação da Igreja depois da "Teologia da Prosperidade" é de fome. Não fome de pão, mas fome de comunhão. Fome de amor fraternal. Se não vejamos: Qual foi a última vez que alguém foi em sua casa para saber como você e sua família estão. Para compartilhar uma visão de Deus?

A Igreja de hoje assumiu muitos compromissos. Com o aparecimento dos tele-evangelistas milhões de almas passaram a se interessar por Cristo. Querem encontrar o caminho da liberdade. Mas sem uma Igreja real que pratique uma comunhão (interrelacionamento) podemos estar diante de uma grande semeadura á beira do caminho.

O Amor de Deus não pode ser passado de mestre para discípulo apenas por livros, palavras e diplomas. O maior valor da Igreja é Cristo. Ele é a videira, nós os ramos. Para que o amor de Deus flua do tronco para os ramos e volte para o tronco , pelo Espírito Santo que nos foi dado, é preciso estarmos juntos, não separados. Ligados em amor, não em interesses individuais.

Quem hoje tem tempo para estar junto com um novo convertido para praticar a comunhão e um discipulado reais, numa época em que tudo tende a ser virtual?

Se a Igreja deixar de praticar a comunhão real e verdadeira, e se tornar uma comunidade virtual de relacionamento social, perderá de vez o Espírito Santo.