Mostrando postagens com marcador Victor Leonardo Barbosa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Victor Leonardo Barbosa. Mostrar todas as postagens

domingo, junho 19, 2011

Celebrando o Centenário da IEAD com consciência

.

Victor Leonardo Barbosa

Blog Geração que lamba

Texto: Hebreus 11: 32-40.

Introdução:

Não há como fugir do fato de sermos assembleianos, e logicamente com isso estarmos vivenciando um acontecimento distinto em nossa vida cristã e na história de nossa denominação, que nesta semana completa 100 anos de história. Tal celebração de 100 anos provocou grande alvoroço, polêmica e partidarismo em nosso meio, o que certamente pode nos levar a não ter o ânimo suficiente para participar dessa importante festa, todavia vários fatores devem ser levados em consideração para não somente comemorarmos, mas comemorarmos de forma consciente e sadiamente bíblica. Listei algumas dessas razões:

Razões:

-Devemos celebrar em memória dos pioneiros.

Assim como os heróis da fé, no texto de Hebreus, que ficaram marcados nas páginas sagradas como exemplos e testemunho de uma genuína vida espiritual, tendo seu nomes registrados na galeria da fé, temos na história de nossa denominação vários homens como Daniel Berg, Gunnar Vingreen, Samuel Nystrom, Bruno Skoliwoski, Nels Nelson e tantos outros que nos deixaram uma marca profunda de amor sofrimento e caráter cristão. Temos também o exemplo pastoral de Francisco Pereira do Nascimento, o qual possuía grande intimidade com minha família, sendo por várias vezes lembrado com carinho por parte de minha a avó. Não podemos ter dúvida que somos o fruto do esforço desses homens que tanto se dedicaram a obra de Deus.

A memória desses homens nos incentiva a celebrar o centenário, mas deve andar em conjunta com mais uma razão.

- Devemos celebrar em memória dos que já se foram.

Quantos piedosos irmãos gostariam de celebrar o centenário da denominação que eles formavam em louvor a Deus? Tantos e tantos irmãos, genuínos crentes, que amavam tal denominação e tanto testemunharam de sua qualidade? Tenho como motivação pessoal a figura de minha avó, falecida há alguns meses atrás, que esperava ansiosa por tal data. Nós, como crentes demos origem a essa instituição, não devemos a menosprezar devido aos problemas do atual sistema que a tanto prejudica. Levando isso em conta, passemos a outra razão:

- Em benefício da comunhão.

Muitos irmãos e pastores genuínos fazem parte desta denominação, sendo que o centenário, se celebrado de forma positiva pode nos trazer grande benefício espiritual e recreação santa. Temos a oportunidade de conhecer irmãos e obreiros de outras partes do país que estarão nesta festa, assim também como reencontrar obreiros que moram fora do Pará.

Alguns preferiram não participar do evento, como o amado pastor Geremias do Couto, sendo este um homem que traria grande alegria se viesse a Belém, porém apesar de suas razões diferiram quanto as minhas apresentadas aqui, as considero boas e legítimas e tratarei um pouco mais sobre isso adiante. É importante que se diga que para que tal comunhão e alegria no momento da festa permaneçam e não haja frustrações desnecessárias, é importante que tenhamos consciência de como não celebrar tal festa. Como por exemplo:

a) Não celebrando de forma partidária: É por demais óbvio que a igreja Assembléia de Deus começou em Belém, ninguém pode tirar de Belém essa glória, todavia as atuais intrigas envolvendo a liderança da CGADB e a Igreja-Mãe acaloraram o debate e deram bastante combustível para a propaganda ideológica e política, tal embate só trouxe cansaço e problemas e revela-se sendo inútil as portas da celebração. Chega de partidarismo e busquemos comunhão com genuínos crentes.

b) Não ignorando os problemas que nos cercam: Nossa denominação possui graves problemas estruturais, administrativos e pastorais. Não há dúvida que veremos um pouco desses problemas durante as celebrações. Um exemplo disso é a presença de pessoas que não trazem nenhum bem a esta denominação, talvez alguns irmãos se ofendam com minhas afirmações mas creio eu que é necessário dizer. Não vejo bem algum em ter Marco Feliciano em nossa festa, alguém afastado da doutrina bíblica, fora os mais recentes escândalos na rede social Twitter. Assim também como não posso ignorar ter em nosso meio a figura de Guliherme Alex², o qual, dentre tantas heresias já relatadas por diversas testemunhas, prega um evangelho falso, que leva muitos a perdição. Nós somos salvos pela fé somente em Cristo Jesus! Isso que nos torna crentes genuínos. Colocar outra coisa no lugar dessa verdade é incorrer em heresia e condenação, ter tal pessoa em nosso meio nada traz em benefício da igreja e deste centenário.

Não podemos, como muitos, colocar um óculos com lentes cor-de-rosa e dizer que tudo vai bem às nossas igrejas, mas termos consciência de que tais problemas existem, mas tais problemas não devem ofuscar as razões de celebrar o centenário, ainda que não esqueçamos, mesmo por um momento, tais problemas. Segue-se agora a última razão para celebrarmos este centenário.

- Para a glória de Deus.

Todos os itens anteriores são reduzidos a nada se não buscarmos ter como finalidade a glória de Deus (1 Co 10:31). Essa deve ser a nossa motivação em celebrarmos o centenário, lembrando que aprouve a Deus salvar a muitos por meio de homens que constituem essa instituição eclesiástica. Caso você, como outros homens piedosos, não queira comemorar o centenário, não comemore. Não há problema nenhum em seguir sua consciência nesta questão e você não estará pecando em ter tal atitude. Porém com essas razões aqui alistadas, creio que nós, como crentes, devemos nos alegrar e participar de tal celebração, lembrando que Nosso Senhor em todas as coisas tenha glorificado o seu Santo Nome.

Conclusão:

Façamos festa, sem ignorar os problemas e perigos que nos cercam, tendo em mente a glória de Deus e a alegria da comunhão com os irmãos (Sl 133).



Sermão dominical pregado neste domingo último 12/06/2011¹.

domingo, janeiro 02, 2011

2010 - O ano que nos tornaram marginais


.


VICTOR LEONARDO BARBOSA


Da Assembleia de Deus em Belém do Pará

Excerto do Blog Geração que Lamba

"Não se pode dizer que este ano não fora um ano acompanhado de muitas bençãos para os editores do blog, tanto na vida pessoal quanto eclesiástica. Dentre as bençãos que seguiram tivemos o casamento de Carlos Eduardo e o noivado de Renan Diniz, as ministrações regulares dadas por mim, Nilton Rodolfo e Janyson Costa aos domingos na Escola Dominical da Missão com Adolescentes das Assembléia de Deus em Belém, na congregação do bairro de Nazaré, comumente chamada de igreja-mãe. Apesar de toda as dificuldades que enfrentamos para poder ministrar, pela graça de Deus, tivemos aulas freqüentes e a dedicação à comunhão foi expandida consideravelmente, a própria comunhão e unidade entre os editores foi edificada e fortalecida. Muitas outras bençãos vieram neste ano, que não foram escritas aqui.

Apesar do blog fechar na média das postagens regulares por ano, não se produziu tantos artigos regulares, sendo que desta vez foram mais alternados pela divulgação de outros irmãos e amigos e pela exibição de vídeos de nosso recente canal na internet. Poderíamos ter discursado sobre mais temas teológicos (algo que refletimos positivamente neste ano) e temas relacionados a políticas eclesiástica (algo que também refletimos, mas sempre com uma conclusão não muito positiva). Por certo, espera-se que neste próximo ano o número de postagens aumente consideravelmente.

Porém nem tudo são flores. Devido ao nosso pedido de licença- que foi tratado como recusa oriunda de rebeldia e nunca de motivos teológicos saudáveis - dada a Nilton, Janyson e eu; para não participar de um evento supostamente evangelístico promovido pela liderança geral da missão de adolescentes, que em seu bojo trazia uma raiz extremamente pragmática, tivemos nossos cargos retirados, tanto da escola dominical (na qual nós três atuávamos como professores, Janyson e eu servindo como coordenadores) quanto de qualquer outra atividade que podíamos exercer, como o programa de rádio liderado por Nilton e seu ensino em um dos grupos pequenos.

A cena no início do artigo se deu em nosso último domingo como professores, que fora um momento de despedida e tristeza, não somente por nossa parte, como também de nossos alunos. O choque foi muito duro para Nilton, que desde de tenra adolescência participava desta missão.

Com isso, pode-se dizer que ficamos à margem de todo o processo deliberativo da missão e o ensino regular sofreu um forte choque e ruptura.

Mesmo em meio a uma profunda decepção, há certas reflexões que pudemos retirar de tudo isso: a gravidade do sistema eclesiástico assembleiano, aliado a um papismo aparentemente velado, que não têm compromisso com a doutrina é tão forte que nos atingiu de frente. E ao mesmo tempo vemos o quão bondoso Deus é, até mesmo quando enfrentamos as mais cruéis das tormentas. Podemos ter a motivação e noção da tranquildade dos morávios contemplados por John Wesley quando este se viu em meio a uma tempestade no meio do oceano. O que nos deixa certamente perplexos é que que essa tempestade violenta ameça se estender por todo o oceano assembleiano, quebrando todos os navios existentes. Porém não podemos perder a esperança quando sabemos que temos o Senhor dos Exércitos descansando em nossas embarcações, que tem poder sobre o céu e a terra, assim também como a fúria dos mares e da tempestade ( Sl 24: 1-2/ Mt 8:23-27).

Apesar de não anularmos a responsabilidade humana, cremos firmemente n'Aquele que "faz todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade" (Ef 1:11b), sabendo que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam (Rm 8: 28). É em tão forte revelação que temos firmado a nossa fé e nosso contentamento, com genuína alegria por meio de Cristo Jesus, sabendo que em meio a tudo isso, Deus trata não somente de outros, mas também dos nossos próprios corações.

"Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porem não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos...

Como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, e entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e contudo eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo" (2 Co 4:8-9/ 6: 8-10)

Que o Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo seja louvado!"


Comentário: Julguei que devia repercutir este fato. A mesma Igreja que defende a liberdade de expressão e pensamento prolatada na Carta Maior, ainda não aprendeu a respeitá-la na própria Casa. É bom que todos saibam . (João Cruzué)




.