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quinta-feira, dezembro 18, 2025

Quando um Pastor Precisa de um Pastor

 

Pastores

Por Wayde I. Goodall

https://enrichmentjournal.ag.org - ano 1996

Embora passem grande parte do tempo com pessoas, relacionamentos profundos e transparentes com seus pares são raros. Estima-se que 70% dos ministros não tenham um amigo íntimo. O mesmo percentual apresenta hoje uma autoimagem mais baixa do que quando iniciou no ministério. Ministros podem pastorear grandes igrejas e ter inúmeros conhecidos, mas permanecer isolados e solitários. Isso é trágico. Amizades entre pares são importantes. Cuidar uns dos outros é bíblico. Ter pessoas diante das quais prestamos contas é essencial.

Daniel fazia parte de um grupo de quatro — Hananias, Misael, Azarias e Daniel. Esse grupo de amigos unidos cria uns nos outros e orava em favor uns dos outros (ver Daniel 2:16-18). Nosso Senhor Jesus formou um grupo chamado apóstolos e, dentro desse grupo, havia ainda um círculo menor com Pedro, Tiago e João. Paulo parecia ter um grupo específico de ministros com os quais passava muito tempo. Quando estavam no seminário, João e Charles Wesley, George Whitefield e vários outros faziam parte de um grupo chamado Clube Santo. Esse grupo se apoiava mutuamente, e muito se escreveu indicando que eles mantinham uns aos outros em prestação de contas quanto à vida cristã.

Grupos de prestação de contas certamente não são novidade. Tive o privilégio de fazer parte de grupos assim várias vezes, em diferentes contextos ministeriais. Essas experiências estão entre as mais ricas que já tive no ministério. Laços profundos foram formados. Cuidávamos sinceramente uns dos outros. Direcionamento espiritual era frequentemente oferecido. Orávamos uns pelos outros. Se algum membro começasse a se afastar de suas convicções ou da fé, o grupo o chamava à responsabilidade.

Howard Hendricks, conhecido conferencista e professor do Seminário Teológico de Dallas, estudou 237 casos de homens de Deus que experimentaram queda moral. Ele encontrou apenas um fator comum: nenhum dos 237 mantinha relacionamentos de prestação de contas com outros homens. Aqueles que levam a sério uma vida pura e eficaz diante do Senhor encontrarão mais força quando caminham acompanhados de verdadeiros irmãos.


Por que formar um grupo?

Uma das razões é que as pessoas precisam de relacionamentos — amigos comprometidos e piedosos que as encorajem, amem e orem por elas. Louie Giglio define um grupo de prestação de contas da seguinte forma:

“Um grupo de prestação de contas é um lugar onde você é consistentemente franco, aberto, honesto e vulnerável quanto às suas fragilidades potenciais e reais, em um ambiente de amor mútuo, confiança, aceitação e desafio, com o objetivo de ser conformado à imagem de Cristo e concluir bem a corrida.”

O escritor de Eclesiastes afirmou: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante” (4:9-10). Em grupos de prestação de contas, os membros precisam concordar com princípios básicos: oração, confidencialidade, honestidade, busca do bem mútuo e compromisso com cada pessoa do grupo.

Pessoas com lutas semelhantes tendem naturalmente a se unir. Ministros enfrentam desafios semelhantes em sua vocação, além de pressões específicas na vida pessoal e familiar. Grupos muito grandes reduzem a intimidade, comprometem a confidencialidade e geralmente criam dificuldades de agenda.

Uma abordagem sensível é essencial. Ore sobre quem deve ser convidado e peça que a pessoa também ore a respeito da formação do grupo. Dê tempo para que cada possível membro avalie o nível de compromisso necessário. A liderança pode ser compartilhada após a definição de diretrizes claras, a menos que Deus levante claramente um líder específico.


Perguntas de prestação de contas

Charles Swindoll, Chuck Colson, Steve Farrar e outros recomendam perguntas como:

  • Você esteve com alguma mulher esta semana de forma inadequada ou que pudesse parecer imprópria aos olhos de outros?

  • Você foi completamente irrepreensível em todas as suas transações financeiras esta semana?

  • Você se expôs a material sexualmente explícito esta semana?

  • Você passou tempo diário em oração e nas Escrituras esta semana?

  • Você cumpriu o chamado do seu ministério esta semana?

  • Você acabou de mentir para mim?

Os irmãos Wesley, George Whitefield e outros de seu grupo usavam o seguinte compromisso:

  1. Não ouviremos nem buscaremos voluntariamente nada de negativo uns sobre os outros.

  2. Se ouvirmos algo negativo, não nos apressaremos em acreditar.

  3. Comunicaremos o fato diretamente à pessoa envolvida o mais rápido possível.

  4. Até que isso seja feito, não falaremos uma palavra a mais sobre o assunto a ninguém.

  5. Nem depois disso comentaremos com terceiros.

  6. Não abriremos exceção a essas regras, a menos que a consciência nos obrigue absolutamente.

Jerry Jenkins oferece conselhos úteis no que chama de “cercas de proteção moral”, enfatizando que ministros precisam uns dos outros não apenas para saber que alguém se importa e ora por eles, mas também para celebrar vitórias espirituais e permanecer firmes diante das investidas do inimigo

Assim como leões isolam a presa do rebanho para atacá-la, Satanás busca isolar aqueles que caminham sozinhos no ministério.


SP- 18/12/2025





sexta-feira, junho 11, 2010

Pastores de ovelhas x administradores de empresas


Paulo Cezar Lima
Meu objetivo com esse tema não é o de criar um debate, mas quero fazer algumas observações quando ao que está acontecendo em nosso Brasil. Principalmente quando se trata do rebanho do Senhor e daqueles que foram chamados para cuidar das ovelhas do mestre.

Alguns dias atrás, visitando algumas comunidades do orkut deparei-me com a comunidade do pastor Ciro Sanches, um sábio escritor que vem se destacando em blog pelo seu desempenho como ministro do evangelho e escritor. Nesse blog um visitante comentou algo sobre pastores leigos, que sem o conhecimento necessário estão por esse nosso Brasil pastoreando muitas igrejas, alguns até, eu entendo, que se fazem necessários devido a regiões sem escolas, porém outros usam o título de pastor devido a divisões eclesiásticas, alguns se auto-consagram e por uma interpretação errônea das escrituras propagam ensinamentos que hermeneuticamente fogem das verdades bíblicas.

Porém o que desejo tratar aqui não é isso, mas de um assunto que se tem alarmado nesses últimos dias, onde muitos líderes estão consagrando seus membros a pastores, mesmo sem terem nenhuma chamada ou quando têm, é para outro ofício.Pessoas que têm um diploma de teologia, porque têm um ótimo relacionamento social e eclesiástico já estão sendo consagradas, não por chamada, mas por posições social e acadêmica.

Concordo plenamente que uma pessoa que freqüentou um seminário por três ou quatro anos tem capacidade para exercer cargos em uma igreja, até porque estudou para isso, porém para ser um Pastor é necessário uma chamada divina e não um canudo acadêmico.

Nossas igrejas hoje estão mais sofisticadas, temos ótimos professores de escola dominical que estão muito bem preparados para ensinar; temos pessoas na igreja com ótima capacidade de comunicarem-se que se apresentam impecáveis, com seus ternos belos e caros , com voz bem modulada, movimentos ensaiados, ótimos comunicadores que usam com perfeição o rádio e a televisão.
Tudo isso é muito bom, e necessário para a igreja do século XXI, porém ainda falta alguma coisa.

Nossos púlpitos não precisam somente de intelectuais, mas de Pastores que amem as ovelhas, que se importem com elas, que se preocupem em alimentá-las com a genuína palavra de Deus, que façam visitas não somente aos empresários ou aqueles que dão um dízimo alto, mas também ao mais pobre que muitas das vezes não tem oferta para dar, mas que nas madrugadas está lá no seu quartinho de joelhos humildemente orando pelo seu pastor e sua família.

O grito das ovelhas é por Pastores, mas a liderança que temos hoje, ou melhor, o modelo de líderes que temos buscado, não está satisfazendo os anseios das almas das ovelhas de Jesus Cristo. Temos tecnologia, bom administradores, bons professores, excelentes gerentes que tocam a igreja, mas muito pouco Pastores.

Nossas igrejas estão se transformando em empresas e nossos pastores em administradores, que quando estão perdendo as almas (clientes), não estão indo atrás e nem fazendo visitas, mas apenas trazendo inovações para atrair os crentes novamente ao seio da igreja, o problema é que esses métodos (promoções) são falsificados ou importados dos EUA.

Isso quando não se fazem grandes congressos com nomes de pessoas que entraram para o evangelho, porém o evangelho ainda não penetrou nelas. Pessoas que tiraram a glória que pertence a Cristo e a transferiram para elas, os famosos "gospel stars", que cobram fortunas para pregar e cantar, mas que estão com a vida totalmente torta. Pregadores que convidam as pessoas para aceitarem Jesus, quando são elas que deveriam descer do púlpito para aceitar Jesus de novo.


Muitos “pastores” - se é que os posso chamar assim - sabem da arrogância e da carnalidade que esses "gospel stars" estão vivendo, mas os convida para ocupar púlpitos que deveriam ser usados somente por aqueles que tem uma vida reta com Deus. Não estão interessados na vida espiritual das ovelhas, mas sim na lã que elas oferecem. Enchem igrejas (quantidade), com essas inovações, que irresponsavelmente estão trazendo pensando que elas sejam de Deus, porém com isso estão diminuindo o mover do Espírito Santo (qualidade) que deveria ser o ponto de referência dessas igrejas.Precisamos de Pastores que cuidem de ovelhas e não de "pastores" administradores de empresas.

Paulo Cézar de Lima - Assembléia de Deus –Itararé SP



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