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terça-feira, março 10, 2015

Em busca dos valores perdidos

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"Rediscovering Lost Values"


Martin Luther King, Jr. (1929-1968)
Esposa e filhos



SERMÃO DE MARTIN LUTHER KING

Tradução de João Cruzué

Eu quero que vocês meditem comigo nesta manhã sobre este tema: Redescobrindo os valores perdidos. Redescobrindo os valores perdidos. Há algo errado com o nosso mundo. Alguma coisa fundamental e basicamente errada. Eu creio que nós não precisamos olhar muito longe para enxergar isto. Estou certo que a maioria de vocês concordaria comigo em fazer esta afirmação. E quando paramos para analisar a causa dos males de nosso mundo, muitas coisas nos vêm à mente.

Vamos iniciar perguntando se é devido ao fato de não sabermos o suficiente. Mas não pode ser isto. Porque em termos de acumulação de conhecimento, nós sabemos mais hoje do que os homens conheciam em qualquer outro período da humanidade. Nós temos os fatos à nossa disposição. Nós sabemos mais sobre Matemática, Ciências, Ciências Sociais, Filosofia do que nós nunca soubemos em qualquer período da história do mundo. Então, não pode ser porque nós não sabemos o suficiente. Bem, não pode ser isto, porque nosso progresso científico sobre os anos passados tem sido surpreendente.

Em seguida, gostaríamos de saber se não foi pelo fato de nossa genialidade científica ter ficado para trás.Isto é, se nós não temos feito mais progressos na área científica.O homem através de seu gênio científico tem encurtado distâncias e reduzido tempos. Tanto que hoje (28.02.1954) é possível tomar o café da manhã em Nova York e cear em Londres, na Inglaterra. Por volta de 1753, uma carta levava três dias para ir de Nova York a Washington, e hoje você pode ir daqui até a China em menos tempo que isso. Não pode ser porque o homem esteja estagnado quanto aos progressos científicos. A genialidade científica do homem tem sido assombrosa.

Eu penso que nós temos que olhar mais profundamente o que temos feito para encontrar a real causa dos problemas humanos e dos males deste mundo de hoje. E se nós queremos mesmo encontrar teremos que olhar dentro dos corações e da almas dos homens.

"Assim nós nos vemos pegos em um mundo complicado. O problema é com o próprio homem, na alma do homem. Nós não aprendemos como ser justos, e honestos, e gentis, verdadeiros e amáveis. Está é a causa de nosso problema. O verdadeiro problema é que através de nossa genialidade científica nós fizemos do mundo uma vizinhança, mas através de nossa moral e genialidade espiritual nós falhamos em torná-lo uma irmandade.

E o grande perigo que enfrentamos hoje não é tanto pela bomba atômica que foi criada pelos físicos. Não tanto por aquela bomba que você pode colocar em um avião e jogá-la sobre a cabeça de centenas de milhares de pessoas – tão perigosa quanto ela é. Mas o perigo verdadeiro que confronta a civilização de hoje é aquela bomba atômica que está no coração dos homens, capaz de explodir no ódio mais vil e no mais destrutivo egoísmo — isto é a bomba atômica que devemos temer hoje.

O problema está no homem. Dentro dos corações e das almas dos homens. Esta é a verdadeira causa do nosso problema.

Meus amigos, tudo que eu estou tentando dizer é que se nós queremos seguir em frente hoje, temos que voltar para reencontrar alguns poderosos e preciosos valores preciosos que deixamos para trás. É o único caminho que nós seríamos capazes para fazer de nosso um mundo um mundo melhor, e para fazer deste mundo o que Deus quer que ele seja com um significado e propósito real. A única maneira que nós podemos fazer é voltar, para redescobrir os valores mais preciosos e poderosos que deixamos para trás.


Jesus at 12
Jesus no templo no meio dos doutores da Lei

Nossa situação no mundo de hoje, faz-me lembrar de um popular acontecimento tomou lugar na vida de Jesus. Isto foi lido nas Escrituras hoje pela manhã, encontrado no segundo capítulo do Evangelho de Lucas. A história é muito familiar, muito popular, e todos nós a conhecemos. Vocês se lembram quando Jesus tinha de 12 anos de idade, Havia o costume das festas. 

Os pais de Jesus o levaram para Jerusalém. Era um acontecimento anual, a festa da Páscoa, e eles subiram para Jerusalém e levaram Jesus consigo. E eles ficaram ali por poucos dias, e depois de estarem por lá, eles decidiram voltar para casa, para Nazaré. E eles partiram, e eu acho, como era a tradição daqueles dias, o pai provavelmente viajava na frente, e a mãe junto com as crianças, atrás. Veja você, eles não tinham as comodidades modernas que nós temos hoje. Eles não tinham automóveis, nem metrôs ou ônibus. Eles andavam a pé, viajavam sobre jumentos e camelos. Então eles viajavam muito devagar, mas era a tradição do pai guiar o caminho


E eles deixaram Jerusalém, caminhando de volta para Nazaré, e eu imagino que eles caminharam um pouco, sem olhar para trás para ver se todo mundo estava lá. Mas então as Escrituras dizem, que eles seguiram jornada de um dia, e pararam,e eu imagino para checar, para ver se tudo estava em ordem. E eles descobriram que alguma coisa muitíssimo preciosa estava faltando. Eles descobriram que Jesus não estava com eles. Jesus não estava no meio. 


E assim eles fizeram uma pausa e procuraram e não o viram em volta. E eles foram e começaram a procurar no meio da parentela. E eles voltaram até Jerusalém e o encontraram ali no Templo, junto com os doutores da lei.


Agora, o mais importante para ser visto aqui é isto: que os pais de Jesus observaram que tinham partido, e que eles tinham perdido um valor muitíssimo precioso. Eles tiveram senso o bastante para saber que antes de seguir em frente para Nazaré, eles tinham que voltar a Jerusalém para reencontrar este valor. Eles sabiam disso. Eles sabiam que não poderiam ir para casa em Nazaré, sem que voltassem a Jerusalém.

Algumas vezes, você sabe que é necessário retroceder a fim de seguir em frente. Isso é uma analogia da vida. Eu me lembro que um dia eu estava dirigindo de Nova York para Boston, e eu parei em Bridgeport, Connecticut para visitar alguns amigos. 

E eu saí de Nova York pela pista expressa que vocês conhecem por Merritt Parkway, em direção a Boston, numa ótima avenida. E eu parei em Bridgeport, e depois de ficar por ali por duas ou três horas eu decidi seguir para Boston, e eu queria pegar outra vez a Merrit Parkway. E eu saí pensando que eu estava indo em direção à Merrit Parkway. 


Eu parti, e rodei, e continuei rodando e eu procurei localizar uma placa mostrando duas milhas para uma pequena cidade que eu teria de cruzar – Eu não cruzei por aquela particular cidade. Então eu pensei que eu estava na estrada errada. Eu parei e perguntei a um cavalheiro sobre a estrada que eu deveria pegar para chegar na Merritt Parkway. E ele disse: “A Merrit Parkway está de 12 a 15 milhas para trás. Você tem que virar e voltar até a Merrit Parkway”; você está fora do seu caminho agora. Em outras palavras, antes de seguir em frente para Boston, eu tinha que voltar de 12 a 15 milhas, para pegar a Merriit Parkway. 


Não poderia o homem moderno ter pegado a avenida errada? Se ele está para seguir para a cidade da salvação, ele tem que voltar e pegar a avenida certa. Foi isto que os pais de Jesus observaram: que eles tinham que voltar e encontrar o valor mais precioso que eles tinham deixado para trás, a fim de prosseguir. Eles observaram isto. E assim que eles voltaram para Jerusalém eles encontraram Jesus, o reencontraram por assim dizer, a fim de seguir em frente para Nazaré.


Agora, isto é o que nós temos de fazer em nosso mundo de hoje. Nós temos deixado muitos valores preciosos para trás; nós temos perdido muitos valores preciosos. E se nós quisermos seguir em frente, se nós quisermos fazer um mundo melhor para se viver, nós temos que voltar. Nós temos que voltar para reencontrar estes valores preciosos que nós deixamos para trás.

Eu quero tratar de um ou dois destes valores muito preciosos, que nós temos deixado para trás, que se nós vamos seguir em frente para tornar este mundo melhor, nós precisamos redescobrir.

O primeiro princípio de valor que nós necessitamos redescobrir é este: que toda realidade depende de fundamentos morais. Em outras palavras, que este é um universo moral e que há leis morais suportando o universo tanto quanto as leis físicas. Eu não estou certo se todos nós cremos nelas. Nós nunca duvidamos que há leis físicas no universo, que nós devemos obedecer. Nós nunca duvidamos disso. 

É por isso, que nós não pulamos de um aeroplano ou saltamos de altos edifícios por diversão – não fazemos isto. Porque inconscientemente nós o sabemos intuitivamente, e assim não saltamos do mais alto prédio em Detroit por achar isto divertido – nós não fazemos isto. Porque nós conhecemos que existe a Lei da Gravitação Universal. Se nós desobedecermos a ela, sofreremos as conseqüências.


Mas eu não estou tão certo se nós sabemos que há leis morais que suportam o universo tanto quanto as leis físicas. Eu não estou tão certo disso. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos que existe a lei do amor no universo, e que se desobedecê-la, você sofrerá as conseqüências. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos nisso. Pelo menos duas coisas me convencem de que nós não acreditamos nela, que nós temos nos desgarrado do princípio que este é um universo moral.

A primeira coisa que nós adotamos neste mundo moderno é uma espécie de relativismo ético. Eu não estou tentando usar um palavrão aqui, estou tentando dizer algo muito concreto. E isto é o que temos aceitado a atitude de que o certo e o errado são meramente relativos para nossas convicções. Grande parte das pessoas não podem defender suas convicções, porque a maioria pode não devem estar fazendo isto. Veja, se a maioria não está fazendo isto, então nós devemos estar errados. E desde que tomo mundo esteja fazendo isto, isto deve ser o certo. Uma espécie de interpretação numérica do que é o certo.

Mas, eu estou aqui para dizer a vocês nesta manhã que algumas coisas estão certas e algumas, estão erradas. Eternamente assim, absolutamente assim. É errado odiar. isto sempre tem sido errado e sempre será errado. É errado na América, é errado na Alemanha, é errado na Rússia, é errado na China. Era errado em 2000 antes de cristo, e é errado em 1954 A.D. Está errado jogar fora nossas vidas em um viver sedicioso. Não importa se alguém em Detroit esteja fazendo isto, é errado. Está errado em qualquer época e está errado em cada nação. Algumas coisas são certas e algumas coisas são erradas, não importa se alguém está fazendo o contrário. Algumas coisas do universo são absolutas. O Deus do universo as tem feito assim. E contanto que adotemos esta atitude relativa em relação ao certo e ao errado , estamos nos revoltando contra as mesmas leis do próprio Deus.

Agora, isto não é a única coisa que me convence de que estamos desviados do caminho desta atitude, deste princípio. A outra coisa é que temos adotado uma espécie de teste pragmático para o certo e errado – aquilo que funcionar é o “certo”. Se funcionar, está joia. Nada está errado, a não ser aquilo que não funciona. Se você não foi apanhado, é o certo. Esta é a atitude, não é? Tudo bem, em desobedecer os Dez Mandamentos, mas apenas não desobedeça o décimo primeiro: Não se deixe apanhar! Esta é a atitude. A atitude prevalecente em nossa cultura. Não importa o que você faça, apenas o faça com um pouquinho de classe. Sabe, o tipo de atitude da sobrevivência do mais esperto. Não a sobrevivência Darwiniana do mais apto, mas a sobrevivência do mais liso, o mais esperto – é aquele que está certo. É muito bom mentir, se mentir com dignidade. Tudo bem em furtar, em roubar e extorquir, mas o faça com um pouquinho de finesse. E até é muito bom odiar, mas vista seu ódio apenas com trajes de amor e faça transparecer que você esteja amando, quando você está odiando de fato. Apenas vire-se! É assim que é o certo segundo esta nova ética.

Meus amigos, esta atitude está destruindo a alma de nossa cultura. Está destruindo nossa nação. Aquilo que nós necessitamos nos dias de hoje é um grupo de homens e mulheres que queiram defender o certo e resistir ao errado, onde quer que for. Um grupo de pessoas que precisam vir para ver que algumas coisas estão erradas, mesmo se eles nunca são pegos. E algumas coisas são certas, mesmo que ninguém veja você fazendo ou não.

Tudo que eu estou tentando dizer a vocês é: Que o nosso mundo depende de uma fundação moral. Deus o fez assim. Deus fez o universo para ser baseado em uma lei moral. Se o homem desobedecê-la, está se revoltando contra Deus. Isto é tudo o que precisamos no mundo de hoje: pessoas que sustenham o certo e a bondade. Não é o bastante conhecer as firulas da zoologia e da biologia, mas nós temos que saber as implicações da Lei. Não é o bastante saber que dois e dois são quatro, mas temos que saber de qualquer maneira aquilo que é certo, para ser honestos com nossos irmãos. Não é o bastante conhecer nossas disciplinas matemáticas e filosóficas, mas nós temos que conhecer as simples disciplinas de ser honesto e amoroso para com toda a humanidade. Se nós não aprendermos isto, nós nos destruiremos a nós mesmos, pelo abuso de nosso próprio poder.

Este universo depende de fundações morais. Há alguma coisa neste universo que justifica o que Carlyle diz: “Nenhuma mentira pode viver para sempre.” Há alguma coisa neste universo que justifica o que disse William Cullen Bryant: A verdade, quando esmagada na terra, se levantará novamente”. Alguma coisa neste universo justifica os versos de James Russell Lowell:


"A verdade, sempre no cadafalso

O erro, eternamente no trono

Ainda que o cadafalso mude de opinião no futuro

Por trás do obscuro ignorado, de pé está Deus

Dentro das sombras observando tudo"


Há algo neste universo que justifica o escritor bíblico dizer: Você ceifará aquilo que plantar” Esta é uma lei de sustentação universal. Este é um universo moral. Ele depende de fundações morais. Se nós queremos fazer disso um mundo melhor, temos que voltar e redescobrir os valores preciosos que deixamos para trás.

E depois, há uma segunda coisa, um segundo princípio que nós temos que voltar e redescobrir. E isto é aquilo que controla toda realidade espiritual. Em outras palavras, nós temos que voltar e redescobrir o princípio que há um Deus por trás do processo. Bem, vocês vão dizer: Por que você tem tocado neste ponto em seu sermão em uma Igreja? Pelo mero fato de nós estarmos na Igreja, nós cremos em Deus, e não precisamos voltar para redescobrir aquilo. Pelo mero fato de estarmos aqui, e o mero fato de que nós cantamos e oramos, e vamos para a igreja – nós cremos em Deus. Bem, há alguma verdade nisso. Mas nós devemos lembrar que é possível afirmar a existência de Deus com nossos lábios, e negar sua existência com nossas vidas!

O mais perigoso tipo de ateísmo não é o ateísmo teórico, mas o ateísmo prático. Este é o mais perigoso tipo. E o mundo, e mesmo a igreja, está repleta de pessoas que prestam culto com os lábios em lugar de um culto com a vida.E sempre há um perigo em que nós deixamos transparecer externamente que nós cremos em Deus, quando internamente não. Nós dizemos com nossas bocas que nós cremos nele, mas vivemos nossas vidas como se Ele nunca tivesse existido. Isto é o perigo sempre presente confrontando a religião. Isto é um tipo perigoso de ateísmo.

E eu penso, meus amigos, que isto é uma coisa que tem acontecido na América. Que nós temos inconscientemente deixado Deus para trás. Agora, nós não temos feito isso conscientemente; mas inconscientemente. Veja você, o texto, você se lembra do texto que dizia que os pais de Jesus seguiram uma jornada de um dia inteiro sem saber que ele não estava com eles? Eles não o deixaram para trás conscientemente. Foi sem querer; seguiram um dia inteiro e nem mesmo sabiam disso. Não foi um processo consciente. Veja você, nós não crescemos para dizer: “Agora Deus, adeus! Nós vamos deixar o Senhor agora.” O materialismo na América tem sido algo inconsciente. Desde a ascensão da Revolução Indústria na Inglaterra, e com as invenções de todos os nossos aparelhos e bugigangas, de todas as coisas do conforto moderno, nós inconscientemente deixamos Deus para trás. Nós não pretendíamos isto.

Nós apenas ficamos envolvidos em conseguir nossas contas bancárias graúdas que nós inconscientemente nos esquecemos de Deus. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós ficamos tão envolvidos em conquistar nossos carros de luxo, e eles são mesmo ótimos, mas nós ficamos tão envolvidos nisso, que isto se tornou muito mais conveniente dirigir até à praia no domingo à tarde do que vir para a Igreja de manhã. Isto foi inconscientemente, não pretendíamos fazer isto.

Nós ficamos tão envolvidos e fascinados pelas tramas da televisão que nós achamos um pouco mais conveniente ficar em casa do que vir para a Igreja. Foi uma coisa inconsciente. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós não apenas nos levantamos para dizer “ Agora Deus, nós vamos embora”. Nós temos seguido uma jornada de um dia inteiro, e então nós vimos que nós inconscientemente conduzimos Deus para fora do universo. Um dia inteiro de jornada – não queríamos fazer isto. Nós apenas ficamos tão envolvidos nas coisas que nós nos esquecemos de Deus.


E este é o perigo que nos confronta, meus amigos, que em uma nação como a nossa, onde damos ênfase na produção em massa, e isto é de importância considerável, onde temos tantas conveniências e luxo e tudo o mais, há o perigo de que nós inconscientemente, nos esqueçamos de Deus. Eu não estou afirmando que aquelas coisas não sejam importantes; nós precisamos delas, nós precisamos de carros, nós precisamos de dinheiro; de tudo o que é importante para viver. Mas sempre quando elas se tornam em substitutos de Deus, elas são prejudiciais.

Eu devo dizer para vocês esta manhã, que nenhuma dessas coisas podem jamais ser substitutos reais para Deus. Automóveis e metrôs, TVs e rádios, dólares e centavos, nunca podem ser substitutos de Deus. Porque muito antes da existência delas, nós necessitamos de Deus. E por muito tempo depois que elas tiverem passado, nós ainda necessitaremos de Deus.
E para concluir, eu digo para vocês nesta manhã que eu não colocar minha o fundamento de minha fé nestas coisas. Eu não vou colocar minha a base de minha fé em bugigangas e invenções. Com um jovem com grande parte de minha vida ainda pela frente, eu decidi bem cedo dar minha vida por algo absoluto e eterno. Não para estes pequenos deuses que estão por aí hoje, e amanhã se vão, mas para Deus que é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

Não nos pequenos deuses que podem estar conosco em poucos momentos de prosperidade, mas no Deus que caminha conosco através do vale da sombra da morte, e nos motiva a não temer mal algum. Este é o Deus.

Não em um deus que pode nos dar alguns carros Cadillacs e Buicks conversíveis, embora eles sejam lindos, que estão na moda hoje e ficarão fora de moda depois de três anos, mas em um Deus que criou as estrelas para ornar os céus como faróis tremeluzentes de eternidade.

Não em um deus que pode construir alguns edifícios arranha-céus, mas em um Deus que criou as gigantescas montanhas, beijando o céu, como se banhassem seus picos no imponente azul.

Não em um deus que pode nos dar alguns rádios e aparelhos de TV, mas em um Deus que criou a grande luz cósmica que se levanta cedo de manhã no horizonte leste, que pinta seu Technicolor através do azul, algo que o homem nunca pode fazer.

Eu não vou por os fundamentos da minha fé em pequenos deuses que podem ser destruídos em uma era atômica, mas em um Deus que tem sido nosso socorro desde as eras passadas, e nossa esperança para os anos que virão, e nosso abrigo no tempo da tempestade, e nosso eterno lar. Este é o Deus em quem eu estou colocando o fundamento da minha fé. Este é o Deus que eu rogo a vocês para adorarem nesta manhã.

Saiam e estejam certos de que este Deus vai durar para sempre. Tempestades podem vir e ir. Nossos grandes edifícios arranha-céus podem vir e ir. Nossos belos automóveis virão e passarão, mas Deus estará aqui. As plantas podem desaparecer, as flores podem murchar, mas a palavra de nosso Deus permanecerá para sempre e nada pode impedi-la. Nenhum P-38 desde mundo pode alcançar Deus. Todas as nossas bombas atômicas jamais podem alcançá-lo. O Deus de quem eu estou falando para vocês nesta manhã é o Deus do universo, é o Deus que permanece através de todas as eras. Se nós temos que seguir em frente nesta manhã, nós temos que voltar para encontrar este Deus. Este é o Deus que exige e ordena a nossa máxima submissão

Se nós vamos seguir em frente, devemos voltar lá atrás e redescobrir estes valores preciosos: que toda realidade depende de fundamentos morais e que toda realidade tem um controle espiritual. Deus abençoe vocês!


Source: http://www.stanford.edu/group/King/publications/sermons/contents.htm

Leia também o sermão O Manual da Igreja Construtiva
cruzue@gmail.com


Não copie sem pedir autorização por escrit, antes.



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terça-feira, fevereiro 10, 2015

Uma batida à meia-noite na porta da Igreja Cristã


Este sermão de Martin Luther King continua atualíssimo,
 com se ele o tivesse pregado no culto de ontem.
Fiz esta tradução, para ouvir o falar de Deus



Lucas 11; 5 e 6.

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"Qual de vós que terá um amigo e, se for procurá-lo à meia-noite, lhe disser: 
Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, 
vindo de caminho, e não tenho o que lhe apresentar."
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Sermão de Martin Luther King

Tradução  de João Cruzué 

"Embora esta parábola se relacione com o poder da oração persistente, pode também servir de base para  nossa meditação sobre muitos problemas contemporâneos e o papel da Igreja sobre como lidar com eles. É meia-noite na parábola e também é meia-noite em nosso mundo onde as trevas são tão profundas que quase não conseguimos ver  o caminho a tomar.

É meia-noite dentro da ordem social. No horizonte internacional, as nações estão envolvidas em uma disputa amarga e colossal pela supremacia. Duas guerras mundiais já foram travadas dentro de uma geração e as nuvens de  outra guerra estão perigosamente baixas. A humanidade  tem agora armas atômicas e nucleares, que poderiam destruir completamente e em questão de segundos as principais cidades do mundo. No entanto, a corrida armamentista continua e os testes nucleares ainda explodem na atmosfera, com uma   sombria perspectiva de que o ar que respiramos será envenenado pela precipitação radioativa. Será que essas armas e  as circunstâncias trarão a aniquilação da raça humana?

 Quando confrontado pela meia-noite, na ordem social nós  passado nos voltamos para a ciência no passado pedindo ajuda. É de  admirar que em muitas ocasiões  a ciência nos salvou. Quando estávamos na meia-noite de limitação física e inconveniência material a ciência nos ergueu para uma manhã radiante de conforto físico e material.  Quando estávamos na meia-noite da ignorância e da superstição incapacitante, a ciência nos trouxe o amanhecer de uma mente livre e aberta. Quando estávamos na meia-noite de pragas e doenças terríveis, a ciência, através da cirurgia, saneamento e remédios milagrosos, inaugurou um luminoso dia para a saúde física, prolongando assim nossa vida com  maior segurança e bem-estar físicos. Como naturalmente nós voltamos para a ciência, no dia em que os problemas do mundo são tão medonhos e sinistros!
 
Mas, infelizmente, a ciência não nos pode  salvar agora. Até mesmo  o cientista está perdido na meia-noite terrível da nossa era. Na verdade, foi a ciência que nos deu os próprios instrumentos que  agora ameaçam trazer um suicídio universal.  E assim o homem moderno enfrenta uma meia-noite sombria e assustadora na ordem social.

 Esta meia-noite no coletivo exterior da humanidade é comparada a meia-noite em sua vida privada e individual.  É meia-noite dentro da ordem psicológica. Em todos os lugares um medo paralisante assombra as pessoas durante o dia  e as assusta de noite. Nuvens espessas de ansiedade e depressão pairam suspensas em nossos céus mentais. Mais  e mais pessoas estão mais emocionalmente perturbadas hoje do que em qualquer outro momento da história humana.
 

As enfermarias de nossos hospitais estão  lotadas de psicopatas em  e os psicólogos mais populares de hoje são os psicanalistas. Os best-sellers de psicologia são livros do tipo” O homem Contra si mesmo”, "A Personalidade Neurótica de nosso Tempo",  e  "O Homem Moderno em Busca de uma Alma". Best-Sellers religiosos são livros do tipo:  "A Paz mental e a Paz da Alma". Os pregadores populares  fazem sermões sobre "Como Ser Feliz" e "Como Relaxar." Alguns têm sido tentados a revisar os mandamentos de Jesus para depois escrever, "Ide por todo o mundo, mantende a vossa pressão arterial  baixa e eis que eu farei de vós uma personalidade bem ajustada." Tudo isso é indicativo de que é meia-noite  no íntimo das vidas  de homens e mulheres.

Também é meia-noite dentro da ordem moral. À meia-noite as cores perdem a nitidez   e  se tornam como uma sombra taciturna e cinzenta. Princípios morais perdem  suas particularidades. Para o homem moderno, o certo e o errado absoluto é uma questão do que a maioria esteja fazendo. O certo e o errado são relativos a gostos e desgostos e aos costumes de uma determinada comunidade. Nós inconscientemente aplicamos a teoria da relatividade de Einstein, que descreve adequadamente o universo físico ao reino da ética e da moral.

Meia-noite é a hora em que os homens procuram desesperadamente obedecer o décimo primeiro mandamento, "Não te deixarás  apanhar." De acordo com a ética da meia-noite,  pecado capital é  ser apanhado e a virtude cardeal é ser esperto. Tudo bem se mentir, mas é preciso mentir com finesse real. Tudo bem em roubar, se alguém se mantiver digno que, se for pego,  que a pena seja um desfalque, nunca um roubo. Também é  permitido  odiar, desde que se cubra o ódio com  vestes de amor de modo que  odiar  se pareça como amar. O conceito darwinista da sobrevivência do mais forte tem sido substituído por uma filosofia da sobrevivência do mais vivo. Esta mentalidade tem trazido um fracasso trágico aos padrões morais, a meia-noite de uma profunda degeneração moral.

Como na parábola, assim também em nosso mundo hodierno, a profunda escuridão da meia-noite é interrompida pelo som de uma batida. Na porta da Igreja batem  milhões de almas. Nunca na história deste país o rol de membros da Igreja foi tão grande. Mais de 115 milhões de pessoas são membros, pelo menos no papel, de alguma igreja ou sinagoga. Isto representa um aumento de 100% desde 1929, embora a população tenha aumentado  31%.

Visitantes da Rússia Soviética, cuja política oficial é o ateísmo, relatam que as Igrejas naquela nação não  estão apenas lotadas, mas que a frequência continua crescendo. Harrison Salisbury, em um artigo no The New York Times, afirmou que os camaradas comunistas estão muito perturbados porque tantos jovens têm expressado um interesse crescente por igreja e religião. Depois de quarenta anos dos mais vigorosos esforços para suprimir a religião, a hierarquia do Partido Comunista enfrenta agora o fato inusitado de que milhões de pessoas estão batendo na porta da Igreja.

E este crescimento numérico não deve ser subestimado. Não devemos ser tentados a confundir o poder espiritual com grandes números. Jumboismo é como as pessoas chamam isto; é um padrão totalmente falacioso para medir a energia positiva. 

Um aumento em quantidade não traz automaticamente em um aumento na qualidade. Uma grande membresia não se traduz necessariamente em  aumento de comprometimento com o Cristo. Quase sempre uma minoria criativa e dedicada faz  um mundo melhor. Embora o aumento do número de membros da Igreja não reflita necessariamente um aumento concomitante no compromisso com a ética, milhões de pessoas sentem  que a igreja pode fornecer uma resposta à profunda confusão que envolve suas vidas. Ela ainda é um referencial aonde o viajante cansado da meia-noite vem. É uma Casa que está onde sempre esteve, uma casa que o  viajante da meia-noite  vem ou se recusa a vir. Alguns decidem em não vir. Mas aqueles que  estão vindo e batem estão procurando desesperadamente por um pouco de pão para saciá-los.

 O viajante pede por três pães. Ele quer que o pão da fé. Em uma geração de tantas decepções colossais, os homens perderam a fé em Deus, a fé no homem  e a fé no futuro. Muitos se sentem  como William Wilberforce que em 1801 disse: "Não me atrevo a casar. O futuro é tão instável", ou como  William Pitt que em 1806 disse: "Não há quase nada em volta de nós, a não ser ruína e desespero." No meio da desilusão incrível, muitos clamam pelo pão da fé.

Há também um profundo desejo pelo pão da esperança. Nos primeiros anos deste século, muitas pessoas não tinham fome deste pão. Os dias dos primeiros telefones, automóveis e aviões lhes trouxe um otimismo radiante. Eles adoravam no santuário de um progresso inevitável. Eles acreditavam que a cada nova conquista científica o homem se levantaria a níveis mais elevados de perfeição. 

Mas, então, uma série de acontecimentos trágicos, revelaram o egoísmo e a corrupção humana, ilustradas com clareza assustadora pela verdade do ditado de Lorde Acton: "O poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente" Esta terrível descoberta levou a uma das mais colossais quebra de otimismo na história. Para muitos, jovens e velhos, a luz da esperança se foi e eles perambulavam cansados pelas câmaras escuras do pessimismo. Muitos concluíram que a vida não tinham mais sentido. 

Alguns chegaram a concordar com o filósofo Schopenhauer para quem a vida é uma dor sem fim com um final doloroso.  Ou que a vida é uma tragicomédia jogado várias e várias vezes com ligeiras alterações na roupa e cenário. Outros gritam como Macbeth, de Shakespeare, que a vida é um conto Contado por um idiota, cheia de som e fúria,  sem significado. Mas, mesmo nos momentos inevitáveis quando tudo parece sem esperança, os homens sabem que sem esperança eles não podem realmente viver, e em desespero agonizante clamam pelo pão da esperança.

E há o profundo desejo de o pão do amor. Todo mundo anseia amar e ser amado. Aquele que sente que não é amado sente que não conta. Muita coisa aconteceu no mundo moderno para fazer os homens se sentirem alienados. Vivendo em um mundo que se tornou opressivo e impessoal, muitos de nós têm chegado a sentir que são nada mais do que números. Ralph Borsodi  imagem capturada  em que números  substituíram as pessoas no mundo escreve que a mãe moderna é  maternidade caso 8434 e seu filho, depois da coleta das impressões digitais  torna-se o n º 8003, e que um funeral na cidade grande é um evento no Salão B com flores Classe B e decorações em que oficia o Pregador No. 14 e o Músico nº 84 canta Seleção n º 174. Perplexo com esta tendência para reduzir o homem a um cartão em um vasto índice, o homem procura desesperadamente o pão do amor. Quando o homem da parábola bateu na porta de seu amigo e pediu  três pães, ele recebeu uma resposta impaciente, "Não me incomode, a porta já está fechada, e  meus filhos estão comigo na cama, eu não posso me levantar e lhe dar qualquer coisa." 

Quantas vezes os homens experimentaram uma decepção semelhante à meia-noite, quando eles batem na porta da igreja. Milhões de africanos, pacientemente batendo na porta da igreja cristã, onde eles buscam o pão da justiça social, quer tenham sido completamente ignorados ou solicitado a esperar até mais tarde, ou seja, nunca. Milhões de negros norteamericanos, famintos por falta do pão da liberdade, têm batido de novo e de novo na porta das chamadas igrejas brancas, mas eles têm sido geralmente recebidos com uma fria indiferença ou uma hipocrisia descarada. Mesmo os líderes religiosos brancos, que têm um desejo sincero de abrir a porta e dar o pão, muitas vezes são mais cautelosos do que corajosos e mais propensos a seguir o expediente do que o caminho ético. Uma das tragédias vergonhosas da história é que a própria instituição que deve retirar o homem da meia-noite de segregação racial participa ao criar e perpetuar a meia-noite. 

Na meia-noite terrível, homens de guerra têm batido na porta da igreja para pedir o pão da paz, mas a igreja muitas vezes os têm desapontado. O que mais pateticamente revela a irrelevância da Igreja em assuntos atuais do mundo do que seu testemunho a respeito da guerra? Em um mundo enlouquecido com o acúmulo de armas, paixões chauvinistas e explorações imperialistas, a igreja ou tem aprovado essas atividades ou permanece terrivelmente silenciosa. Durante as duas últimas guerras mundiais, as igrejas nacionais funcionavam como  lacaios disponíveis ao Estado, aspergindo água benta sobre  navios de guerra enquanto uniam  exércitos poderosos ao cantar: "Louvado seja o Senhor e passe a munição." Um mundo cansado pedindo desesperadamente por paz, muitas vezes tem encontrado a igreja  sancionando moralmente a guerra.

E aqueles que foram a igreja para buscar o pão da justiça econômica têm sido deixados na meia-noite frustrante da privação econômica. Em muitos casos a igreja tem se alinhado com as classes privilegiadas e assim defendem o status quo dos que não estão dispostos a responder à batida à meia-noite. 

A Igreja Grega na Rússia aliou-se com o status quo e tornou-se tão intrinsecamente ligada ao regime czarista despótico que se tornou impossível de se livrar do corrupto sistema político e social sem ser livrar da igreja. Esse é o destino de cada organização eclesiástica que se alia com as coisas como elas são.

A igreja deve ser lembrada  que não deve ser nem mestra nem  serva do estado, mas sim a consciência do estado. Ela deve ser o guia e o crítico do Estado e nunca  sua ferramenta. 

Se a igreja não redescobrir seu zelo profético, ela vai se tornar um clube  social irrelevante e sem autoridade moral ou espiritual. 

Se a igreja não participar ativamente da luta pela paz e pela justiça econômica e racial, ela vai perder a lealdade de milhões e levar os homens em todos os lugares a dizer que atrofiou a sua missão. 

Mas se a igreja quiser ficar livre dos grilhões de um status quo mortal e, recuperar a sua grande missão histórica, vai falar e agir sem medo e com insistência, em termos de justiça e de paz de tal forma que irá incendiar a imaginação da humanidade e acender as almas dos homens, imbuindo-os com um amor fulgurante e ardente pela verdade, pela justiça e pela paz. Homens de longe ou de  perto saberão que a igreja como uma grande sociedade de amor que fornece luz e pão para os viajantes solitários da meia-noite.

Ao falar da frouxidão da igreja não se deve ignorar o fato de que a chamada Igreja dos Negros também deixou homens desapontados à meia-noite. Eu digo assim -  a tão chamada igreja dos Negros - porque idealmente não poderia haver uma Igreja de negros ou de brancos. É para sua eterna vergonha que os cristãos brancos desenvolveram um sistema de segregação racial dentro da Igreja e infligiram tantas indignidades sobre os adoradores negros que eles tiveram que organizar suas próprias igrejas.

Dois tipos de Igrejas dos  Negros têm falhado em  fornecer o pão. Uma queima com um emocionalismo barato e a outra tem a frieza do classicismo. O primeiro reduz o culto ao entretenimento, colocando mais ênfase no volume que no conteúdo, confunde espiritualidade com musculosidade. O perigo de tal igreja é que os membros passam a ter mais religião em suas mãos e nos pés do que em seus corações e almas. À meia-noite deste tipo de igreja não tem a vitalidade nem a relevância do Evangelho para alimentar as almas famintas.

 O outro tipo de Igreja dos Negros que não alimenta nenhum viajante à meia-noite, desenvolveu um sistema de classe para se orgulhar da sua dignidade, da participação de profissionais e de sua exclusividade . Em tal igreja, o culto é frio e sem sentido, a música é monótona e sem inspiração e o sermão é pouco mais que uma homilia sobre eventos atuais. Se o pastor diz muito sobre Jesus Cristo, os membros sentem que ele está roubando a dignidade do púlpito. Se o coro canta um negro spiritual, os membros reclamam que é  uma afronta a sua condição de classe. Este tipo de igreja tragicamente falha em reconhecer que a adoração no seu melhor é uma experiência social em que as pessoas de todos os níveis de vida se unem para afirmar a sua unicidade e unidade sob Deus. À meia-noite os homens são completamente ignorados por causa de sua educação limitada ou  a eles são dados o pão que foi endurecido pelo inverno da mórbida consciência de classe.

Na parábola notamos que após decepção inicial do homem, ele continuou a bater na porta de seu amigo. Por causa de sua importunação e persistência,  finalmente, ele convenceu seu amigo a abrir a porta. 

Muitos homens continuam a bater na porta da igreja à meia-noite, mesmo após a igreja ter tão amargamente os  desapontado, porque sabem que o pão da vida está lá. A igreja de hoje é desafiada a proclamar o Filho de Deus, Jesus Cristo, para ser a esperança dos homens em todos os seus complexos problemas pessoais e sociais. 

Muitos vão continuar a vir em busca de respostas para os problemas da vida. Muitos jovens que batem a porta ficam perplexos com as incertezas da vida, confuso por decepções diárias, e desiludidos com as ambiguidades da história. Alguns  têm sido tirados de suas escolas e carreiras e escalados para o papel de soldados. Devemos dar-lhes o pão fresco da esperança e imbuí-los com a convicção de que Deus tem o poder de tirar o bem do mal. 

Alguns que vêm são torturados por uma culpa persistente resultante da sua peregrinação à meia-noite do relativismo ético e sua rendição à doutrina da auto-expressão. Devemos levá-los a Cristo, que irá lhes oferecer o pão fresco do perdão. Alguns que são atormentados por bater o medo da morte como se eles se movessem na direção do entardecer da vida. Devemos dar-lhes o pão da fé na imortalidade, para que eles possam perceber que esta vida terrena é apenas um prelúdio embrionário para um novo despertar.

Meia-noite é uma hora confusa quando é difícil ser fiel. A palavra mais inspiradora que a Igreja deve falar é que nenhuma meia-noite dura permanentemente. O viajante cansado da meia-noite que pede pão está realmente buscando o amanhecer. Nossa eterna mensagem de esperança é que a aurora chegará. 

Nossos antepassados escravos perceberam isso. Eles nunca se esqueceram dos fatos da meia-noite, em que havia o chicote de couro cru do supervisor e da praça do leilão onde as famílias eram desfeitas, para lembrá-los de sua realidade. 

Quando eles se achavam na escuridão agonizante da meia-noite, eles cantavam um negro espiritual:

Ah, ninguém sabe dos problemas que eu já  vi,
Aleluia, glória!
Às vezes eu estou em cima, às vezes eu estou para baixo,
Oh, sim, Senhor, às vezes eu estou quase no pó,
Oh, sim, Senhor,
Oh, ninguém sabe dos problemas que eu já vi!
Aleluia, glória.


Cercados por uma assustadora meia-noite, mas acreditando que a manhã  viria, eles cantavam: 

Eu estou tão feliz por que os problemas não duram para sempre.
Ó meu Senhor, ó meu Senhor, o que eu devo fazer? 

Sua crença positiva na madrugada foi a borda de uma esperança crescente que manteve os fiéis escravos no meio das circunstâncias mais áridas e trágicas. 

A fé na aurora decorre da fé de que Deus é bom e justo. Quando se acredita nisso, sabe-se que as contradições da vida não são as penúltimas nem as últimas . Pode-se andar pela noite escura com a convicção radiosa de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Mesmo à meia-noite, sem nenhuma estrela, pode-se anunciar a aurora de uma grande realização.

O amanhecer virá. Decepção, tristeza, desespero  nascem à meia-noite, mas na manhã seguinte vão embora. "O choro pode durar uma noite", diz o salmista, "mas a alegria vem pela manhã." Esta fé suspende as assembleias dos desesperançados e acende uma nova luz dentro das câmaras escuras do pessimismo.

Este sermão foi pregado em 11 de junho de 1967

Nota do tradutor: Solicito não copiar até que tenha revisado a tradução do texto.



sexta-feira, setembro 26, 2014

O que os evangélicos pensam da política


Comentários sobre os sofismas mais comuns


Parece tudo igual, mas não é.
João Cruzué


1 - "Política não é coisa para crente".



Blog Olhar Cristão: Se os crentes não participarem da política nacional, tudo o que for feito de ruim, indiretamente, serão responsáveis por pecado de omissão. A Bíblia fala na Carta de Paulo aos Romanos sobre a existência de dois tipos de autoridades: Autoridades políticas e Autoridades religiosas. Também diz que não há autoridade que não provenha da vontade ou da permissão de Deus. Por isso creio que se o princípio da autoridade vem de Deus, quem considerar a política como algo maligna, erra por não conhecer as escrituras. E comete um erro maior se recusar o direito de agir politicamente, pois deixa sua oportunidade para que outros façam o que bem entender.

A Igreja, como corpo de Cristo, é composta de salvos. Sua função é ser o sal e a luz do mundo - em todas as organizações sociais lícitas. Talvez pela omissão de muitos crentes, que enxergam o diabo em tudo, o mal esteja mesmo se alastrando tanto, porque não encontra resistência à altura.

2 - "Pastores não devem participar de política".

Blog Olhar Cristãoatualmente existem dois tipos de ministros: os que têm o cargo e exercem o ministério pastoral e aqueles que possuem apenas o cargo sem o ministério. Para os que exercem o Ministério e pretendem concorrer a cargos públicos minha opinião é que não devam fazer isto, pois estariam abandonando o "arado". Entretanto, para os ministros que possuem apenas o cargo, sem chamada pastoral, não vejo incoerência . Todavia, qualquer crente, membro de Igreja ou ministro que aspire seguir a carreira política, deve ter uma orientação muito segura de Deus. Se forçar a barra e romper o muro, como diz a Bíblia, vai encontrar uma cobra (o diabo) do outro lado para picá-lo.

Explico: se Moisés não tivesse uma chamada real, CONFIRMADA por DEUS, em lugar de tirar o povo de Israel do Egito, teria contribuído, isto sim, para a destruição do povo. Sem direção de Deus, em lugar de conquistar um cargo político, o membro ou ministro da Igreja com certeza vai entrar por sua própria conta e risco, não em "Canaã", mas no "Egito" para ser escravizado pelo "faraó" deste mundo. O preço desta aventura ainda não está totalmente informado: faltou dizer que neste caminho infeliz as outras vítimas são a família além e o nome da própria Igreja.

Brevemente veremos uma enxurrada de artigos na internet do tipo: "Não voto em Pastor" Quando eu era "menino" achava esta frase corretíssima. Depois de uma melhor análise, cheguei à conclusão de que esta afirmação é uma campanha preconceituosa, com impacto negativo entre os crentes e principalmente entre os eleitores não crentes. Se Deus chamar um ministro para a política, com ou sem o voto dos crentes, ele vai se eleger de qualquer jeito. Porém, há muita gente enrolada por aí, forçando a barra e falando pelos cotovelos, dizendo que sua chamada para a representação política  foi por direção de divina. Desconfie.

Enquanto isto, na Espanha, tempos atrás o ex-Papa Bento XVI dava seu aval para que sacerdotes católicos concorram a cargos políticos, para impedir o avanço do secularismo. Quem gostou disso foi o Bispo Lugo, que chegou a ser Presidente do Paraguai. Neste infeliz exemplo, cumpriu na vida dele a vontade de Deus. Com era dado a saltar a "cerca", e não honrava a batina, veio à tona os muitos  filhos que teve. Como já tinha perdido mesmo o cajado, sua entrada na política contribuiu para que sua sem-sem-vergonhice viesse a ser exposta à luz do meio-dia. Uma cova que chamou um outra maior.

3 - A carreira política é melhor que o ministério pastoral?


Blog Olhar Cristão: Sou completamente contra este pensamento. Qualquer um poderia exercer um cargo político, basta que gaste bastante. Já o ministério pastoral depende de uma chamada genuína e seu exercício é muito  mais valioso que ter um cargo de representação política.  A Mensagem do Evangelho é muito mais importante que qualquer discurso político. Ganhar uma alma e zelar dela, como ministro de Deus, vale mais que ganhar a presidência de um país. Embora isso pareça loucura, é assim que Deus vê. Portanto, entre o ministério pastoral e a representação política, fico com o primeiro, pois o ministério pastoral é dado pelo próprio Deus para homens especiais.

4 - "Não voto em candidato evangélico, porque ele vai se corromper"

Blog Olhar Cristãoisso é puro preconceito. Em princípio, votar em um candidato que tenha o temor de Deus é uma decisão correta. Se no futuro ele trouxer decepção, na sua próxima candidatura não o eleja mais. Como de fato aconteceu em 2006, quando o povo evangélico deixou de eleger muitos políticos evangélicos que se corromperam no escândalo das "Sanguessugas". O recado foi dado. Não basta ter nome de evangélico para permanecer na política - é preciso ser evangélico de fato. O perigo de negar o voto a um candidato cristão para votar em qualquer um, ou naquele que asfaltou a rua da sua casa, reside na seguinte armadilha: quando uma lei não-cristã em votação, o político evangélico tem um compromisso com a Bíblia, já o "qualquer um" pode votar até contra a liberdade de culto - pois lhe deram um mandato (cheque em branco) para fazer o que quiser.

Vejamos um caso concreto: O ex-Prefeito de São Paulo - Gilberto Kassab - diante de um assunto que envolvia o uso da Avenida Paulista para sediar três manifestações: Dos evangélicos (Marcha para Jesus), de sindicalistas (Dia do Trabalho - CUT), e do movimento GLTBS (Parada Gay), Kassab fez sua opção sem titubear em favor de manter a Parada Gay na Avenida porque achava que ela dá um toque de modernidade e visibilidade mundial à Capital paulista. Em 2014 ele saiu candidato ao Senado, só que não vai ser eleito.

5 - "Não voto em candidato escolhido pela minha Igreja"
Blog Olhar Cristão: muitos crentes não se sentem confortáveis em votar nos candidatos "oficiais" da Igreja, geralmente pessoas escolhidas sem o referendo da membresia. Talvez seja esta falta de democracia que tenha impedido o sucesso de muitos candidatos. Por outro lado, há Igrejas que manipulam o eleitorado tentando fazer com membros um curral eleitoral com a prática do voto de cabresto. Recentemente, ouvi um pastor recomendando o voto em determinada pessoa da  parentela do Bispo da Igreja. E um dos argumentos que usou era que seria uma prova de gratidão ao Bispo, e que o candidato tinha conseguido colocar um irmão doente em um hospital. Ora, vejo isto de forma diferente: quem tem que usar de gratidão e fazer o que o povo precisa é o candidato.

Quanto a este assunto, ainda há duas coisas a considerar: O voto é secreto e inviolável. Diante da urna o eleitor cristão vota em oração, com consciência e intuição de acerto. Votar no melhor, isto é, naquele que no exercício do poder não vai aprovar leis ímpias contra a liberdade de expressão religiosa, como, por exemplo, a lei da mordaça gay. Nem aprovar legislação pró-aborto, nem naqueles que já sujaram o bom nome da Igreja por atos de corrupção. Votar corretamente é difícil, mas possível. Basta que na eleição seguinte, não se repita os mesmos erros.

Conclusão 

Blog Olhar Cristão: Ouvimos de um antigo Pastor, já falecido, que o pior erro é o erro doutrinário. Trazendo isso para este contexto ficaria assim: O pior erro é um erro de princípios. De tudo o que escrevemos aqui, cremos que o perigo maior reside em pensar que a representação política seja uma tarefa que Deus deixou aos cuidados do diabo. Conceitualmente trata-se de um sofisma. Se de fato o exercício da representação política fosse um atributo exclusivo do diabo, todos os que pensam assim estariam deixando nas mãos dele o destino de pessoas, comunidades, bairros, cidades, estados, países - o mundo. Deus há de cobrar caro todo pecado dos corruptos tanto quanto a omissão dos ignorantes!


Deus deu os pastores para cuidar do Seu rebanho. Por outro lado, quem dera que todos os representantes políticos fossem homens tementes a Ele.  O que é preciso discernir neste assunto é que se um pastor quiser trocar o ministério por um cargo político, que tenha absoluta certeza de que a troca de chamada é 100% de Deus, porque se não for, o diabo vai fazer com ele a mesma coisa que fez com Judas Iscariotes.

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"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos,
dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King







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quarta-feira, agosto 13, 2014

Cidadania Evangélica no Brasil

Diga NÃO!
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aos que procuram menosprezar, discriminar, difamar e apequenar o nome de Cristo.

Esta atitude pode  trazer o respeito que comunidade cristã merece.



João Cruzué

Entre os filmes de que mais gosto há um que em português se chama "O Pastor" (The road to Freedom - The Vernon John's Story). É James Earl Jones quem protagoniza um velho pastor afro-americano da famosa Igreja Batista em Montgomery, capital do Alabama. Às voltas com as injustiças praticadas contra a comunidade negra, nos  anos 40/50, o velho pastor dava verdadeiras aulas de cidadania às suas ovelhas como, por exemplo: plantar suas próprias hortas, andar a pé para evitar a empresa de ônibus onde negros tinham que se levantar para ceder o assento aos brancos, quando chegassem. Aquelas pequenas sementes de cidadania brotaram, cresceram e mudaram a interpretação da Constituição Americana. Isto também podem trazer mudanças significativas para os evangélicos brasileiros.

Cada domingo o pastor pregava um sermão que incomodava as autoridades (brancas) da cidade. Principalmente porque o título do sermão era anunciado em frente à Igreja, com uma semana de antecedência. Não conseguindo dobrar o ânimo do velho pastor, as autoridades locais: o juiz, o xerife e o prefeito começaram a pressionar os membros do Conselho Administrativo da Igreja, que por fim, cansados e amedrontados e não conseguindo a "cooperação" do pastor, o destituíram.

Depois disso, foram procurar por um substituto que fosse jovem e "flexível", que pudesse ser manipulado e "amaciado" à vontade. Mas, no filme o tal jovem sucessor do "desbocado" ancião destituído, era nada mais, nada menos, que Martin Luther King, Jr. Aí foi que o tiro saiu pela culatra. Na verdade, o substituto era muito mais aguerrido e idealista. Este filme histórico conta um parte das conquistas que o Pastor Martin Luther King trouxe para a comunidade negra americana. Em 1964 ele conquistou a aprovação de uma emenda na constituição americana. Foi através de atitudes como resistência passiva e desobediência civil, pregadas por Henri David Thoreau e Gandhi, que o Pastor Martin Luther King conquistou sua fama e a conquista do Prêmio Nobel da Paz, naquele mesmo ano.

Trazendo agora o foco do artigo para a comunidade evangélica no Brasil, em pleno século XXI, ela também vem sofrendo com difamação e preconceitos, e pode aprender muitas coisas a aprender com Martin Luther King. Nós, os crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, temos enfrentado aborrecimentos com um preconceito crônico instalado na mídia brasileira, onde a maioria das imagens veiculadas dos evangélicos está associada a algo ruim. Um quarto da população brasileira - 50 milhões de pessoas - são evangélicas, ou como costumo dizer, crentes em Cristo.

A imagem que a TV Globo sempre passou  das mulheres crentes são os estereótipos do "cabelão" e do "saião". Os pastores, independente de que Igreja sejam, são mostrados como charlatães, avarentos ou de indivíduos desequilibrados. O povo crente em geral é considerado como gente ingênua "bobinhos" sempre explorados por vigaristas da fé. Quando aparece uma notícia ruim, o preconceito está tão enraizado entre os jornalistas, que se a pessoa for de qualquer outra religião nada se escreve, mas se há uma família de crentes envolvida, via de regra, esta qualificação é apontada, para insinuar má fama.

Se isto não é preconceito e não vem acontecendo, por favor belisquem-me, pois, devo estar delirando!

Mas é preconceito sim. Ele nos agride e incomoda. Diante disso, as reações de nossas lideranças já são previamente conhecidas. Há os que dizem: o mundo jaz no maligno e não devemos mesmo esperar o nada, nem o respeito da sociedade. São os que  aceitam a escravidão do Egito. Outros fingem que o preconceito não existe, e procuram viver da melhor maneira possível. São os indiferentes - não estão nem um pouco preocupados. Há ainda outros que se disfarçam de incrédulos. São principalmente as crianças, adolescentes e jovens evangélicos que procuram se comportar nas escolas públicas como verdadeiros "pestinhas" apenas para que ninguém descubra que eles são crentes. É como se ainda pairasse um quê de escravidão sobre nossas cabeças.

Podemos, sim, dar um basta neste progressivamente neste preconceito e conquistar o respeito que ainda não temos diante da sociedade brasileira. Não que isto vá fazer o mundo ter paz conosco, mas se nada for feito por nos, até nossos filhos vão ter vergonha de serem cristãos. Não podemos andar de cabeça baixa, é preciso dar uma resposta. Uma resposta equilibrada, sem radicalismo, que possa ser traduzida em atitudes familiares simples, mas que no coletivo vão trazer  boas mudanças e o respeito a cidadania que por direito temos. Quer um exemplo deste tipo de reposta? Cadê aquele kit gay que o atual prefeito de São Paulo, na época, Ministro da Educação pretendia despachar para cada escola dos cinco mil e tantos municípios brasileiros? Sabe por que não fizeram a distribuição? porque tiveram medo de perder o voto dos evangélicos. Nossa atual presidente, Dilma Rousseff, também recuou de implantar a Lei do Aborto indiscriminado.

Precisamos começar a ter respeito por nós mesmos, através de uma consciência mais aguçada de cidadania. Quando olho para o Livro de Atos dos Apóstolos e vejo o efeito que as palavras de Paulo causavam tanto em em ouvidos judeus quanto romanos. Os cristãos, desde os primeiros apóstolos, sempre tiveram entre seus líderes homens cuja coragem era marca de seus caráteres, como está escrito em II Timóteo 1:7. Será que os tempos mudaram?

Há muito tenho ouvido palavras de boicote à TV Globo com suas novelas perniciosas e preconceituosas. Não sou contra a Rede Globo, mas contra as atitudes de seus gestores, que devem ter mesmo ojeriza da família brasileira. Não sou favorável a atitudes radicais e nem é de bom alvitre ter fixação em derrubar órgãos da imprensa. É preferível ter uma imprensa, às vezes preconceituosa, do que a imprensa de "chapa branca" das ditaduras cubanas, venezuelanas, argentinas, bolivianas, equatorianas... Defendo sim a liberdade de expressão, mas desde que não seja usada para ofender os direitos de cidadania de ninguém. De preferência, que não esculhambem a estrutura familiar.

Nós crentes podemos, sim, dar NOSSO RECADO de desagrado quanto ao que vai pela TV não importa qual for: se Globo, Record, SBT, Bandeirantes ou qualquer outra que venha ferir e prejudicar a consciência dos cidadãos da comunidade evangélica. Não queremos destruir, mas contribuir para o aprimoramento dessa liberdade de expressão com atitudes de resistência pacífica.

Estou sugerindo democraticamente que nos conscientizarmos desses fatos e passemos ao terreno das atitudes. Como por exemplo esta: anotar o nome das empresas que patrocinam programas que ajudem a disseminar o preconceito contra crentes ou que promovam a desestruturação familiar. Em seguida que se boicote as marcas desses produtos que patrocinam financeiramente  a difamação.

Ao chegar no supermercado, cada um de nós conscientemente, pode substituir tais produtos por marcas de outras empresas que respeitem nossa cidadania e a cultura cristã.

Irmãs evangélicas, não estou sugerindo que ninguém assista ou deixe de assistir qualquer novela. Uns reprovam, outros gostam. Mas se você tem cabelos longos, seria maravilhoso que parasse de comprar por exemplo aquele shampoo que financia novelas que procuram mostrar a mulher de "cabelão" sempre como uma crente hipócrita - de dia santa e de noite devassa - entre outras coisas ruins. Talvez o shampoo de uma novela dessas até faça mal ao seu cabelo. Mesmo que você nunca assista uma novela, antes de comprar qualquer produto no supermercado, seriam muito bom saber se ele não está por trás de programas que mostram os crentes como pessoas atrasadas, desequilibradas e hipócritas. Não basta deixar de assistir novelas. Por ignorância, você pode estar comprando produtos das marcas que estejam financiando maus costumes. É preciso estar bem-informado para não contribuir com as estratégias do diabo.

A comunidade evangélica responde hoje por mais de 25% do consumo na economia brasileira. Precisamos adquirir consciência desta força para aprender a dizer NÃO de forma pacífica, inteligente e indireta. Uma novela para ficar no ar precisa de patrocínio. O patrocínio vem das empresas que vendem produtos populares. Sabonetes, shanpoos, marcas de carros populares, remédios para dor de cabeça.

Quando os crentes começarem a ligar para os 0800 dessas empresas, para dizer que não vão mais comprar os produtos delas, porque estão patrocinando programas perniciosos ou que estejam depreciando a imagem e cidadania dos crentes - elas vão ouvir, sim senhor! Pode ser que não imediatamente, mas quando cada um de nós for além das palavras e deixar de comprar por um ano, dois anos aqueles sabonetes, shampoos, celulares, remédios de dor de cabeça.... Com certeza isto vai ser uma boa lição de cidadania. Isto é justo e honesto converse e nossa família precisa saber para adquirir uma boa consciência.

Por fim, contextualizando este artigo, quero dizer que vem aí as eleições de outubro de 2014.  O crente em Jesus não pode ter simpatia por anarquistas, que defendem o boicote ao voto. Deixar de votar. Jesus disse que devemos dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César. Ele não mandou boicotar o que era de César, e não mandou porque se este mundo perder a consciência de organização comunitária, vem a seguir o descontrole e a baderna. O caos não é de Deus. O que precisamos fazer é orar para depois escolher. E escolher pessoas que antes de serem eleitas, tenham firmado compromisso de respeitar a família brasileira. Uma nação de terceiro mundo, como a nossa,  só pode prosperar se cada família for temente a Deus e tiver costumes sadios.


Clique na figura para assistir o filme na língua inglesa.


cruzue@gmail.com

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quarta-feira, julho 16, 2014

A chamada ministerial do Pastor Martin Luther King

D.D
TESTEMUNHO DO

PASTOR MARTIN LUTHER KING

"My call to the Ministry"

Pastor Martin Luther King
(1929-1968)

Martin Luther King, Jr.

Tradução de João Cruzué


Joana Thatcher, diretora de publicidade da Convenção Batista Americana, pediu ao Pastor Martin Luther King para dar uma declaração sobre sua chamada ministerial. Em seu pedido, ela notou que "Aparentemente a maioria de nossos jovens ainda pensam que a menos que vejam uma sarça ardendo ou uma luz ofuscante no caminho para "Damasco", eles não se consideram chamados."

E essa foi a declaração do pastor Martin Luther King:

"Minha chamada para o ministério não foi nem dramática nem espetacular. Ela não veio através de uma visão milagrosa nem da experiência de uma luz ofuscante na estrada da vida. Tamnbém não veio de uma forma repentina. Pelo contrário: foi a resposta a um impulso interior que gradualmente veio sobre mim. Aquele impulso se expressava através de um desejo de servir a Deus e à humanidade e um sentimento de que meus talentos e meu compromisso poderiam ser melhor expressos através do Ministério.

No começo eu planejei ser um Físico. Depois, eu mudei minha atenção para a carreira de Direito. Mas, quando passei nos estágios preparatórios para estas duas carreiras, eu ainda sentia dentro de mim aquele impulso imortal de servir a Deus e à humanidade através do Ministério.

Durante o último ano da Faculdade, finalmente, eu decidi aceitar o desafio de entrar para o Ministério. Eu consegui ver que Deus tinha colocado uma responsabilidade sobre os meus ombros, e quanto mais eu tentava escapar, mais frustrado eu me tornava.

E alguns meses depois de pregar meu primeiro sermão, entrei para o seminário teológico. Isto é, em resumo, a história da minha chamada e  minha peregrinação para o ministério."


07 de agosto de 1959.


Fonte: 
MLK/Stanford





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sábado, junho 28, 2014

Manual de governança para uma Igreja construtiva - sermão de Martin Luther King


"E a Igreja deve dizer a homens e mulheres para carregar seus fardos, 
tomar suas tristezas, olhar para elas, e não fugir delas"


Martin Luther King, Jr
Pastor Martin Luther King- (1929 - 1968)



"Guidelines for a constructive Church"

Pastor Martin Luther King

Tradução: João Cruzué

Nesta manhã eu gostaria de apresentar a vocês que nós, seguidores de Jesus Cristo, que mantemos sua Igreja viva e caminhando, também temos um manual de instruções a seguir. 

Em algum lugar atrás das brumas da eternidade, Deus estabeleceu seu manual de instruções. E através de seus profetas e acima de tudo, através de seu Filho Jesus Cristo, Ele diz: “Há algumas coisas que minha Igreja deve fazer. Há um manual que minha Igreja deve seguir.” 


E se nós, dentro da Sua Igreja, não quisermos ver os recursos da sua graça cortados de sua divina providência, devemos seguir este Manual. Ele está claramente estabelecido para nós em algumas palavras proferidas pelo nosso Senhor e Mestre assim que Ele, um dia, entrou na sinagoga [de Nazaré] e fez a leitura no livro do Profeta Isaías: 



“O Espírito do Senhor é sobre mim, 

porque Ele me ungiu para pregar as Boas Novas aos pobres,

 Ele me enviou para dar vista aos cegos,

para trazer à liberdade os que estão cativos e

 para pregar o ano aceitável do Senhor”. 


Estas são as instruções.


Veja você, a Igreja não é um clube social, apesar de que algumas pessoas pensam assim. Elas são apanhadas em seus exclusivismos e sentem que ela é uma espécie de clube social, com um leve viés de religiosidade. Mas a Igreja não é um clube social. A Igreja não é um centro de entretenimentos, apesar de que algumas pessoas pensam que seja. Você pode dizer que em muitas igrejas do jeito que elas agem, revelam que elas pensam que sejam um centro de entretenimento. A igreja não é um centro de entretenimento. Macacos são para entreter, mas os pregadores, não.

Mas, em uma análise final a Igreja tem um objetivo. A igreja está tratando de dar um ultimato ao homem. É por isso que ela deve seguir as instruções.

Eu acho que o tempo não vai me deixar entrar em cada aspecto deste texto, mas quero apenas fazer menção a alguns deles. 

Vamos primeiro pensar no fato de que a Igreja esteja seguindo o manual, procurando curar os quebrantados de coração. Não há provavelmente nenhuma outra condição humana mais atormentadora do que um coração quebrantado. Veja você que um coração quebrantado não é uma condição física, mas uma situação de esvaziamento espiritual. E quem aqui esta manhã já não experimentou um coração quebrantado?


Eu diria que um coração quebrantado vem basicamente da experiência de uma frustração. E eu não acredito que haja muitas pessoas aqui nesta manhã sob o som da minha voz que não ficaram desapontadas com alguma coisa.

Aqui está um jovem ou uma moça, sonhando com uma grande carreira e pretendendo chegar na Universidade para tornar possível aquela graduação. Até descobrir que ele não têm faculdades mentais o bastante, a experiência técnica para adquirir excelência naquele determinado campo. E assim ele termina por escolher uma segunda alternativa de vida melhor e, por isso, ele termina com um coração quebrantado.

Aqui está um casal de pé diante do alta,r em um matrimônio que parecia ter nascido no céu, somente até descobrir que, seis meses ou um ano mais tarde, os conflitos e dissensões surgiram. Argumentos e desentendimentos começaram a aparecer. E aquele mesmo casamento que há um ano  parecia ter nascido no céu, termina na justiça civil e os cônjuges ficam com os corações quebrantados.

Aqui está uma família. A mãe e um pai se esforçando desesperadamente para  educar seus filhos no caminho que eles devem andar. Trabalhando muito para conseguir uma boa educação para eles; trabalhando duro para lhes dar um senso de direção, orando fervorosamente por sua orientação. E, de repente, a despeito de tudo, um ou os dois filhos terminam por entrar em um caminho errado em direção a um país longínquo estranho e trágico. E os pais vêm saber que aqueles filhos, que eles criaram, são pródigos que estão perdidos em um país distante. e assim eles terminam com um coração quebrantado.

E depois, vem aquela última tragédia, que sempre produz um coração quebrantado. Quem aqui nesta manhã não experimentou isto? Quando você fica diante do caixão de um ente querido. Naquele dia quando se fecham as cortinas da vida, aquela experiência chamada morte, que é o denominador comum irredutível de todos os homens. Ninguém perde um amado, ninguém perde uma mãe ou o pai, a irmã, o irmão, uma criança, sem ficar com um coração quebrantado. Corações quebrantados são uma realidade na vida.

E domingo após domingo, semana após semana, as pessoas vêm à Igreja de Deus com os corações quebrantados. Elas necessitam de uma palavra de esperança. E a Igreja tem uma resposta – se ela não tiver, ela não é uma Igreja. A Igreja deve dizer que, em essência, que quebrantamento de corações é um fato na vida. Não tente escapar quando você passa por uma experiência dessas. Não tente reprimi-la. Não termine em cinismo. Não fique com pena de si mesmo quando vier esta experiência. A Igreja deve dizer para este homem e para esta mulher que a "Sexta-feira da Paixão" é um fato na vida. A Igreja deve dizer para as pessoas que a queda é um fato na vida. Algumas pessoas estão condicionadas somente ao sucesso. Elas estão condicionadas apenas a realizações. Então quando as provas e os fardos da vida sobrevêm eles não conseguem se aguentar de pé com eles. Mas a Igreja deve dizer aos homens que a "Sexta-feira da Paixão" é um fato na vida, como a Páscoa. Quedas na vida são fatos muito mais freqüentes que sucessos. Frustrações são um fato muito mais freqüente que realizações. E a Igreja deve dizer aos homens para tomar seus fardos, tomar suas tristezas e olhar para elas e não correr delas. Diga esta é a minha tristeza, e eu devo suportá-la. Olhe bem duro para ela e diga: Como posso transformar este passivo em um ganho?

Este é o poder que Deus deu a você. Ele não disse que você vai escapar das tensões; Ele não disse que você vai escapar das frustrações, Ele não disse que você vai escapar das provas e tribulações. Mas o que a religião diz mesmo é que: Se você tiver fé em Deus, que Deus tem o Poder de dar a você uma espécie de equilíbrio interior através da sua dor. Então não se turbe o vosso coração. Se você crer em Deus, e também crer em mim” Outra voz ecoa “Vinde a mim, todos que estão fatigados e estão sobrecarregados” Como se dissesse: Vinde a mim, todos vós que estais sobrecarregados. Vinde a mim todos vós que estais frustrados. Vinde a mim todos vós com nuvens de ansiedade flutuando sobre o céu das vossas mentes. Vinde a mim todos vós que estais quebrados. Vinde a mim todos vós que estais com os corações quebrantados. Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. E o descanso que Deus dá é um que ultrapassa todo entendimento. O mundo não entende este tipo de descanso, porque ele é um descanso que torna possível a você ficar de pé em meio as tempestades exteriores, enquanto você mantém a calma interior. Se a Igreja está verdadeiramente em suas , ela cura os corações dos quebrantados

Em segundo lugar, quando a Igreja está verdadeiramente dentro do manual, ela tem o desejo de pregar a libertação para aqueles que estão cativos. Este é o papel da Igreja: Libertar as pessoas. Isto quer dizer de forma simples, libertar àqueles que estão escravos. Agora se você observar algumas Igrejas elas nunca lêem esta parte. Algumas igrejas não estão preocupadas em libertar ninguém. Algumas Igrejas brancas enfrentam o fato de domingo após domingo de que seus membros são escravos do preconceito, escravos do medo. Você tem em um terço delas, a metade delas ou mais, escravos de seus preconceitos. E os pregadores raramente fazem alguma coisa para libertá-los do preconceito.

Depois, você tem um outro grupo assentado ali, que realmente gostaria de fazer alguma coisa conta a injustiça racial, mas eles têm medo das represálias econômica, políticas e sociais, assim eles ficam em silêncio. E os pregadores nunca diz alguma coisa para levantar suas almas e libertá-las daquele medo. E assim eles terminam cativos. Vocês sabem que isto também acontece nas Igrejas negras. Vocês sabem que há pregadores negros que nunca abriram suas bocas em favor do movimento da liberdade. E não apenas eles não têm aberto suas boas, com não têm feito qualquer coisa. E de vez em quando você tem alguns membros que falam demais sobre os direitos civis naquela Igreja. Eu estava conversando com um pregador, outro dia, e ele me contou que alguns membros da sua Igreja estavam dizendo isto. Eu disse: não preste atenção no que eles dizem. Porque, número 1: Não foram os membros que ungiram você para pregar. E qualquer pregador que permite que seus membros lhe digam o que deve pregar, não tem nada de pregador.

Para que estas instruções fiquem bem claras, Deus me ungiu. Nenhum membro da Igreja Batista Ebenezer convidou-me para o ministério. Você me chamou para a Ebenezer e pode tirar-me daqui, mas você não pode tirar-me do ministério, porque eu consegui o manual e minha unção do Deus todo Poderoso. E qualquer coisa que eu quiser dizer, eu vou dizer aqui deste púlpito. Isto pode ferir alguém, eu não quero saber, alguém pode não concordar com isso. Mas quando Deus fala, quem mais pode profetizar? A palavra do Senhor é sobre mim como um fogo cerrado em meus ossos, e quando a palavra de Deus vem sobre mim, eu tenho que dizê-la, Eu tenho de contá-la a todos em qualquer lugar. Porque Deus me chamou para libertar aqueles que estão no cativeiro.

Algumas pessoas estão sofrendo. Algumas pessoas estão famintas esta manhã. Algumas pessoas ainda estão vivendo em segregação e discriminação esta manhã. Eu vou pregar sobre isto. Eu vou lutar em favor delas. Eu morrerei por elas se necessário, porque eu tenho o meu manual bem claro. E o Deus a quem eu sirvo, e o Deus que me chamou para pregar, já me disse que de vez em quando eu terei que ir preso por elas. De vez em quando eu terei que agonizar e sofrer pela liberdade de suas crianças. Eu posso até ter que morrer por isso. Mas se isto é necessário, eu preferiria seguir o manual de Deus do que o manual dos homens. A igreja foi chamada para por em liberdade aqueles que estão cativos, para por em liberdade aqueles que são vítimas da escravidão da segregação e da discriminação, aqueles que foram apanhados na escravidão do medo e do preconceito.

Então, a Igreja, que está verdadeiramente dentro do manual, deve pregar o ano aceitável do Senhor. Você sabe que o ano aceitável do Senhor é o ano que é aceitável para Deus porque preencheu os requisitos do seu Reino. Algumas pessoas quando estão lendo esta passagem sentem que isto está falando a respeito de um período além da história, mas eu digo a vocês nesta manha que o ano aceitável do Senhor pode ser este ano. E a Igreja é chamada para pregá-lo.


O ano aceitável do Senhor é qualquer ano quando os homens decidirem fazer o certo.

O ano aceitável do Senhor é qualquer ano quando os homens pararão de mentir e enganar.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano quando mulheres começarão a usar o telefone para propósitos construtivos e não para espalhar fofocas maliciosas ou boatos sobre seus vizinhos.

O ano aceitável do Senhor é qualquer ano quando os homens pararão de jogar fora as preciosas vidas que Deus lhes tem dado em um viver sedicioso.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano quando o povo no Alabama pararão de matar o direito civil dos trabalhadores e o povo que simplesmente está engajado no processo de busca pelos seus direitos constitucionais.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens aprenderam a viver juntos como irmãos.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens manterão suas teologia ao lado de suas tecnologias;

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens manterão os fins pelos quais eles vivem ao lado dos mesmos meios em que vivem.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens guardarão sua moralidade ao lado de sua mentalidade

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que todos os líderes mundiais se assentarem junto à mesa de conferência e perceberem que a menos que a humanidade ponha um fim na guerra, a guerra vai por um fim na humanidade.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens converterão suas espadas de em relhas e suas lanças em ganchos e que as nações pararão de se levantar umas contra as outras, nem estudarão a guerra nunca mais.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens permitirão que a justiça role para baixo como águas e a retidão desça como uma poderosa corrente.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que nós enviaremos ao Congresso e às Assembléias estaduais de nossa nação homens que procederão justamente, que amarão a misericórdia e que caminharão humildes com o seu Deus.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que todo vale será exaltado, e cada montanha será rebaixada, que os lugares ásperos serão aplainados e que os lugares tortuosos, retos, e a glória do Senhor será revelado, e toda carne verá verão isto em junta.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens farão para os outros aquilo que eles querem que os outros lhes façam.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens amarão seus inimigos, abençoarão aqueles que os maldizem e orarão por aqueles os perseguem.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens descobrirão por causa do sangue Deus fez todos homens para habitarem sobre a face da terra

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que todo joelho se dobrará e toda língua confessará o nome de Jesus. E em todos os lugares os homens clamarão “Aleluia, Aleluia! O Reino deste mundo tem se transformado no Reino de Nosso Senhor de seu Cristo, e ele reinará por todo o sempre. Aleluia, aleluia!”

O ano aceitável do Senhor é o ano de Deus.

Estas são as instruções do manual, e se nós apenas seguirmos o manual, nós estaremos aptos para o Reino de Deus, e nós faremos aquilo que a Igreja de Deus é chamada para fazer. Nós não seremos um pequeno clube social. Nós não seremos um pequeno centro de entretenimento. Mas estaremos em um negócio sério, de trazer o Reino de Deus para esta terra.

Parece que eu já posso ouvir o Deus do universo sorrindo e falando para esta igreja, dizendo “Vocês são uma grande Igreja, porque eu estava faminto, e vocês me deram de comer. Vocês são uma grande Igreja porque eu estava nu, e vocês me deram o que vestir. Vocês são uma grande Igreja, porque eu estava enfermo e vocês me visitaram. Vocês são uma grande Igreja porque eu estava na prisão e vocês me consolaram e visitaram. E esta é a Igreja que é vai salvar este mundo. “O espírito do Senhor é sobre mim, porque ele me ungiu para curar os quebrantados de coração, e por em liberdade os cativos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.


Cópia não autorizada pelo tradutor.


Source: http://www.stanford.edu/group/King/publications/sermons/contents.htm


Leia também o sermão Redescobrindo os valores perdidos


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