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terça-feira, abril 21, 2015

A redução da maioridade penal e os contrapesos sociais


Maioridade penal
POR JOÃO CRUZUÉ

Este assunto vem crescendo na hierarquia da pauta de discussões de nossa sociedade onde uma minoria quer manter um conceito de imaturidade intelectual de 75 (1940-2015) anos atrás. Naquela época, não havia TV nem internet nem razoável sistema de ensino, nem depósitos de delinquentes juvenis e, por outro lado,  havia uma disciplina familiar bem rígida. Ou seja, o sistema social dos contrapesos  sociais funcionava com equilíbrio.

Por contrapesos sociais quero dizer: a disciplina familiar, a moralidade da autoridade pública, um judiciário eficaz, um sistema carcerário decente e uma polícia atuante - entre outras coisas. 

Não poderia deixar de fora a Igreja, principalmente, a Evangélica, da qual faço parte. A Igreja Evangélica, que nos anos 70 a 90 fazia discipulado real, evangelizando nas favelas e periferias, hoje prefere o conforto de grandes templos que, na verdade, produzem um processo de massificação e "anonimatização" dos  fiéis. Em vez de formar vínculos e relações ela se transformou em grandes corporações que vendem um produto, o evangelho da prosperidade cujo efeito é uma fé descartável.  Se antes, o Evangelho trazia valor e segurança à pessoa que aceitava Jesus, hoje esta pessoa é apenas um número, que poucos conhecem e ninguém visita. O processo de amálgama social da Igreja não está funcionando. Quanto à Igreja Católica, vou dizer pouco: Sua "teologia da libertação" é responsável pelo processo de parto e sustentação do PT que, hoje,  veio desembocar neste oceano de corrupção que enlameia todo o país e engana os mais pobres a troco de migalhas.

Continuando, hoje, a autoridade familiar ficou enfraquecida, a TV massifica a violência ao divulgar excessivamente as notícias de crimes e desgraças em que a riqueza de detalhes "pós-gradua" qualquer "mané" que tenha inclinação para o lado ruim da coisa. O judiciário não é conhecido pelo tratamento com isonomia, as autoridades civis tem mostrado um lado corrupto mais atuante que a probidade, o abandono da periferia das grandes (médias e pequenas) cidades pelos políticos tem sido uma constante  e, neste vácuo de poder,  as organizações criminosas têm prosperado com a fartura de mão de obra (filhos dos pobres) e o maior mercado consumidor de drogas do mundo - o Brasil!

Dessa forma o antigo sistema de contrapesos sociais se rompeu. O governo  (União e Estados) não oferece segurança à sociedade e se imiscui em assuntos até de disciplina familiar. Um geração de filhos sem noção de limites tem se sobreposto a outra geração de crianças que cresceram sem estrutura familiar.  Nesta panela de "mãe-joana", a parte que deveria cumprir o seu papel (o governo) mas tem falhado miseravelmente, quer agora impor à sociedade que ela deve fechar os olhos às maldades e atrocidades que adolescente vêm cometendo, insistindo que eles ainda são imaturos.

Conversa fiada. A geração de adolescentes de hoje é muito diferente da geração dos anos 50, 60, 70 e até dos 80. Ela tem muito mais informações para escolher o bem e rejeitar o mal. Mas a falta de limites e direitos em excesso, sem a devida contrapartida de responsabilidades, tem levado muitos adolescentes ao caminho do crime.  

Neste sentido a sociedade ficou desprotegida. O bem estar de muitos não pode ficar à mercê da proteção do governo de assassinos e estupradores. A cadeia pode não levar um adolescente criminoso a praticar o bem, mas uma vida tirada por motivo torpe é um preço muito alto para que um bandido desses fique solto. Há 30 anos, quase não havia grades nos portões das casas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro. Isto aconteceu porque a impunidade se tornou a regra neste país. Isto precisa mudar.

Minha opinião não é a de uma maioridade penal absoluta, senão relativa, principalmente para crimes não hediondos. Para os crimes hediondos, digo que esta maioridade penal (relativa) deveria cair para 14 anos e não apenas para 16, pois, neste caso, os membros da sociedade não devem pagar com a vida como tem acontecido hoje. A violência em nosso país está sempre em um crescendo porque o sistema oficial de punições é frouxo e condescendente e não existe acompanhamento de execução de penas alternativas onde falta de tudo para fazer este trabalho. 

Sobre o limite da maioridade penal no mundo,  não é assim , atualmentem o que acontece na maioria dos países ditos civilizados. Veja a informação nesta tabela de dados que compilei da Wikipedia: Defense_of_infancy e tire suas próprias conclusões.


agep



Fonte de Dados: Wikipedia/Inglês

Curiosidade: A idade penal brasileira, de 18 anos,  foi definida no ano de 1940.



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segunda-feira, março 02, 2015

O Titanic e o processo de secularização da igreja evangélica



Foto do Titanic
João Cruzué

Uma sucessão de erros levou o Titanic ao naufrágio. Vou contextualizar o passado com presente processo de secularização por que passa a Igreja Evangélica brasileira. Acho que é bom enxergar com cuidado o tipo de caminho estamos andando para não sermos rejeitados, pensando que estamos agradando ao SENHOR. Vamos meditar juntos.

O Titanic foi apresentado à sociedade inglesa como um barco "inafundável". Ele foi construído pela empresa White Star Line em um estaleiro de Belfast, Irlanda, para ser o maior transatlântico do mundo. Maior em tamanho e luxo que os concorrentes, Mauritânia e Luzitânia da Cunard Line.

Às 23:40 h do dia 14 de abril de 1912, ele bateu na lateral de um iceberg e teve o casco avariado; em três horas afundou. Setenta e três anos depois (1985) ele foi encontrado por uma expedição franco-americana a 4.000 metros de profundidade.





UMA PARÁBOLA PARA A IGREJA DOS DIAS DE HOJE

Um homem  decidiu construir um grande navio e o batizou com o nome de Titanic. Era para ser o maior  barco que jamais navegara pelo oceano. Quanto ficou pronto, seu construtor contratou uma tripulação para fazer a grande viagem de inauguração:  A travessia do Velho  para o Novo Continente.

A tripulação do navio, a princípio humilde, ao ser apresentada pelo engenheiro àquele colosso, ficou tão envaidecida a ponto de espalhar pela cidade que oTitanic era  insubmergível. E esta confiança cega e inabalável foi o primeiro passo para o desastre.

Em sua primeira viagem, o Titanic transportava 2.208 pessoas, mas levava apenas 20 barcos salva-vidas que mal dava para acudir 1.178 passageiros em caso de naufrágio. 

O Titanic navegava  em um mar gelado no começo da primavera. Grandes icebergs tinha sido vistos por outros navios que navegavam por aquela rota. Um deles enviou notícias que foram captadas pelo telégrafo do Titanic. 

O operador do telégrafo estava tão confiante naquele gigante de aço que decidiu não entregar os alertas ao comandante do navio. Este foi o segundo passo.

Os dois atalaias do barco subiram até o cesto da gávea mas não levaram nenhuma luneta para enxergar ao longe. O 3º erro para o desastre. E foi assim que somente viram o iceberg à frente, a apenas 500 metros de distância.

O alarme foi tocado. 

O comandante viu o perigo, mas em vez de mandar parar as máquinas e diminuir a velocidade, decidiu  desviar do iceberg. O tempo foi muito curto e a manobra somente conseguiu o desvio de poucos graus.  O quarto erro.

Em menos de um minuto um leve tremor aconteceu por todo Titanic. Teve gente que nem percebeu. 

No impacto do casco de chapas de duro aço com a borda da montanha de gelo flutuante, alguns rebites saltaram e abriram-se grandes vãos, pelo desprendimento das chapas uma das outras. Se houvesse brecha em um ou dois compartimentos o navio "inafundável" conseguiria chegar ao destino, mas com o impacto, seis compartimentos foram atingidos e inundados. O diagnóstico do engenheiro construtor foi fatal: não havia mais salvação para o Titanic.  Seu destino não mais seria Nova York, mas o fundo do mar.

Das 2.208 pessoas que estavam a bordo do Titanic, 1.176 morreram afogadas ou de hipotermia no mar.  Isto aconteceu  pela omissão de um operador de telégrafo que recebeu vários alertas, mas não os levou à ponte de comando;  da imperícia de um Capitão que não soube diminuir a velocidade do barco para desviar do iceberg; e da negligência de uma companhia que não levou barcos salva-vidas suficientes por avareza.


UMA INTERPRETAÇÃO CONTEXTUALIZADA

A construção de um grande navio pode representar a vaidade humana à frente de uma denominação religiosa. O  mar é  mundo e sua cultura secular.  O destino da viagem está registrado na Bíblia. Quem envia as mensagens sobre o perigo  é a voz do Espírito Santo.  O texto da mensagem alerta sobre o perigo do pecado. 

Os operadores do telégrafo são os profetas da Igreja. A mensagem tem como destino a ponte de comando. Na ponte de comando estão o líder da denominação e seus ministros

A base de flutuação da Igreja são as famílias. Ela é divida em compartimentos. Os "compartimentos" onde não pode entrar a "água" gelada do mundo são: 
1) As crianças; 
2) Os adolescentes; 
3) A juventude;
4) Os chefes de família - pais e mães;
5) O louvor;  
6) Missões e evangelismo; 
7) O Ministério da Igreja.

O leme do navio é a oração pessoal de seus líderes.  A luneta para enxergar mais longe do alto do cesto da gávea, é o jejum.  

A ponta do iceberg é o pecado da soberba.  A parte maior da montanha de gelo que fica submersa, é a teologia da falsa prosperidade,  aquele velho "canto da sereia" que o diabo pregou para Jesus na tentação do deserto.

Á água que entrou nos compartimentos e fez o navio ir ao fundo, é a corrupção que cai dos canos de esgoto da cultura  deste mundo rebelde a Deus: Das novelas cheias de adultério, dos filmes violentos, da pornografia na internet, propaganda de bebida alcoólica, dos bailes gospel agora nas festas de casamento de crentes, das revistas masculinas, do homossexualismo, da pedofilia, das baladas noturnas, da  moda indecente, do namoro fornicário - etc.

Os barcos salva-vidas representam a salvação pela graça de Deus. Os 20 barcos salva-vidas do navio, insuficientes para salvar  todos passageiros, representam a negligência da liderança da Igreja que não se preocupou nem com a volta de Cristo nem com  o discipulado dos membros.

Por quê, 100 anos depois o naufrágio do Titanic nunca foi esquecido? Talvez para lembrar de umas coisas muito  importantes:

1. Nossos olhos e ouvidos podem podem ser  enganados através de palavras persuasivas de um publicidade enganosa;

2. Para enxergar a realidade dos fatos é preciso ser exigente. Um barco com 2.200 pessoas, não pode ter apenas 20 barcos salva-vidas, para o caso de um naufrágio. A menos que coubessem 120 pessoas, em cada. Mas não cabe.

3. Que não se pode confiar a vida espiritual de nossa família a uma igreja de faz-de-contas cujo barco não vai chegar ao destino.

4. O Titanic não afundou por causa de um erro, mas por uma sucessão deles: Falsa confiança, falta de barcos salva-vidas,  falta de responsabilidade, falta de lunetas, falta de conhecimento, falta de perícia e falta de treinamento. 

5. Muitas vidas que hoje estão servindo ao Senhor em certas Igrejas, não estão percebendo aquilo que as pessoas de fora estão cansadas de ver e saber. Aí vai uma lista:

  • Falta temor de Deus da liderança que não ora nem combate o pecado. 
  • Ganância escancarada e sistemática em cima do bolso dos fiéis,
  • Uso das atividades da Igreja para enriquecimento pessoal, 
  • Compra de Redes de Televisão com o dízimo dos fiéis, para transmitir programas imundos produzidos na latrina do diabo;
  • Troca do ministério pastoral por cargos de representação política. O santo pelo profano.
  • Pregação de um evangelho escancaradamente antropocêntrico: "Crê no Sr. Jesus, e serás rico, tu e a tua casa";
  • Uso do nome de Deus para fazer coisas que Ele nunca mandou; 
  • Permitir e fazer vistas grossas para o pecado contra a família: adultério, divórcio, fornicação, sob a desculpa de que Deus quer apenas o coração, e uma vez salvo, salvo para sempre!
Conclusão: Se você está ciente de tudo isto, e a metade dessas coisas estão acontecendo onde você congrega, abra bem os olhos. Mais dia, menos dia, a  fé da sua família pode ir a pique!








sábado, novembro 01, 2014

A política de desconstrução do Brasil





João Cruzué

Tenho observado o tratamento que o povo brasileiro vem recebendo dos doutrinadores marxistas e leninistas. Antes e depois da conquista do poder. Coincidentemente, o Brasil passa neste momento por um ponto de inflexão. Ou ouvimos a voz de Deus ou nossa democracia será esmagada pelos nós da serpente bolivariana.

Não há dúvida de que na panela petista há correntes políticas de todos os espectros. Desde os mais radicais aos desavisados, à semelhança da Revolução Russa depois de Lenin, é um processo de cobra vai engolindo cobra. A quem interessa analisar isto de perto, aconselho assistir o filme "A Revolução dos Bichos" de George Orwel.

No Brasil o petismo se fortaleceu através de uma simbiose com as CEBs da Igreja Católica. Conheço isto de perto, pois estudei em uma Faculdade jesuíta, no começo dos anos 80, com direito a quatro aulas de marxismo por semana. A mãe do PT é a Igreja Católica, sem ela não existiria PT no Brasil.

Até que veio João Paulo II, que tinha horror a comunismo. A arqui-diocese de São Paulo, foi repartida em quatro, Frei Leonardo Boff levou um calaboca de Joseph Aloisius Ratzinger, e para sepultar a "Teologia da Libertação" veio a corrente carismática de Padre Marcelo Rossi.

Para conquista do poder político, a cobra marxista se veste até de beata; recita versículos bíblicos em púlpitos evangélicos, e faz questão de tirar fotos ao lado de pastores pentecostais.

Mas fora da vista, ela desenha projetos e decretos que vão comendo a democracia pelas bordas. Usa da liberdade democrática, para vencer o jogo democrático pelo voto dos que não têm opção entre a fome e a esmola pública.

Quanto mais rico e próspero se torna um país, mas anticorpos a sua democracia conquista. Quanto mais desemprego, pobreza, miséria, economia arrasada, mais fácil se torna desconstruir a democracia.

No momento o Brasil está descendo a ladeira.

Depois de uma campanha política violenta, com ameças diretas e indiretas com foco na vulnerabilidade dos estados cujas famílias mais dependem da esmola pública, nossa "presidenta" foi reeleita.

Como  a vitória foi por um triz, e sob a suspeita de fraude em urnas eletrônicas, a ala mais radical do petismo procura pear o Legislativo com o desejo dos conselhos populares (cubanos, venezuelanos, bolivianos, equatorianos) onde o vizinho dedura o vizinho, e o ignorante apoia as mudanças que não entende. Estão desesperados, pois se não conseguirem derrubar a liberdade democrática brasileira agora, não terão outra oportunidade.

Querem: A censura da imprensa, a tributação das receitas das igrejas evangélicas, e que o Brasil quebre, para que todos fiquem dependentes de bolsas-esmola. Nesta situação, qualquer candidato ao Planalto ganha. Ganha porque a primeira coisa que a fome e a miséria tira de uma pessoa é a sua autonomia, sua liberdade de escolher sem medo o que é melhor para o PAÍS.

Olhando o MAPA ELEITORAL do Brasil,  podemos ver que as Regiões Nordeste e  foram as que mais contribuíram para a reeleição de Dilma Rousseff. Minha análise é diferente: Não foi culpa do povo nordestino, gente que eu amo e respeito, foi culpa da vulnerabilidade, da fome, do abandono e do descaso coronéis da política regional. Estes somente se perpetuam no poder porque mantém o povo vulnerável.res Creio que a isto devo acrescentar, principalmente, a responsabilidade da Igreja Católica Romana que não consegue mais falar ao coração do povo. Não só da Igreja Católica, mas dos Pastores Evangélicos que dobram a espinha diante desses políticos nocivos e perpetuadores da miséria nordestina.

O Povo Nordestino é um povo lutador cuja esperança, a cada ano se renova e se esvai diante da malandragem política regional. 

A Igreja, seja Católica ou seja Crente, precisa tomar uma posição urgente. Que abandone a sustentação dos faraós, e ensine o povo a abandonar a escravidão do medo de passar fome.  No Êxodo, Israel deu um passo importante em busca da liberdade. A Igreja brasileira pode ajudar nosso povo a exigir seus direitos. Por exemplo, o acesso do garoto pobre do interior à Universidade. A bolsa-família passa, pode ser até negada e ameaçada, mas a Educação permanece e ninguém a tira.

É uma vergonha que apenas 13% das pessoas com mais de 25 anos, tenha um diploma de nível superior no Brasil. Ou 5,63% sobre a base estatística eleitoral de 142,8 milhões de eleitores.

Há 514 anos tem sido assim. Muita enrolação, blá-blá-blá... e nada!


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sábado, abril 27, 2013

As instituições brasileiras sob ataque



abraço de jacaré
João Cruzué

Momento estranho o Brasil está passando. O Ministério Público está sob ataque. O Supremo Tribunal Federal está sob ataque. A Igreja Evangélica está sob ataque. A imprensa livre ainda há pouco também estava sob ataque. E quem está orquestrando estes ataques? Vamos pensar juntos.

A julgar pelos fatos são os velhos remanescentes comunistas, alunos  doutrinados pelos irmãos Castro, que desejam fazer aqui o que fizeram com a Venezuela. São parasitas radicais que vivem à sombra deste governo de coalizão. Observe bem o momento atual.  Há forças políticas no Congresso Nacional que querem mudar leis para retirar poderes constitucionais do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público. De vez em quando aparece um radical no governo com um papo de Marco Regulatório da Imprensa, insistindo em dar um "cala-boca" de força na liberdade de expressão.

Quanto à Igreja Evangélica, o velho bordão de que todo pastor é ladrão  já fazem parte daquele velho esquema destes radicais que  estão loucos para tributar os dízimos, ofertas  e proibir pastores evangélicos de pregar em programas de Televisão.  Sabem que esses pastores  atrapalham os planos de perpetuação de um governo que sustentam pensadores radicais, stalinistas, maoistas e castristas  mamando eternamente no cofre esplêndido do tesouro público! 

Ora, ora, ora!  quem é que  não está enxergando isso?

Para mim, o Brasil está passando por momentos de turbulência política. Tem comunista que está fazendo de tudo para manobrar as massas dependentes (de bolsas esmolas) contra as instituições democráticas e religiosas para solapar nossas conquistas constitucionais. O Estado está cada dia mais aparelhado - e para quê? por um projeto de governo? Acho que não, por um projeto de ditadura do tipo castrista! Deu certo na Venezuela, na Bolívia, no Equador; está dando certo na Argentina, e por que não  no Brasil?

Manietar o Supremo, Amordaçar o Ministério Público, apequenar a Imprensa e dar um cala-boca na Igreja! enquanto mantêm o povo na ignorância e na dependência econômica. Tá amarrado! Em nome de Jesus. 

A campanha eleitora de 2014 já está na rua. Podem escrever aí: Vai ter radical comunista com  bíblia debaixo do braço oferecendo "vantagens" para "irmãozinho" desgarrado a troco de  sua consciência.  São estes que  vão "convidar" para visitar Igrejas e ter acesso aos púlpitos. O bispo de uma grande Igreja já trocou Jesus pelas vantagens de estar no. "puder". Um apóstolo de outra grande Igreja está oferecendo acesso ao púlpito de sua Igreja para ter as portas reabertas na África de língua portuguesa.

No meio de tanta corrupção e "negócios" quem tem ouvidos ouça o que diz o Senhor no livro do Profeta Oseias: "Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai o campo de lavoura; porque é tempo de buscar ao SENHOR, até que venha e chova a justiça sobre vós." (Ose. 10:12)





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sexta-feira, junho 22, 2012

Postura da Igreja Evangélica diante da corrupção


João Cruzué

Este é o tipo de texto que você não vai encontrar no site de uma grande Igreja evangélica. E por que não vai? Porque suas lideranças "acham" que isto nada tem a ver com a missão da Igreja. Errado! É preciso sim tomar atitudes cristãs, ter um postura cristã, e romper com o silêncio da indiferença que nunca foi cristão.

Por mais de 40 anos o dragão da inflação devorou o bolso das famílias brasileiras. Era o gafanhoto. Devorava o suor dos assalariados de tal maneira que chegou um tempo em que dormiam com 100 cruzeiros no bolso e acordavam com 50. Até que chegou o julho de 1994. De lá para cá o dragão deixou de torrar os caraminguás dos brasileiros. Tenho certeza  que muitos pastores e muitos crentes oraram para que esse dia se tornasse realidade. E se tornou!

Todavia, outra praga surgiu e vem se multiplicado exponencialmente: as Ratazanas brasiliensis que institucionalizaram a corrupção na vida pública brasileira. Se antes ela era praticada na penumbra da noite, hoje ela é o substantivo abstrato mas saliente entre os pequenos e grandes ratos que moram nos esgotos de Brasília.

A moralidade? ora a moralidade... é uma virtude que tem sido condenada ao calvário enquanto os barrabás por baixo dos panos compõem poemas franciscanos, produzindo rimas de gerúndio com o presente do indicativo.

O futuro de nossa nação está seriamente ameaçado. Todo dia, centenas de velhinhos, crianças, índios emendigos  estão morrendo de fome e  miséria, porque algum larápio meteu a mão no dinheiro público A Casa de Deus está corando de vergonha. O dízimo financia novelas, as ofertas estão comprando fazendas de gado e Haras para criação de cavalos. É um prevaricar sem fim e sempre crescente.

A corrupção é hoje a maior praga que assola nossa nação. Vem seguida da violência. Legiões de demônios agem com desenvoltura espalhando  miséria através das mentes que só pensam em como se dar bem com o dinheiro público. Uma simbiose real sustentada no plano espiritual. Filhos de Can assalariados por satanás.

Eu já estou enfadado e irritado de tanto ouvir  nomes: "cachoeira", alfa, beta,  Monte Carlo e Delta. Mas como ratos somente andam em pares, cadê os outros roedores? Certamente estão fazendo a oração do bode emissário. Um vai para o deserto, enquanto o restante da quadrilha disfarça, e disfarça muito bem, como se fossem santos de carteirinha, desde o nascimento

E diante de tudo isso, seguem indiferentes e omissas as lideranças das grandes Igrejas Evangélicas Brasileiras, fazendo corar no túmulo os muitos personagens bíblicos que desciam a língua publicamente nas atitudes e ações de governantes que se prostituiam.

Perguntar faz parte da minha liberdade de expressão: Por que será que Tantos líderes evangélicos anda tão "caladinhos" e não têm protestado com veemência contra estes malandros que roubam o sustento dos órfãos, o pão  das viúvas e a referência dos jovens?

O silêncio destas lideranças é o maior incentivo para quem está roubando o dinheiro público. Porque neste caso específico, quem cala está CONSENTINDO em alguma coisa má.

Orar apenas não basta. Agora não é tempo de orar, mas de cobrar rispidamente mais vergonha na cara e amor ao próximo. Se o pastor e o bispo  não tem mais unção para fazer isto, a quem então iremos recorrer?

A Igreja de Jesus não vai desaparecer, mas estas associações religiosas que estão aí pregando um evangelho  de faz de contas de dia enquant à noite  despregam com novelas podres. Os crentes podem perdoar escorregões morais, mas a sociedade, não. É como o sal que perde o prazo de validade e não presta mais para nada.

Esta talvez seja a maior oportunidade que a Igreja Evangélica já teve para evangelizar esta nação. A sociedade precisa de um paradigma. De um exemplo a seguir. De referências.

 Mas cadê postura?















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sexta-feira, junho 08, 2012

Igreja Evangélica e jugo desigual na política

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 João Cruzué

 
Quero aproveitar a ocasião de um pequeno problema de saúde, para fazer uma analogia com o flerte que certas lideranças políticas evangélicas tiverem com o partido do governo na última eleição presidencial. Eu estou no "estaleiro" há quase uma semana com uma conjuntivite, inflamação no branco dos olhos, que além de me deixar os olhos pregados de manhã, durante o dia  me traz a sensação de estar com areia nos olhos. Se por um lado não estou enxergando bem, por outro, tenho uma visão bem clara das desvantagens desta associação entre liderança evangélica e comunistas históricos em uma estranha simbiose de poder, entre o santo e o profano.

A Igreja como instituição espiritual não tem posição política. Não é centro, nem de direita e nem de esquerda. Seu arado corta em linha reta para semear o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.  Fico admirado ao ver a desenvoltura de certos pastores que foram meus mestres nos últimos 30/40 anos, errando em coisas que ensinaram, e ensinaram tanto, até que se esquecerem do objeto do ensino. Estou falando do martelado princípio de evitar o jugo desigual. 

"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; 

porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça?

E que comunhão tem a luz com as trevas?

E que concórdia há entre Cristo e Belial?

 Ou que parte tem o fiel com o infiel?"
( II Coríntios, 6:14/15)

A primeira Igreja que se associou com o petismo (e se deu mal) foi a Igreja Católica, cujas Comunidades Eclesiais de Base serviram de espaço para o ensino do marxismo metamorfoseado sob o discurso venenoso da Teologia da "Libertação".  Esta simbiose foi quebrada pela ação de Carol Wojtila, -  Papa João Paulo II, que sendo polonês de nascimento, conhecia muito bem o estrago dos  efeitos colaterais dessa utopia chamada "comunismo".

Infelizmente, uma miopia espiritual começou a encurtar a visão velhos líderes evangélicos, à medida que suas denominações explodiam em número de fiéis. Homens que passaram grande parte de suas vidas preocupados com evangelização e com  poucos recursos e que de repente começaram a ser assediados e paparicados por candidatos (incrédulos) a cargos majoritários das três esferas de poder.

E um sofisma deu lugar a outro. Crentes só cuidam de religião, pois política é coisa do diabo; e se não tivermos representantes em todas as esferas de governo, os não crentes vão prejudicar a Igreja. Quanto ao primeiro, os corruptos se assenhoram do poder, porque os cidadãos de bem são ensinados a ficarem afastados do poder por causa da corrupção. E quanto ao segundo, em lugar de um plano político para conquistar mais cadeiras legislativas, melhor é ter um plano consistente de evangelização que aumente a taxa de crescimento do Evangelho com um discipulado efetivo. Simples: é melhor ter metade mais um da população brasileira temente a Deus, do que metade mais um dos congressistas em Brasília.

Resultado: a Presidente Dilma fez mesmo um trato político com bispos e pastores evangélicos, mas este acordo é um fio atravessado a poucos milímetros do fio de uma navalha. O Partido da Presidente não é homogêneo; ele é composto de várias correntes. Em seu projeto de poder, o partido consegue aglutinar desde um PCdoB cujo representante vai apresentar o projeto de proibição de aluguel de espaço na TV, até velhos pastores da Igreja Assembleia de Deus.

O que dá segurança à Igreja do Senhor Jesus, não é representação em órgãos legislativos, mas a conquista da opinião pública por ações legítimas de solidariedade, principalmente com os menos assistidos. Não adianta ter 100 parlamentares evangélicos de um lado, se por outro a ganância e a exploração da fé alheia salta aos olhos da sociedade.

A Suécia é a pátria-mãe das Assembleias de Deus do Brasil. A maioria do povo nominalmente é evangélica. Desgraçadamente, a influência da Igreja por lá deve ter sido tão incipiente que o casamento gay e a obrigação de realizá-lo nos púlpitos é uma realidade de dois anos para cá.

O Canadá tem uma Igreja presbiteriana que congrega 70% dos canadenses. Infelizmente este número não tem qualidade. O casamento gay também foi aprovado por lá, e a Igreja já se prepara para celebrar as "bênçãos matrimoniais" de mesmo gênero por lá.

Nos dois países a maioria dos representantes políticos são cristãos nominais cujas consciências se movem de um lado para outro de acordo com o vento de uma aparente "modernidade" social.

O Brasil precisa de uma Igreja Evangélica forte. Uma Igreja que não coloque os meios adiante dos fins. Não é um projeto político que vai trazer credibilidade à atuação da Igreja. A representação política é uma consequência natural do avanço da Igreja em todos os extratos sociais da nação.

Quero denunciar com veemência que não é um bom negócio para a Igreja Evangélica brasileira esta associação estranha com o petismo, pois seus líderes políticos correm  sério risco de serem coniventes com as dezenas de "marcos regulatórios" que estão escondidos nas cartolas desse partido.

Se algum dia  sobrevierem  empecilhos à pregação do Evangelho e humilhação da Igreja para celebração de bençãos matrimoniais de casamento de mesmo gênero, não vai ser por culpa de ateus, nem de incrédulos nem dos homossexuais. Vai ser mesmo  pela loucura de pseudo-pastores e bispos que  relativizaram as verdades bíblicas, pisaram na vocação  e se esqueceram de servir de referência  às gerações mais novas.





sábado, abril 14, 2012

Pl 122 e a imunidade do Imposto de Renda das Igrejas Evangélicas


João Cruzué

Há cinco anos venho escrevendo sobre as consequências da aprovação de uma Lei da "homofobia" no Brasil. Durante este tempo, venho me deparando com sofismas e verdades e a extensão do prejuízo do Pl 122/06 sobre a liberdade de evangelização da Igreja,  é bem mais profunda do que você e eu imaginamos.

Antes que o ex-ministro Fernando Haddad decidisse distribuir o kit gay para os adolescentes de todas as escolas do Brasil, o Blog Olhar Cristão já alertava sobre o que tinha acontecido no Chile cujo "Ministério da Educação" fez exatamente isso e eu publiquei em 2009  a tradução da carta, indignada e esclarecedora  do Pastor Hector Muñoz Uribe , de Concepción/Chile.

Também já escrevi sobre a decisão do conselho de Igrejas da Suécia, berço da Assembleia de Deus Brasileira, ajustando a liturgia evangélica de lá para as celebrações do casamento homossexual.

Hoje, venho fazer um alerta muito maior.  

A potencial perda de imunidade  tributária da Igreja brasileira (evangélica ou católica) perante a Receita Federal. Insanidade minha? Não! Depois que a lei de "homofobia" foi promulgada no Canadá, se a Igreja local for denunciada por qualquer ato "homofobico" (pregar a verdade bíblica sobre o comportamento homossexual, deixar de realizar cerimônia religiosa de "matrimônio" gay) ela está ameaçada de perder a imunidade tributária por "discriminação", perante a CRA - Canadian Revenue Agency, a receita federal canadense. Diante disso, algumas Igrejas daquele país estão levando em consideração ficar sem a imunidade em lugar de falsear a verdade bíblica.

Dedico esta denúncia aos líderes evangélicos brasileiros que, de forma recorrente, têm ficado "quietinhos" enquanto as hostes espirituais da maldade estão organizando seus exércitos para desmoralizar a palavra de Deus escrita na  Bíblia Sagrada. Na verdade não estamos lutando apenas contra as ideias de ativistas do gayzismo, pois eles são apenas a ponta do iceberg neste mundo temporal. O momento de tomar posição é agora, antes que o sagrado se torne sal velho.

Posso descrever hoje  o comportamento das  lideranças indiferentes da Igreja evangélica brasileira, como a do comandante do poderoso Titanic, navegando presunçosamente em rota de colisão contra um insignificante "Pl.122" achando que estão seguros em um barco que  Deus não deixará afundar.

A Igreja (Presbiteriana) do Canadá já está fazendo água. Para não perder a imunidade do Imposto de Renda, mudou sua liturgia para "engolir" o casamento gay e baniu o livro de Romanos do púlpito. 


Nota: Aos céticos, recomendo fazer uma simples pesquisa (em inglês) nos sites de busca, para tomar conhecimento  desta triste verdade.


Reportagem original de João Cruzué para o Blog Olhar Cristão



sexta-feira, novembro 05, 2010

As quatro estações do Evangelho

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João Cruzué

Ano passado li uma crônica de Carlos Heitor Cony, falando do Bispo. Do bispo da Igreja Universal. De denúncias, perseguições, condenações, charlatanismo, dízimos, Cristo, Maomé, enfim, está lá, no caderno da Ilustrada de sexta, 21.08.2009. Sobraram algumas cotoveladas indiretas, sem grande contundência. Na verdade o texto era um pouco espagueti. Enrolado, enrolado, mas sem radicalizar com sua eminência Universal.

Fiquei com a introspecção dos dois últimos parágrafos. "O que a história realmente conta é que, mais cedo ou mais tarde, quando as religiões são oficializadas, estruturadas em seu culto e doutrina, elas tendem monotomamente perseguir e desprezar os começos de qualquer outro culto ou doutrina. Mas à medida que a "barra" fica pesada, sobretudo para os seguimentos mais miseráveis da sociedade, a busca pelo milagre e pela salvação é boa semente para todo aquele que, em nome desse ou daquele Deus, ofereça à fome da alma humana o milagre da saúde e o pão da esperança."

A estruturação, "teologização", organização das funções da Igreja, sem dúvida burocratizam o sagrado; esfriam o santo e entram em um processo irreversível de entristecimento do Espírito. E no meio dessas cinzas reinam estruturas sinédricas, cujos "nicodemos", de vez em quando, vão ao Senhor à noite para perguntar o que é nascer de novo.

É por isso que no meio dos anos, das décadas, dos séculos, dos milênios Deus com infinita misericórdia escolhe outros homens para trabalharnda seara. Interessante é que não perde Seu tempo para assoprar velhas cinzas. Não fez isto em Jerusalém, nem em Roma, nem nas Igrejas tradicionais e não o fará nas (ex)pentecostais. Não entendo bem isso, mas é assim tem sido assim.

Edir Macedo Bezerra nasceu em 18 de fevereiro de 1945. Fundou a Igreja Universal em 09 de julho de 1977. É presidente do conselho das Redes de TV Record, Record News, Rede Família de TV. Fundador da Grafica Universal e do Portal Arca da Web. Criador e presidente do Conselho da Rede Aleluia de Rádio. Fundador e responsável pela Igreja Universal do Reino de Deus, com igrejas em mais 100 países da América, África, Europa e Ásia.

Nome polêmico entre católicos e protestantes; crentes e ateus. A imprensa o chama de charlatão. Os crentes de outras igrejas acham-no um homem desviado. Os incrédulos e mesmos muitos crentes o chamam de "ladrão". A rede Globo procurou massacrá-lo no início dos anos 90. E 15 anos depois continua movendo seus "peões" para defenestrá-lo. Se existe uma liderança que incita as emoções e as paixões de todos os brasileiros ela tem um nome: Bispo Macedo.

Mas as pessoas se esquecem do outro lado. Se os fiéis da Igreja Universal, hoje, são contados entre 4 e 8 milhões de membros, isso tem que ser creditado primeiro a Deus. Depois ao exercício dos talentos do Bispo e seus auxiliares

É bem verdade que muitos pastores e bispos, padres e papas, vão comparecer diante do tribunal de Cristo argumentando que operaram muitos milagres, ganharam muitas almas, fizeram muita caridade. Entretanto também é sabido que o Cristo vai dizer para muitos dos tais: "Apartai-vos" de mim malditos, para os "santarrões" que nada fizeram, a não ser criticar, em vez de colocar seus talentos em ação.


Mas meu verbo neste texto não é de açoite ao bispo, nem a Cony nem contra "apóstolos" ou papas. É contra os imensos montes de cinzas que muitas denominações evangélicas estão se transformando. 

Não há projetos sérios, mas sobram vaidades. Não há entusiasmo evidente, mas a apatia pode ser lida nos olhos de milhares. Nunca vi tantos seminários, e paradoxalmente, essa montanha de diplomas não funciona: são tão estéreis que a fome espiritual já chegou dentro dos próprios templos. 

Crentes famintos de Deus, e "cheios" de prosperidade. E neste ano vi dezenas de grandes pastores largarem seus arados atrás de poder temporal. Pelo menos, uma coisa boa aconteceu: é que mostraram suas verdadeiras faces.

O que vai acontecer com esses montes de cinzas? Vai o Senhor promover um novo avivamento neles? Minha experiência de cinquenta e poucos anos me mostra que não. Deus não perdeu seu tempo para avivar a estrutura religiosa do Templo de Jerusalém. Nem reformou a Igreja Católica, apesar da Reforma, nem as Igrejas protestantes tradicionais no início do século XX. Ele criou novas estruturas e deixou as velhas no apodrecimento.

Ele tem por costume escolher homens e mulheres simples, para depois assoprar-lhes o Espírito em suas narinas. E eles saem de suas próprias Igrejas, pois ali não têm voz. E vão bater em outras portas. E lá começam do zero. E em 20, 30 anos constroem ministérios sob a inspiração divina que varrem os quatro continentes. Outros Mirandas, Macedos, Soares, Valdemiros e Malafaias.


E o ciclo da espiral do tempo continua em quatro estações. Avivamento, organizações humanas, burocratização e cinzas. Se não fosse isto, as antigas Igrejas já teriam se arvorado em proprietárias do céu. Seus pastores, bispos e apóstolos, em projetas da verdade absoluta. Suas famílias em longas dinastias de reis. 

Assim como o sol determina as estações do ano, Deus, por sua graça, também promove novos pastores e outros bispos para distribuir o Pão da esperança, o Evangelho, às multidões  famintas e oprimidas pelo diabo.

E eu, aqui, estou lúcido, consciente, e triste em dizer tudo isso. Por outro lado, glorifico o nome do Senhor, pois tenho presenciado o mover da sua mão nas "casas de Jessés" escolhendo e ungindo homens e grandes ministérios. Eles vêm e passam, mas o nome do Senhor permanece para sempre. E milhões de almas ouvem o Evangelho porque sua Palavra vai, prospera e não volta vazia. Se estes homens se corrompem, não importa, Deus tem outros tantos mil que ainda não dobraram os joelhos diante da estátua do engano.


Ebenezer. Maranata!


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domingo, agosto 22, 2010

A perda de referenciais da Igreja evangélica brasileira

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João Cruzué

Estive conversando com um irmão pentecostal indiano esta semana e ouvi algumas coisas interessantes sobre os pentecostais daquele país. Ele se admirou com a semelhança de costumes quando eu falei dos padrões de conduta e costumes dos pentecostais brasileiros dos anos 60's e 70's. E ele me disse que na Índia esses padrões, que ele chamou de ascetismo, iam um pouco mais além. Então eu comecei a analisar o quanto mudou os padrões evangélicos no Brasil, principalmente o pentecostal nestes últimos 40 anos. E as mudanças foram principalmente fisiológicas e doutrinárias.

pentecostais na índia que se propuseram a radicalizar sobre usos e costumes. Rejeitam o uso de qualquer calçado, andando com os pés no chão. Nas reuniões não usam esteiras, bancos ou cadeiras como assento. Simplesmente assentam-se no chão. Coisas desse gênero.

No Brasil, soube de tempos que o uso do chapéu (e da bengala) eram obrigatórios. Alcancei o tempo da aversão aos paletós com abertura (rachados) atrás. Da exclusão pela compra e uso de um televisor (e rádio) em casa. Quantas jovens, eu presenciei, foram disciplinadas por ter aparado as pontas do cabelo, etc, etc, etc.

Sabemos que esse tipo de ascetimo, embora muito louvado, não faz da pessoa um cristão, embora um cristão de verdade possa se submeter a esses padrões por obediência à palavra de Deus. Mas não quero focar o texto em padrões de usos e costumes, embora os bons costumes devam ser encorajados. Desejo convidá-lo a pensar sobre a grande mudança que está acontecendo com a igreja evangélica brasileira, notadamente a pentecostal, quanto ao abandono dos princípios cristãos.

Gostaria de comentar o que está acontecendo com o princípio do temor de Deus. Fiquei muito admirado ao ver pastores de grande liderança pentecostal, já em idade avançada, trocar ou estão buscando a troca do púlpito pela tribuna de uma casa legislativa qualquer. A profanação e a relativização do sagrado pelo desejo de exercer o poder no mundo. E a perda desse temor está justamente em: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele."

Minha mãe certa vez foi limpar um guarda-roupa. Ela encontrou alguns velhos cobertores e decidiu estendê-los no varal; ficou muito desapontada, quando percebeu que um "ninho" de cupins havia se instalado neles. Pela frente, não havia nem um sinal de cupins; olhando pelos lados, os cobertores estavam perfeitos, mas quando foram erguidos do lugar, o estrago estava por trás.

O povo evangélico de nosso país está surpreso. Decepcionado. Entre ele, me encontro. Decepcionado com a perda de muitos referenciais evangélicos, que se têm mostrado muito mais apaixonados e interessados pela política do que permanecer como paradigmas das gerações mais jovens. O que minhas filhas vão dizer quando aquele pastor presidente de um grande ministério da Assembléia de Deus trocou a palavra pelo discurso, o púlpito pela tribuna, o nome de "Irmão" pelo de "Excelência", sob o pretexto de "defender" os princípios cristãos contra o laicismo e os homossexuais? E o que dizer da enxurrada de "pastores", "bispos" e "apóstolos" que seguiram esse tipo de mau exemplo e estão correndo em desvario atrás de um cargo público que lhes dê mais ostentação?

Para onde estão indo os referenciais de nossa Igreja? E para onde vai a vida espiritual de nossos filhos e netos que já descobriram que eles são obreiros fraudulentos? Hipócritas que não guardaram o testemunho daquilo que pregaram e exigiram dos membros das igrejas, e até excluíram muitas famílias em nome de uma "santidade" que estão pisando agora?

E o que farão agora centenas e milhares de obreiros que sempre honraram e obedeceram estes referenciais que agora se mostram corrompidos de juízo e secos de amor ao Senhor? Vão continuar tranquilos e sustentando o insustentável?

Caro leitor, vou dizer apenas mais uma "coisinha" antes de parar por aqui. Meu irmão indiano me disse que uma das razões (postagem anterior) pela qual sua mãe decidiu ser uma cristã pentecostal, foi a atitude de uma irmã bem simples, que decidiu passar a noite em claro, com ela, no quarto de um hospital, assistindo um marido morrendo de câncer. Solidariedade.

Amor cristão. Quero perguntar e desejo ouvir uma resposta sincera: você tem visto solidariedade nos referenciais de sua Igreja? E uma pergunta ainda mais desconcertante: Valeria a pena ser solidário a alguém com o propósito de atraí-lo a congregar numa igreja dessas? O que essa pessoa iria aprender em uma Igreja onde os valores cristãos de seus referenciais já foram "bichados" por "cupins" e em seus corações a glória desse mundo é muito mais desejada?

Jesus, se eu estiver vendo as coisas de forma errada, o Senhor me perdoa, pois eu não consigo ver de forma diferente. Para mim, o lugar de um pastor presidente é à frente do Ministério. O Lugar de um Bispo, é à frente de uma Igreja. Brasília, pode ser o lugar de muitos crentes. Não de um Bispo ou de um presidente de um campo. A menos que ele não queira mais o cajado.

Os meus antigos referenciais não mais me servem de referência. Eles trocaram seus ministérios de pastores e bispos por cargos de deputados e senadores. Eles foram tentados e caíram, onde Jesus não caiu. E a cada ano eleitoral, estão fazendo mais "discípulos"

Graças a Deus que isto não me surpreende, pois já venho me decepcionando há muitos anos. Mas onde estão os referenciais da Igreja para meus filhos e netos? Se eles me perguntarem, vou dizer que se mudaram para Brasília!



SP - 22.08.2010.



cruzue@gmail.com




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domingo, julho 25, 2010

Novos caminhos para a Igreja Evangélica no Brasil

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João Cruzué

A imagem das Igrejas Evangélicas brasileiras vem sendo arranhada pouco a pouco. E o ápice disso veio a partir dos anos 90s, quando a massificação do evangelho da "prosperidade" pela Igreja Universal do Bispo Macedo. A forma avarenta de buscar a "plata" no bolso dos fiéis chocou a sociedade em uma escala muito maior do que sua precursora, a Igreja Deus é Amor. Como a primeira impressão é indelével, quero utilizar mais uma vez esta "bigorna" virtual para acertar um alvo real e digno de nosso repúdio. E para não ficar apenas na crítica, mostrar novos e decentes caminhos para quem quiser observar.

Eu aceitei Jesus nos anos 70s na Igreja Deus é Amor. E já naquele tempo já existia uma crítica interna sobre a forma anti-bíblica de retirar as ofertas. A partir da antiga sede da Conde de Zarzedas, ainda no tempo do barracão de madeira, sempre se começava a retirar ofertas a partir da nota de maior valor. Quem tivesse aquela nota mencionada que ficasse com ela erguida para o alto, para que a oferta fosse vista e recolhida. Esta forma "didática" era copiada nas congregações. Considerando que a forma bíblica recomendada é a discrição no ofertar, para que haja uma recompensa, o erro doutrinário já começava ali.

E foi repercutido ao extremo pela Igreja Universal e tantas outras. Como cristão de viés evangélico sinto-me à vontade para falar sobre este assunto, sem deixar de registrar, que fui católico, e que as heresias e formas de tratar o dinheiro na ICR é ainda pior, pois sempre se utilizou de vultosas quantias de dinheiro público para tocar seus interesses. Mas o foco do texto não é esse, e portanto, volto ao curso do "rio".

É de um clareza cristalina a imagem que a Igreja Evangélica atual, umas mais outras menos, passa sobre sua forma de arrecadar e aplicar recursos. A preocupação de algumas Igrejas neo-pentecostais de "deixar" propositalmente de mostrar as arrecadações de ofertas nos cultos divulgados pela TV é um indício muito forte de que esta faltando de transparência, e esconde coisas erradas.

A multiplicação de congregações neo-pentecostais em todos os bairros das grandes cidades, antes eficientes evangelizar a periferia, hoje não é mais visto assim. Na verdade, elas são fontes de recursos. Quantidade que traz prosperidade - para a "Igreja" ou melhor multinacionais da fé. Se pensa que estou errado, que paguem uma pesquisa profissional para sacramentar o que o brasileiro comum pensa das Igrejas ditas evangélicas neste século XXI. Posso adiantar o resultado em duas palavras: ganância e avareza. Exploração financeira em cima de fragilidades humanas.

"Abre o teu bolso para Jesus, que ele vai recompensar sua atitude." "Quem semeia pouco (dinheiro) colhe pouco." "A oferta que está no teu bolso e você não quer dar, é porque está ouvindo a voz do diabo" Frases maliciosas, com certeza ditas por autênticos lobos, interessados em duas coisas: primeira no dinheiro. Segunda: que a responsabilidade de resolver o problema do fiel é de Jesus. Não da Igreja. Lavagem cerebral e mesquinhez.

Sanguessugas. Receitas sim, despesas não. Bem ao contrário das bases da Igreja verdadeira que Jesus lançou nos primeiros anos, quando os recursos da Igreja eram utilizados para o sustento do sagrado e amparo dos menos favorecidos.

Entendo que a forma atual de arrecadar ofertas das grandes denominações não visa o bem estar social, senão projetos megalomaníacos. Templos cada vez maiores. Shoppingtemplos com praças de alimentação, livrarias, roupas de grifes e uma série de outros desvarios sempre suplantados por outras "novidades" ainda piores. Isto é uma vergonha.

Vergonha para quem não sabe mais o sentido deste verbete, e dificuldades para quem ainda prega o Evangelho genuíno, que graças a Deus ainda ocorre.

A Igreja Evangélica brasileira não pode mais tapar o sol com a peneira com projetos de marketing desenhados apenas para enganar a fé alheia. Nossa nação já é muito esclarecida para aceitar tais enganos. Evangelho é primeiro virtude e depois palavras, na acepção paulina do termo. Se alguma Igreja deseja mesmo ganhar almas para Jesus, vai ter que mudar a política do "venha a nós; ao vosso reino, nada!

Por que será que o funk tem arrastado multidões de jovens na periferia das grandes capitais para ouvir letras chulas que insinuam que todas as mulheres são animais do sexo, enquanto centenas de congregações evangélicas estão com sérios problemas de crescimento? Simples, por que estas estão usando (direta ou indiretamente) Jesus como meio para atingir um fim que é dar sustentabilidade financeira à "filial" de uma Igreja. E o Espírito Santo, onde fica? Fica do lado de fora! Assim com também vão ficar uma multidão de crentes decepcionados, enganados e frustrados, por que deram - e não receberam.

Para ter a boa mão prosperando as ações de uma Igreja em nossos dias, é preciso repensar a forma de usar o dinheiro. A transparência que está acontecendo com os órgãos públicos vai ter que ser notada no meio da Igreja. Li recentemente no Blog Caos Esperança do meu irmão San Martin, uma entrevista com um antigo pastor da Assembleia de Deus, abordando a forma antiga e atual de se evangelizar. Achei ridicula a crítica, pois esse pastor sempre fez parte do "sinédrio". Se o povo perdeu o ímpeto de evangelizar, é porque cora de vergonha ao ver os interesses rasteiros de muitos de seus líderes. E na verdade, não se trata do povo, mas do próprio Espírito Santo, entristecido, em ver sua atuação manipulada para aumentar as fontes de financiamento de projetos de homens desviados da verdade.

O pior desviado é aquele que é cego, e não pode ver o caminho da perdição sob seus pés. Se antes os apóstolos se dedicavam à oração e à palavra, como podem ser compreendidos os líderes evangélicos de hoje, que estão escolhendo o caminho do Congresso Nacional? Estes novos rumos destoam dos exemplos apostólicos.

A Igreja evangélica precisa retornar ao leito original do Evangelho. Santidade, respeito no trato com o dinheiro, decência na forma de arrecadar fundos para uso intensivo em projetos sociais. Por exemplo: A desigualdade social de nosso país é uma das piores do mundo. Uma das formas clássicas de combatê-la é através de projetos de cunho educacional. Se isto não for feito, duas, três gerações de famílias de lugares desassistidos vão continuar na miséria sem ter quem os liberte. Há tantos projetos missionários transculturais por aí, apenas para "marketing", e preciso dar graças a Deus por eles, mas como se explica a existência de um país com desigualdade social apenas suplantada por um Haiti?

Se depender do Governo Federal, preocupado no momento com projetos de "Trem Bala", grandes estádios de futebol, e coisas afins, estas famílias escravizadas pela miséria, vão continuar escravas do diabo e de nosso egoísmo por muitas gerações. Eis um novo e "velho" caminho para a Igreja Evangélica. Carey, o missionário que dedicou sua vida à Índia, certa vez aconselhou seu filho à caminho de missões: "Primeiro se deve ensinar um povo a ler, para depois ensinar a Bíblia." Isto ainda é válido para nossos dias.

A Igreja Evangélica brasileira precisa repensar sua forma de atuação. Seu cheiro se mostra detestável perante a sociedade brasileira, por causa do mau comportamento de grande parte de suas lideranças. Isso pode ser mudado? Pode. Vai mudar quando ela deixar ajuntar tesouros e construir megatemplos, para ir em busca dos que estão escravizados pela miséria do analfabetismo, das portas fechadas a um ensino de qualidade. A partir do momento que o membro de uma família miserável tiver acesso a uma Universidade, ele mudará o destino de todas as gerações seguintes. Ainda estou com Carey. Um país de ignorantes sempre vai estar acorrentado à miséria que é filha do diabo.

Acredito em um Deus de Milagres, tanto quanto creio que quando certos milagres não vêm, são porque existem recursos humanos disponíveis que podem atacar as mesmas causas. A Igreja Evangélica brasileira já está madura e tem o conhecimento e os recursos necessários para demonstrar o verdadeiro amor de Deus e corrigir a heresia do "É dando, que se recebe" pela verdade bíblica do "Melhor coisa é dar do que receber".




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domingo, maio 23, 2010

Para onde vai a Igreja Evangélica brasileira


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SE NÃO HOUVER COMPROMISSO,

ISSO PODE ACONTECER MAIS CEDO DO QUE VOCÊ PENSA!


Indiferença


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"O preço da liberdade, é a eterna vigilância."

Thomas Jefferson.
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João Cruzué

É doloroso para mim, expor essa idiossincrasia que, sinceramente, gostaria fosse apenas pensamentos ruins em uma tarde cinzenta de domingo. Espero que nosso Deus tenha misericórdia de nós e continue falando conosco sobre o mal que está a caminho para enfraquecer e corromper ainda mais a família brasileira. Se você quiser, pode copiar e passar adiante este texto .

Nos início dos anos 60, um movimento mundial de rebeldia sacudiu a juventude sob o falso nome de liberdade. A chamada era do "sexo, drogas e rock n' roll. O resultado foi a banalização do amor, a publicidade do uso do cigarro e das drogas pelos artistas, produzindo dentro das famílias uma geração de filhos nascidos sem amor e sem responsabilidade, que ainda jovens começaram a repercutir em maior escala o meio de cultura de onde vieram.

Na geração seguinte, por falta de amor familiar, as drogas levaram para as prisões 80% (ou mais) de sua populações carcerárias. Uma multidão de zumbis perambula hoje pelas ruas fumando crack, enquanto transformam em latrina as calçadas dos prédios públicos do Centro das grandes cidades. A ponta do iceberg.

Não satisfeito, o adversário espiritual de nossa fé procura implementar a nível mundial a segunda fase da cupinização da família. Família esta instituída na concepção de Deus a partir da união de um homem com uma mulher. Infelizmente este mal virá e suas consequências serão muito mais graves que delinquência, moradores de ruas, cracolândia e latrinas nas calçadas. Que resultados podem vir de uma família constituída de forma diametralmente oposta ao estabelecido pelas Lei Divina, se o trailer que vemos hoje já é terrível e impossível de reverter?

Podem me rotular de fundamentalista religioso, mas se os efeitos nocivos das gerações nascidas após os anos 60 foram alarmantes e nenhum deles pode ser controlado pelo poder público, quais serão então os efeitos das gerações nascidas em um ambiente onde não haverá mais famílias?

A quem se deve responsabilizar por tal situação? A resposta é bem clara: à Igreja, e suas lideranças, cujas funções principais são: salgar e iluminar a sociedade. Salgar, para que não se corrompa e apodreça; iluminar, para que aponte o caminho que se chama Jesus Cristo. Estou vendo uma igreja atuante? Não. Fico ainda mais preocupado quando leio o veredito de Jesus: Quando o sal não presta mais para salgar ele para nada mais presta. Os ímpios já estão pisando na Igreja de nossos dias.

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"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?

Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens."

Mateus 5.13

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Depois dessas considerações, vamos aos fatos. Quero começar chamando sua atenção para o primeiro fato. Enquanto a América do Sul, praticamente inteira, estava sob o chicote das ditaduras, a Venezuela era um mar de democracia. Entretanto, a corrupção foi aumentando, aumentado, aumentando tanto, que uma geração depois a Venezuela esta ruindo debaixo de um governo autoritário. A economia já foi, a liberdade de expressão está indo, e se já não está fazendo água, a Igreja venezuelana - tanto católica quanto protestante - serão transformada em Templos de "chapas brancas". A causa da mudança foi a corrupção.

O caso do Chile. Sob o azorrague do General Pinochet, milhares de chilenos foram torturados, mortos e desaparecidos durante os 17 anos de seu governo ditatorial. O tempo de Augusto Pinochet passou. A Igreja cristã é forte no Chile; quase 18% são evangélicos. Mas nem homens fortes da Igreja Evangélica: Bispo Manoel Covarrubias, Emiliano Soto Valenzuela e Roberto Lopez Rojas puderam conter o ímpeto do movimento homossexual no Chile que recebeu muitos recursos da Espanha para conquistar espaços políticos sob a influência da Igreja. Como resultado disso foi o amparo do MEC chileno para a distribuição de um manual de homoafetividade chamado "Educando na diversidade, Orientação Sexual e Identidade de Gênero. Qual a minha interpretação sobre o caso chileno? Creio que a vaidade dos "grandes" Bispos em participar das consultas governamentais e as portas abertas do Palácio de La Moneda lhes tirou os pés do chão. Acho que foram enganados, imaginando possuir uma força política que na verdade não tinham.

A terceira análise é sobre a Igreja Católica. Embora o credo protestante não inclua Maria e os "Santos" no seu credo, quando o assunto são os diretos da família, a Igreja Romana exercita uma grande pressão política nos países sulamericanos. Entretanto, no momento ela está sob o fogo cerrado da imprensa mundial penitenciando-se de milhares e milhares de abusos praticados por padres pedófilos acobertados por seus superiores. Quando os líderes romanos começam a repreender o ímpeto do movimento homoafetivo mundial, eles são envergonhados recebendo no rosto o que fizeram. Uns analisam que a super-exposição da pedofilia dos padres romanos na mídia é parte de um plano nascido dentro do próprio Clero, para desestabilizar o Papa. Mas eu também acho que o movimento homossexual esteja por trás disso.

E sobre a Igreja Evangélica brasileira, onde dei meus primeiros passos nos anos 70, quando o Batismo no Espírito Santo era hierarquizado no topo das orações dos crentes pentecostais e a Bíblia a regra de fé e prática de Presbiterianos, Batistas, Metodistas e Quadrangulares, como mudou! E uma mudança de 180º para pior. Onde foi que pioraram?

Tanto a Igreja protestante Tradicional quanto a Pentecostal perderam a paixão. Sua coluna mais forte - o Louvor - está adernada. Foi uma surpresa a aceitação do movimento pentecostal no meio Tradicional. Até a Igreja Católica trouxe o "pentecoste" para barrar o avanço da Teologia da Libertação. Mas o Pentecoste das Igrejas Pentecostais foi corrompido por um poderoso sofisma: a teologia da prosperidade. A "plata" hoje está no topo da hierarquia, e se ainda existe algum evangelista que pregue sobre o Batismo com o Espírito Santo, é um caso raro e isolado. Os pregadores tiraram completamente sua importância, pois para orar por ele é preciso andar em santidade, jejum e oração.

Não é com jatinhos e bilhões de dólares gastos em redes de TV que se ganha e CUIDA de uma alma. Lembro-me do "poderoso" Jimmy Swaggart da igreja Assembléia de Deus Americana. Ele, em certo tempo tinha os recursos que quisesse para evangelizar em quase todos os países do mundo. Quando ele estava no topo da escada, que não foi Deus quem construiu, o diabo lhe derrubou. O escândalo foi tão grande, em proporções mundiais, que forma muito mais as almas que deixaram de entregar pela porta do que as que entraram e permaneceram. Muitos outros "swaggarts" estão a caminho, inclusive no Brasil.

Deus não se deixa escarnecer. E sua glória não dará a ninguém, para que o homem não venha a dizer que conquistou almas com a força do dinheiro e do próprio braço. Quem convence integralmente uma alma do pecado e produz arrependimento verdadeiro ainda é o Espírito Santo. As igrejas estão cheias de membros que não têm certeza de salvação. Por quê? Porque ouviram um evangelho corrompido. Um evangelho do é dando que se recebe! Muito diferente do que diz a Bíblia: Melhor coisa é dar do que receber! Imagino que se receber aquilo que Deus não quer é caminho certo para o engano e o inferno.

Quero deixar uma pequena experiência. Certa vez, quando era mais jovem, estava pregando o Evangelho no Largo Treze de Maio, em Santo Amaro, São Paulo e o assunto era o mal que um homem sem Deus chega ao ponto de praticar. Na hora do apelo, eu vi uma nuvem de mãos levantadas. Eu orei por aquela gente, e nunca mais vi nenhuma delas. Esse fato perturbou-me. Meditando sobre aquele assunto cheguei à conclusão, de que eu era responsável pelo cuidado daquelas vidas diante de Deus. Pelo menos assim se entende do trabalho de Cristo e Paulo. Ganhar almas e deixá-las ao "deus-dará" para mim, é como uma mulher que acabou de dar a luz e deixou seu bebê na grama do parque e foi embora.

Os telepregadores não estão conscientes disso. Ou nem querem. Depois que eu ouvi o áudio da Instrução de um Bispo da Igreja Universal (R. Panceiro) explicando as metas a seus obreiros eu corei de vergonha. Não pelo que ele disse, mas pelas palavras que cuidadosamente deixou subentendidas. Falava sobre o período seis meses de carência estipulado para que um pastor reuna um rebanho na congregação para que passe a produzir a meta do "leite" necessário. Dizia mais ou menos isso: se outros conseguem em seis meses e você não, é porque é "mole".

É por isso que na parábola das dez virgens está escrito: "Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós,
ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. Estão vendendo o Evangelho e este joio, se espalhou por quase todas as Igrejas. O mal está tão disseminado, que muitos pregadores não sabem que estão plantando joio em lugar do trigo.

Os dias de sucesso e fama das Igrejas Evangélicas e de seus líderes estão fechando seus olhos para o que está por vir. Da mesma forma que aconteceu no Chile o movimento LGTBS já planejou ações no campo da Educação para executar no Brasil.

Não estou usando este texto para discriminar gays nem julgar suas ações políticas organizadas mundialmente. Isto faz parte do tabuleiro democrático. Estou sim, criticando, e cobrando a mesma paixão, o mesmo empenho, o mesmo engajamento dos líderes da Igreja Evangélica brasileira que se diz 25% da população brasileira. Se eles estão demonostrando que "não estão nem aí" é porque não são mais pastores e nem estão preocupados com os destinos do país.

Nunca pensei que chegaria ao ponto de dizer isso: mas se daqui a alguns dias o Ministerio da Educação de nosso país começar a mandar professoras distribuirem cartinhas de homoafetividade em classes de aulas, pessoalmente vou entregar algumas delas nãs mãos dos líderes da Igreja onde congrego. Mas antes que isso aconteceça, vou pessoalmente escrever uma carta para cada um deles - avisando.

Para onde caminha a Igreja Evangélica brasileira? Para os lados e para trás. Diante de assuntos extremamente importantes, ela está morna e seus líderes indiferentes - com raríssimas exceções. Infelizmente, há mais possibilidades que o PL 122 passe, do que o Congresso o reprove. De que vale 25% de evangélicos na população se sua liderança é frouxa e até comprometida com políticos que declaradamente consideram a causa gay moderna e o fundamentalismo religioso o atraso da nação.

Isto é uma vergonha!


João Cruzué é editor do Blog Olhar Cristão