"E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda;
e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos
do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir.
Deuteronômio 28:13
João Cruzué
O Brasil é um país cristão, pois crentes e católicos ultrapassam a casa dos 50% dos eleitores da nação. Mas em termos de ativismo político e engajamento, estes cristãos não têm exercido nem manifestado de fato o potencial da força que possuem. Quanto a nós, evangélicos, nossas famílias compõem cerca de 25% do eleitorado brasileiro. Em tempos de tanto engajamento de outros segmentos da sociedade em causas dos mais variados matizes, queremos mais uma vez emitir nossa opinião sobre a importância das eleições de 2008. Não podemos mais errar nem deixar a oportunidade passar porque esta omissão pode custar não só o avanço do evangelho como a nossa liberdade de expressão.
A maioria dos evangélicos brasileiros, que é do ramo pentecostal, teve um discipulado político equivocado, para dizer pouco. Assim como o rádio e a televisão, a política também foi estigmatizada como coisa do diabo. Mas isto não é verdade. A Pátria de Israel foi restabelecida em 1948 por autoridades políticas; Martinho Lutero sobrevieu à Dieta de Worms pela proteção política de um tio do Imperador Carlos V; A Invencível Armada espanhola de Felipe II foi destroçada por ações políticas dos conselheiros da rainha inglesa Elizabeth I e as leis brasileiras que permitiram os evangélicos daqui a casarem-se e serem sepultados em cemitérios públicos, veio por Rui Barbosa no início do século XX. A Bíblia é muito clara sobre o assunto quando diz que há autoridades religiosas e autoridades políticas. Ambas são pessoas investidas de poder e este poder deriva de uma autoridade maior, que é Deus. E Deus nunca apoiou o pecado da omissão.
Grandes mudanças estão acontecendo no mundo. Vivemos uma fase de globalização nunca dantes tão interativa. Podemos já dizer que se Jesus voltar hoje, com a estrutura de comunicação por satélite que temos "todo olho o verá." Centenas de mudanças acontecem todo dia implementadas através de projetos de leis, que por sua vez são votadas e aprovadas por autoridades políticas em câmaras legislativas, senados, parlamentos, ministérios, seguindo para sanção de executivos municipais , estaduais, nacionais e do executivo maior. Sem uma participação cristã ativa e consciente o mundo tende à anarquia e ao aniquilamento da raça humana. Como cristãos temos a missão de ser o sal que preserva e a luz que aponta o caminho para a sociedade.
O livro de Ester está na Bíblia para combater um sofisma maligno que permeia grandemento as mentes de muitos cristãos. Quando o crente é discipulado equivocadamente pela Igreja ele aprende que a política é coisa do diabo; que não deve envolver-se com ações políticas, pois Deus cuida de tudo. Errado! A Deus compete a solução das coisas impossíveis, e quanto a nós cristãos é de nossa responsabilidade fazer aquelas que temos competência para fazer. Mardoqueu foi muito claro ao repreender Ester: "Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?' O fato é que naquela ocasião, competia aos judeus sob a liderança de Mardoqueu e Ester organizar a defesa de suas famílias contra o plano de aniquilamento de seus inimigos. A vitória veio pelo jejum, pela oração, pela organização e pela ação dos judeus que foram avisados com antecedência e pegaram em armas para se defenderem da morte sob um decreto conquistado politicamente pelo vingativo Hamã.
Há muitos Hamãs hoje pelo Brasil. Políticos defendendo abertamente a causa gay, enquanto consideram os cristãos como o atraso do atraso da sociedade; a existência de uma Bíblia em cada biblioteca das escolas públicas de Fortaleza foi vetada pela alcadessa local; A Marcha para Jesus, por exemplo, em São Paulo está sendo devidamente escondida da sociedade ao ser autorizada para realização nos cafundós do Judas da periferia da Cidade; está nas gavetas do Congresso Nacional o projeto do casamento gay, vem aí o PL 122 que vai transformar oficialmente a Bíblia em livro "homofóbico", muitos materialistas de nossa nação querem que a Receita Federal tribute os dízimos e ofertas das Igrejas, há um preconceito forte na sociedade que afirma que todos pastores são ladrões safados e canalhas; há neonazistas também espalhando pelos Orkuts da vida que "crente bom é crente morto".
A Igreja que não consegue dar uma formação política correta aos seus membros está comprometendo a sua própria liberdade de expressão. O famigerado fisiologismo em apresentar candidatos escolhidos em processos espúrios, sem transparência, sem uma consulta e participação do rebanho, só tem feito piorar o velho sofisma de que fé e política são incompatíveis. Uma Igreja dividida pelo fisiologismo em que os membros desconfiam dos pastores e estes acreditam que o povo é burro é um desastre. Enquanto isso as hostes do inimigo há muito tempo estão em ação.
Quem vai nos representar nas câmaras de vereadores, nas casas legislativas estaduais ou no Congresso Nacional? Os ímpios? Os ateus? Os homossexuais? Os espíritas? Os católicos? Os que odeiam os crentes? NÃO! É do nosso próprio meio que devem sair nossos representantes. O velho bordão "irmão vota em irmão" não foi ab-rogado. Digo isto principalmente quanto a vereadores, deputados e senadores, ou seja, os representantes da sociedade. Para ser sincero, desconfio de que o sofisma "Crentes não se metem com política porque ela é do diabo" foi "trazido " para o nosso meio evangelho pelo próprio demo. Esta expressão é uma ode à omissão, que é uma característica maligna.
Entendo por ações políticas, por exemplo, a manifestação que os evangélicos fizeram em Brasília no final de junho/08 sob a liderança do Pastor Silas Malafaia. Ele foi em Brasília para protestar contra o texto do PL 122 que fere o direitos constitucional sagrado da liberdade de expressão e também participar da audiência pública sobre a legalização do aborto no Brasil. Outra coisa - quem vai reivindicar ao governo a proporcionalidade de 1/4 das concessões de emissoras de rádio e TV em favor dos evangélicos? Em tempos do governo do Presidente Fernando Henrique, seu Vice-presidente, o Sr Marco Maciel, podou sistematicamente todas as concessões solicitadas por evangélicos na Amazônia e as repassou totalmente à Igreja de Roma. Martin Luther King militava ferrenhamente grandes causas sociais exercitando ações políticas, no entanto ele nunca foi um político de carreira - ele era um Pastor. Militar e agir politicamente é tão ou mais importante que atuar como representante político. Isso precisa ser bem entendido.
Se não aprendermos a defender e conquistar nossos direitos e nossa representação política por nós mesmos, com certeza um anjo do céu não descerá para fazer isto. Ou ensinamos consciência política em nossas escolas dominicais e cultos de doutrina ou vamos depois tentar por a tranca em porta arrombada. Daqui a pouco vão aparecer os secretários do "inimigo" apregoando pela WEB inteira: "Eu não voto em pastor", "Política é coisa do diabo", etc. Candidato tem que ser representativo e ter popularidade. Admiro a coragem do Pastor Manoel Ferreira do Ministério de Madureira: já perto de seus 80 anos, delegou a tarefa de liderança do Ministério para os filhos, candidatou-se, foi eleito com mais de 80.000 votos - para quê? Bom, eu recebi as fotos do audiência pública sobre a legalização do aborto lá em Brasília - advinha quem estava firme, participando daquela comissão: o Pastor Manoel Ferreira. A pessoa certa, no lugar certo, no tempo certo.
O povo evangélico tem 25% da população. Isto significa que , hoje, qualquer decisão política depende de nosso voto. Se começarmos a pensar nisso e cada um conscientizar sua família, seus amigos e as editoras de revistas de escola dominical fizerem a sua parte poderemos exercer a nossa força. Se isso não for feito nossa representação será do tipo tartaruga, que ao primeiro sinal de perigo esconde a cabeça e as pernas, ficando completamente à mercê do acaso ou pior: dos nossos inimigos. Deus não pôs no mundo com a função de caudas! Então conquistemos o que é nosso por direito e deixemos de fato a função de caudas, que é o que politicamente temos sido até hoje.
Quero concluir dizendo que meu objetivo não é um projeto político, mas um projeto de evangelização. Foi preciso um evangelista de fora do peso Billy Graham para unir Batistas, Assembleianos, Metodistas, Presbiterianos e tantos Outros em torno de um objetivo comum: O Projeto Minha Esperança Brasil. Se aprendêssemos a nos associar em projetos de evangelização inteligentes como esse, não precisaríamos investir tanta energia em representação política porque os crentes desta nação seriam não apenas 25%, mas porque não 50% em 10 anos?
João Cruzué
A maioria dos evangélicos brasileiros, que é do ramo pentecostal, teve um discipulado político equivocado, para dizer pouco. Assim como o rádio e a televisão, a política também foi estigmatizada como coisa do diabo. Mas isto não é verdade. A Pátria de Israel foi restabelecida em 1948 por autoridades políticas; Martinho Lutero sobrevieu à Dieta de Worms pela proteção política de um tio do Imperador Carlos V; A Invencível Armada espanhola de Felipe II foi destroçada por ações políticas dos conselheiros da rainha inglesa Elizabeth I e as leis brasileiras que permitiram os evangélicos daqui a casarem-se e serem sepultados em cemitérios públicos, veio por Rui Barbosa no início do século XX. A Bíblia é muito clara sobre o assunto quando diz que há autoridades religiosas e autoridades políticas. Ambas são pessoas investidas de poder e este poder deriva de uma autoridade maior, que é Deus. E Deus nunca apoiou o pecado da omissão.
Grandes mudanças estão acontecendo no mundo. Vivemos uma fase de globalização nunca dantes tão interativa. Podemos já dizer que se Jesus voltar hoje, com a estrutura de comunicação por satélite que temos "todo olho o verá." Centenas de mudanças acontecem todo dia implementadas através de projetos de leis, que por sua vez são votadas e aprovadas por autoridades políticas em câmaras legislativas, senados, parlamentos, ministérios, seguindo para sanção de executivos municipais , estaduais, nacionais e do executivo maior. Sem uma participação cristã ativa e consciente o mundo tende à anarquia e ao aniquilamento da raça humana. Como cristãos temos a missão de ser o sal que preserva e a luz que aponta o caminho para a sociedade.
O livro de Ester está na Bíblia para combater um sofisma maligno que permeia grandemento as mentes de muitos cristãos. Quando o crente é discipulado equivocadamente pela Igreja ele aprende que a política é coisa do diabo; que não deve envolver-se com ações políticas, pois Deus cuida de tudo. Errado! A Deus compete a solução das coisas impossíveis, e quanto a nós cristãos é de nossa responsabilidade fazer aquelas que temos competência para fazer. Mardoqueu foi muito claro ao repreender Ester: "Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?' O fato é que naquela ocasião, competia aos judeus sob a liderança de Mardoqueu e Ester organizar a defesa de suas famílias contra o plano de aniquilamento de seus inimigos. A vitória veio pelo jejum, pela oração, pela organização e pela ação dos judeus que foram avisados com antecedência e pegaram em armas para se defenderem da morte sob um decreto conquistado politicamente pelo vingativo Hamã.
Há muitos Hamãs hoje pelo Brasil. Políticos defendendo abertamente a causa gay, enquanto consideram os cristãos como o atraso do atraso da sociedade; a existência de uma Bíblia em cada biblioteca das escolas públicas de Fortaleza foi vetada pela alcadessa local; A Marcha para Jesus, por exemplo, em São Paulo está sendo devidamente escondida da sociedade ao ser autorizada para realização nos cafundós do Judas da periferia da Cidade; está nas gavetas do Congresso Nacional o projeto do casamento gay, vem aí o PL 122 que vai transformar oficialmente a Bíblia em livro "homofóbico", muitos materialistas de nossa nação querem que a Receita Federal tribute os dízimos e ofertas das Igrejas, há um preconceito forte na sociedade que afirma que todos pastores são ladrões safados e canalhas; há neonazistas também espalhando pelos Orkuts da vida que "crente bom é crente morto".
A Igreja que não consegue dar uma formação política correta aos seus membros está comprometendo a sua própria liberdade de expressão. O famigerado fisiologismo em apresentar candidatos escolhidos em processos espúrios, sem transparência, sem uma consulta e participação do rebanho, só tem feito piorar o velho sofisma de que fé e política são incompatíveis. Uma Igreja dividida pelo fisiologismo em que os membros desconfiam dos pastores e estes acreditam que o povo é burro é um desastre. Enquanto isso as hostes do inimigo há muito tempo estão em ação.
Quem vai nos representar nas câmaras de vereadores, nas casas legislativas estaduais ou no Congresso Nacional? Os ímpios? Os ateus? Os homossexuais? Os espíritas? Os católicos? Os que odeiam os crentes? NÃO! É do nosso próprio meio que devem sair nossos representantes. O velho bordão "irmão vota em irmão" não foi ab-rogado. Digo isto principalmente quanto a vereadores, deputados e senadores, ou seja, os representantes da sociedade. Para ser sincero, desconfio de que o sofisma "Crentes não se metem com política porque ela é do diabo" foi "trazido " para o nosso meio evangelho pelo próprio demo. Esta expressão é uma ode à omissão, que é uma característica maligna.
Entendo por ações políticas, por exemplo, a manifestação que os evangélicos fizeram em Brasília no final de junho/08 sob a liderança do Pastor Silas Malafaia. Ele foi em Brasília para protestar contra o texto do PL 122 que fere o direitos constitucional sagrado da liberdade de expressão e também participar da audiência pública sobre a legalização do aborto no Brasil. Outra coisa - quem vai reivindicar ao governo a proporcionalidade de 1/4 das concessões de emissoras de rádio e TV em favor dos evangélicos? Em tempos do governo do Presidente Fernando Henrique, seu Vice-presidente, o Sr Marco Maciel, podou sistematicamente todas as concessões solicitadas por evangélicos na Amazônia e as repassou totalmente à Igreja de Roma. Martin Luther King militava ferrenhamente grandes causas sociais exercitando ações políticas, no entanto ele nunca foi um político de carreira - ele era um Pastor. Militar e agir politicamente é tão ou mais importante que atuar como representante político. Isso precisa ser bem entendido.
Se não aprendermos a defender e conquistar nossos direitos e nossa representação política por nós mesmos, com certeza um anjo do céu não descerá para fazer isto. Ou ensinamos consciência política em nossas escolas dominicais e cultos de doutrina ou vamos depois tentar por a tranca em porta arrombada. Daqui a pouco vão aparecer os secretários do "inimigo" apregoando pela WEB inteira: "Eu não voto em pastor", "Política é coisa do diabo", etc. Candidato tem que ser representativo e ter popularidade. Admiro a coragem do Pastor Manoel Ferreira do Ministério de Madureira: já perto de seus 80 anos, delegou a tarefa de liderança do Ministério para os filhos, candidatou-se, foi eleito com mais de 80.000 votos - para quê? Bom, eu recebi as fotos do audiência pública sobre a legalização do aborto lá em Brasília - advinha quem estava firme, participando daquela comissão: o Pastor Manoel Ferreira. A pessoa certa, no lugar certo, no tempo certo.
O povo evangélico tem 25% da população. Isto significa que , hoje, qualquer decisão política depende de nosso voto. Se começarmos a pensar nisso e cada um conscientizar sua família, seus amigos e as editoras de revistas de escola dominical fizerem a sua parte poderemos exercer a nossa força. Se isso não for feito nossa representação será do tipo tartaruga, que ao primeiro sinal de perigo esconde a cabeça e as pernas, ficando completamente à mercê do acaso ou pior: dos nossos inimigos. Deus não pôs no mundo com a função de caudas! Então conquistemos o que é nosso por direito e deixemos de fato a função de caudas, que é o que politicamente temos sido até hoje.
Quero concluir dizendo que meu objetivo não é um projeto político, mas um projeto de evangelização. Foi preciso um evangelista de fora do peso Billy Graham para unir Batistas, Assembleianos, Metodistas, Presbiterianos e tantos Outros em torno de um objetivo comum: O Projeto Minha Esperança Brasil. Se aprendêssemos a nos associar em projetos de evangelização inteligentes como esse, não precisaríamos investir tanta energia em representação política porque os crentes desta nação seriam não apenas 25%, mas porque não 50% em 10 anos?
João Cruzué
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