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quarta-feira, maio 21, 2008

Igreja Assembléia de Deus em Angola


A igreja em si é chamada na Bíblia de o sal da terra e a luz do mundo:não seja o cristão mais um furtador, um burlador, um trapaceiro, um contribuinte activo na sujidade da cidade, um violador da lei, mas sim um homem orientado pela lei divina. É aqui onde a igreja e o cristão são chamados a exercer o seu papel preponderante de pacificadores dos espíritos.”
Pastor Francisco Domingos Sebastião.
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Jornal de Angola

1 - Assembléia de Deus encerra IV Conferência
27.novembro.2007
"A Assembléia de Deus Pentecostal do Maculusso encerrou, domingo, a IV Conferência e a Escola Bíblica de Obreiros, subordinada ao tema "Avaliados pela Visão: Marcos 8:22-26", em acto presenciado por cerca de oito mil fiéis.

Durante o evento, que decorreu em Luanda, de 19 a 25 de Novembro 2007 , os conferencistas analisaram com profundidade os temas abordados no II Congresso, realizado em 2005, e outros assuntos ligados à vida interna da igreja, tendo os resultados sido considerados satisfatóros.

O acto de encerramento, presidido pelo reverendo Francisco Sebastião, teve lugar na Cidadela Desportiva e contou com a presença do cantor brasileiro Moisés Cleyton e de representantes da igreja no Bengo, Cunene, Malanje, Namibe, Espanha, Portugal e Moçambique".

2 - Mais de um milhão de fiéis em todo país
16.março.2008
"A Igreja Assembleia de Deus Pentecostal está implantada em Angola desde 1948. Os primeiros trabalhos foram feitos na cidade do Lobito, província de Benguela, e mais tarde no Porto- Amboim, Kwanza- Sul, onde se desenvolveram os trabalhos iniciados pelo missionário Joaquim António Martins.

Em 1952, as autoridades coloniais portuguesas reconheceram oficialmente a Igreja, acto publicado no Boletim da República de então.

Em 1961, data do início da luta armada de libertação, o trabalho missionário foi associado aos “terroristas”. Até mais ou menos 1963, a igreja andou à deriva, sem nenhuma liderança própria; os que sobreviveram continuaram a evangelização, até que, com o fim dos tumultos de 61, as autoridades coloniais propõem à liderança da igreja que se quisesse continuar a evangelizar tinha que depender de um português vindo da colónia.

Vieram outros missionários, em 1967, até que, com o 25 de Abril, todos os missionários saíram do país e os angolanos ficaram novamente a trabalhar sozinhos com a igreja. Em 1983, dá-se a criação de uma liderança nacional forte e de lá para cá a igreja apenas cresceu. Hoje está representada nas 18 províncias do país e tem trabalhos missionários também fora do país, como no Zimbabwe, Moçambique, Malawi, Swazilândia, Índia, Portugal, Espanha, EUA, Brasil e noutros países.

Em Angola, até 2001, a igreja contava com aproximadamente um milhão e 200 mil fiéis, número que, segundo o pastor presidente, poderá já ter dobrado. “Só de membros – isto é, aqueles que estão sempre na igreja – em Luanda estamos com 62 mil baptizados e 120 mil não baptizados”, informa o responsável máximo da congregação".

3 - Musica Gospel em Agola
Por Kindala Manuel
03.maio.2008
"O músico Luvualu Clarry Ndongala, de nome artístico “Clarry”, vai apresentar hoje ao público, no largo da Luanda Antena Comercial (LAC), o seu mais novo trabalho discográfico, intitulado “Angola louva Jesus”.

O álbum, o segundo do cantor, é composto por 12 faixas musicais, cantadas no estilo gospel, em português, kimbundu, fiote, kikongo, umbundu e lingala. Trazendo outros ritmos como o slow, zouk, pop, salsa, reagga e semba, o disco começará a ser vendido e assinado a partir das 10H00.
Com uma tiragem inicial de dois mil exemplares, o CD foi custeado, produzido, masterizado, misturado e editado pela produtora Clarry Fan Clube (CFC), na qual o músico é proprietário e desempenha o cargo de produtor e professor de música.

Segundo o músico, o novo trabalho discográfico contou com a participação de mais de 30 artistas gospel de renome no mercado luandense, como a Irmã Sofia, Jacques Bambila, Lord King, Gabriela Espírito, o Coro dos Anjos e Pomba Sahara.

Clarry informou no entanto que as músicas que compõem o disco seguem a sua habitual linha temática, centrada na vertente gospel. “O CD tem canções de júbilo, que estou acostumado a cantar. Escolhi o titulo “Angola louva Jesus” porque, além de ser letra de uma canção, o facto de termos alcançado a paz, levou-me a compor músicas que tocam e encantam a alma humana", concluiu.

Para o cantor, um dos objectivos da compilação do álbum é o de levar, através do louvor, a palavra de Deus aquelas pessoas sofridas, de forma a que possam ter uma educação focada nos princípios do cristianismo e num relacionamento diário positivo.

De acordo ainda com o cantor, do ponto de vista social, a mensagem principal do disco está focalizada para a chamada de atenção da sociedade civil para a necessidade da prática do bem e do amor ao próximo.

De 30 anos de idade, Luvualu Clarry Ndongala começou a cantar aos 14 anos de idade como corista do Grupo juvenil na igreja Assembleia de Deus Pentecostal. Na altura não tinha como ambição ser músico profissional. O seu primeiro disco, também gospel, foi lançado em Abril de 2005, na portaria da rádio nacional de Angola, com o título “Creia em Jesus”.

4 - A Igreja e a participação política em Angola

"Um Papel importante na vida política dos Estados"
"A Igreja, enquanto formadora de consciência, sempre teve um papel importante na vida política dos Estados, considera o reverendo Francisco Sebastião, da Assembleia de Deus Pentecostal. O religioso recordou que dentro da Igreja foram gerados políticos de renome, apontando como exemplo o primeiro presidente de Angola, doutor António Agostinho Neto, filho de um pastor e formado no seio de uma religião, “de onde teve a inspiração política de libertação”.

“A Bíblia diz que só Cristo liberta, e quando Cristo liberta, o homem fica livre e começa a ter uma nova perspectiva de vida”, sustenta. O pastor refere ainda que a Igreja está constituída por pessoas e que estas são membros da sociedade, e como tal, a Igreja deve actuar em diversos pólos da vida, “quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista espiritual”.

“Não olhamos para a cor da camisola mas sim para a cor do país; esta é que deve nos unir como angolanos; e nas eleições nós devemos actuar como angolanos e não como membros do partido A ou B”, apelou.

Ainda como referência, o reverendo falou dos momentos vividos pela Igreja Assembleia de Deus Pentecostal, implantada em Angola desde 1948 e reconhecida pelas autoridades coloniais em 1952, mas que em 1961, ano do início da luta de libertação, foi associada aos “terroristas negros”.
“Por isso, muito dos nossos mais velhos pagaram com a vida; foram decapitados e fuzilados; centenas de pessoas foram executadas por serem crentes, porque diziam que o nosso missionário, Joaquim António, estava a ensinar os pretos a serem terroristas. Como consequência, ele próprio foi expulso de Angola pelas autoridades coloniais”, recorda.

É por esta e por outras razões que o reverendo considera que existe muito mais responsabilidade para os cristãos do que para os não cristãos neste processo, “porque o mundo tem esperança de que somos uma mais-valia que pode contribuir para a melhoria deste país”.

“A igreja em si é chamada na Bíblia de o sal da terra e a luz do mundo”, realça, deixando a seguinte advertência: não seja o cristão mais um furtador, um burlador, um trapaceiro, um contribuinte activo na sujidade da cidade, um violador da lei, mas sim um homem orientado pela lei divina. “É aqui onde a igreja e o cristão são chamados a exercer o seu papel preponderante de pacificadores dos espíritos”, conclui".

Fonte: http://www.jornaldeangola.com

Comentários: nossos cumprimentos aos Irmãos Angolanos pelo exemplo de consciência religiosa e política adquirida com a dura experiência da guerra. As bênçãos do Senhor estejam sobre vocês.

Publicações posteriores - não deixe de ler: Notícias Evangélicas de Angola


João Cruzué
cruzue@gmail.com