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segunda-feira, novembro 01, 2010

Biografia de Dilma Vana Rousseff na imprensa da Bulgária

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DILMA VANA ROUSSEFF

Biografia publicada na imprensa da Bulgária
pelo jornalista Momchil Indzhov enviado especialmente ao Brasil
para aconhar a grande novidade no país: a filha de um búlgaro na Presidência do Brasil.
Tradução de João Cruzué para o Blog Olhar Cristão

A família de Dilma Rousseff
Igor, Dilma (mãe), Dilma Roussef (de pé atrás), Zana e o pai Pétar Rousseff.


MOMCHIL INDZHOV - Sofia News Agency

Novinite.com - Bulgária

Tradução de João Cruzué


"Em 1929 o comerciante búlgaro de tecidos deixou a cidade de Sofia com destino a Paris. Ele morou na França por 15 anos. De lá, seguiu em 1944 para a Argentina, onde ficou por pouco tempo, seguindo para o Brasil onde se fixou definitivamente. [A segunda guerra mundial ainda estava em curso.]

Pétar Stefanov Rusev, imigrante búlgaro, foi residir em Belo Horizonte, onde ficou conhecido por Pedro Rousseff. Ali casou-se com Dilma Jane Silva, professora vinda de uma família de fazendeiros. O casal teve três filhos: Igor, nascido em janeiro de 1947; Dilma Vana Rousseff, nascida em 14 de dezembro de 1947 e Zana, nascida em 1951. O nome do meio de Dilva - Vana - foi uma homenagem a uma tia paterna de mesmo nome, falecida aos 26 anos. Dilma tinha um meio-irmão búlgaro, do primeiro casamento de seu pai, chamado Lyuben-Kamen Rousseff, falecido em 2008.

Em Belo Horizonte, o Pai de Dilma foi representante da Mannesmman Steel além de corretor de imóveis. A família morava em uma mansão, com três empregados. Pétar Rousseff morreu em 1962, deixando uma herança de 15 propriedades para a família.

Aos 15 anos, em 1965, Dilma deixou de estudar no Sion - um colégio conservador da Capital mineira, para estudar na escola pública - o Ginásio Estadual Central de BH. Segundo Dilma, foi nesta Escola que ela veio tomar ciência da situação política do Brasil. A Revolução dos militares, através do Golpe militar de 31 de março de 1964 estava passando pelo governo do Marechal Castelo Branco, e recrudescendo. Os militares somente deixariam o poder em 15 de março de 1985, quando Tancredo Neves ganhou, e José Sarney levou a primeira presidência civil no Brasil depois de 21 anos de ditadura.

Em 1967 Dilma Vana Rousseff se uniu à organização chamada Política Operária - POLOP, uma facção do Partido Socialista Brasileiro, fundada em 1961; e em seguida a um subgrupo chamado Colina - Comando de Libertação Nacional.

Durante aquele período, Dilma conheceu Cláudio Galeno Soares, um camarada de armas, cinco anos mais velho. Eles se casaram em 1968 em uma cerimônia civil, depois de um ano de namoro. Dilma participava de atividades na militância do Colina, e advogava políticas marxistas entre membros de sindicato de trabalhadores. Ela tinha experiência em manuseio de armas de fogo, confronto com a polícia e usava táticas de guerrilha.

No início de 1969 braço mineiro do Colina estava limitado a 12 integrantes, com poucos recursos e armamentos. Suas atividades estavam resumidas a quatro assaltos a bancos, alguns carros roubados e duas explosões de bombas, sem vítimas.

Com a idade de 21 anos, Dilma Rousseff mudou-se para o Rio de Janeiro, depois de ter concluído o quarto semestre da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, onde ela conheceu o advogado gaucho Carlos Franklim Paixão de Araújo, 31 e se apaixonaram à primeira vista. Araújo era chefe de um grupo dissidente do Partido Comunista Brasileiro - PCB, que dava abrigo a Galeno em Porto Alegre. A separação de Dilma de Galeno foi amigável.

Carlos Araújo foi escolhido para ser um dos seis líderes do VAR Palmares, que reivindicava ser uma organização político-militar de orientação marxista-leninista. Dilma também estava entre as lideranças que participavam do VAR Palmares. A representante que se engajou em uma organização conhecida por "Joana D'arc Subversiva".

Dilma, algumas vezes era descrita, como mentora do roubo de um cofre que pertenceu ao ex governador paulista, Ademar de Barros. Esta ação foi levada a cabo no Rio de Janeiro em 18 de junho de 1969 e rendeu 2,5 milhões de dólares. Entretanto, em no mínimo três ocasiões diferentes, Dilma negou sua participação no evento. Testemunhas do caso e a polícia insistiram que ela era responsável por administrar o dinheiro roubado.

Dilma foi capturada pelas autoridades em janeiro de 1970, e foi levada para o QG da OBAN, onde foi torturada por 22 dias com socos, apanhou de cassetete, e sofreu choques elétricos. [Ficou detida por três anos no Presídio Tiradentes, na Capital paulista, já demolido]. Mais tarde ela denunciou a tortura em uma sindicância, citando alguns nomes de seus torturadores.

Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação do Escritório de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou um pedido de indenização para Dilma e outros 18 prisioneiros de agências federais em São Paulo nos anos 70s, no valor de R$72.000,00. Todavia seus assessores declararam que a compensação tinha um caráter simbólico para ela.

Dilma saiu da prisão em 1972. Ela voltou para Porto Alegre, onde o marido Carlos Araújo estava passando seus últimos meses de sentença na prisão.

Punida por subversão, de acordo com o Decreto 477, considerado o AI-5 das Universidades, Dilma foi expulsa da UFMG e impedida de voltar a estudar ali em 1973. Assim, ela decidiu se matricular em um cursinho para tentar a carreira de Economia no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ela foi admitida na Universidade e se graduou em 1977. Por estes tempos ela já não participava mais ativamente dos movimentos estudantis.

Em março de 1976 ela deu a luz a sua única filha, Paula Rousseff de Araujo. Depois de sua formação ela consegui seu primeiro emprego remunerado. Seu ativismo político, agora dentro da Lei, era restrito ao IEPES - Instituto de Estudos Políticos e Sociais ligado ao único partido oficial da oposição - MDB - Movimento Democrático Brasileiro.

Em 1978, Dilma se inscreveu na UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas, com a intenção de conseguir o mestrado em Economia. Ela declarou que fez a matrícula, porém não não apresentou tese.

Com o fim do sistema político bi-partidário no início dos anos 80s, Dilma e seu marido Carlos de Araujo participaram dos esforços de Leonel Brizola para reestruturar o Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, não tendo êxito pois a legenda foi para Ivete Vargas, filha do ex-presidente Getúlio Vargas. Então Brizola e seus partidários fundaram o PDT - Partido Democrático Trabalhista. Em meados dos anos 80s, Dilma conseguiu seu segundo emprego como assessora dos membros do PDT na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Dilma e Araújo se engajaram devotadamente na campanha de Alceu Colares para a prefeitura de Porto Alegre em 1985. Grande da estratégia de campanha e dos planos de governo foram elaborados na sua casa. Depois de eleito, Colares a nomeou para a Secretaria do Tesouro Municipal, seu primeiro trabalho executivo oficial. Dilma permaneceu no cargo até 1998, quando se desligou para se dedicar na campanha do marido para suceder Colares na Prefeitura de Porto Alegre. A derrota de Araujo alijou o PDT do Executivo municipal. Em 1989, entretanto, Dilma
Rousseff foi nomeada diretora geral do Conselho do Município, mas foi demitida pelo Conselheiro Valdir Fraga.

Em 1990, Alceu Colares foi eleito governador do Estado, apontando Dilma para presidente do FEE, onde ela já tinha sido interna nos anos 70s. Ela permaneceu no cargo até 1993, quando foi nomeada para a Secretaria de Energia e Comunicação. Ela permaneceu na pasta até 1994, quando seu relacionamento com o marido terminou. Eles se reconciliaram e permaneceram juntos até o ano 2000.

Em 1995, quando o governo Colares terminou, Dilma deixou a Secretaria e voltou para a FEE, onde foi editora da Revista Indicadores Econômicos. Foi durante esta mudança que ela tentou sua matrícula no Programa de PhD, em 1998.

Em 1998, o Partido dos Trabalhadores ganhou a eleição para o Governo Estadual, com o apoio do PDT no segundo turno. Uma vez mais ela foi nomeada para a Secretaria de Energia, agora pelo governador Olívio Dutra.

Durante a administração de Dilma à frente da Secretaria de Energia na administração Dutra, a capacidade de serviço do setor elétrico cresceu 46%, devido a um programa de emergência. Em janeiro de 1999, Dilma foi até Brasília para alertar a administração Presidente Fernando Henrique Cardoso que se as autoridades responsáveis pelo Setor Elétrico não investissem em energia o corte de energia que o Rio Grande do Sul enfrentou no começo de sua administração iria se repetir pelo restante do país.

Depois de ser eleito Presidente do Brasil, Lula surpreendente mente escolheu Dilma para a chefia do Ministério de Minas e Energia. Sua administração à frente do ministério foi marcada pelo respeito aos contratos assinados com a administração anterior, pelo seu esforço em prevenir black-outs posteriores, e pela implementação de um modelo elétrico menos concentrado nas mãos do Estado, ela expandiu o mercado livre de oferta de energia.

Convencida de que investimentos urgentes em geração de energia eram necessários para que o país não enfrentasse um black-out geral em 2009, Dilma entrou em séria "saia justa" coma a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que mais tarde sairia do Partido dos Trabalhadores, e seria candidata à presidência em 2010, pelo Partido Verde. Esta, defendia o embargo da construção de várias obras por causa do meio ambiente.

Assim que se tornou Ministra das Minas e Energia, Dilma defendeu uma nova política industrial do governo, assegurando que as plataformas da Petrobrás fossem construídas no Brasil, o que poderia gerar cerca de 30.000 novos empregos para o país. Ela argumentou que era inimaginável que uma indústria de um bilhão de dólares não pudesse ser estruturada no Brasil. Em 2008, a Indústria da construção naval brasileira empregava 40 mil trabalhadores, em comparação com 900 de meados dos anos 90s, em parte devido a mobilização requerida. O Brasil tem hoje a 6ª maior indústria naval do planeta.

Dilma propôs acelerar as metas de universalização do acesso à eletricidade, com deadline para 2015. Ela argumentou que era uma meta de inclusão social que não focava exclusivamente retornos financeiros. O programa foi lançado em 2003 com o nome de "Luz para Todos", focado em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano. O objetivo do programa era eletrificar cerca de 2 milhões de residências até 2008.

Em outubro de 2008 Dilma reconheceu que o governo não seria capaz de cumprir as metas dentro do prazo, deixando 100 mil moradias sem luz. Em abril de 2008 o governo prorrogou o programa até 2010, a fim de beneficiar 1, 7 milhão de famílias . A região Nordeste concentrou 49% das ligações do programa.

Como Ministra das Minas e Energia, Dilma teve o apoio de dois ministros chaves do Governo Lula: Antonio Palocci e José Dirceu. Depois que Dirceu pediu demissão da chefia da Casa Civil por causa do seu envolvimento no "Escândalo do Mensalão" em vez de se ver enfraquecida, Dilma foi escolhida por Lula para ocupar a chefia da Casa Civil, onde ela foi nomeada em 21 de junho de 2005, se tornado na primeira mulher a ocupar o cargo. Assim como no Ministério anterior, ela também manteve um assento no quadro da diretoria da Petrobrás.

Em uma entrevista dada à imprensa em 25 de abril de 2009, a Ministra revelou que estava passando por um tratamento médico para remover um um linfoma em sua fase inicial, um tipo de câncer que ataca o sistema linfático, que foi detectado em um exame de mamografia de rotina. Suas chances de cura ficavam acima dos 90%. Ela se submeteu a um tratamento curativo de quimioterapia que durou quatro meses.

Em meados de maio de 2009 ela foi internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com dores agudas nas pernas. O diagnóstico foi um miopatia, uma inflamação muscular resultante do tratamento do câncer. No início de setembro do mesmo ano, ela revelou que tinha terminado os tratamentos de quimioterapia e se dizia curada, o que mais tarde veio a se confirmar pelos médicos daquele hospital, no final do mês.

Ela começou a usar uma peruca por causa da queda de cabelo causada pelos quimioterápicos. Depois de sete meses de uso, Dilma mostrou seus cabelos castanho-escuros durante o lançamento do PNDH-3, em 21 de dezembro de 2009.

Em 13 de junho de 2010, depois de mais de dois anos de grandes especulações foi lançada como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para concorrer à eleição presidencial de 2010.

Naquele tempo, o ex-governador do Estado de São Paulo, José Serra, candidato do bloco oposicionista de centro-direita se mantinha no topo das pesquisas por mais de dois anos. Com a promessa de manter as políticas populares de Lula, Rousseff foi capaz de ultrapassar Serra nas pesquisas do final de julho.

Se eleita, ela se tornara a primeira mulher chefe de governo na História do Brasil, e a primeira mulher de fato como chefe de estado desde a morte de Maria I, Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1816.

Dilma Rousseff tem recebido apoio de nove partidos políticos, tendo conseguido um espaço de tempo maior para a propaganda política na Televisão. A candidatura de Rousseff também foi apoiada pro notáveis figuras internacionais, como o ator Portoriquenho Benício Del Toro, Martine Aubry - primeiro secretário do Partido Socialista Francês, e do cineasta americano Oliver Stone.

On September 9, 2010, Paula Rousseff de Araujo, her only daughter, gave birth to Dilma's first grandchild, a boy named Gabriel Rousseff Covolo, in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul, amidst the 2010 presidential campaign. After Dilma's last debate with the other 4 candidates on September 30, 2010, in Rio, which was aired on national TV, Dilma flew to Porto Alegre for the christening of Gabriel in the Roman Catholic cathedral on October 1, 2010.

Em 9 de setembro de 2010, Paula Rousseff de Araujo, sua única filha, deu a luz ao primeiro neto de Dilma, um menino chamado Grabriel Rousseff Covolo, na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, bem no meio da campanha presidencial. Após o último debate, em 30 de setembro de 2010, na TV Globo do Rio, que foi transmitido em rede nacional, Dilma voou para Porto Alegre para o batismo de Gabriel em uma Catedral da Igreja Católica Romana, em 1º outubro de 2010." (Aqui termina a tradução)

Em 03 de outubro de 2010, Dilma conquistou o primeiro lugar, entre os quatro oponentes, na disputa pelo segundo turno, com cerca de 47% dos votos.


Hoje, domingo, 02:06h da manhã de 31 de outubro de 2010, com amplo favoritismo em todas os grandes institutos de pesquisa, Dilma Vana Rousseff deve conquistar nas urnas, (com resultado provavelmente conhecido entre 21 e 22:00h), a posição política mais alta desta nação, tornando-se de fato e direito a primeira grande mandatária na história do Brasil.


MOMCHIL INDZHOV, foi o primeiro jornalista búlgaro a fazer uma entrevista com Dilma Rousseff.


Tradução direta de uma fonte de notícias de Sofia, Capital da Bulgária.
Domingo, 02:25h - 31. de outubro de 2010. Véspera da Eleição.


Antes de copiar, consulte o tradutor.




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domingo, outubro 31, 2010

Dilma Vana Rousseff, 40ª Presidente do Brasil, é de Minas Gerais


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D I L M A


A PRIMEIRA MULHER NA PRESIDÊNCIA DO BRASIL


Dilma Vana Rousseff Linhares

Conforme já era esperado pelos grandes institutos de pesquisas de opinião - Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi a mineira e gaucha Dilma Vana Roussef conquistou nas urnas o direito e a autoridade de governar o Brasil de todos os brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2011 até 31 de dezembro de 2014. Ainda não sou eleitor de Dilma, mas de hoje em diante, tenho um compromisso de oração por ela - assim como todos os eleitores evangélicos - para que ela seja próspera, tenha saúde e governe ainda melhor que o presidente Lula.

Convido você a conhecer sua Biografia de Dilma Roussef , ainda não oficial, está de uma tradução que fiz do primeiro jornalista búlgaro que veio ao Brasil especialmente para acompanhar uma descendente de búlgaros ascendendo ao um dos maiores países do mundo.

Minha oração: Senhor Jesus Cristo, abençoe a Sra. Dilma Rousseff , nossa futura Presidenta, com muita saúde, paz, bons e leais ministros e paciência; que tenha muita sorte e seja feliz no exercício da presidência do Brasil.


João Batista Cruzué
Editor do blog olhar cristão




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quarta-feira, junho 25, 2008

Biografia de Myer Pearlman


Myer Pearlman

Myer Pearlman - adquiria seus abençoados livros

Nills Lawrence Olson

"O saudoso irmão Myer Pearlman foi um judeu que se converteu a Cristo. A história de sua breve vida de apenas 44 anos é um verdadeiro romance. Myer Pearlman, pela sua extrema simplicidade cristã e dedicado amor a Jesus, de quem foi um dos mais ardorosos discípulos, ainda vive no coração de milhares de seus admiradores.

Nascido a 19 de dezembro de 1898, em Edinburgo, na Escócia, de pais israelitas, o jovem primogênito, Myer, tal qual um Saulo de Tarso, passou os primeiros anos de sua educação na Escola Hebraica, aos pés de rabinos que lhe inculcaram os ensinos férreos do Judaísmo tradicional, das Escrituras do Antigo Testamento, e da língua hebraica. Ele recorda que nesses dias os alunos compravam a Bíblia, como nós a temos, e arrancavam o Novo Testamento do livro, pois não lhes era permitido lê-lo, por ser considerado espúrio. O estudante Myer distinguiu-se pelas qualidades excepcionais de rara inteligência e perspicácia. Aos 14 anos, sozinho, aprendeu a língua francesa, a poder de freqüentes consultas à Biblioteca Pública, conhecimento que muito lhe valeu nos dias da Primeira Guerra Mundial, ocasião em que serviu como intérprete no exército norte-americano, na França.

Jesus, a Luz do mundo, guiava os passos do jovem Myer em direção ao "Santuário", como ele, posteriormente, costumava dizer. A família mudou-se para os Estados Unidos da América, onde esperava encontrar melhores condições de vida. Certa ocasião, na cidade de Cincinnati, passeando em determinada rua, foi fortemente impressionado por um letreiro na fachada de uma igreja evangélica, que dizia: Igreja Aberta. . . Entre. . . Descanse e Ore." Por um instante quis entrar, mas logo abafou o impulso que, certamente, era inspirado pelo Espírito Santo. Anos depois, quando já convertido, ele teve oportunidade de entrar nessa mesma igreja e agradecer a Deus o tê-lo dirigido no caminho da luz e da vida.

Quando servia no exército, ganhou um Novo Testamento, que leu com muito interesse, estando a sua alma em procura ardente de certa satisfação, por ora desconhecida. Após a Segunda Guerra Mundial, ele foi residir em São Francisco, na Califórnia. Certa noite, ao passear, foi sua atenção despertada por um grupo de cristãos da fé pentecostal, que dirigia um culto em praça pública defronte de um salão.

Em outra noite novamente chegou perto para ouvi-los e teve a coragem de entrar nesse salão de cultos. Ficou grandemente impressionado pelos hinos alegres cantados em louvor a Deus, hinos que muito contrastavam com os cânticos tristonhos da sinagoga. Um desses hinos era de autoria do saudoso irmão F. A. Graves, grande pioneiro do movimento pentecostal. Myer não podia ter imaginado que mais tarde ele se casaria com a filha desse irmão, Irene Graves! Como são maravilhosos os caminhos do nosso Deus! Assim começou o jovem Myer a freqüentar, todas as noites, durante semanas, os cultos nesse humilde salão. Certa noite ele pensou em ir ao cinema, mas acabou assistindo ao culto, tanto foi a estranha atração da presença de Deus.

O povo, sabendo de sua origem judaica, tratava-o com todo o carinho e orava ao Senhor pela sua conversão. Certa noite, deitado na sua cama, foi completamente vencido por uma sensação de remorso, sentindo fortemente a sua culpa perante Deus. Logo depois, em um culto, ao sair da igreja, ficou parado perto da porta, ouvindo o último hino. De repente, sentiu descer sobre si uma influência indescritível e maravilhosa. Foi esse o momento decisivo de sua vida quando Myer abriu o coração a Jesus, a Luz do mundo. Essa Luz resplandeceu nas trevas dessa alma. Havia ele chegado ao seu "Santuário", que tanto almejara! Seu coração havia experimentado a realidade da Pessoa de Cristo, o seu Messias! Tal qual Saulo de Tarso, Myer Pearlman encontrara-se com Jesus, o Nazareno!

Não demorou muito, e certo dia, quando em oração a seu Messias, Myer Pearlman começou a falar em língua por ele desconhecida. Mesmo para ele, lingüista, foi uma gloriosa surpresa receber, como os discípulos no dia de Pentecoste, o maravilhoso dom do Espírito Santo, o Consolador, de que tanto ele viria a precisar em dias posteriores.

Sentindo o chamado do Senhor para dedicar a vida ao trabalho do Evangelho, Myer matriculou-se no Instituto Bíblico Central, que, havia pouco, fora fundado em Springfield, no Estado de Missouri. Fez o curso de três anos, ao término do qual foi convidado a ser professor nesse mesmo educandário. Durante quatorze anos Myer Pearlman distinguiu-se como instrutor dotado de rara capacidade ministerial, possuído como era de inteligência sempre consagrada ao seu Mestre e Senhor. Graças à sua formação baseada no Antigo Testamento, pôde torná-lo um Livro extremamente interessante para os seus alunos. E, além desses trabalhos, como professor do Instituto, o irmão Pearlman aceitava convites para dirigir estudos bíblicos em diversas partes do país. Também se tornou autor de diversos livros de grande utilidade e que grande influência têm exercido, não somente na língua inglesa, mas também em diversos idiomas para os quais foram traduzidos.

Durante anos, foi autor da Revista para Adultos e da Revista para Professores de Adultos das Escolas Dominicais, trabalho ao qual se dedicou prazerosamente, com todas as energias, até ao tempo de sua morte. Durante a Segunda Guerra Mundial lançou, ainda, um jornal em estilo próprio para a evangelização das Forças Armadas, denominado "Reveille", o qual foi um grande sucesso e certamente muito contribuiu para a salvação de milhares de homens e mulheres a serviço da pátria.

Em 1942 os excessivos trabalhos literários e didáticos cansaram o organismo do nosso estimado irmão Pearlman, resultando em uma crise aguda do sistema nervoso. Com as complicações de pneumonia, que advieram, foi rapidamente encurtada a carreira brilhante desse humilde servo de Cristo de Nazaré, servo que não buscava a glória terrestre, e, sim, a celeste. Apesar de ter recebido a melhor assistência hospitalar, veio a falecer aos 44 anos de idade. Um dos enfermeiros testificou que havia orado a noite toda. Deixou esposa e três filhos, e inúmeros amigos em toda parte do mundo que o têm em admiração e que aguardam o dia quando novamente possam abraçar esse saudoso judeu, que, apesar da pequena estatura física, era, em verdade, grande de espírito.

Para o autor destas linhas póstumas, tem sido um prazer e raro privilégio traduzir a presente obra de pena do irmão Pearlman, Através da Bíblia livro por livro*, na esperança de que ela proporcione aos leitores de língua portuguesa, obreiros em particular, um mui profundo conhecimento bíblico e pentecostal das grandes verdades da nossa fé. Creio que muitos, ao manusearem estas páginas, experimentarão algo da sensação que nós, que tivemos o privilégio de ser seus alunos, experimentamos nos estudos dirigidos pelo saudoso irmão Pearlman, que tão ardentemente amava ao seu Senhor, o Messias, o Cristo de Deus, e a quem tudo entregou - até a própria vida."



sábado, março 29, 2008

Biografia de Watchman Nee


O sorriso do Chinês

Pastor Watchman Nee - (1903-1972)

tradução: João Cruzué

Nee To-sheng ou Watchman Nee, o grande lider cristão chinês, nasceu numa província do Sul da China. Em sua juventude, provou ser um indivíduo dotado de grande inteligência e um futuro promissor. Ele foi consistentemente o melhor melhor aluno da Faculdade Trinity, adqüirindo excelente histórico acadêmico. Nee, naturalmente, tinha grandes sonhos e planos para uma carreira cheia de realizações.

Em 1920, aos 17 anos de idade, conheceu o evangelho e depois de algumas lutas internas aceitou Jesus como seu Salvador e Senhor; ao tomar essa decisão deixou a carreira universitária. Desde então, seu ministério passou a ser conhecido como um dos mais espirituais e significativos do século 20. Seu nome anterior era Nee Shu-tsu. Após sua conversão mudou seu nome para Nee To-sheng, devido a um costume local, segundo o qual, se algum fato mudasse a vida de uma pessoa, ela mudaria de nome. No caso de Nee, foi sua conversão ao cristianismo.

Já no início de sua vida cristã começou a escrever. Seu ministério de aproximadamente 30 anos foi uma bênção de Deus para a Igreja chinesa, e seus livros ainda serão por muito tempo um manancial de espiritualidade e inspiração para cristãos em todo mundo, em todas as épocas. Sua obra teve um profundo impacto sobre a divulgação do evangelho e o estabelecimento de centenas de igrejas locais através da Ásia. Por causa da sua fé em Cristo, Nee foi preso em 1952 pelo regime comunista de Mao Tse-tung, permanecendo seus últimos 20 anos de vida na prisão.

No início ele era um cristão metodista, depois, começou ele mesmo a restauração da Igreja nos moldes da Igreja Primitiva, segundo estava nas escrituras. Ele era ferrenho opositor da fragmentação do corpo de Cristo pela criação indiscriminada de denominações e divisões da Igreja. Sua Igreja em Xangai cresceu e chegou a ter 3.000 membros. Orando, decidiu dividi-la em 15 grupos, chamados de "pequenos rebanhos". Cada pequeno rebanho (grupo familiar) chegava a ter 200 membros. No início dos anos 40, a Igreja de Nee já possuia perto de 500 "pequenos rebanhos". Em 1941, Xangai foi invadida pelo exército japonês e a Igreja começou a passar por necessidades financeiras. Ele e seu irmão montaram um empresa farmacêutica para complementar os recursos para as necessidades da Igreja . Daí pode-se perceber que o sistema de grupos familiares, desenvolvido mais tarde na Igreja sul coreana pelo Pastor Paul Yonggi Cho foi influências do trabalho de Nee.

Em 1949, o Partido Comunista da China derrubou o governo nacionalista e instituiu a Republica Popular da China. A princípio, os comunistas insinuaram um apoio aos líderes cristãos locais, enquanto expulsava os missionários "imperialistas". Dois anos mais tarde, Mao Tse-tung mostrou sua verdadeira intenção - a de controlar as Igrejas. Durante esse tempo, os pequenos rebanhos resistiam a ordem comunista de que todos deveriam ser filiados a Igreja Cristã Nacional, uma organização fantoche. Milhares de membros da Igreja de Nee foram mortos ou colocados em prisões. Havia informantes comunistas se infiltrados entre os grupos.

Os pastores eram rotulados de lacaios dos imperialistas estrangeiros e Nee foi acusado de liderar um grande sistema secreto que envenenava as pessoas com palavras reacionárias. Em 1952 ele foi preso. Antes disso, ajudou a criar várias Igrejas subterrâneas. Em 1956,foi julgado e sentenciado à prisão por 15 anos. Em 1967, ele deveria ser solto, mas com a seguinte condição: de nunca mais voltar a pregar o evangelho. Nee não concordou. Ele foi transferido para outra prisão onde morreu cinco anos mais tarde. Ele preparou a Igreja da China para sobreviver sob a "cortina de bambu" e ela Sobreviveu. Mao se foi, mas Jesus continua na China salvando, batizando e derramando o Espírito Santo. Veja isto nas fotos tiradas mais recentemente: fotos da igreja da china.

A conversão de Watchman Nee
e o início do seu ministério.


"Meu nascimento foi em resposta de uma oração. Minha mãe tinha muito medo de que sucedesse a ela o mesmo que acontecera a sua cunhada que tivera seis filhas, o que segundo os costumes chineses era ruim, pois meninos eram os mais desejados. Mamãe já tivera duas meninas, e embora não entendesse completamente o compromisso de uma oração, ela orou ao Senhor e disse: “Se o Senhor me der um filho, eu lho darei de volta de presente". E, o Senhor ouviu sua oração, e eu nasci. foi meu pai que mais tarde me dissera que antes do meu nascimento minha mãe tinha-me prometido ao Senhor".

Para muitas pessoas, a característica proeminente de ser salvo é o ato de ser liberto do pecado. Entretanto, para mim a questão era se eu aceitaria Jesus e me tornaria seu seguidor e um servo ao mesmo tempo. Eu Fiquei assustado porque se me tornasse um cristão então eu seria chamado para servir a Cristo, e isto iria custar muito caro para mim. Conseqüentemente, o conflito foi resolvido assim que eu percebi que minha salvação deveria ter os dois aspectos. Então, decidi aceitar Cristo como meu Salvador e servi-lo como meu Senhor. Isto foi em 1920, quando tinha 17 anos de idade.

"Na tarde de 29 de abril de 1920, eu estava sozinho em meu quarto lutando para decidir se deveria ou não crer em Cristo. Primeiro, eu estava relutante, mas assim que tentei orar, vi a magnitude dos meus pecados e a realidade, a eficácia de Jesus como Salvador. Assim que eu visualizei as mãos do Senhor estendidas sobre a cruz, elas pareciam me envolver e vi o Senhor dizer: Eu estava aqui esperando por você!

Observando efetivamente o sangue de Cristo limpando meus pecados e cobrindo me de tanto amor eu o aceitei ali mesmo em meu quarto. Anteriormente, eu havia rido das pessoas que aceitavam Jesus, mas naquela tarde, a experiência se tornou também real para mim, e eu chorei, e confessei meus pecados, procurando pelo perdão do Senhor. Assim que fiz minha primeira oração, eu conheci uma alegria e paz tais, que eu nunca tinha experimentado antes. Uma luz parecia fluir no quarto e eu disse ao Senhor: Jesus, o Senhor tem sido deveras misericordioso para comigo."

Depois que me tornei um salvo em Cristo, enquanto meus colegas traziam novelas para ler em classe, eu levava a Bíblia para estudar. Mais tarde, eu deixei a Faculdade para entrar em um Instituto Bíblico, sediado em Xangai criado pela irmã Dora Yu. No começo, por muitas vezes, ela muito educadamente tentou me expulsar do instituto com a explicação de que era inconveniente para mim ficar ali mais tempo. Na realidade era por causa de meu exigente apetite, roupas diletantes e costume de me levantar muito tarde pelas manhãs. Ela queria me mandar embora. Meu desejo de servir a Deus tinha levado um sério revés.

Embora eu pensasse que minha vida tinha sido transformada, de fato permaneciam muitas e muitas coisas que precisavam ser mudadas. Percebendo que eu ainda não estava pronto para o serviço do Senhor, decidi voltar a escola secular. Meus colegas de classe reconheceram que algumas coisas tinha alterado em minha vida mas que existiam muitas outras que ainda permaneciam em meu velho temperamento . Por isso, meu testemunho na escola não era muito poderoso, e quando pela primeira vez dei meu testemunho para o irmão Weigh, ele não me deu atenção.

Seguindo minha nova natureza de salvo já havia muitas mudanças e todo um planejamento de mais de dez anos se tornou sem significado e minhas ambições de uma brilhante carreira já estavam sendo descartadas. A partir daquele dia com uma inegável certeza do chamado de Deus, eu sabia qual deveria ser carreira da minha vida. Eu entendi que o Senhor tinha me escolhido para si, para minha própria salvação e para sua glória. Ele tinha me chamado para servi-lo e para ser seu amigo-operário.

Antes eu desprezava pregadores e pregações porque naqueles dias eles eram assalariados dos missionários americanos ou europeus, e por este serviço ganhavam deles míseros oito ou nove dólares de prata por mês. Eu nunca imaginaria, nem por um momento, que me tornaria um pregador, uma profissão a qual eu considerava tão insignificante.

Depois de me tornar um cristão, tive espontaneamente um desejo de levar outras pessoas para Cristo, mas depois de um ano de testemunho e testemunhando para meus colegas de escola secular, não havia nenhum resultado visível. Eu pensava que mais palavras e mais razões seriam eficientes, mas meu testemunho parecia não ter um efeito poderoso sobre as pessoas.

Tempos mais tarde, encontrei uma missionária da Região Oeste, a irmã Grose, que me perguntou quantas pessoas tinham sido salvas através de mim naquele primeiro ano. Eu abaixei minha cabeça e vergonhosamente confessei que a despeito de minhas tentativas de pregar o evangelho para meus colegas, nenhum deles tinha se convertido.

Então, ela me disse francamente que deveria existir alguma coisa errada impedindo minha comunicação com o Senhor. Talvez fosse um pecado escondido, dívidas ou algum outro impedimento. Admiti que tais coisas existiam e ela me arguiu se estava disposto resolvê-las, imediatamente. Concordei. A seguir me perguntou como dava meu testemunho e eu lhe disse que escolhia as pessoas ao acaso e lhes falava a respeito do Senhor, se elas mostrassem algum interesse. Ao que a missionária me ensinou que eu deveria fazer uma lista e orasse por meus amigos primeiro, enquanto aguardasse pela oportunidade de Deus para testemunhar para eles.

Imediatamente, comecei a colocar minha vida em ordem para eliminar os problemas que impediam minha comunhão com o Senhor. Ao mesmo tempo, fiz uma lista com o nome de setenta amigos com o propósito de orar por eles diariamente. Alguns dias eu orava a cada hora, até na sala de aula. Quando as oportunidades vieram eu tentava persuadi-los a crer no Senhor Jesus. Meus colegas freqüentemente diziam jocosamente, lá vem o Sr. pregador, vamos ouvir sua pregação... Embora de fato, eles não tivessem a mínima intenção de ouvir.

Eu contei, depois, meu fracasso a irmã Grose e ela me persuadiu a continuar orando até que algum deles fosse salvo. E, com a graça do Senhor continuei orando diariamente, e depois de vários meses, todas, com exceção de uma, das setenta pessoas daquela lista foram salvas

Frases de Watchman Nee:

"A menos que sejamos tratados e quebrantados por meio da disciplina, estaremos restringindo o poder de Deus. Sem o quebrantamento do homem exterior, a igreja não pode ser um canal de Deus".

Em sua última carta, escrita no dia de sua morte: "Apesar da minha doença, ainda continuo cheio de alegria em meu coração."
http://www.watchmannee.org
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Ultima nota: Nee tinha um espinho na carne controlado pela graça de Deus. Desde 1924, ele era tuberculoso. Sobre esse assunto, estive olhando o material e pude ver que a luta de Nee em oração contra essa doença é de uma inspiração e edificação maravilhosas. Ele dependia do Senhor, todo dia, para viver por causa da doença. Viveu com ela 48 anos. Deve demandar umas duas semanas de tradução. Orem por mim, pois gostaria de compartilhar essa bênção com meus leitores.

Comentários: quando olho para as fotos deste chinês, meus olhos ficam molhados. Para ser cristão na China, naquela época, tinha que desprezar a própria vida. Ele sabia o preço e não negociava. Quando quiseram libertá-lo, em 1968, com a condição de nunca mais pregar o nome de Jesus, ele não aceitou e assim o mantiveram no cárcere até à morte. Quando for da próxima vez a uma livraria cristã, não perca tempo. Watchman Nee escreveu sobre aquilo que vivenciava.

Agora veja 90 fotos aqui da Igreja Evangélica da China

Fonte de pesquisa do testemunho


tradução de Joao Cruzue
cruzue@gmail.com



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