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João CruzuéUma repentina e inesperada revolução está varrendo grandes nações árabes e derubando governos. Começando pela Tunísa, já varreu o Egito e não deve parar por aí. No final da década de 80, caíu o muro de Berlim. Em 11 de setembro de 2001, caíram as torres gêmeas de Manhattan e, ontem também 11 de fevereiro de 2011 ruíu uma ditadura de 30 anos no Egito. São grandes acontecimentos históricos sem nenhuma sombra de dúvida.
O que está acontecendo no Egito é muito importante, pois, na verdade, diz respeito a todo mundo árabe. Chegou o tempo da fragilização do fundamentalismo islâmico, que ao meu ver, depois da grande corrupção eleitoral no Irã, revelou uma face de grandes egoístas e hipócritas por baixa de suas indumentárias de santos.
A Tunísia, o Egito, o Jordânia e outras nações árabes sob antigas e ferrenhas ditaduras encabeçadas por autoridades secularistas, que relativizaram os costumes do Islã, estão passando por um surpreendente período de revolução.
O governo do Egito é o segundo a cair em menos de 60 dias, desde que o engenheiro tunisiano Mouhamed Boazizi ateou fogo no próprio corpo.
Por trás de tudo, insuflando os sentimentos do povo árabe estão: a pobreza, o alto desemprego, a ausência de democracia, a falta de liberdade sob ditaduras injustas que não governam para o povo.
Na espreita desses acontecimentos, organizações políticas muçulmanas fundamentalistas sonham um regime religioso fundamentalista, ainda pior que as ditaduras secularistas.
Enquanto isso povo árabe dessas nações também sonha com um governo que lhes traga emprego, liberdade e melhores níveis de educação e bem estar social . Os próximos meses vão dizer quem vai se dar bem nestas nações insatisfeitas. se o povo e a democracia ou se outras ditaduras teocráticas. O povo do Irã também tinha um sonho que virou pesadelo.
O Egito corre o sério risco de trocar um Mubarak por um Ahmadinejad.
Fatos históricos recentes.
1 - Em 17 de dezembro de 2010, na República da Tunísia, país situado no Norte da África, entre a Líbia e Argélia, um engenheiro desempregado que trabalhava como vendedor de frutas ateia fogo no próprio corpo em protesto pelo confisco de sua licença de trabalho no mercado da cidade de Sidi Bouzid.
Mouhamed Boazizi era seu nome. Ele não resistiu. Seu funeral atraiu milhares de pessoas que começaram a organizar protestos na Capital, Túnis, e em todo país. Os olhos do mundo foram atraídos pela revolta tunisiana. Em 14 de janeiro 2011, depois centenas de mortos entre muitos confrontos entre a polícia e os manifestantes caiu o ditador Zine el Abidine Ben Ali.
O fogo da autoimolação de Boazizi ultrapassou os limites geográficos da Tunísia e começou a incendiar outros suicidas na Jordânia, Iêmen, Mauritânia, Argélia e Egito. Eu imagino que ver uma pessoa ardendo em fogo em uma praça pública traz um sentimento indescritível e pavoroso.
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Em 25 de janeiro de 2011, o Egito viveu seu primeiro dia de grandes protestos. O povo egípcio começou a dar um basta nos 30 anos de ditadura encabeçada pelo ex-presidente Hosni Mubarak. Um governo marcado pela corrupção, altas taxas de desemprego, miséria e opressão policial.
Ontem, 11 de fevereiro de 2011 Hosni Mubarak renunciou após 18 dias de grandes protestos.
Mouhamed Boazizi era seu nome. Ele não resistiu. Seu funeral atraiu milhares de pessoas que começaram a organizar protestos na Capital, Túnis, e em todo país. Os olhos do mundo foram atraídos pela revolta tunisiana. Em 14 de janeiro 2011, depois centenas de mortos entre muitos confrontos entre a polícia e os manifestantes caiu o ditador Zine el Abidine Ben Ali.
O fogo da autoimolação de Boazizi ultrapassou os limites geográficos da Tunísia e começou a incendiar outros suicidas na Jordânia, Iêmen, Mauritânia, Argélia e Egito. Eu imagino que ver uma pessoa ardendo em fogo em uma praça pública traz um sentimento indescritível e pavoroso.
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Em 25 de janeiro de 2011, o Egito viveu seu primeiro dia de grandes protestos. O povo egípcio começou a dar um basta nos 30 anos de ditadura encabeçada pelo ex-presidente Hosni Mubarak. Um governo marcado pela corrupção, altas taxas de desemprego, miséria e opressão policial.
Ontem, 11 de fevereiro de 2011 Hosni Mubarak renunciou após 18 dias de grandes protestos.
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7 comentários:
João, permita-me fazer um comentário deste acontecimento. No egito e na tunísia SEMPRE (ou seja, há muito tempo) existem os movimentos religiosos deles. Então, se o povo é insuflado por eles, porque essa revolta não acontece antes? Devemos lembrar que o Iêmen, a Argélia e Jordânia tbm enfrentam essa revolta.
A revolta egípcia uniu seguidores de várias religiões: cristãos, muçulmanos, judeus. Árabes e egípcios. Isso pode ser confirmado pelas várias notícias divulgadas no decorrer desses 18 (?) dias de protesto. O movimento iniciando em Janeiro na tunísia e que alastrou-se pelo Oriente Médio é muito mais complexo do que oposição religiosa.
As reivindicações desses movimentos: alimentos, empregos, menor custo de vida e melhor qualidade de vida. Os países islâmicos foram atingidos duramente na crise, já que a maioria depende exclusivamente do preço do barril. Talvez o enfraquecimento do apoio americano ao regime egípcio, num momento em que os ianques voltam-se pra dentro de seu país, favoreceu o protesto.
No Egito a própria Irmandade (a oposição religiosa) disse que não indicará candidatos, vai apenas apoiar o candidato da oposição.
O movimento iraniano aconteceu sob circunstâncias diferentes das atuais. Não há hoje países manipulando "menores" para posicionarem-se a seu favor, através de golpes de estado, como ocorria em 78.
Influência religiosa, não. O movimento deve-se mais a fatores ligados à vida dos cidadãos, que além de passarem na pobreza não podem nem reclamar, já que vivem sob ditaduras. A maior lição que tiro disso tudo é a de que as necessidades da população ultrapassam os limites de um governo, país ou religião.
Como disse Tiago no seu livro, capítulo 2, versículos 15 e 16:
"E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?"
Até mais, e obrigado por deixar esse espaço para opinar! Deus o abençoe.
Mais um país que fechará as portas ao cristianismo. Infelizmente o islã tem ganhado terreno.
Qdo volto os olhos para a população,vejo o qto há esperança de tempos melhores. Uma população que vive em péssimas condições, qdo na verdadem tem um grande potencial de crescimento.
Como o João comentou, " A maior lição que tiro disso tudo é a de que as necessidades da população ultrapassam os limites de um governo, país ou religião."
Oremos para que haja um recomeço digno neste país, com equilibrio politico e religioso.
Fiquem na Paz!
João,
Obrigado.
Você tem razão. Fiz uma leitura mais atualizada dos fatos e editei o texto. Obrigado por me levar a trabalhar melhor o assunto.
Gosto dos seus comentários.
A INFORMAÇÃO LIBERTA
Sem dúvida irmão João Cruzue, corre esse perigo de se transformar em uma ditadura religiosa, mas prefiro pensar em uma saida melhor para o povo egípcios.
Mais uma conquista do poder da informação virtual através da web. Essa ferramenta fundamental do desenvolvimento, mediante a informação vem quebrando paradigmas ultrapassados para renovar as mentes para não sermos mais enganados facilmente.
Claro, que em todas as descobertas dão brechas para uma dicotomia de funções, servindo para o bem e para o mal, felizmente estamos tirando muito proveito de forma coletiva.
A soberania popular do Egito mostrou mais uma vez ao mundo que a ‘pressão da opinião pública pode muito em seus efeitos’. O fruto disso é que esse terrível ditador Hosni Mubarak é a página triste virada na história do seu povo.
Outra maravilha de procedimento de justiça, é que as autoridades suíça bloquearam todo dinheiro que esse homem tinha depositado em seus bancos. Aluizio Araujo ( Aluizio Ferreira de Araujo). Rua do Juramento 45 Senador Dr. Augusto Vasconcelos RJ. Cel: 98463684
Irmao Joao,eu vi durante dias esse povo sofrendo e clamando,mas sabia que Deus e Pai e mesmo eles nao sendo seu povo,sua misericordia e imensa.Ontem pulei de alegria.No Brasil viviamos tambem assim na ditadura.Talvez seja pior agora que no Egito o militarismo se oficializou no poder,mas o importante foi mostrar que um povo nao se deixa escravizar por muito tempo,em tudo tem a mao de Deus e nada acontece fora da sua vontade.
Aqui na Alemanha ja comecou uma revolta calada dos muculmanos tentando espalhar suas crencas entre o povo...nos estrangeiros cristaos estamos entre as paredes pois somos agredidos dos dois lados:os islamicos se aproximando e os luteranos nos chamando de seita...
Mas Jesus e bom...Oremos.
Boa semana te desejo.Bju.Luciene,
Oi joão, tudo bem? Então, fiz um post sobre o assunto no meu blog. Dá uma passada lá e deixa sua opinião... quem quiser também fique a vontade para comentar lá no meu blog, ok?
é crucificadocomcristo.blogspot.com
Até mais e Deus lhes dê a Paz.
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