terça-feira, junho 16, 2020

Coronavírus - ponto de inflexão na 16 semana finda em 13 de junho de 2020


Por João Cruzué

Vamos apresentar aqui dois tipos de  notícias. A boa notícia: pela primeira vez, desde 23 de fevereiro de 2020, data de início da 1ª semana de registro de casos do Covid-19, noticiamos que ocorreu um ponto de inflexão. Este fato ocorreu 16 semanas depois, isto é, com o registros de 07 a 13 de junho de 2020 totalizando 174.020 casos na semana. Na semana anterior - 31 de maio até 06 de junho - foram 178.054 de contaminaçao registrados em todo país.



Fonte Ministério da Saúde

A notícia ruim

Analisando como amostra o caso do Estado de São Paulo, observamos que a receita recebida pelo estado no mês maio/2020 caiu pela metade, em relação ao mes de janeiro.

R$ 13,6  x R$ 27,2  bilhões

Com a perda do fôlego, depois de dois meses e alguns dias de quarentena, o Estado está liberando "gradativamente" o comércio e a circulação de pessoas para tentar riscar o fósforo para ligar o fogao da economia. 

Em decorrência dessas medidas, a circulação do vírus pode aumentar. E, se aumentar, o Estado vai tentar retroceder para aplicar nova quarentena. Acontecendo a quarentena, os novos contaminados  vão levar o CVD para dentro de casa, provocando uma nova subida na curva de contaminação, aqui na Região Metropolitana de São Paulo e nas outras regiões metropolitanas espalhadas pelo país.

Quem tem juízo, vá tomando mais cuidados. Máscara com duas camadas de tecido não é tão eficiente quanto à de três camadas. Grandes ambientes com ar- condicionado, tais como shoppings, supermercados e modais de transportes públicos podem ser o covil do leão. A velha e boa marmita é muito mais segura que tocar em pratos, talheres e saleiros de restaurantes.

E mesmo fazendo tudo isso, não basta. É quando chegar, orar ao se deitar. E quem puder, ore depois da meia noite.

A paz do Senhor Jesus,

João.















domingo, maio 31, 2020

Pesquisa sobre o avanço do Grau de Instrução dos Brasileiros entre 2000 e 2020

PESQUISA INÉDITA

Por João Cruzué

Quero apresentar aqui o resultado da minha pesquisa de uma análise feita, nesta última semana de maio de 2020, sobre o avanço do grau de instrução dos brasileiros por gênero (homens e mulheres), considerando os vários tipos de instrução, inclusive analfabetismo. A pesquisa foi realizada com dados das Bases Eleitorais de 2000, 2010 e 2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cujo universo contém eleitores a partir de 16 anos de idade. 

Ao final do quadro, julguei oportuno informar também a composição da população brasileira por gênero, compiliando os dados dos três últimos censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os endereços eletrônicos da bibliografia. 

Para maior transparência, deixo registrado que os percentuais apurados em minhas análises, estão relacionados com as Bases Eleitorais do TSE. Em uma próxima publicação, posso relacionar os tipos de instrução com o total da polulação brasileira. Contudo, para que isto seja possível, precisaria incluir dados de crianças e adolescentes com instrução até o ensino médio copleto, uma fez que nem todos os adolescentes que concluíram o ensino médio se cadastraram como eleitores.

Após o quadro, começo registrar o que mudou na instrução dos brasileiros de 2000 até dezembro de 2019. Também julguei importante deixar aqui um endereço de e-mail - cruzue@gmail.com - para receber a sua crítica e sugestões, com isso espero melhorar minha capacidade de análise.



ALGUMAS ANÁLISES

1. Em uma observação simples das bases de dados, podemos constatar o seguinte:

a) Entre outubro de 2000 e dezembro de 2019, a base eleitoral cresceu 34,64%, a base feminina  do eleitorado cresceu mais que a dos homens: 40,38 % e 29,28%;

b) A base eleitoral de 2000 representava 64,76% da população brasileira, enquanto a base de 2019, aumentou a representação para  70,37%.


2. Mudança positiva no grau de instrução:

a)  Houve grande aumento, quando observamos a quantidade de eleitores que concluiram o ensino médio em 2019, com aqueles que  informaram ter concluído o 2º grau  em 2000.  A base quase triplicou (263,37%). Eram 10.268.590 em 2000 e  37.313.169 pessoas em 2019.

b) A maior mudança, porém,  ocorreu com aqueles que se graduram.  Na base eleitoral de 2000, eram  3.549.157 eleitores, contra 15.935.427 em dezembro de 2019 . Foi o tipo de instrução que mais aumentou.

3. Base Eleitoral x Censo do IBGE

Observando de forma restrita as duas bases eleitorais (não são 100% da população brasileira). Para fazer um comparativo com o somatório desses três tipos de instrução a) Ensino Médio Completo + Ensino Superior Incompleto + Ensino Superior completo, temos estes totais:

a) 16.106.190 eleitores em 2000, representando 14,6651% de 109.826.263 (na base TSE 2000);
b) 26.914.706 eleitores em 2010, representando 19,8574% de 135.539.919 (na base TSE 2010);
c) 61.054.751 eleitores em 2019, representando 41,2894% de 147.870.154 (na base TSE 2019).


CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A base eleitoral divulgada pelo TSE não é composta pelo total da população brasileira, óbvio, mas entre os dados (estimados)  coletados no censo IBGE e os DECLARADOS  na base do TSE, para efeitos de análise da população adulta (acima de 16 anos), considero os dados do TSE estão mais próximos da realidade, para analisar o avanço no grau de instrução.

É inegável que houve um grande avanço quantitativo na instrução dos brasileiros, que possuem instrução do ensino médio completo para cima.  O percentual na base do TSE era 14,67% em 2000 e 41,29% ao final de 2019, quase triplicando (2,8154792).

Em termos qualitativos, não posso considerar que foi apenas um grande aumento na entrega de canudos. Por outro lado, a qualidade do ensino superior em boa parte das Instituições privadas não é muito elogiada. Este aumento de instrução deveria influir positivamente na renda per capita do brasileiro, mas isso é  assunto para outra pesquisa.


EDUCAÇAO AMERICANA

Para você que chegou até aqui, vai um brinde. Um quadro nosso elaborado em 03.06.2020, com os dados da Educação dos Estados Unidos da América, compilados de tabela do Census.Gov, o IBGE dos americanos. A base é similar - cidadãos com com idade a partir de 18 anos.



População dos Estados Unidos da América em 2019: 328.239.523


A título de comparação, o somatório de Ensino Médio Completo (High School) + Ensino Superior Incompleto (Some College no Degree) + Ensino Superior Completo e Acima (Degrees) é 224.002.000. Isto representa 89,40% da base considerada (250.563.000 pessoas). No Brasil são 61.054.751 pessoas, representando 41,29% de147.870.154 (Base TSE 2019). 

Se este segmento continuar aumentando de 12,3 milhões de pessoas a cada 10 anos (aumento de 2010 a 2020), se calculei corretamente,  levar-se-ia 57 anos para se chegar ao patamar  da educação americana de 2019.


Solicitação: você já encontrou, em algum lugar, os dados da Educação brasileira detalhados como a mesma transparência que os encontrados neste post? Caso, sim,  diga para mim onde : cruzue@gmail.com - se quiser deixar seu comentário, ótimo! 






.











-.--


.