terça-feira, janeiro 19, 2010

A realidade pode ser dura

João Cruzué

Passando hoje pela Praça da Sé em direção ao almoço assisti uma cena hilária. O sucesso ao lado do fracasso; o novo vencendo o antigo. Istof oi o bastante para trazer-me à memória três fatos.

O primeiro aconteceu, mesmo, na hora do almoço. Um grupo de músicos peruanos (ou bolivianos) paramentado de índios (Sioux?) tocavm música andina na Praça. Hoje, todavia ninguém eles ficaram sem plateia e sem "din din". Ninguém parou para ouvir suas flautas.

Mas bem ao lado, a cinco metros de distância, outro grupo de artista de rua tocavam e cantavam música sertaneja. Foi um massacre. Umas 200 pessoas fizeram a roda para ouvir o grupo. E os bêbados atraídos pelo barulho ofereciam outro espetáculo à parte. Não foi o dia dos flautistas de música andina.

O segundo exemplo eu já venho observando com frequência. A caminho de casa passo à frente de duas Igrejas. Uma ao lado da Outra. Igreja Mundial do Bispo Valdemiro e Igreja Deus é Amor do Miss. David Miranda. Apesar da chuva que caía forte, uma estava tão lotada que sobrava gente na chuva do lado de fora. A outra não tinha 20 pessoas. A proporção sem exagerar é de 100 para um. Há uns dois meses vem acontecendo um "massacre".

Aí você pode começar a pensar: o povo tem gosto duvidoso. Curiosamente, tanto o grupo de música andina quanto a Igreja do missionário Miranda também já estiveram apinhados de ouvintes. Será que povo mudou de gostou ou o que era novo envelheceu-se?

Bem, agora vou apresentar o terceiro fator. No começo da era cristã Jesus atraía multidões e deixava os mestres fariseus e saduceus (apologetas) do Sinédrio e do Templo irritados. Para eles, curar no sábado era a mais pura heresia. Nesse caso específico o povo não estava enganado. Eles perceberam que a mensagem de Jesus tinha poder, graça e autoridade. Os cegos viam, os coxos andavam, os leprosos eram limpos e os mortos ressuscitavam.

O povo gosta de novidades. Isso nos traz ao cotidiano. Uma Igreja séria não pode mudar sua liturgia e mensagem a nova estação do ano. Mas se ficar presa ao passado vai morrer, pois a palavra Evangelho é paradoxal e significa Boas Novas!

O apóstolo Paulo já sabia disso há 2.000 anos. Ele não confiava na força da homilética, mas na presença de Deus para operar sinais e maravilhas. Entre o formalismo e o poder de Deus, até o mais simples dos homens sabe o que é melhor para atender às suas necessidades.

E por que é tão difícil enxergar a realidade? Porque os líderes da Igreja quando se tornam sábios e entendidos já não se deixam mais orientarem pela oração nem pelo Espírito Santo. Eles não têm mais tempo para ouvir a Deus.











Êxodo - mudança de rumo

João Cruzué

CONVERSA NA SAÍDA DO PALÁCIO DO EGITO


-Você viu Moisés como os magos do Faraó também sabem transformar varas em cobras?

-Sim Arão, eu vi. Mas isto não me preocupa mais.

-Não? Por que?

Porque assim que a nossa serpente engoliu as duas cobras de faraó, percebi uma coisa nova, diferente.

Aham?

Arão, A partir daquele momento, tive a certeza de que todas as palavras que Jeová falou comigo são verdadeiras e vão se cumprir. Ele vai por o nosso pé sobre o pescoço de Faraó e vai libertar o povo de Israel da escravidão do Egito. Arão, hoje foi o momento da virada!

Comentário: E graças a Deus que nos dá vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo" Creia nisso.

Para vencer uma guerra contra as grandes dificuldades e necessidades do cotidiano é basta uma fagulha de esperança. Se você ouvir a voz de Deus e tentar outra vez, como Moisés tentou, a presença de Deus vai fortalecer seu coração e o gosto da derrota vai sair da sua boca.

Anime-se! E continue conversando com Deus. Ele vai surpreender você!







segunda-feira, janeiro 18, 2010

DPVAT - Seguro Obrigatório, perguntas e respostas


UTILIDADE PÚBLICA




Se depois de ler as perguntas abaixo ainda tiver dúvidas

use o telefone da figura - todos os dias!


Fonte: SUSEP

1 - O que é DPVAT?

É o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não (Seguro DPVAT), criado pela Lei n° 6.194/74, alterada pela Lei 8.441/92, 11.482/07 e 11.945/09, com a finalidade de amparar as vítimas de acidentes de trânsito em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa dos acidentes.


2 - O que cobre e o que não cobre o Seguro DPVAT?

A seguradora efetuará o pagamento das indenizações a seguir especificadas, por pessoa vitimada:

1. Morte: Caso a vítima venha a falecer em virtude do acidente de trânsito, seus beneficiários terão direito ao recebimento de uma indenização correspondente à importância segurada vigente na época da ocorrência do sinistro.

2. Invalidez Permanente: Caso a vítima de acidente de trânsito venha a se invalidar permanentemente em virtude do acidente, ou seja, desde que esteja terminado o tratamento e seja definitivo o caráter da invalidez, a quantia que se apurar, tomando-se por base o percentual da incapacidade de que for portadora a vítima, de acordo com a tabela de Danos Corporais Totais, constante do anexo à Lei n.º 6.194/74, tendo como indenização máxima a importância segurada vigente na época da ocorrência do sinistro.

3. Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS): Caso a vítima de acidente de trânsito venha a efetuar, para seu tratamento, sob orientação médica, despesas com assistência médica e suplementares, a própria vítima terá direito ao recebimento de uma indenização, a título de reembolso, correspondente ao valor das respectivas despesas, até o limite definido em tabela de ampla aceitação no mercado, tendo como teto máximo o valor vigente na época da ocorrência do sinistro.

Os valores correspondentes às indenizações, na hipótese de não cumprimento do prazo para o pagamento da respectiva obrigação pecuniária, sujeitam-se à correção monetária segundo índice oficial regularmente estabelecido e juros moratórios com base em critérios fixados na regulamentação específica de seguro privado.

Não estão cobertos pelo DPVAT:

1. Danos materiais (roubo, colisão ou incêndio de veículos);

2. Acidentes ocorridos fora do território nacional;

3. Multas e fianças impostas ao condutor ou proprietário do veículo e quaisquer despesas decorrentes de ações ou processos criminais; e

4. Danos pessoais resultantes de radiações ionizantes ou contaminações por radioatividade de qualquer tipo de combustível nuclear, ou de qualquer resíduo de combustão de matéria nuclear.

III - Quais são os atuais valores de indenização do DPVAT no caso de envolvimento em acidente de trânsito?
Os valores de indenização por cobertura são os constantes da tabela abaixo, valores estes fixados na Lei 6.194/74, por meio da Lei 11.482, de 31/05/2007:

Morte...............................R$ 13.500,00

Invalidez Permanente (1) .....até R$ 13.500,00

Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares (DAMS) (2) ...até R$ 2.700,00

(1) A quantia que se apurar, tomará por base o percentual da incapacidade de que for portadora a vítima, de acordo com os critérios estabelecidos no §1º, e seus incisos, do art. 3º da Lei n.º 6.194/74, e com a tabela de Danos Corporais Totais, constante do anexo daquela Lei, tendo como indenização máxima a importância segurada vigente na época da ocorrência do sinistro.

(2) Os valores de indenização de DAMS serão pagos até o limite definido em tabela de ampla aceitação no mercado, tendo como teto máximo o valor vigente na data de ocorrência do sinistro. Os valores de indenização de tal tabela deverão ter, como limite mínimo, os valores constantes da Tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). O Seguro DPVAT assegura à vítima o reembolso de despesas médico-hospitalares, desde que devidamente comprovadas, efetuadas pela rede credenciada junto ao Sistema Único de Saúde, quando em caráter privado, vedada a cessão de direitos, bem como veda o reembolso quando o atendimento for realizado pelo SUS, sob pena de descredenciamento do estabelecimento de saúde do SUS, sem prejuízo das demais penalidades previstas em lei.

OBSERVAÇÕES:

1. Qualquer indenização será paga com base no valor vigente na data da ocorrência do sinistro, em cheque nominal aos beneficiários, descontável no dia e na praça da sucursal que fizer a liquidação, no prazo de trinta dias da entrega dos documentos.

O pagamento também poderá ser realizado através de depósito ou transferência eletrÔnica de dados (TED) para a conta corrente ou conta poupança do beneficiário, observada a legislação do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

2. O valor da indenização do DPVAT não tem relação com o valor salário mínimo vigente no país. Os valores de indenização do seguro DPVAT são os fixados pela Lei 11.482/07.


4 - É possível receber mais de uma indenização em decorrência de um mesmo acidente em coberturas diferentes?

As indenizações por morte e invalidez permanente não são cumulativas. No caso de ocorrência da morte da vítima em decorrência do mesmo acidente que já havia propiciado o pagamento de indenização por invalidez permanente, a sociedade seguradora pagará a indenização por morte, deduzida a importância já paga por invalidez permanente.
Já no caso de ter sido efetuado algum reembolso de despesas de assistência médica e suplementares (DAMS) este não poderá ser descontado de qualquer pagamento por morte ou invalidez permanente que venha a ser pago em decorrência de um mesmo acidente.


5 - Quem tem direito a receber a indenização?

Qualquer vítima de acidente envolvendo veículo, inclusive motoristas e passageiros, ou seus beneficiários, podem requerer a indenização do DPVAT. As indenizações são pagas individualmente, não importando quantas vítimas o acidente tenha causado. O pagamento independe da apuração de culpados. Além disso, mesmo que o veículo não esteja em dia com o DPVAT ou não possa ser identificado, as vítimas ou seus beneficiários têm direito à cobertura.

Se, por exemplo, em uma batida, há dois carros envolvidos, cada um com quatro ocupantes, e também um pedestre, e se as nove pessoas forem atingidas, todas terão direito a receber indenizações do DPVAT separadamente.


6 - Quem são os beneficiários do seguro?

1. Em caso de Morte:

Na ocorrência de morte, a indenização será paga de acordo com o disposto no art. 792 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.

2. Em caso de Invalidez Permanente: A própria vítima.

3. Em caso de Reembolso de Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS): A própria vítima.

Observação 1: O Seguro DPVAT assegura à vítima o reembolso de despesas médico-hospitalares, desde que devidamente comprovadas, efetuadas pela rede credenciada junto ao Sistema Único de Saúde, quando em caráter privado, vedada a cessão de direitos, bem como veda o reembolso quando o atendimento for realizado pelo SUS, sob pena de descredenciamento do estabelecimento de saúde do SUS, sem prejuízo das demais penalidades previstas em lei.

Observação 2: Deixando a vítima beneficiários incapazes, a indenização será liberada em nome de quem detiver o encargo de sua guarda, sustento ou despesas, conforme dispuser alvará judicial.


7 - Quais as categorias de veículos automotores abrangidas pelo DPVAT?

Categoria 1 - Automóveis particulares;

Categoria 2 - Táxis e carros de aluguel;

Categoria 3 - Ônibus, microÔnibus e lotação com cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais);

Categoria 4 - MicroÔnibus com cobrança de frete mas com lotação não superior a 10 passageiros e Ônibus, microÔnibus e lotações sem cobrança de frete (Urbanos, Interurbanos, Rurais e Interestaduais);

Categoria 9 - Motocicletas, motonetas, ciclomotores e similares; e

Categoria 10 - Máquinas de terraplanagem e equipamentos móveis em geral, quando licenciados, camionetas tipo "pick-up" de até 1.500 Kg de carga, caminhões e outros veículos. Esta categoria inclui também:

I - Veículos que utilizem "chapas de experiência" e "chapas de fabricante", para trafegarem em vias pÚblicas, dispensando-se, nos respectivos bilhetes de seguro, o preenchimento de características de identificação dos veículos, salvo a espécie e o nÚmero de chapa;

II - Tratores de pneus, com reboques acoplados à sua traseira destinados especificamente a conduzir passageiros a passeio, mediante cobrança de passagem, considerando-se cada unidade da composição como um veículo distinto para fim de tarifação;

III - Veículos enviados por fabricantes a concessionários e distribuidores, que trafegam por suas próprias rodas, para diversos pontos do País, nas chamadas "viagens de entrega", desde que regularmente licenciados, terão cobertura por meio de bilhete Único emitido exclusivamente a favor de fabricantes e concessionários, cuja cobertura vigerá por um ano;

IV - Caminhões ou veículos "pick-up" adaptados ou não, com banco sobre a carroceria para o transporte de operários, lavradores ou trabalhadores rurais aos locais de trabalho; e

V – Reboques e semi-reboques destinados ao transporte de passageiros e de carga.


8 - O que é o Consórcio DPVAT?

Para operar no seguro DPVAT, as sociedades seguradoras deverão aderir, simultaneamente, aos dois consórcios específicos, um englobando as categorias 1, 2, 9 e 10 e o outro, as categorias 3 e 4.

Cada um dos consórcios terá como entidade líder uma seguradora especializada no seguro DPVAT, podendo a mesma seguradora ser a entidade líder dos dois consórcios.

Qualquer uma das sociedades seguradoras pertencentes aos consórcios se obriga a receber as solicitações de indenização e reclamações que lhes forem apresentadas pelos segurados ou beneficiários.

Os pagamentos de indenizações serão realizados pelos consórcios, representados por seus respectivos líderes.

Ficam excluídos dos consórcios:

I - os seguros de veículos pertencentes aos órgãos da Administração PÚblica Direta, Indireta, Autárquica e Fundacional dos Governos Estaduais que, por força de legislação estadual, estejam obrigados a contratar seguros em sociedade seguradora sob controle acionário de qualquer dos referidos órgãos pÚblicos e a canalizar recursos para programas de seguro rural, respeitadas as normas tarifárias e condições aprovadas pelo CNSP; e

II - veículos enviados por fabricantes a concessionários e distribuidores, que trafegam por suas próprias rodas, para diversos pontos do País, nas chamadas "viagens de entrega", desde que regularmente licenciados, terão cobertura por meio de bilhete Único emitido exclusivamente a favor de fabricantes e concessionários, cuja cobertura vigerá por um ano.

Para os veículos excluídos dos consórcios, o seguro DPVAT será operado de forma independente por sociedade seguradora.

Observação: A partir de 1º de janeiro de 2008, consórcios foram criados em substituição aos convênios ora existentes.

9 - Como contratar?

Para as categorias pertencentes aos Consórcios DPVAT, a contratação do seguro obedecerá aos seguintes procedimentos:

1 - No caso de veículos sujeitos ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, o bilhete de seguro será emitido, exclusivamente, com o Certificado de Registro e Licenciamento Anual.

a) Para o Consórcio que inclui as categorias 1, 2, 9 e 10, o prêmio de seguro será pago conjuntamente com a cota Única ou com a primeira parcela do IPVA.

b) Para o Consórcio que inclui as categorias 3 e 4, será permitido o pagamento do prêmio do seguro em nÚmero de parcelas não superior ao do parcelamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, conforme disposto na Resolução CNSP 154/06, ou, exclusivamente no ano de 2009, em parcela Única que deverá ter vencimento até a data do emplacamento ou licenciamento anual do respectivo veículo, conforme definido na Resolução CNSP Nº192/08. A forma de cobrança do prêmio para esse Consórcio em 2009 deve ser definida em função de acordos operacionais entre o DETRAN de cada Estado e o Consórcio DPVAT.

c) No primeiro licenciamento do veículo, o valor do prêmio será calculado de forma proporcional, considerando-se o nÚmero de meses entre o mês de licenciamento, inclusive, e dezembro do mesmo ano.

d) Nas categorias 1, 2, 9 e 10, a data de vencimento para pagamento do prêmio do Seguro DPVAT coincidirá com a data de vencimento para recolhimento da quota Única ou da primeira prestação do IPVA.

e) Nas categorias 3 e 4, a data de vencimento para pagamento do prêmio do Seguro DPVAT coincidirá com a data de vencimento para o recolhimento da quota Única ou das prestações do IPVA, se for utilizado a primeiro opção de pagamento do prêmio disposta na alínea “b”.

2 - No caso de veículos isentos do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, a contratação do Seguro DPVAT será efetuada juntamente com o emplacamento ou no licenciamento anual.

3 - Na primeira contratação, o valor do prêmio será calculado de forma proporcional, considerando-se o nÚmero de meses entre o mês de contratação, inclusive, e dezembro do mesmo ano.

4 - O pagamento do prêmio deverá ser efetuado somente na rede bancária.

5 - Para os veículos excluídos dos Consórcios, o Seguro DPVAT será operado de forma independente por cada sociedade seguradora.


10 - Qual é a vigência do Seguro?

Corresponderá ao ano civil.

Os veículos novos estão sujeitos à aplicação de "pro-rata". Um veículo adquirido no mês de julho, por exemplo, deve pagar apenas 6/12 do prêmio, pois estará coberto durante 6 meses no seu primeiro ano de circulação.

11 - Posso transferir meu bilhete de seguro de um veículo para outro?

Não. Em caso de transferência de propriedade do veículo, o bilhete de seguro se transfere automaticamente para o novo proprietário, independentemente de endosso.


12 - Pode um veículo ter mais de dois bilhetes de seguro DPVAT?

É vedada a emissão de mais de um bilhete de seguro para o mesmo veículo. Na hipótese de ocorrer duplicidade de seguro, prevalecerá sempre o seguro mais antigo.


13 - O que acontece se o proprietário deixar de pagar o DPVAT?

Todo proprietário de veículo deve manter o Seguro Obrigatório DPVAT em dia, conforme determina as normas em vigor. O não pagamento do seguro acarreta a seguinte implicação: o veículo não é considerado devidamente licenciado para efeitos de fiscalização, estando o proprietário sujeito às penalidades previstas na legislação.

Além disso, em atendimento ao disposto no art. 112 do Decreto-lei nº 73/66, com redação dada pela Lei Complementar 126/07, as pessoas que deixarem de contratar os seguros legalmente obrigatórios, sem prejuízo de outras sanções legais, será aplicada multa de o dobro do valor do prêmio.


14 - O pagamento do DPVAT pode ser parcelado?

Para o Consórcio que inclui as categorias 1, 2, 9 e 10 não é permitido o parcelamento do pagamento dos prêmios do Seguro DPVAT.

Para o Consórcio que inclui as categorias 3 e 4, o pagamento do prêmio do seguro DPVAT poderá ser realizado de forma parcelada, sendo que, o número de parcelas não poderá ser superior ao do parcelamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, observado o disposto no item IX.


15 - Quem está coberto pelo Seguro?

Todas as pessoas, transportadas ou não, que foram vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos automotores de vias terrestres, ou por sua carga.
A cobertura abrangerá, inclusive, danos pessoais causados aos proprietários e motoristas dos veículos, seus beneficiários e dependentes.


16 - Todas as Seguradoras participam dos Consórcios DPVAT?

Para operar o seguro DPVAT, as sociedades seguradoras deverão aderir, simultaneamente, aos dois Consórcios específicos, um englobando as categorias 1, 2, 9 e 10 e o outro as categorias 3 e 4.

O contrato de constituição do Consórcio deverá conter as regras de adesão e retirada das seguradoras e suas alterações deverão ser previamente aprovadas pela SUSEP.

LISTA DE SEGURADORAS QUE FAZEM PARTE DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT


17 - Quanto custa o Seguro?

Os prêmios tarifários (sem a incidência de IOF*), por categoria, são estabelecidos através da Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados n.º 192, de 2008, em:


Categoria 1: Prêmio Tarifário R$89,61


Categoria 2: Prêmio Tarifário R$89,61


Categoria 3: Prêmio Tarifário R$339,74


Categoria 4: Prêmio Tarifário R$210,65


Categoria 9: Prêmio Tarifário R$254,16


Categoria 10: Prêmio Tarifário R$93,79

(*) IOF:

- O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide sobre os prêmios tarifários, na forma da legislação específica.

Exemplo: Prêmio bruto = Prêmio tarifário x (1 + alíquota do IOF), o prêmio bruto é o efetivamente cobrado ao segurado.

- A alíquota do IOF no seguro DPVAT, atualmente, é de 0,38%, de acordo com o disposto no Decreto 6.306/07, redação dada pelo Decreto 6.339/08, de 03/01/2008.

Observação: Adicionalmente ao prêmio tarifário do seguro, será cobrado o valor de R$ 3,90 (três reais e noventa centavos), a título de custo da emissão e da cobrança da apólice ou do bilhete do Seguro DPVAT, em atendimento ao disposto nos §§ 3º e 4º do art. 12 da Lei Nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, incluídos pelo artigo 30 da Lei Nº 11.945, de 4 de junho de 2009.


18 - Como obter a indenização no caso de acidentes?

O procedimento para receber a indenização do Seguro Obrigatório DPVAT é simples e dispensa a ajuda de intermediários. O interessado deve ter cuidado ao aceitar a ajuda de terceiros, pois são muitos os casos de fraudes e de pagamentos de honorários desnecessários.

Os pedidos de indenização do DPVAT devem ser feitos através de quaisquer seguradoras consorciadas. Basta que o interessado escolha a seguradora de sua preferência e apresente a documentação necessária.

Em caso de dúvida, o beneficiário deve ligar para a Central de Atendimento dos Consórcios DPVAT: 0800-0221204, ou consultar o site dos Consórcios na internet www.dpvatseguro.com.br, ou, ainda, ligar para a central de atendimento da SUSEP: 0800-0218484.

LISTA DE SEGURADORAS QUE FAZEM PARTE DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT

19 - Quais são os documentos necessários para obter a indenização?

A vítima, ou seu beneficiário, deve dirigir-se à seguradora apresentando os seguintes documentos:

– Indenização por morte:

a) certidão de óbito;

b) registro de ocorrência expedido pela autoridade policial competente; e

c) prova da qualidade de beneficiário.


– Indenização por invalidez permanente:

a) laudo do Instituto Médico Legal da jurisdição do acidente ou da residência da vítima, com verificação da existência e quantificação das lesões permanentes, totais ou parciais, de acordo com os percentuais da tabela constante do anexo à Lei 6.194/74;

b) registro da ocorrência expedido pela autoridade policial competente.

- Indenização de despesas de assistência médica e suplementares:

a) prova das despesas médicas efetuadas;

b) prova de que as despesas referidas na alínea "a" decorrem de atendimento à vítima de danos pessoais decorrentes de acidente envolvendo veículo automotor de via terrestre;

c) registro de ocorrência expedido pela autoridade policial competente, da qual deverá constar, obrigatoriamente, o nome do hospital, ambulatório, ou médico assistente que tiver prestado o primeiro atendimento à vítima.
Caso seja detectada falha, de ordem formal, em um dos documentos ou a existência de indícios de fraude, deverá a sociedade seguradora, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar do recebimento da documentação, notificar o interessado, com "aviso de recebimento", solicitando os documentos ou esclarecimentos necessários à elucidação dos fatos.

- Quando as declarações contidas em documento apresentado não caracterizarem a ocorrência de sinistro coberto, por não comprovarem a existência de acidente com veículo automotor de via terrestre, a produção de dano pessoal ou o nexo causal entre esses fatos, deverá a sociedade seguradora:

a) notificar a vítima ou, em caso de morte, seu herdeiro legal ou mandatário devidamente constituído, da falha encontrada, por meio de correspondência com "aviso de recebimento", a ser expedida no prazo máximo de quinze dias contados da data de entrega da documentação; e

b) data de expedição da notificação, encaminhar à SUSEP cópia do inteiro teor da correspondência enviada.

- Uma vez esclarecidos os fatos ou sanada, pelo interessado, a falha indicada na notificação expedida pela sociedade seguradora, esta deverá pagar a indenização no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data do recebimento da resposta.


20 - Existe necessidade de nomear procurador para recebimento da indenização?

Não há necessidade de nomear procurador para recebimento de indenização de seguro DPVAT, que poderá ser requerida pela própria vítima do acidente ou por seus beneficiários. Caso seja nomeado procurador, faz-se necessário apresentar a procuração.


21- Qual é o prazo para o recebimento da indenização?

O prazo para liberação do pagamento é de 30 (trinta) dias, nos casos em que a documentação apresentada encontra-se completa e regular. Havendo pendências na documentação, o prazo de 30 (trinta) dias é suspenso e reiniciado a partir da data em que as mesmas forem solucionadas.


22 - Qual é a diferença entre Seguro facultativo de RCF-V, APP e o DPVAT?

A Lei 6.194/74 introduziu como obrigatório o Seguro de DPVAT com a finalidade de amparar as vítimas de acidentes de trânsito em todo território nacional, independente de apuração de culpa.

Estão cobertas todas as pessoas, transportadas ou não, que forem vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos automotores de vias terrestres, ou por sua carga. Neste ramo não se consideram como vítimas apenas os terceiros envolvidos. Qualquer pessoa, mesmo o filho do motorista, pode receber a indenização se estiver no interior do veículo acidentado. Não estão cobertos os danos materiais causados a terceiros.

Para complementar a cobertura do seguro DPVAT poderíamos contemplar os seguintes seguros, oferecidos de forma facultativa pelo mercado segurador:

RCF- V : Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos. Existem duas coberturas:

- Danos Materiais: por esta cobertura, caso o segurado seja o responsável, a seguradora reembolsa os prejuízos materiais de terceiros.

- Danos Corporais: por esta cobertura, caso o segurado seja o responsável, a seguradora reembolsa os prejuízos relacionados a danos corporais (ferimentos, lesões ou morte) causados a terceiros.

APP: Acidentes Pessoais de Passageiros. Esta cobertura visa indenizar os passageiros ou seus beneficiários, transportado pelo veículo segurado por lesões ou morte que venham a sofrer.

Nestes casos, as garantias ficam limitadas ao valor da importância segurada contratada. Os contratos prevêem importâncias seguradas distintas, por veículo, para as garantias de danos materiais, de danos corporais e de APP.

Observamos ainda que, de acordo com as normas vigentes, a garantia de danos corporais concedida pelo seguro de RCF-V somente deve responder, em cada reclamação, pela parte da indenização que exceder os limites vigentes na data do sinistro para as coberturas do seguro obrigatório de DPVAT.

Este dispositivo evita que haja duplicidade de cobertura, nos casos em que ambos os seguros estejam cobrindo o mesmo risco.


23 - Existe a possibilidade de isentar do pagamento do seguro obrigatório os proprietários de veículos que possuam apólices de seguros com empresas privadas?

Não. O Seguro DPVAT possui sua contratação obrigatória por Lei.

Destaca-se ainda que o objetivo do seguro DPVAT é de indenizar a vítima ou a seu beneficiário em decorrência de morte, invalidez permanente ou despesas de assistência médica e suplementar em acidente de trânsito. O mesmo não indeniza os danos materiais causados ao proprietário do veículo que tenha se envolvido em acidente ou roubo.


24 - Quem procurar em caso de dúvidas?

1. FENASEG - CONSÓRCIO DPVAT
Rua Senador Dantas, 74 – 5 ° e 6° andares Centro - Rio de Janeiro, RJ -

CEP: 20031-201

Tel: 0800-0221204.

Site oficial do Seguro DPVAT: http://www.dpvatseguro.com.br/

2. SUSEP – Central de Atendimento

Avenida Presidente Vargas, 730 – Centro – Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20071-900

Tel: 0800-0218484


25 - Quais são as normas que regem o DPVAT?

1. 1. Lei N.º 6.194, de 19 de dezembro de 1974, dispõe sobre Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não - DPVAT.

2. Lei N.º 8.441, de 13 de julho de 1992, altera dispositivos da Lei n.º 6.194 de 19 de dezembro de 1974.

3. Lei N.º 11.482, de 31 de maio de 2007, que altera dispositivos da Lei n.º 6.194 de 19 de dezembro de 1974.

4. Lei N.º 11.945, de 4 de junho de 2009, que altera dispositivos da Lei n.º 6.194 de 19 de dezembro de 1974.

5. Decreto N.º 2.867, de 8 de dezembro de 1998, dispõe sobre a repartição de recursos provenientes do Seguro DPVAT.

6. Portaria Interministerial 4.044/98

7. Resolução CNSP N.º 192, de 16 de dezembro de 2008, dispõe sobre as condições tarifárias do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não – Seguro DPVAT, e dá outras providências.

8. Resolução CNSP N.º 153, de 8 de dezembro de 2006, dispõe sobre a Constituição das Provisões Técnicas do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não - Seguro DPVAT.

9. Resolução CNSP N.º 154, de 8 de dezembro de 2006, altera e consolida as Normas Disciplinadoras do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não - Seguro DPVAT.

10. Resolução CNSP N.º 196, de 16 de dezembro de 2008, que altera o art. 11 do anexo a Resolução CNSP n.º 154, de 8 de dezembro de 2006.

11. Circular SUSEP N.º 373, de 27 de agosto de 2008, que altera e consolida as instruções complementares para a operação do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não – Seguro DPVAT.

Obs.: As Leis e o Decreto podem ser encontrados no site www.presidencia.gov.br e os demais normativos neste Sítio.

26 - Como fazer uma reclamação contra uma Seguradora junto à SUSEP?

Para instruir corretamente um processo de reclamação junto à SUSEP, agilizando inclusive sua conclusão, o interessado deverá encaminhar as informações e cópias de documentos a seguir discriminados:

· Cópia dos documentos apresentados à seguradora quando do pedido de indenização;

· Cópia de quaisquer documentos que a Seguradora tenha entregue ao interessado quando do processo de regulação e/ou pagamento da indenização;

· Documento de registro da ocorrência policial (Boletim de ocorrência ou Certidão de ocorrência ou Portaria da Polícia Civil) em fotocópia autenticada, frente e verso;

· Documentação do procurador, quando for o caso: Procuração original por Instrumento PÚblico ou por Instrumento Particular, desde que específica para o recebimento do DPVAT. Caso o procurador represente vítima / beneficiário não alfabetizado, deverá apresentar original ou cópia da Procuração por Instrumento PÚblico, não necessitando ser essa procuração específica para o recebimento do DPVAT. De qualquer procuração apresentada deverão constar os endereços completos do outorgante e do outorgado.

a) Em caso de Morte:

- Documentação da vítima:
• Certidão de óbito;
• Certidão de auto de necropsia (se a morte não se deu de imediato ou se a causa da morte não estiver descrita com clareza na Certidão de óbito);
• Certidão de nascimento ou casamento;
• Carteira de identidade ou trabalho;
• CPF.

- Documentação do beneficiário:

• Certidão de casamento com data atualizada;

• Certidão de casamento da vítima, se casada anteriormente, indicando separação judicial ou divórcio, se aplicável;

• Prova de companheirismo junto ao INSS ou Declaração de dependentes junto à Receita Federal ou Carteira de trabalho com prova de dependência ou Declaração de concubinato, informando a existência de filhos com a vítima, feita pela declarante e expedida em cartório, com duas testemunhas (caso a companheira tenha tido filhos com a vítima), ou Declaração de concubinato, informando a convivência marital de pelo menos cinco anos, sem a existência de filhos com a vítima, feita pela declarante e expedida em cartório, com duas testemunhas (caso a companheira não tenha tido filhos com a vítima), ou Alvará Judicial.

- Descendentes:

• Certidão de nascimento ou casamento;

• Declaração de Únicos Herdeiros, informando o estado civil da vítima e se deixou filhos ou companheira;
• Termo de Tutela ou Alvará Judicial (em caso de beneficiário menor de idade).

- Ascendentes:

• Carteira de identidade;

• CPF;

• Certidão de nascimento da vítima;

• Declaração de Únicos Herdeiros , informando o estado civil da vítima e se deixou filhos ou companheira.


- Parente Colaterais:

• Carteira de identidade;

• CPF;

• Certidão de nascimento da vítima;

• Certidão de óbito dos pais;

• Certidão de óbito do cÔnjuge ou filhos, se houver;

• Certidão de casamento com data de emissão atualizada, indicando separação judicial ou divórcio, se aplicável;

• Declaração de Únicos Herdeiros , informando o estado civil da vítima e se deixou filhos ou companheira.


b) Em caso de Invalidez Permanente ou de Reembolso de DAMS:

• Certidão de nascimento ou casamento da vítima;

• Carteira de identidade ou trabalho da vítima;

• CPF da vítima;

• Laudo do Instituto Médico Legal da circunscrição do acidente, atestando o estado de invalidez permanente, bem como quantificando e qualificando as lesões físicas ou psíquicas da vítima. No caso de alienação mental, deverá ser nomeado um curador e apresentado um Termo de Curatela;

• Relatório do médico e/ou dentista;

• Comprovante de desembolsos.



27 - Pode o corretor de seguros ficar de posse da apólice de seguro e só enviar um certificado da corretora ao segurado?

R. Não. A apólice de seguro é a prova da existência do contrato, documento, obrigatoriamente, exclusivo do segurado e qualquer outro documento não emitido pela sociedade seguradora não valida um contrato de seguro.

28 - A vistoria prévia realizada no bem a ser segurado pela sociedade seguradora caracteriza aceitação do seguro pela mesma?

R. Não. A vistoria prévia simplesmente significa a faculdade do segurador analisar o risco que se responsabilizará no caso de aceitação do seguro.

29- Qual o prazo que um segurador tem para aceitar uma proposta de seguro qualquer?

R. De acordo com a legislação vigente, o segurador tem o prazo de 15 (quinze) dias para aceitar uma proposta e emitir a apólice correspondente. Se, findo aquele prazo, não houver manifestação do segurador, estará tacitamente aceito o risco.

30- O "certificado de seguro" emitido por uma corretora de seguros tem validade legal?

R. Não. O "certificado de seguro" é documento de emissão exclusiva do segurador.


31 - O que é preciso para ser um corretor de seguros habilitado na SUSEP?

a) para todos os ramos de seguros

1. O interessado deverá prestar o Exame Nacional de Corretor de Seguros promovido pela Fundação Escola Nacional de Seguros (FUNENSEG) ou obter aprovação no curso específico promovido pela FUNENSEG.

2. Após a aprovação no exame ou no curso específico e o recebimento do certificado, o interessado deverá se encaminhar ao Sindicado dos Corretores de Seguros - SINCOR do seu estado.

3. No SINCOR o candidato receberá a listagem de documentos a serem entregues no próprio SINCOR, bem como informações sobre o pagamento da taxa.

4. O SINCOR do seu estado encaminhará os documentos à Federação Nacional dos Corretores - FENACOR que fará uma análise prévia e submeterá à aprovação da SUSEP.

5. Posteriormente a SUSEP efetuará a checagem dos processos remetidos pela FENACOR e, no caso de não haver pendências, a SUSEP emitirá a Carteira de Habilitação do Corretor.

b) Ramo Vida, Previdência e Capitalização

1. O registro do Corretor de Seguros de Vida e Capitalização se fará por indicação das Sociedades Seguradoras e de Capitalização dentre os candidatos aprovados em:

I - Exame Nacional de Habilitação Técnica - Profissional para corretores de seguro vida e capitalização, promovido pela Funenseg, ou,

II - Provas específicas de Avaliação, por disciplina, aplicadas a participantes do Curso de Habilitação Técnico Profissional para corretores de seguros de vida e capitalização, realizado pela Funenseg.

2. Aos Corretores de Previdência de que trata o parágrafo único do art. 30 da Lei Complementar n. 109, de 2001, aplicam-se as normas de registro e habilitação previstas para os corretores de seguros de vida e capitalização e seu registro se fará por indicação da Seguradora ou Entidade Aberta de Previdência Complementar.


Utilidade Pública - Blog Olhar Cristão.


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domingo, janeiro 17, 2010

Video gravado no momento do Terremoto no Haiti


Enquanto ele continuar no YouTube



Terremoto Haiti

João Cruzué

A princípio parece que alguém está filmando dentro de uma carro sendo sacudido de propósito. Não fiquei 100% convencido. Entretanto os arbustos à frente da pessoa agitam-se de verdade. Na avenida não há sinal de algum rompimento. Os carros passam, aparentemente, sem serem jogados para cima. Até que no final uma mensa abandona o carro no meio da rua sai correndo. O condomínio do outro lado, no entanto parece que à medida que as casas são jogadas para cima e para baixo começa a levantar muita poeira. Passei a ter certeza que a filmagem pela máquina fotográfica é verdadeira, porque a casa atrás da árvore desaba e as outras vão caíndo como pedras de dominó. Horrível! Deus nos guarde de uma coisa assim. Dizem que o barulho vindo do chão é como se um trovão viesse do chão.



sábado, janeiro 16, 2010

Fotos do Haiti depois do terremoto


Foto:Daily Mail

Haiti
A vida em Porto Príncipe - Capital do Haiti, depois do terremoto.



Foto by Nasa
Foto da Nasa da Capital Porto Príncipe - depois do terremoto.
Foi como se um arado passasse sobre as casas da cidade.
(clique para ampliar)



Foto: Daily Mail
Porto Príncipe - Daily Mail
(amplie)

1 - Daily Mail: album - 11 fotos


Foto: USA Today
Haiti
Pulando sobre corpos.

2 - USA Today : Album 64 fotos


ATUALIZANDO

Um terremoto, de 7,0 graus na Escala Richter, atingiu o Haiti na terça-feira, às 16:53h, horário do Haiti; 19:53h horário de Brasília. É provável que os mortos passem de 200 mil pessoas. Morreram lá 14 militares brasileiros e 22 ficaram feridos. Também a médica sanitarista Dra. Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança, da Igreja Católica brasileira.

Há pessoas ainda vivas embaixo dos escombros de Porto Príncipe, Capital do Haiti. Sexta-feira, encontraram uma senhora viva, depois de quatro dias debaixo dos escombros. Domingo (17.01), cinco dias depois, ais três pessoas - um homem, uma senhora e uma criança, foram encontradas debaixo de um supermercado que desablouInfelizmente faltam ferramentas: tesouras pneumáticas, macacos hidráulicos, retro-escavadeiras, tesouras pneumáticas para libertar os feridos.

A falta d'água potável tem levado as pessoas usarem a água que escorre no meio da rua para banho de crianças e adultos. O mau cheiro é insuportável, tanto de corpos em deconposição ainda por retirar dos escombros quanto excrementos humanos feitos em plena rua, pois não há quase mais nada de pé em Porto Príncipe.

Há necessidade de remédios e principalmente materiais médicos para primeiros socorros de pessoas feridas. Com certeza vai precisar de doadores de sangue para os hospitais de campanha que estão sendo erguidos na Capital.

A imprensa do mundo inteiro está chegando no Haiti. O Terceiro Setor (ONGs) também está se movendo para lá. É provavável que aconteça um "mutirão" ainda não visto em catástrofes anteriores. Com certeza a Internet (Twitter, Facebook, Blogs) vão ser muito atuantes no Haiti.

A médica sanitarista, Dra. Zilda Arns Neumann, 75 anos, irmã do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, também perdeu a vida. Ela acabara de dar uma palestra para 150 pessoas em uma Igreja Católica de Porto Príncipe, quando um pedaço do teto caiu sobre sua cabeça. Ela foi velada e sepultada no Cemitério Água Verde em Curitiba. Ela deixou 04 filhos e 10 netos. A Senadora Marina Silva, evangélica, esteve presente ao velório, entre outras autoridades, e disse que a Dra. Zilda Arns foi uma pessoa que viveu o Evangelho e acreditava no que fazia, defendendo os pobres e buscando a solidariedade.

Já se fala em 200 mil mortes.

Veja os dados sobre o Haiti: fonte: Departamento de Estado Americano

Site Oficial do Haiti depois do terremoto: Embaixada do Haiti nos Estados Unidos

Manual de Donativos: CIDI- Centro de Informação sobre desastres Internacionais


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Os chineses também oram


UMA IGREJA QUE SABE ORAR

João Cruzue

Fotos da Igreja Evangélica da China do período entre 1960 a 1994, mostrando: prisões, perseguições, pessoas orando, sorrindo, testemunhando e batismo nas águas.

Que sua vida possa possa ser inspirada pelo Espírito Santo ao contemplar estas 41 fotos printadas digitalmente sobre o documentário Jesus In Chine IV.

Que o Senhor o/a abençoe com um espírito voluntário para evangelização e missões. Espero seu comentário: cruzue@gmail.com - João Cruzué

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Prints sobre vídeo-documentários por: João Cruzué







sexta-feira, janeiro 15, 2010

Bob Pierce e a World Vision


HISTÓRIA

Tradução: João Cruzué

Bob Pierce, fundador da ONG internacional Visão Mundial

A World Vision teve início com a visão de um homem – O Reverendo Bob Pierce.
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Em 1947 Bob Pierce conheceu uma professora chamada Tena Hoelkedor, durante uma viagem à China. Ela lhe apresentou uma criança espancada e abandonada chamada White Jade. Incapaz de cuidar dela, a professora perguntou: “O que o senhor vai fazer por ela?” Então, o Reverendo Pierce lhe deu seus últimos 5 dólares e combinou de enviar, mensalmente, a mesma quantia, para ajudar aquela mulher a cuidar da menina.

Aquele encontro trouxe uma virada na vida de Bob Pierce. E foi assim que em 1950 ele fundou uma organização humanitária dedicada a ajudar crianças do mundo inteiro, chamada "World Vision". Seu primeiro programa de patrocínio infantil começou três anos depois, atendendo às necessidades de centenas de milhares de crianças órfãs coreanas, do final da Guerra da Coréia.

Durante as próximas décadas, a Visão Mundial estendeu seu trabalho a todas as partes da Ásia, América Latina, África, Oriente Médio e Europa Oriental. Os recursos do patrocínio infantil assistiram crianças pobres com comida, educação, cuidado da saúde e formação profissional.

Nos anos 70 a Visão Mundial abraçou um amplo modelo de desenvolvimento comunitário e estabeleceu uma divisão de ajuda de emergência. Ela tentou atingir as causas da pobreza concentrando-se em atender às necessidades comunitárias tais como: água, saneamento, educação, saúde, treinamento de lideranças e programas de geração de renda.

A Visão Mundial iniciou o século XXI fortalecendo seus esforços de advocacia, particularmente em questões relacionadas à sobrevivência infantil e diminuição da pobreza. Tornou-se mais ativa em parcerias com governos, empresas e outras organizações em questões ligadas ao combate do trabalho infantil, crianças utilizadas em conflitos armados e à exploração sexual de mulheres e crianças.

A Visão Mundial se tornou uma organização líder em questões humanitárias. Conta Aproximadamente com 31,000 membros, pessoas que implementam programas de desenvolvimento comunitário, ajuda de emergência e promoção de justiça em quase 100 países.


O QUE FAZ A VISÃO MUNDIAL

A Visão Mundial trabalha com desenvolvimento comunitário, ajuda em desastres e advocacia.

Transformando Comunidades
Transforming communitiesCom a pobreza tem causas locais e globais, a Visão Mundial opera dentro das comunidades em determinadas áreas geográficas para ajudar indivíduos e grupos a melhorarem o bem-estar de crianças e a superar a pobreza.

Resposta aos Desastres
Responding to disastersQuando os disastres sobrevêm, a World Vision fica globalmente posicionada para ajudar com gêneros de primeira necessidade, tais como: alimentos, água e abrigo. A Visão Mundial também trabalha junto à comunidade na recuperação pós-desastre e prevenção de futuras catástrofes.

Buscando uma Mudança Global
Seeking global change
A Visão Mundial engaja instituições, doadores e o grande público, para atacar os problemas globais que perpetuam a pobreza. O staff de sua advocacia capacita as comunidades a defendere, seus direitos, tanto local como globalmente.

Comentários: No mês de novembro(2008) tivemos a oportunidade de conhecer o pastor e conferencista luterano, Valdir Raul Steuernagel, na abertura da Conferência Missionária 2008 da Igreja Batista do Morumbi. O pastor Valdir foi durante alguns anos o Presidente do Conselho Administrativo da Visão Mundial Internacional ( World Vision). Na ocasião se mostrava preocupado com a atual e grave crise financeira. Chegando de uma recente viagem à Moçambique e África, afirmou que quando uma crise mundial se aproxima, os primeiros recursos a minguarem são os fundos destinados às causas humanitárias por governos e empresas. A primeira vítima da crise, disse ele, é a solidariedade. Também impresionou-me seu relatório abordando o lado espíritual de certos lugares de extrema miséria no mundo, como os campos de refugiados de Darfur no Oeste do Sudão. Ele disse com todas as letras que não existe em lugar nenhum do mundo um lugar onde um processo demoníaco de aniquilação é tão evidente quanto em Darfur. Disse que ao andar ali um cristão se angustia em ver, sentir e ouvir um processo destrutivo interminável. Que em pleno século XXI ninguém conseguiu deter ainda. Uma mistura de pavor, impotência, angústica ao ser confrontado com uma situação onde todos os tipos de misérias se aglutinam para humilhar, quebrantar, matar pela fome, pela doença, pela sede, violência - enfim - eu entendi de suas palavras que a última palavra em ação destrutiva com todos os requintes do inferno está acontecendo ali, cravado bem no coração da África.

Como não vi publicado em lugar algum, vou reportar que a Prefeitura do Município de São Paulo, através do Decreto 50.299 de 05/12/2008, publicado do DOC de 06/12/2008, delegou competência ao Secretário Municipal de Participação e Parceria, Sr. José Ricardo Franco Montoro, para representar o Município de São Paulo na assinatura de Contrato de Subvenção entre a PMSP e a Visão Mundial, cujo objeto é a implementação de atividades de gerenciamento do Centro de Refer~encia da Mulher, voltado ao atendimento da demanda de mulheres em situação de vulnerabilidade social e/ou casos de violência doméstica.

Também, ainda sobre a Visão Mundial, nosso contato para confirmação de assuntos de perseguição religiosa na Índia, irmão Jyoti, é missionário da World Vision, que trabalha entre outras coisas em campos de plantio de arroz em West Bengal para atender comunidades carentes.

Muito inspiradora esta visão inicial da WWI. Um fato deu conseqüência a um ato de solidariedade humana, que ao se repetir, deu lugar a uma visão; e depois uma instuição de renome mundial. tE 60 anos depois, cresceu tanto ao ponto de estender suas mãos generosas que ajudam pessoas em quase 100 países, inclusive no Brasil.

Vendo a situação do Haiti depois do pavoroso terremoto nesta segunda semana de janeiro 2010, lembrei-me da visão Bob Pierce. Que Deus ilumine os leitores deste artigo a criar projetos de cunho cristão dentro do que chamamos Agenda 2012.

João Cruzué.

cruzue@gmail.com

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Haiti - Consul suspeita de maldição religiosa


Foto: Daily Mail
Porto Príncipe - Daily Mail
(amplie)

O Cônsul do Haiti no Brasil, Sr. George Samuel Antoine, suspeita que a cultura religiosa (macumba) haitiana é a responsável por tantas desgraças no seu país, confome se entende de suas declarações gravadas "antes" da entrevista a um jornal brasileiro:

"A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido", disse o cônsul. "Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f..." Fonte: Folha Uol.

Suas palavras se tornaram ainda mais verdadeiras, quando um dia depois procura minimizar o assunto alegando pouca habilidade com o português. Mesmo estando no Brasil há desde 1975. Ele não sabia que estava sendo gravado. Tentou desmentir depois, mas a verdade ficou clara. Ele entende que a "macumba" (vodu) está na origem da miséria sem fim da África e do Haiti

Album de fotos do Daily Mail: aqui

Há muitas pessoas ainda vivas debaixo dos escombros em Porto Príncipe, Capital do Haiti. Sexta-feira, encontraram uma senhora viva, depois de quatro dias debaixo dos escombros. Domingo (17.01), cinco dias depois, ais três pessoas - um homem, uma senhora e uma criança, foram encontradas debaixo de um supermercado que desablouInfelizmente faltam ferramentas: tesouras pneumáticas, macacos hidráulicos, retro-escavadeiras, tesouras pneumáticas para libertar os feridos.

A falta d'água potável tem levado as pessoas usarem a água que escorre no meio da rua para banho de crianças e adultos. O mau cheiro é insuportável, tanto de corpos em deconposição ainda por retirar dos escombros quanto excrementos humanos feitos em plena rua, pois não há quase mais nada de pé em Porto Príncipe.

Há necessidade de remédios e principalmente materiais médicos para primeiros socorros de pessoas feridas. Com certeza vai precisar de doadores de sangue para os hospitais de campanha que estão sendo erguidos na Capital.

A imprensa do mundo inteiro está chegando no Haiti. O Terceiro Setor (ONGs) também está se movendo para lá. É provavável que aconteça um "mutirão" ainda não visto em catástrofes anteriores. Com certeza a Internet (Twitter, Facebook, Blogs) vão ser muito atuantes no Haiti.

O terremoto, de 7,0 graus na Escala Richter, aconteceu na terça-feira às 16:53h, horário do Haiti, 19:53h horário de Brasília. Morreram 14 militares brasileiros e 22 ficaram feridos. A médica sanitarista, Dra. Zilda Arns Neumann, 75 anos, irmã do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, também perdeu a vida. Ela acabara de dar uma palestra para 150 pessoas em uma Igreja Católica de Porto Príncipe, quando um pedaço do teto caiu sobre sua cabeça. Ela foi velada e sepultada no Cemitério Água Verde em Curitiba. Ela deixou 04 filhos e 10 netos. A Senadora Marina Silva, evangélica, esteve presente ao velório, entre outras autoridades, e disse que a Dra. Zilda Arns foi uma pessoa que viveu o Evangelho e acreditava no que fazia, defendendo os pobres e buscando a solidariedade.

Já se fala em 200 mil mortes.

Veja os dados sobre o Haiti: fonte: Departamento de Estado Americano

Site Oficial do Haiti depois do terremoto: Embaixada do Haiti nos Estados Unidos

Manual de Donativos: CIDI- Centro de Informação sobre desastres Internacionais



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quinta-feira, janeiro 14, 2010

Seis motivos para explicar a falta de resposta às orações


Prayers

Pastor David Wilkerson

www.tscpulpitseries.org

A estratégia final do diabo para enganar os crentes é fazer com que duvidem da fidelidade de Deus em responder a oração. Satanás quer que acreditemos que Deus fechou os ouvidos para nosso choro, e que nos deixa sozinhos para resolvermos as coisas por nós mesmos.

Acredito que a maior tragédia na igreja de Jesus Cristo nos dias de hoje, é que agora muito poucos acreditam no poder e na eficácia da oração. Sem intenção de blasfemar, multidões do povo de Deus podem hoje ser ouvidas reclamando: "Oro, mas não obtenho resposta. Tenho orado há tanto tempo, de forma tão fervorosa, sem nenhum resultado. Só quero ver uma pequena evidência de que Deus está mudando as coisas. Elas continuam do mesmo jeito - nada acontece. Quanto tempo devo esperar?". Essas pessoas deixaram de visitar o lugar secreto (de oração), porque estão convencidas de que suas petições, nascidas da oração, de alguma forma não chegam ao trono. Outras estão convencidas de que apenas pessoas do tipo de Daniel, Davi, e Elias conseguem que suas orações cheguem a Deus.

Com toda honestidade, muitos santos de Deus lutam com estes pensamentos - "Se os ouvidos de Deus estão abertos para minha oração, e oro com diligência, porque existe tão pouca evidência de que Ele está respondendo?". Será que há uma certa oração que você tem feito já há muito tempo, e que ainda não obteve resposta? Até mesmo anos já se passaram e você ainda aguarda, esperançoso, e no entanto com dúvidas?

Tomemos o cuidado em não fazer como Jó, que acusou Deus de ser preguiçoso; e de não se preocupar com nossas necessidades e petições. Jó queixou-se, "Clamo a ti, e não me respondes; estou em pé, mas apenas olhas para mim" (Jó 30:20).

A visão dele quanto à fidelidade de Deus estava empanada por suas dificuldades do momento, e ele acabou acusando Deus de se esquecer dele. Deus o repreendeu severamente por isto.

É tempo de nós cristãos olharmos honestamente para as razões pelas quais nossas orações são abortadas. Podemos ser culpados de acusar Deus de negligência, quando o tempo todo é nossa própria conduta a responsável. Quero mencionar seis, das muitas razões porque nossas orações não são atendidas.

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Razão número um: nossas orações são abortadas

quando não estão de acordo com a vontade de Deus.

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Não temos liberdade de orar a esmo por tudo que nossas mentes egoístas possam conceber. Não temos permissão para entrar na Sua presença e dar vazão à nossas tolas idéias, e falatórios impetuosos. Se Deus assinasse todas as petições sem sabedoria que Lhe fazemos, Ele acabaria entregando Sua glória.

Existe uma lei da oração! É uma lei com o intuito de exterminar orações desprezíveis e egoístas - ao mesmo tempo, tornando possível aos que procuram com honestidade, o pedir com confiança. Em outras palavras - podemos orar por qualquer coisa que queiramos, desde que seja da Sua vontade.

"Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1 João 5:14).

Os discípulos não estavam orando de acordo com a vontade de Deus quando oravam com espírito de vingança, e retaliação. Fizeram um pedido a Deus da seguinte maneira: "Queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?" Jesus respondeu: "Vós não sabeis de que espírito sois" (Lucas 9:54,55).

Jó, em sua tristeza, implorou a Deus que lhe tirasse a vida. E se Deus tivesse atendido tal oração? Esse modo de orar era contrário ao desejo de Deus. A palavra nos previne: "Que sua boca não seja apressada em falar perante o Senhor".

Daniel orou da forma correta. Primeiro, foi às escrituras para pesquisar a mente de Deus. Tendo recebido instruções claras, e certo da vontade dEle, ele corre para o Seu trono com poderosa confiança. "Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração"(Daniel 9:3).

Sabemos muito sobre o que nós queremos e muito pouco sobre o que Ele quer.

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Razão número dois: nossas orações podem

ser abortadas quando têm como meta o realizar

cobiça secreta, sonhos ou ilusões.
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"Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tiago 4:3).

Deus não responderá nenhuma oração que aumente nossa honra, ou que favoreça nossas tentações. Em primeiro lugar, Deus não responde nenhuma oração de uma pessoa que abrigue cobiça no coração. Todas as respostas são em função do arrancar de nossos corações o mal, a lascívia, e os pecados que nos assediam.

"Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido" (Salmo 66:18).

O teste para saber se nosso pedido é ou não baseado na cobiça é muito fácil. Como lidamos com demoras e recusas é a dica. Orações baseadas na cobiça exigem respostas rápidas. Se o coração lascivo não recebe rapidamente o objeto desejado, fica reclamando, chora, e desmaia - ou desabafa numa fase de murmuração e reclamação, finalmente acusando Deus de estar surdo.

"Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso?"(Isaias 58:3).

O coração de cobiça não pode ver a glória de Deus em Suas recusas e demoras. No entanto, não teve Deus maior gloria em não atender a oração de Cristo para salvar Sua vida, se possível, da morte? Trema ao pensar onde estaríamos hoje se Deus não tivesse recusado aquele pedido.

Deus, na Sua justiça, está obrigado a atrasar ou recusar nossas orações até que estejam purificadas de todo egoísmo e cobiça.

Será que uma razão simples explicaria o motivo pelo qual a maioria de nossas orações são impedidas? Seria isso resultado do flerte que estamos tendo com a lascívia, ou com um pecado que nos aflige? Será que nos esquecemos que apenas aqueles de mãos limpas e corações puros podem colocar os pés em Seu monte sagrado? Somente um total abrir mão de um pecado de estimação abrirá as portas do céu e liberará as bênçãos.

Ao invés de abrir mão, corremos de conselheiro a conselheiro - tentando encontrar ajuda para lidar com o desespero, o vazio, e o nervosismo. No entanto, é tudo em vão porque o pecado e a cobiça ainda não foram arrancados. O pecado é a raiz de todos os nossos problemas. A paz vem apenas quando nos rendemos e abandonamos toda cobiça e pecado secreto.

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Razão número três: nossas orações

podem ser negadas quando não mostramos

zelo em ajudar Deus na resposta.
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Vamos a Deus como se Ele fosse uma espécie de parente rico, que nos auxiliará e dará tudo que pedirmos, enquanto que não levantamos nem um dedo para ajudar. Levantamos nossas mãos a Deus em oração, depois as colocamos nos bolsos.

Esperamos que nossas orações façam com que Deus trabalhe para nós, enquanto ficamos sentados esperando, pensando: "Ele tem todo o poder; eu não tenho nenhum, então vou simplesmente ficar quietinho, e deixar que Ele faça o trabalho".

Parece uma boa teologia, mas não é. Deus não vai admitir a presença de nenhum pedinte preguiçoso à Sua porta. Deus não vai nem nos deixar ser caridosos para com aqueles que na terra se recusam a trabalhar.

"Vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma" (II Tessalonicenses 3:10).

Não há nada em desacordo com as escrituras sobre o ajuntar suor à nossas lágrimas. Tome, como exemplo, a questão de orar por vitória sobre um desejo secreto que permanece no coração. Será que você simplesmente pede a Deus para tirá-lo de forma milagrosa, depois fica sentado, esperando que o desejo morra por si? Nenhum pecado jamais foi destruído num coração, sem a cooperação da mão do próprio homem, como no caso de Josué. Durante toda a noite, ele ficou prostrado lamentando a derrota de Israel. Deus o colocou de pé dizendo: "Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? Israel pecou. Dispõe-te, santifica o povo..."(Josué 7: 10-13).

Deus tem todo o direito de nos levantar de nossos joelhos e dizer: "Por que ficar sentado preguiçosamente esperando um milagre? Não lhes ordenei que fugissem da simples aparência do mal? Vocês têm que fazer mais do que simplesmente orar contra seus desejos, mas também são ordenados a fugir deles. Vocês não podem descansar até que tenham feito tudo que lhes foi ordenado".

Não podemos ceder à nossa cobiça e maus desejos o dia inteiro, e depois correr para o lugar secreto à noite para orar por um milagre de libertação.

O pecado secreto faz com que não sejamos bem sucedidos com Deus em oração, porque na realidade, pecado não entregue significa ficar do lado do diabo. Um dos nomes de Deus é "Revelador de Segredos"(Daniel 2:47). Ele precisa trazer à luz os segredos escondidos das trevas, não importa o quão santo seja aquele que procura escondê-lo. Quanto mais uma pessoa se esforça em esconder um pecado, quanto mais certo é que Deus o exponha. O caminho nunca está livre para o pecado secreto.

"Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos" (Salmo 90:8).

Deus protegerá Sua própria honra acima da reputação daqueles que pecam em segredo. Deus expôs o pecado de Davi para conservar Sua própria honra perante os ímpios. E Davi, que era tão zeloso de seu bom nome e reputação, até hoje permanece à nossa frente exposto e ainda confessando - toda a vez que lemos sobre ele nas escrituras.

Não - Deus não permitirá que bebamos de águas furtadas, e depois tentemos beber de Sua fonte sagrada. Não apenas nosso pecado secreto irá nos desmascarar, mas também nos impedirá de receber o melhor de Deus e trará uma torrente de desespero, dúvida, e medo.

Não culpe Deus por não ouvir suas orações se você não está ouvindo o chamado d'Ele para ser obediente. Você vai acabar blasfemando contra Deus, e acusando-O de negligência, enquanto que o tempo todo o culpado será você.


>>Continua<<


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sábado, janeiro 09, 2010

AGENDA 2012 - Uniao Blogueiros Evangelicos

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João Batista Cruzué

O ano de 2009 foi difícil. Blogueiros e líderes evangélicos sabem disso, por exemplo, batalhando contra o PL 122 e o bombardeio que a sociedade brasileira sofreu com respeito a agenda gay. Por erro de discipulado a grande maioria dos evangélicos considera ações políticas como terreno do diabo. Com isso, a sociedade apesar de religiosa é liderada por homens que não têm compromisso cristão - com honrosas exceções.

Tentando consertar isso a Igreja Evangélica, principalmente a IURD e a IEAD vem trabalhando em alguns projetos políticos. Infelizmente, tirando homens acostumados com púlpitos para representá-la em tribunas. Um erro trouxe outros erros: os escândalos de toda a sorte. A resposta veio firme: políticos evangélicos sem caráter não foram e não serão eleitos.

O Brasil não precisa de políticos que deem sustentação à Igreja. Mas precisa que o Evangelho permeie e atinja todos os brasileiros. Este é o plano certo. Investir na evangelização, e não em projetos políticos de longo prazo, pois se a população for cristã, naturalmente seus representantes serão homens e mulheres de Deus. A maneira de fazer política no Brasil somente vai se livrar da praga da corrupção quando sua população for de fato cristã. Isto é um sonho? É um sonho que pode perfeitamente se tornar realidade.

Trouxemos há poucos meses um projeto cristão para a UBE batizado de Agenda 2012. Nós blogueiros evangélicos temos crescido muito em quantidade e ao seu tempo em qualidade. De 2007 para cá, a blogosfera evangélica vem experimentando um rápido crescimento. Somente a UBE em 2009 recebeu 5.000 novos blogueiros. Ainda estamos dispersos, mas podemos aprender e melhorar rápido.

Há uma verdade robusta que não podemos desconsiderar: um blogueiro e blogueira apenas vão conseguir qualidade em seu ministério se trabalhar com equilíbrio duas coisas: palavras e ações reais. O conteúdo de nossos blogs precisa estar calçado por projetos e ações cristãs que trabalharmos. Palavras desprovidas de realidade vão soar vazias aos olhos de nossos leitores. É preciso ter, para poder dar.

A Agenda 2012 é um movimento provocador e incentivador de projetos cristãos. Não importa onde você esteja, nem a idade que tenha, para melhorar esta sociedade e evangelizar nossa gente, cada um de nós precisa orar, criar e desenvolver seu projeto pessoal de evangelização na sua comunidade. Passei muitos anos de minha vida trabalhando com música, ensino e evangelização com a palavra escrita. Não é preciso, por exemplo, pedir autorização na Igreja para comprar uma Bíblia e dar para o filho da vizinha. Nem pedir licença na Igreja para levar ao culto o colega de trabalho. Podem ser pequenas ações aos olhos das pessoas, mas você não tem nem idéia das bênçãos que já recebi porque Deus sempre me via com as mãos no trabalho.

Crie e desenvolva seu projeto. Escreva em seu blog sobre as experiências que você adquirir com ele. O Evangelho é contagioso. Já pensou se aquela bênção que você vem esperando a tanto tempo ainda não chegou porque você não está ocupado(a) com algo para a glória do Senhor? E se eu lhe dissesse que o dia que você se colocar em ação ela vai chegar?

A Agenda 2012 é uma estratégia da UBE - União de Blogueiros Evangélicos, para evangelizar a sociedade brasileira e ao mesmo tempo abençoar cada blogueiro e blogueira com experiência e bênçãos. Se somos 20 milhões de crentes, devemos ter pelo menos um milhão de pessoas que exercem algum tipo de liderança cristã. Precisamos nos envolver mais com projetos de evangelização e menos com projetos políticos.

A Associação Billy Graham agitou fortemente a Igreja Evangélica há dois anos. Centenas de denominações se envolveram e agiram, apesar dos eventos acontecerem em horários não muito próprios. Hoje, a única pessoa que tem martelado com força este assunto é o Pastor Silas Malafaia. Mas esta bigorna não é objeto de ação de meia dúzia de obreiros, evangelizar deveria ser um ato natural de cada crente. Se o Brasil tiver metade da população crente, a sociedade não vai ouvir a opinião de uma imprensa anti-cristã. Nossos representantes políticos vão pensar duas vezes antes de votar um projeto de pseudo homofobia. Eles vão ter respeito pelos crentes.

Quem faz a opinião da sociedade é o povo sob a ação dos formadores de opinião. Blogueiros são formadores de opinião. Quanto mais experientes mais eficientes. É por isso que a UBE vai vai trabalhar a AGENDA 2012 através de projetos, sugestões, desafios, estratégias, para melhorar a qualidade do conteúdo da maioria dos blogs de nossos associados. A qualidade virá quando cada blogueiro se envolver com projetos reais e pessoais que tragam glória para o nome do Senhor.

Escrever baseado nas experiências pessoais adquiridas em projetos pessoais para a glória do Senhor naturalmente vai trazer um peso precioso na balança entre o virtual e o real. Um blog com um conteúdo assim agradaria a muitos leitores.







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sexta-feira, janeiro 08, 2010

Café com Jesus 3

EBENEZER

João Cruzué
SP-08.01.2010
Senhor, obrigado por mais um ano de vida. Hoje eu tenho um motivo especial para orar antes do meu cafezinho: daqui a três dias vou completar 54 anos. Eu tive muita sorte! Não é qualquer pessoa que converte aos 18 e continua sob sua graça até agora. O mérito não é meu, é teu.

Sim, 54 anos; engraçado, quanto mais velho fico menos compreendo os paradoxos da minha época. O mundo está tão globalizado, globalizou até a solidão. As Igrejas estão cheias de bispos, apóstolos, mestres e doutores; sobra conhecimento, sobra livros, mas falta sabedoria para linkar tudo isso. A grande comissão está sendo substituída no Brasil pelo "fico". E o sucesso dos evangelistas que dominam a TV ocupou o lugar do Espírito em assuntos de discipulado.

--Senhor, eu tenho trabalhado pouco. E mesmo que muito fosse, nunca conseguiria pagar as grandes bênçãos que me destes no ano passado. Quem sabe em 2010 terei novas responsabilidades espirituais? Ah! como é bom fazer exatamente aquilo que queres que eu faça. Isso é muito importante para mim, pois quando faço a tua vontade o teu Espírito alegra o meu espírito. Senhor, eu já aprendi, depois de algumas experiências, que não existe momento mais feliz em minha vida quando a Tua presença se manifesta perto de mim. Meu coração se encolhe, meus olhos naufragam e eu percebo que tu és tão bom e eu, tão inútil.

Tenho visto e me preocupado com as misérias humanas. Principalmente a incredulidade, as dores e as doenças. Quantos estão morrendo de câncer e outras doenças incuráveis e eu, aqui impotente, ignorante, sem fazer nada. Ainda é possível, Senhor, com minha idade trabalhar como os dons de curar? É possível ao toque de um dedo ou o contato de um lenço? E a sabedoria e cansaço para trabalhar com um ministério desses? Ainda me lembro da visita a minha cunhada cheia de aparelhos e tubos na enfermaria de um hospital, no ano passado. Hemorragia no cérebro. Se eu soubesse como orar e tivesse mais intimidade contigo, darias mais alguns dias para ela? Quando medito nestas coisas vou compreendendo que não é tão simples como imagino.

Eu tenho uma dúvida. Sei que não é por esforço nem por violência, mas por tua vontade Senhor. Como é que saberia o caminho para mitigar as misérias do próximo? De quem é a iniciativa? Jejuar 40 dias vai me dar o direito de curar os enfermos e levantar os mortos? E sobre o que é ou não a tua vontade? E aquele assunto de transformar pedras e pães? Não é o que muitos estão fazendo hoje ao levar seus ministérios para a TV? Paulo disse que o Evangelho deveria ser pregado de todas as formas, mas também se preocupou em perder a própria alma mesmo sendo um mestre.

Senhor, eu preciso urgentemente de que me ensines a portar-me nos dias atuais. Não diante dos ateus e descrentes, mas diante de ministros e irmãos que trocam a santidade pelo salário da covardia. Aqueles que lavam as mãos e fecham os olhos diante do pecado de seus chefes. Dir-me-ás as mesmas palavras? Pratica o que ensinam mas não participa do que fazem? Isto ainda é atual, Senhor?

Abençoa Senhor as Igrejas do Cárcere. Fiz um compromisso de vida contigo. Enquanto viver vou continuar enviando aquelas revistas e Bíblias para aqueles lugares. Basta que me orientes para onde devo enviar. Melhor para onde precisa do que, sobra. Aquela gente, eu sei, foi muito má. Eu mesmo já estive na mira de um "cano" a caminho do Correio para despachar literatura. Faço isso porque sei que és o melhor dos advogados. Advogado que chega diante do Pai e diz: Pai, este homem já praticou tudo de ruim na vida, mas ontem ele dobrou os joelhos e orou "Pai, tenha misericórdia de mim, pecador" Por isso, aceite a sua oração, pois ele também foi comprado e perdoado. Quando me lembro disso, passo uma borracha nos meus preconceitos e penso como tu pensas.

Quanto tempo ainda tenho, Senhor? Eu gosto muito de viver. Esta semana estive na casa da minha cunhada, falecida em maio. E andando pelos cômodos daquela casa e olhando o penteadeira posta do jeito que ela deixou eu pensei: nossa vida é como um sonho em um dia de verão. Um sopro muito curto. O salmista se referia a isto quando escreveu o Salmo 90."Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios. Contar cada dia seria perguntar pela manhã ao Senhor o que fazer e, à noite, prestar contas a Ele?

Accountability! O instituto da prestação de contas dos anglo-saxônicos. Se pecar é: além de errar o alvo é deixar de praticar o bem a cada minuto de um dia - quem se justificaria diante de ti? Curiosamente, aqui, lembrei dos apologistas. Engraçado! Eles marretam com muito gosto os lobos disfarçados de pastores. Apoiado! Mas será que as ações (desconhecidas) dos apologetas seriam 100% imaculadas? Já não tenho tanta certeza.

Por fim, Senhor, peço que mostre-me o caminho, para ter mais intimidade contigo. Perdoe-me a multidão dos meus pecados e tenha misericórdia de mim. Obrigado pela família e pelos poucos amigos. Eu não mereço Senhor, mas sou agradecido por mais um ano de vida. Amém.




sábado, janeiro 02, 2010

Seu Mário já não mora mais na Praça da República

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.João Cruzué

A primeira vez que vi seu Mário assentado no bancada do jardim da Praça da República, não pude mais esquecê-lo. Eu fiquei asssutado com seus gritos e palavrões, palavras as mais chulas que talvez você ainda não tenha ouvido. Ele gritava a plenos pulmões ofendendo a mãe e toda parentela de transeuntes e outros moradores de rua que o provocavam ou o simplesmente o encaravam.

Eu fiquei sabendo do seu nome através de minhas colegas de trabalho. Moças e senhoras evangélicas; Aadministradoras, advogadas, funcionárias públicas que decidiram caminhar pela Praça no intervalo do almoço à procura de alguém para falar do amor de Deus. E foi ali que, na bancada do jardim , na saída do Metrô, atrás do Colégio Caetano de Campos, elas "acharam" seu Mário. Uma pessoa com graduação em Economia, mas morador de rua conhecido e esquecido pela ou da família. Foi o que apuraram.

Eu já sabia de casos e casos de moradores de rua, mas nunca tinha ouvido falar que um morador de rua fosse um economista.

Orando e buscando ajuda, minhas colegas conseguiram um abrigo católico para receber e cuidar do seu Mário. Durante três a quatro semanas os transeuntes da Praça da República notaram a ausência de seu Mário. Quando eu pensei que ele já tivesse encontrado um lar definitivo, ele voltou. Para minha tristeza.

Na semana que seu Mário voltou choveu muito. Ele praticamente ficava assentado o dia inteiro no mesmo lugar ou deitado sob um cobertor velho. Mesmo tendo chovido a noite inteira, ao sair do Metrô eu o vi seu Mário no lugar de sempre.

Entre o céu e seu Mário o único teto era um cobertor molhado. Ensopado.

Por que seu Mário voltou? Eu não tenho a resposta para esta pergunta. Talvez uma ideia que se aproxime dela. Seu Mário perdeu a noção de família. Aliás, foi perdendo pouco a pouco. Mesmo sendo recebido com muito carinho onde foi acolhido, ele sente saudades da solidão do bancada de cimento no meio da rua. Mas trouxe um costume novo de onde ele esteve pela última vez: não tenho visto ele xingar.

Não sei se foi por problemas mentais (não parece) ou por rabugice extrema. O fato é que, enquanto ele se desgarrava da família, foi se apegando a um endereço na Praça. Um endereço que não tem número, nem porta, nem teto. A esquina de uma bancada de cimento que circunda um canteiro de jardim na Praça. Ele pode se mudar, mas isso pode levar tempo. Não deve ter sido a primeira vez que concordou em ser cuidado em um abrigo de uma instituição religiosa. Católica. Mas eu creio, que entre idas e vindas ele poderá estabelecer novos vínculos de apego em um endereço de verdade.

Eu notei a volta do seu Mário. Cheguei a conversar com ele. "Olha, estive esses dias no Pronto Socorro tal, mas não deixe seus parentes irem lá não! É um açougue. Ele falou para mim.

No mês de setembro passado, seu Mário sumiu de novo. Outubro e novembro se passaram e eu nunca mais o vi naquele canto da Praça, na saída do Metrô República. Eu tive um mau presentimento. Talvez eu nunca venha a saber o que aconteceu com ele, mas algo me diz que seu Mário já não está mais conosco.

Eu creio que moradores de rua podem se mudar para lares verdadeiros. Existe um remédio que, se ministrado pelo menos uma vez por semana, durante certo tempo, pode fazer efeito duradouro. É um frasco de amor cristão. Uma única dose pode não ser o bastante para curar, mas se for administrado com teimosia vai tirar muitos "Mários" da rua.

O que fazer se nem todos os cristãos têm ministérios para cuidar de moradores de rua? Talvez investindo em pequenos gestos despretenciosos. Eu descobri que seu Mário gostava de pão-de-queijo. Ou será pão de queijo?



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