quarta-feira, agosto 06, 2014

Como racionalizar missões e apagar a chama do Espírito Santo


.
Análise SWOT
João Cruzué

Estava lendo agora  o  blog Prosa de Crente do irmão  Jean Correa, sobre um assunto de missões e o ceticismo de algumas Igrejas evangélicas sobre se deve ou não, investir em de missões em pequenas cidades brasileiras, sem que antes se faça uma análise de custo/benefício.

Racionalizar de missões, é o conceito oculto por trás da decisão de deixar de investir esforços e dinheiro para manter um obreiro com sua família no interior, por causa do resultado de um cálculo de custo/benefício feito na ponta do lápis.

A receita bíblica infalível contra esta decisão está em II Coríntios 7:5: "Porque  andamos por fé e não por vista".

Os grandes êxitos da fé foram obtidos de projetos que pareciam loucura. O primeiro deles foi a Igreja fundada por Jesus com base em 12 discípulos. O segundo foi a profecia e o envio de Paulo de Tarso. O terceiro foi a ação  do Espírito Santo nas palavras de Wiliam J. Seymor. O quarto, a força da visão de Martin Luther King quando disse que tinha um sonho, e que aquele sonho iria se cumprir. E entre tantos outros, vou citar mais dois: a chamada de Dwight L Moody e o começo das Assembleias de Deus no Estado do Pará, no Brasil, sob os joelhos de Daniel Berg e Gunnar Vingren.

Alguém daria um centavo pelo extraordinário sucesso do apóstolo Paulo? Quem se atreveria a crer na mudança inexplicável de vida  11 indoutos galileus - apóstolos do Mestre? Que fim levou a reportagem arrasadora que um jornalista redigiu sobre o pastor negro Wilian J Seymor e os ajuntamentos da Rua Azuza, em Los Angeles no dia 17 de abril de 1906 - a um dia do grande Terremoto de São Francisco?

Deus não fala através de resultados de Análise SWOT. Porque se todo ceticismo e toda racionalização fosse verdadeiro, onde estaria neste momento a vida deste blogueiro que aceitou Jesus em 1974, e por um milagre se firmou na fé e hoje está escrevendo este texto?

Quem decide sobre assuntos de custo/benefício  de missões não são os economistas, nem os contadores, nem os analistas financeiros. É Jesus através da voz do Espírito Santo.

Dessa forma, a maneira mais rápida de apagar a presença do Espírito Santo dentro da Igreja, é deixar de ouvir a sua voz, para dar crédito à análises racionais. Basta um homem debaixo da chama do Espírito, para que se incendeie uma cidade inteira. Mas tem que ser a pessoa certa, no tempo certo e para o lugar que o Espírito enviar.






segunda-feira, agosto 04, 2014

A visitação das aves de rapina




Wilma Rejane


“E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres, Abraão, porém as enxotava” Gênesis 15: 11


No dia em que as aves de rapina apareceram para Abraão, ele estava fazendo um concerto com Deus, uma aliança. Alguns animais foram partidos ao meio e dispostos em uma pedra como oferta de sangue, o sinal da presença de Deus no lugar e da confirmação da aliança, era o fogo, passando  entre as metades. Aquele era um momento especial e decisivo, pois representava mudanças: Abraão iria caminhar com Deus, com destino as promessas reservadas para ele e sua descendência. Além das aves de rapina, tentando roubar, comer, despedaçar a oferta de Abraão, um outro acontecimento merece destaque: um profundo sono cai sobre o homem de Deus e como revelação, ele ouve que sua semente seria afligida por quatrocentos anos, até ser liberta, com grandes despojos. Estas palavras se referem a servidão dos hebreus no Egito e a libertação através de sinais e maravilhas.


Amados leitores, nenhum detalhe ocorrido naquele dia na vida de Abraão deve ser desprezado. Não somos nós judeus, filhos da Antiga Aliança, mas como filhos da Promessa, dos que vivem pela fé em Cristo Jesus ressuscitado, somos herdeiros das mesmas bençãos: “ Sabei, pois, que os que são da fé, são benditos como o crente Abraão” Gálatas 3:7. E este, que recebeu a herança da vida eterna com Deus, a recebeu pela fé. Crendo no invisível. Essa herança também nos pertence: a vida eterna com Deus e o caminhar com Ele. Porém, em determinados momentos da vida, vamos viver tão intensas lutas que duvidaremos da benevolência de Deus para conosco. Não duvidaremos de Deus, mas de Seu favor para conosco. Ora, olhemos para a caminhada de Abraão em direção a terra prometida. Olhemos para Cristo Jesus, autor de uma Aliança de sangue feita para judeus e gentios.


O caminho para eternidade é glorioso e trabalhoso. As aves de rapina descendo sob a oferta de Abraão, representam a ação do adversário tentando nos roubar as bênçãos, a realização das promessas de Deus para nós. “Abraão as enxotava”, as afugentava, colocando-as distantes. Nossas orações, fé, perseverança em servir a Deus, enxotam as aves de rapina de nossas vidas. Enxotemos, enxote-mo- as! É quando passamos a conhecer a Deus, que tomamos conhecimento de que o mal também é real. Viver é lutar, mas uma luta que não se vence por força humana apenas. Para batalhar no mundo espiritual, é preciso usar armas espirituais. Jesus, nos alertou sobre as aves de rapina, na parábola do semeador:

E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;  Mateus 13:3-4

Aves de rapina comendo as sementes. A Semente é a Palavra de Deus, as aves são o Maligno (Mt 13:19). Mas não são essas sementes apenas as que interessam ao Maligno. No dia da aliança entre Deus e Abraão, no dia em que ele enxotava as aves, Deus lhe falou de uma outra semente que seria escravizada, em trevas, mas depois seria liberta. Essa semente era a família, os descendentes de Abraão. Essa semente somos nós, nossa família e nossa descendência. Aqueles por quem choramos, oramos em gemidos, tantas vezes porque ainda não compreendem que Deus os ama e quer salvá-los para eternidade! Mas como Abraão caminhou em direção a Canaã, devemos caminhar, sem recuar, sabendo que Jesus Cristo, também sofreu com essas aves de rapina, perseguiram-no até a morte. Tentaram roubar a Promessa de Abraão ao ofertarem-lhe a escrava Agar. Mas a alegria chegou, Jesus  ressuscitou e caminha conosco. Isaac nasceu, o filho da Promessa, da qual também somos herdeiros!


Essa reflexão é para nos dizer que somos filhos, amados, guardados, sobre a Aliança de Cristo. Vivemos pela fé, e enquanto vivermos, essas aves de rapina nos rodearão para roubar, matar, destruir, o que Deus reservou para nós. Abraão venceu, Cristo venceu.  Paulo, Pedro, João, Marias, Tiago s, Madalenas, eu e você venceremos. Não somos maiores, nem melhores, nem precisamos ser, porque maior é Deus que nos deu Cristo, Este que habita em nós e nos sustenta na caminhada. Ele é o cheiro suave que nos torna agradáveis a Deus, nosso Amado (II Coríntios 2:15). Essa reflexão é para dizer: não desista de crer, não desista de seguir em direção a Canaã, não desista de adorar, não desista de enxotar as aves! Lutemos pelas sementes que Deus nos entregou, sabendo que o poder para torna-las em árvores e frutos pertence ao Senhor, somente. Somente Ele pode gerar o Isaac da promessa, somente Ele pôde ressuscitar o Cristo da nossa graça. Nós cremos Senhor, sê conosco para vencermos esse mundo.

Deus nos abençoe