domingo, setembro 18, 2011

Opinião sobre as recentes manifestações contra corrupção


NÃO! À CORRUPÇÃO!


João Cruzué.

Há um fenômeno novo ocupando as praças e surpreendendo a mídia, a partir do "7 de Setembro" - são as marchas contra a corrupção. Elas são bem-vindas e tomara que cresçam e mostrem a temperatura do descontentamento da sociedade brasileira com a forma patrimonialista que a maioria dos políticos brasileiros vive e opera.

A Marcha contra a corrupção começou por Brasília, donde 25.000 pessoas se reuniram pacificamente para confrontar a ousadia dos políticos corruptos que proliferam nesta nação tal qual mosquitos borrachudos, que vivem às custas do sangue dos brasileiros. Por enquanto seus líderes são pessoas comuns que usam as redes sociais para se organizarem politicamente.

No mesmo dia, em outras 30 cidades espalhadas pelo Brasil inteiro também aconteceram protestos menores. Com a multiplicação das denúncias nos notíciários da TV, é muito provável que em algum feriado próximo, estas marchas engrossem.
É isto que gostaria, sinceramente, de ver.

E muito me admiro, por isto não ter acontecido antes. Com tanta miséria e privações por aí, cada real roubado são quatro pães a menos na mesa de uma família pobre. Enquanto isso, o superávit primário garante os 250 bilhões de juros que saem do bolso dos brasileiros (do mendigo ao executivo) para o bolso dos banqueiros internacionais. E ai do Ministro da Fazenda que tentar baixar os juros sem avisá-los... seus ventríloquos armam o maior barraco em Brasília.

Isso não é nenhuma novidade: cerca de 99,% dos políticos brasileiros tem "rabo preso" com os financiadores das suas campanhas. Para seus eleitores (aposentados, assalariados, donas de casa) eles dão sim: uma "banana".

Enquanto a sociedade permancer silenciosa, a ousadia desses corruptos tende a aumentar, pois sabem que as autoridades não terão forças para confrontá-los nem os juízes para sentenciá-los.

A partir do momento que os protestos aumentarem e centenas de milhares marcharem pelas ruas, a temperatura vai subir e a sociedade civil vai exigir decência, respeito com o dinheiro público e cadeia para os sanguessugas dos brasileiros.








sábado, setembro 17, 2011

O papel dos blogs evangélicos na formação de opinião

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Acenda uma luz para iluminar os que estão nas trevas
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João Cruzué

Quando conheci um blog pela primeira vez, em 2003, já sabia da sua importância no resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Em 2005, o Google trouxe para a língua portuguesa o www.gmail.com e a plataforma de blogs www.blogger.com. Fui um dos primeiros fazer ali os registros de domínios. Eles eram e continuam gratuitos; o registro, a hospedagem e os serviços. Não fazia a mínima ideia do que seria html ou css. Era tudo tão simples como o editor de textos: você abria a página, escrevia e publicava.

Depois de 2007, mais e mais evangélicos começaram a publicar. As associações (blogs) agregadoras de outros blogs davam apoio, incentivo e compartilhavam informações e conhecimentos técnicos. Os líderes das Igrejas Evangélicas ainda olhavam a internet como uma fonte de pornografia, em lugar de uma oportunidade de evangelização.

A cultura original dos blogs amalgamou-se oferecendo informações técnicas. Compartilhando descobertas "for free". A ideia de um diário pessoal passou. A utilização para reverberar fofocas ainda está firme aí, faz algum sucesso porque é fácil falar mal dos outros e há muito interesse em assistir "barracos". A publicação de notícias (na maioria más) tem muita participação, pois trata-se de copiar o que está nos jornais que trabalham os fatos.

Mas não foi para isso que estou escrevendo este texto. Eu creio sinceramente que um blog é uma excelente ferramenta para formar opiniões, desde que para isso o blogueiro se respeite e tenha o juízo necessário para não associar uma imagem não cristã a seu blog. O sucesso fácil não costuma ser perene; confio muito em um trabalho que vai agregando valor e respeito pouco a pouco. É preciso ser respeitado para ser ouvido, para formar opiniões.

A publicação de conteúdo cristão na internet, na minha opinião, tem nos blogs uma oficina de aprendizagem e experimentos. Há interesse das próprias plataformas em financiar (não cobrar) editores que publicam textos originais que façam competição com a mídia tradicional. E falando sobre isto, eu tenho ideias próprias.

Por natureza os blogs são instrumentos de repercussão daqueles que forma opiniões. Agentes secundários. Por exemplo: Pastor fulano disse isto ou fez aquilo... e os blogueiros repercutem. Esta tem sido a função principal dos blogs: repercutir o que os outros fazem ou falam.

Podemos fazer diferente: produzir as notícias; trabalhar os textos e primar pela originalidade. Para isso precisamos focar as coisas e lugares que gostamos. E não se esquecer de documentar com fotos, pois uma imagem revela mais que 1000 palavras, um antigo clichê.

Creio que, nós blogueiros evangélicos, poderíamos agregar valor a nossos blogs escrevendo e falando a verdade. Não a verdade que lemos e ouvimos, mas a que nós mesmos, depois de pensar e refletir, descobrirmos por nós mesmos. Há muitas coisas para revelar e para escrever. Nada valerá a pena se depois de trabalharmos tanto, ninguém acreditar naquilo que escrevemos e continuar a beber das fontes de sempre: incrédulos, ateus, ímpios e inimigos do evangelho, porque são estas as pessoas que formam opinião neste país.

Nossos textos precisam ser planejados, pensados, discutidos. Seremos mais produtivos se blogarmos em grupo, trocando informações, opiniões, abandonarmos aquele espírito individualista, que caracteriza a geração de blogueiros evangélicos atuais, para voltarmos ao berço comunitário, de onde viemos e éramos mais felizes.

O contador de visitas não é a prova definitiva de que estamos bem, nem os comentários dos amigos a bússola que aponta para o rumo certo. Precisamos de colocar mais de Cristo em nossos textos e menos tolices, ofensas e coisas copiadas.

É isso que tenho a dizer, no 6º aniversário do Blog Olhar Cristão.