quinta-feira, outubro 11, 2012

São Paulo elege 12 vereadores evangélicos em 2012



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Bancada Evangélica tem 12 Vereadores eleitos para a Câmara 
do Município de São Paulo, em  07 de outubro de 2012, para o mandato 2013 - 2016.

CMSX

João Cruzué

 Quero apresentar aos leitores do Blog Olhar Cristão o resultado de minhas pesquisas sobre a eleição de vereadores evangélicos à Câmara da Cidade de São Paulo. Poderia ter acrescentado também nome do vereador Antonio Carlos Rodrigues, amigo de longa data da Igreja Adventista.  Quase todas Igrejas estão representadas, com exceção, talvez, da Igreja Batista.

São 04 mulheres e 08 homens. Cinco foram reeleitos.

O curioso é  que a razão entre 12 e 55, dá exatamente 21,8%, ou seja, quase a mesma proporção da população evangélica entre os habitantes da Cidade,  em torno dos 25%, apenas anotando um detalhe:  nem todos votam, por causa da idade.

 Se nos anos 60/80s o sofisma "Política é coisa do diabo" funcionava, e mantinha os crentes alienados do processo político, agora a coisa mudou. Os pastores evangélicos estão ensinando o rebanho o conceito de cidadania plena.  Digo mais: que não estão apenas ensinando por palavras, mas participando direta e ativamente  do processo. Que participem decentemente, pois o STF está aí para mandar para a cadeia, corruptos de qualquer credo.

Um atributo interessante acompanha a consciência dos crentes na hora do voto. O bordão "irmão vota em irmão" é bem eficiente, como também é verdadeiro o deixar de eleger quem pisa na bola. Basta "pisar' uma única vez, para não se eleger nunca mais. Este post não vai tratar disso, mas quem conhece o assunto sabe que há filhos de antigos vereadores evangélicos por aí, que tentaram, mas não conseguiram se eleger. É a consciência evangélica de votar.

Nesta eleição de 2012 fica confirmado um fato novo na política brasileira: Os assuntos religiosos vieram para  o debate  político para ficar. E por isso, creio que, na Capital paulista, o ex-Presidente Lula e seu pupilo Fernando Hadade, com certeza irão bater à porta dos Pastores das Igrejas Evangélicas, jurando de pés juntos que   Hadade não vai sair por aí mandando distribuir os famigerados kits gays nas escolas paulistanas. 

Isto é o  peso do voto evangélico. Se houver juízo, a irmandade continuará  prestigiando àqueles a quem outorgou o poder pelo voto.






quarta-feira, outubro 10, 2012

A influência da Igreja na política brasileira



“Certamente o Senhor Deus não fará cousa alguma, 
sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.’’ Amós 2.7

Pastor Mauricio Price*

     Creio que o mundo globalizado caminha em sintonia com o calendário profético das Escrituras Sagradas, inclusive no Brasil. Aliás, não poderia ser diferente, pois o próprio Senhor Jesus afirmou que:  “passará o céu e terra, porém as minhas palavras não passarão”(Mt 24.35). O Mestre alertando os discípulos a cerca de alguns acontecimentos do cenário mundial que antecederiam o arrebatamento da Igreja e a sua segunda vinda, disse assim:

 “Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores.Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações......Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.” Mc 13.7-9,13

        É importante ressaltar que vivemos atualmente num cenário político de plena transformação em nosso país. O debate moral e religioso estiveram em evidência na agenda da disputa eleitoral para a Presidência da República em 2010. Percebe-se nitidamente a contagiante influência que as igrejas exercem sobre o voto em solo brasileiro. Aliás, estima-se que o colégio eleitoral evangélico atual seja de mais de 40 milhões de votos,  sendo, portanto,  capaz de decidir uma eleição presidencial no país. Apesar do  Estado ser laico, a religião está profundamente envolvida na política brasileira desde que o descobrimento foi celebrado com um missa em 26 de abril de 1500 pelo frade Henrique de Coimbra. Dessa forma, os políticos tem disputado articuladamente  o voto religioso ao longo das eleições, bem como os líderes religiosos buscam com a mesma intensidade o poder e influência política, seja através de apoios partidários ou participação direta no partido. 

        Tivemos um aumento de quase 50% da bancada evangélica no Congresso Nacional nas eleições em 2010. Um levantamento feito pelo departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) registrou a reeleição de 32 dos 45 parlamentares da bancada e a eleição de mais 34 representantes de igrejas evangélicas. A bancada evangélica conta agora com 63 deputados e 3 senadores.  Creio que ainda é muito pouco diante da proporcionalidade populacional evangélica em nosso país. Certamente, deveríamos ter bem mais representantes cristãos no Congresso Nacional, pois embora o Estado seja laico, os valores e princípios cristãos precisam ser preservados e defendidos nesse momento crítico em que se encontra o país. Essa realidade se aplica também nas Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. Por isso, creio que precisamos de líderes cristãos idôneos, qualificados e preparados para estarem lá. Precisamos enxergar a democracia nas urnas como uma benção para a nossa nação, pois através dela podemos preservar princípios de conduta moral em nossa sociedade que atrairão as bençãos de Deus sobre o Brasil, e não a Sua maldição e juízo. Pense nisso.   

        Talvez possa arriscar dizer que nunca na história de nosso país, a moral, os valores e os princípios, pilares eternos de uma sociedade, foram tão hostilizados. É lamentável dizer que grande parte do povo chamado “cristão” nesse país continue alienado, desinformado e até desinteressado sobre essas sérias questões que antevemos sobre o país. Durante muitas décadas o povo de Deus nesse país foi conhecido por sua passividade e demonização  da  política nacional. Hoje, o cenário é bem diferente. O cristão pode até, por opção pessoal, optar por uma postura apolítica, mas nunca antipolítica. Sabe por que? Porque ele(a) além de ser cidadão do reino de Deus é também cidadão brasileiro e, dessa forma,  tem direitos e deveres nesse país.  A Igreja não pode se omitir, nem se calar. Meu amigo(a), o que você tem feito?  Pense nisso.     

      Definitivamente, todo o Povo de Deus em nosso país precisa agir, reagir e resistir contra toda a iniquidade. Meus irmãos, não é hora de alimentarmos divisões, disputas ou competições denominacionais carnais, que são uma verdadeira vergonha no Corpo de Cristo. Chega de tanta vaidade! Chega de tanta mediocridade!  Ao contrário, é hora de toda Igreja de Cristo soar a trombeta, orar pelo Brasil, pregar o Evangelho ao imenso povo da nossa nação e como Povo de Deus unido declarar como voz profética : 

Feliz é a nação! Cujo Deus é o Senhor”      
  Sl. 33.12. Aleluia! 
 Ele espera por você!    
  “Em Deus faremos proezas...”    

No amor de Cristo,   Pastor Mauricio Price.

Missionário e médico. Ministro do Evangelho filiado a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Presidente do Diretório Estadual no Rio de Janeiro e Conselheiro Nacional da Sociedade Bíblica do Brasil(SBB). Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil(AELB). Coordenador Geral do Movimento Evangélico Universitário na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ). Evangelista, radialista e escritor.







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