sábado, março 24, 2012

A receita de sucesso da União de Blogueiros Evangélicos



Eliseu Antonio Gomes

Eu me converti lendo o Novo Testamento, na residência de meus pais em uma madrugada. Depois fui à igreja congregar; e logo me batizei nas águas, recebi o batismo com Espírito Santo.

Rótulos sociológicos nunca foram usados por mim. Nunca houve o propósito de levantar bandeiras de orgulho denominacional, doutrina arminiana ou calvinista, ou do pentecostalismo. Afinal, nada disso é essencial para a salvação.

Parafraseando João Batista, penso que a missão de todo crente é fazer com que Cristo cresça e todo homem diminua. Como cristão, anuncio a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Apenas quando a alma evangelizada pergunta onde congregar eu sinto haver necessidade de apresentar a ela uma placa de igreja.

Em 2007 tive o privilégio de entrar na equipe da UBE Blogs. E mantenho o mesmo procedimento ao escrever sobre a fé cristã: Jesus Cristo está acima de dogmas denominacionais em todas as minhas postagens.

A característica priomordial da unidade UBE Blogs é ímpar e  inspirada no Salmo 133:

    "Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom,  e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre."


O projeto UBE Blogs ¹, que está bem perto da casa dos 18 mil agregados na plataforma Ning ², experimenta permanentemente curva de crescimento, progride devido sua opção pela filosofia interdenominacional.  Conquistou enorme vínculo de afetividade com internautas cristãos porque sempre priorizou em manter o padrão de relacionamento interpessoal elevado, a convivência respeitosa entre seus comunitários, blogueiros e leitores simpatizantes de blogs, portadores de diferentes confissões de fé evangélicas.


Entre os membros agregados à comunidade União de Blogueiros Evangélicos, existem representantes das alas Reformada, Pentecostal e Neopentecostal. Os rótulos nunca foram levantados como bandeiras pelos membros da Equipe de Administração UBE. Nenhum Editor ou Colaborador jamais escreveu, "olha eu sou pentecostal (ou reformado) e melhor que você", ou coisa parecida.


Percebo que existe por parte de algumas lideranças denominacionais  a dificuldade em lidar com a plena liberdade de expressão existente no fenômeno esfera virtual. Eles não percebem que é inviável a ideia do uso de "cabresto" em blogueiros. Por quê? O blog é a modalidade de expressão mais livre de todos os tempos, é efetiva e abrangente. É esse detalhe que torna a Blogosfera Cristã atraente por parte de quem a produz e de quem a lê blogs evangélicos.


E.A.G.




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Autotítulos da presunção evangélica

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COMO AS COISAS ESTÃO MUDANDO...

João Cruzué 

Quando aceitei Jesus, há trinta e poucos anos, passei por perseguições e presenciei pedras e tijolos "caindo" sobre o telhado da Igreja pentecostal. Uma vez quase perdi um emprego, quando recusei comprar os cigarros do patrão, enfim, para ser crente, tinha que pagar um preço alto.  Não que tenha saudades do passado, pois, sou perfeitamente consciente de que a falta de equilíbrio já vem acontecendo desde os tempos do Antigo Testamento. Aborrecido e estupefado, sim, com os títulos cada vez mais inusitados que aparecem.

A sociedade olhava-nos, preconceituosa, com uma lupa e fazia questão de conferir se havia mesmo santidade. E havia. Os pastores eram homens reservados e dedicados à oração e jejum! Um pouco duros talvez, mas conservadores e conscientes do perigo da presunção. Todavia, quando analiso hoje o que se passa Igreja Evangélica não tradicional, fico estupefado. 

O título de Pastor cai bem; desde que a pessoa seja pastor de fato. Há uma multidão de homens por aí aceitando esse título ou se autoentitulando pastores sem nunca ter pastoreado uma pequena congregação.  Pastores de "faz-de-contas": Não foram separados, nem consagrados, nem possuem ministério algum, apesar de um diploma de meio metro quadrado, na parede da sala. 

Um pronome de tratamento nunca fará de um crente um pastor, e aceitar uma adulação para massagear o ego, das duas uma: Ou é muita ingenuidade ou falha de caráter, mesmo.

Mas os tratamentos evoluiram. Apareceu recentemente o Bispo; nome meio pomposo, mas ainda sim discreto. Depois vieram, apóstolo, bispa, e até apóstola! Se falta de bom senso e semancol de um lado, sobra ganância e avareza de outro.   Há poucos anos um desses apóstolos investia não em oração e missões, mas em um haras de cavalos. Recentemente, um outro apóstolo comprou uma senhora fazenda de porteira fechada com quase 5.000 cabeças de gado. Estranho, este gosto apóstólico pela pecuária!

Sei que isso não é invenção brasileira. Veio de fora. Mas como soa ridículo alguns títulos, ou melhor, "autotítulos". Temo, todavia, que isto não pare por aí. Não me assustaria se, dia desses, ouvisse  no meio evangélico, onde congrego, coisas como: Arcebispo, cardeal, papa ou imperador! Quem sabe coisas ainda mais pomposas: Anjo, arcanjo, querubim ou serafim. E para esculhambar de uma vez: Por que não primeira-ministra, rainha, faraó ou césar?

Eu devia ter ficado calado, mas não consegui. Para curar esses desvarios, Jesus, certa vez, deu uma receita infalível: Nascer de novo!







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