segunda-feira, agosto 01, 2011

A Igreja Assembleia de Deus na Política Nacional



"Sucesso Eleitoral da Assembleia de Deus é maior que o do PT"


Valor online

Fonte: Folha Uol

Com os comentários do blogueiro no final.

"A Assembleia de Deus, maior denominação evangélica pentecostal no Brasil, comemora seu centenário em 2011, e sua bancada, que lidera a Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, representa 22,5 milhões de brasileiros.

Antes das eleições de 2010, o deputado federal Ronaldo Fonseca (PR-DF) reuniu-se com José Wellington Bezerra, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus, para escolher pastores e lideranças da igreja com bom potencial eleitoral. Fecharam a lista em 30 nomes. Conseguiram eleger 22 deles, um percentual assombroso de 73,3% de sucesso.

Não há partido político no Brasil com tamanho êxito: o PT, por exemplo, dono da maior bancada da Câmara, lançou 334 candidatos a deputado federal e elegeu 88 deles (26,3%). Dos 73 deputados que compõem a bancada evangélica, os assembleianos são um terço. Seu presidente, o deputado federal João Campos, é seguidor da igreja.

Com seu eleitorado cativo, os parlamentares ligados à Assembleia de Deus podem se dar ao direito de contrariar a orientação partidária quando convém ao seu grupo. Segundo Fonseca, presidente subdivisão ligada à igreja na Câmara, "temos um acordo com nossos partidos: se o que está em pauta na Casa atentar para alguma questão moral, temos independência. Foi assim que derrubamos o kit gay".

O deputado se refere à suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia, produzido pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas. À época, os parlamentares chegaram a ameaçar adesão à CPI, movida pela oposição, contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, acusado de súbito enriquecimento.

Quase toda a bancada evangélica, 63 parlamentares, faz parte de partidos da base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). "Os partidos sabem que não tem como segurar esses deputados. Falou em aborto, descriminalização da maconha ou casamento gay, os evangélicos votam contra. O PSC é base do governo Dilma, mas nem adianta pedir apoio nessas questões", afirmou o vice-presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira.

Para o segundo semestre, os evangélicos devem, novamente na esteira de atuação dos adeptos da Assembleia de Deus, encampar duas pautas. Uma é a elaboração de versão "alternativa" ao projeto de Lei 122, sob relatoria da senadora Marta Suplicy (PT -SP), que criminaliza a homofobia.

"Queremos que o empregador possa estabelecer critérios para não contratar alguém. Inclusive por diferenças de religião ou opção sexual", disse Fonseca. "Se você não quiser me contratar por eu ser pastor, tudo bem. Mas quero ter o direito de, caso eu tenha uma empresa só com homens, não contratar gay."

A outra é promover um plebiscito nacional que substitua a aprovação do STF (Supremo Tribunal Federal), que julgou constitucional a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A reivindicação dos deputados evangélicos ganhou fôlego e substância após a divulgação, na semana passada, de pesquisa do instituto Ibope Inteligência, que revelou que 55% dos brasileiros são contra a união estável para casais homossexuais. O percentual de contrários sobe para 77% entre evangélicos.

Por ora, os assembleianos se dizem satisfeitos com a presidente Dilma: "Ela não nos 'peitou' quando fomos pra cima, no caso do kit gay. Então está bom", disse Fonseca. "Agora, precisa nos receber. Passaram-se seis meses e a gente só conversa com o Gilberto Carvalho [ministro da Secretaria-Geral da Presidência]", destacou o pastor Everaldo.

Rondônia é o Estado que abriga mais parlamentares ligados à Assembleia de Deus, em termos absolutos e proporcionais: três de seus oito deputados federais pertencem à igreja. O PSC, com oito deputados, é o partido preferencial. Na sequência, aparece o PR, com quatro deputados --a sigla tem em suas fileiras muitos evangélicos, mas a maioria é de presbiterianos, como o deputado federal Anthony Garotinho (RJ).

Essencialmente, os parlamentares da Assembleia de Deus recorrem a três estratégias na hora de arrecadar fundos para a campanha eleitoral: doações em quantias menores, vindas de simpatizantes; empenho de recursos próprios; ou doações dos próprios partidos, um recurso para escamotear recursos vindos de empresas.

Um dirigente partidário, sob a condição do anonimato, explicou: "Tem muito preconceito contra o evangélico. Então, as empresas ajudam, mas preferem não serem vinculadas diretamente ao candidato. Doam para o partido e a gente repassa".

Destaca-se entre os recebedores de pequenas quantias o deputado federal Paulo Freire (PR-SP), filho do pastor José Wellington: das 350 doações que recebeu na campanha de 2010, 304 eram em valores de até R$ 400, segundo sua prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Zé Vieira (PR-MA) foi quem mais empenhou dinheiro do próprio bolso, nada menos que R$ 310 mil dos R$ 333 mil de sua receita. O campeão em recebimento de repasses partidários foi o deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ).

Dos R$ 3,2 milhões que recebeu, R$ 9.000 foram doados pelo presidente regional do PMDB no Rio, Jorge Picciani. O resto veio do PSC. Foi também o maior arrecadador do grupo, cuja média de receita nas eleições foi de R$ 575,2 mil."



Comentário do Blogueiro: Sou Presbítero da Igreja Ass. Deus e gostaria de comentar este texto:

"Com seu eleitorado cativo, os parlamentares ligados à Assembleia de Deus podem se dar ao direito de contrariar a orientação partidária quando convém ao seu grupo..."


Aos olhos de quem não conhece a forma assembleiana de votar, pode achar que não importa o que façam os políticos eleitos pela Igreja, que nas eleições seguintes os crentes vão se esquecer e eleger um corrupto ou vendido outra vez. Isto é uma falácia. A Prova? veja quantos deputados crentes que se envolveram no escândalo das sanguessugas e dos anoes do orçamento foram reeleitos. Pisou na bola uma vez, pode vir abraçado até com o Pastor Presidente, que os crentes não votam. Isto faz-me lembrar um caso verídico de um certo Pastor, uma alta autoridade assembleiana, que tempos bem lá atraz começou a falar grosso com os obreiros da sua Igreja. Ou votavam no filho dele ou a carta de mudança estava à disposição na Secretaria. Como o voto é secreto, até hoje ele ainda está tentando saber por quem foi que não votou no filho dele - que não foi eleito.

Por outro lado, se o candidato é decente, ainda não pisou na bola, o povo vota nele sim - desde que a forma de comunicação da Igreja não se mostre agressiva insinuando o famigerado voto de cabresto. Por que deveria votar em um desconhecido que nem crente é? Se votando em irmão, as coisas ainda têm possibilidade de darem erradas, votando em descrente a probabilidade de votar errado é maior ainda. As experiências de lutas contra o kit gay e o atropelamento da constituição pelo STF, me fazem mostrar que a prata da casa é melhor que a da casa dos outros.

Quanto ao "sucesso" eleitoral da Igreja, eu acho que não tem sucesso nenhum. Ela tem condições de eleger o dobro deste número. Só não elege porque os assembleianos não seguem a risca as orientações da Igreja, quando ha candidatos melhores e mais experientes - não importando a religião nem a Igreja. (João Cruzué)





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A decadência do Império Americano

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João Cruzué

A queda do Império Americano pode não ser pela supremacia de um inimigo externo, mas pela falta dele. O último grande inimigo, Osama Bin Laden - já foi morto. O curioso é que desta vez não são: o Exército, a Marinha e a Força Aérea, os agentes de confronto, mas o Congresso americano no trato com as finanças do País. E pela falta de guerras em potencial e inimigos a combater, as forças políticas da nação mais poderosa do mundo estão brincando de cabo de guerra. Enquanto isso o mundo começa a perceber que o Grande Irmão, o Tio Sam, está cambaleando.

Quando John Kenneth Galbraith publicou em 1954 o livro "The Great Crash", relatando a queda "Wall Street" em 1929, ficou claro que a especulação desenfreada na Bolsa de Valores detonou aquilo que o mundo conheceu como "A Grande Depressão", com reflexos no mundo inteiro. Inclusive no Brasil com a Era Vargas e a Revolução de 30, com a perda de poder político dos barões do café paulistas. Mas no livro, JKG mostra que a Bolsa de Nova York não quebrou de um dia para outro. Houve uma bolha crescente de especulação em que não havia nenhum lastro de produção física acompanhando aquela jogatina.

O Século XXI já começou sinalizando que a segurança do Império Americano está sob ataque. O ano de 2001 marcou a entrada do novo milênio e do novo século, e 11 de setembro a derrubada do ninho da Águia - símbolo dos EUA - com o episódio da derrubada das Torres Gêmeas - que o mundo inteiro viu "on line" pela TV. Como cristão pentecostal, analisei que o que aconteceu no plano físico foi consequência de um simples movimento no tabuleiro de xadrez do plano espiritual.

Ferida de surpresa, a nação americana revidou, e atacou duas nações do Mundo Árabe, berço do radicalismo Islâmico. O Afeganistão do sogro de Bin Ladem (Mulá Omar) e o Iraque de Sadan Hussein foram postos no chão - da mesma forma que as duas Torres. Uma para cada país. George W. Bush, o líder dos americanos na época, não tinha outra escolha, usou a política do "big stick". Mas ele não consegui encontrar o mentor e financiador do maior atentado terrorista que o mundo já viu, ainda por cima, praticado no "Jardim" da Casa dos americanos, perante os olhos de todo o mundo. Coube ao governo do Presidente Barack Obama a façanha de encontrar o homem mais procurado do mundo e acabar com sua vida.

A guerra do Afeganistão acabou; não há nada mais a derrubar por lá. A guerra do Iraque também acabou. Os atentados praticados por "homens-bomba" estão escasseando-se. É muito provável que até 2012, muitos soldados voltem para casa. E o conflito na Líbia de Muamar Khadafi acabou mesmo antes de começar e não tinha nada a ver com os atentados terroristas nos Estados Unidos.

E por falta de inimigos e guerras de verdade no plano internacional os políticos americanos se dão ao luxo de iniciar um cabo de guerra entre o Governo, Democrata, e a Oposição, Republicana, ajustando o foco para outro tipo de batalha - As eleições majoritárias de 2012. E a corda é tamanho da dívida externa americana [
1] - mais de 14,3 trilhões de dólares. Como o aumento desta do teto desta dívida é de competência do Congresso, faltando um dia para 02.08.2011, a lei que aumento o tamanho da corda (dívida) ainda não foi publicada.

A dívida americana basicamente é constituída de Títulos do Tesouro Americano. São papéis. Papéis emitidos com a assinatura do Governo. Como a capacidade de pagamento (riquezas e estabilidade política) dos americanos é (era) inquestionável, e o Dólar, a moeda americana, é de uso corrente em todo mundo - pelo alto conceito de riqueza e estabilidade que os Estados Unidos têm (tinham) então todos os países do mundo guardam suas economias aplicando nos Títulos do Tesouro Americano. A China tem mais de 1,1 trilhão de reservas aplicadas nestes títulos. O Japão possui O Brasil
[2] possui aplicações de mais de 210 bilhões de dólares - é o quinto maior credor, atrás da China, Japão, Grã-Bretanha e um grupo de países árabes exportadores de petróleo.

A evidência principal de que a economia americana está combalida é seu déficit público. A cada ano a DESPESA se mantêm maior que a RECEITA. Só em 2010 este déficit foi de USD 1,290,000,000,000.00 (Um trilhão e duzentos noventa bilhões de dólares). O que faz o Tesouro americano: emite títulos (papéis) neste valor que são comprados pelos países que buscam neles uma aplicação segura para guardar suas riquezas. Há 10 anos a nação americana vem gastando mais do que arrecada. A maior parte desta dívida formou-se com o gasto das duas guerras travadas no Afeganistão e no Iraque. Origem: a queda das Torres Gêmeas, consequência: dos movimentos no plano espiritual.

Em um mundo onde a economia se deslocou do Ocidente para o Oriente. Em que a derrubada de duas Torres trouxe o caos econômico para a aviação comercial, e a Indústria do Turismo mundial sofreu um grande baque, o que pode acontecer se os políticos americanos desejarem dar um "susto" na China insinuando um pequeno calote no pagamento de dívidas? Se a bolha imobiliária de 2007/2008 quase quebrou a economia mundial, o que dirá se houver um "efeito manada" em que todos os países credores dos Estados Unidos decidirem se livrar dos Títulos do Tesouro Americano?

Conclusão. A Economia dos Estados Unidos está mal gerida. Os políticos americanos estão brincando de cabo de guerra, não estão nem aí para o que venha a acontecer no mundo. Eles estão preocupados apenas com a eleição de 2012. As Agências de Classificação de Crédito, seguidamente estão rebaixando a nota dos Estados Unidos.

Se acontecer um calote, junto com a nação americana quebram a China, o Japão, a Koreia, os Ingleses, muitos países árabes e o Brasil. O mundo inteiro vai quebrar em cascata. E não é a primeira vez que isto vai acontecer.



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