quarta-feira, fevereiro 16, 2011

As provações na vida do cristão

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João Cruzué

Por que o Senhor Deus sendo tão bondoso, dono do ouro e da prata, permite que cristãos fiéis sofram? Aparentemente é um contra-senso a visão de ímpios vivendo regaladamente, incrédulos se "dando" bem na vida, enquanto alguns honestos filhos e filhas de Deus estão comendo a poeira do deserto. Uma corrente filosófica diz que Deus criou mesmo o mundo e os seres humanos, mas os deixou à mercê das circunstâncias e da própria sorte, à semelhança de uma tartaruga marinha que coloca seus ovos na areia e nunca mais volta para cuidar dos filhos. Quero dar meu testemunho para desmentir este sofisma.

Entre 31 de julho de 1992 e 13 de julho de 2003, eu fiquei desempregado. Bati em muitas portas, fiz muitas entrevistas, enviei centenas de currículos, falhando em todas as tentativas, exceto a última.

Naquele tempo, perdi quase todo conforto que possuía. Para reduzir as despesa da casa fomos cortando gastos de quase tudo. Tiramos nossa filha da escola particular, vendemos a linha de telefone e nossa segunda filha cursou do ensino básico ao colégio em escola pública. Nossa comida foi medida, até que um dia , ao voltar do supermercado com meio kilo de café nas mãos, eu fui dar graças a Deus e chorei.

Por falta de opções fui plantar mandiocas no sítio.

Na vida espiritual Deus me deu uma ocupação estranha. Coletar literatura usada nas Igrejas e despachá-las, pelo correio, para igrejas de presos dentro das penitenciárias do Estado de São Paulo.

Em julho de 2003, somenteonze anos depois, uma porta se abriu. Era um contrato de emergência para trabalhar por seis meses no Hospital do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. No ano seguinte quando houve o concurso, eu passei e recebi a contratação definitiva.

Durante aqueles seis anos naquela Autarquia, eu vi muita gente nova chegando e conquistando cargos maiores, oportunidade que poderiam ter sido minhas - mas não foram. Ouvi comentários de ex-colegas dizendo que eu era sempre o último da fila...Todavia mantive o mesmo princípio: o que Deus me desse, viria a mim, seria meu e ninguém o tomaria.

Seis anos depois, em 2009, fui convidado pela terceira vez para deixar meu posto de trabalho, para fazer parte da equipe de contadores da Secretaria de Finanças do Município de São Paulo. Cheguei a ser aprovado na entrevista feita com o próprio Secretário, Dr. Walter Aluisio de Morais. Mas seria um "empréstimo" e eufFicaria por lá à mercê dos ventos da política. Mas era mesmo uma grande honra para quem durante onze anos só passou em uma entrevista e três vezes convidado para trabalhar naquele departamento não acontece para qualquer um.

Então surgiu outra oportunidade ainda melhor.

Quando faltava uma semana para assumir o novo cargo na contadoria da SF, recebi um telegrama em casa. Eu Pensei: Deve ser alguma conta atrasada, ou alguma intimação para testemunhar em algum processo. Mas não se tratava de nada disso. Falava da convocação de um concurso de 2005, prorrogado para 2009. Convocação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo para uma seção de posse e escolha de local de trabalho. Eu nem me lembrava mais desse concurso. Quase três vezes o meu salário na Prefeitura de São Paulo.

Foi o Senhor que fez isso, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos.

Isto aconteceu comigo 18 novembro de 2009. Hoje, 18 de fevereiro de 2011, já faz mais de um ano que estou no meu novo trabalho. É benção daquelas grandes e inesperadas.

O Senhor permitiu que eu fosse provado, amassado, afinado e provasse da poeira do deserto até que um dia chegou o tempo de cantar e o tempo de cantar chegou!

Se você também anda no deserto comendo poeira, debaixo de um sob sol forte da injustiça, não desanime. Mantenha-se ocupado na vida material e arranje alguma ocupação para na Casa do Senhor. Mantenha-se ocupado no plano espiritual.

Não descuide dos exercícios físicos nem da oração. Mantenha equilibrados seu corpo e seu espírito e saiba que o Senhor não se esqueceu de você. Eu gosto de fazer caminhadas e aproveito para orar.

Dues pode não tirar você do deserto, nem da fornalha. A graça dele na sua vida é e será o bastante. E a partir de determinado dia, o prato da balança da sua vida vai começar a subir. Quando você nem estiver esperando mais, o Senhor vai levá-lo mudar o seu cativeira e vai colocar você sobre um monte e cumprir na sua vida todas as promessas do Salmo 23.

Uma maravilhosa supresa!

As provações são tempos que antecedem as grandes bênçãos de nossa vida. Basta ser fiel no pouco. Não ficar deitado no pó. Todo dia é dia é uma nova batalha. Continue se levantando, e orando, e esperando sua vitória. Assim como o dia sucede à noite, a misericórdia do Senhor está com você nas provações .É durante as provações que aprendemos a ser mais honestos com Deus.

E também mais agradecidos.




sábado, fevereiro 12, 2011

Na casa da irmã Doquinha

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João Cruzué

Quero louvar a Deus por ter abençoado e prosperado o Pastor Silas Malafaia como o maior pregador evangélico da atualidade, substituindo o presunçoso Caio Fábio, na época o príncipe dos pregadores evangélicos. Quero comentar aqui sobre programa do Pastor Silas de hoje, que me trouxe à lembrança a famosa irmã "doquinha" que ele sempre critica.

Os tempos mudaram muito nos últimos 20 anos, surpreendendo ou decepcionando a muitos.

Quem era o Sr. Caio Fábio antes de ser o príncipe dos pregadores nacionais? Segundo ele mesmo, um miserável pecador, que com as orações e ajuda do seu pai, se tornou um príncipe. Mas depois de ter conquistado um grande nome

Quem era o Edir Macedo antes da Igreja Universal? Também nada. E hoje, depois de ter prosperado tanto no campo empresarial? Voltou a ser o que era antes: nada! Refiro ao péssimo testemunho de cristão que ele tem dado ao gastar dinheiro santo em seu capricho infantil: destronar os "marinho" usando as mesmas armas: prostituição, lascívia, indecência, distribuídas a torto e a direito na sua rede de televisão. Se é preciso transmitir porcaria para se manter com a concessão de uma TV, logo isso não é empreitada para que é crente de verdade.

Pastor Silas Malafaia não atingiu o topo da fama a não ser depois de décadas "ralando" e comendo poeira. No programa de hoje, na Band, disse que era um tocador de bumbo em cultos na praça e pregador em coletivos do subúrbio carioca.

Graças a Deus ele ainda não voltou ao limbo, ao nada. Pelo contrário, com pequenos deslizes, ainda tem prestado um grande serviço na pregação do Evangelho. e combatido projetos políticos destruidores da sociedade. As evidências mostram que sua presunção ainda não atingiram a loucura e o desvario, o ponto em que não há volta, senão a queda, pois ainda vejo no Pastor sinais de humildade.

Porém, acho que ele hoje pisou na língua.

Quando o Pr. Silas, no seu programa na Band, contava sobre o convite que recebeu para comparecer na consagração de uma Capela, na presença de generais e capitães no Rio, disse que ficou curioso em saber por que um General não crente construíra aquele local de oração. Então a mulher do Militar que na época desejava duas estrelas, contou que pediu a uma colaboradora (empregada doméstica) que trabalhava na casa deles há 40 anos para que orasse pelo seu marido para que Deus o abençoasse com duas estrelas do generalato. E aquela crente humilde disse que iria orar e se Deus falasse ela dizer. Quatro dias depois, chegou e disse que Deus não só iria conceder as duas estrelas ao seu patrão, como também as três estrelas. E uns quinze dias depois da cerimônia da consagração da Capela, as três estrelas foram outorgadas.

Fico aqui imaginando. Geralmente é costumeiro entre as santas irmãs assembleianos as campanhas de orações nas casas em busca de solução de problemas. O pastor Silas não quis contar os detalhes do que aquela crente, empregada doméstica, fez nos quatro dias que foi orar. Talvez ele nem saiba ou nem queira mesmo muito saber, porque se ela foi orar na casa da "irmã doquinha" seria uma grande decepção para ele.

Em dias de tantos pastores doutorados em saberes bíblicos, nunca a voz de Deus tem permanecido tão distante dos ouvidos crentes mais aflitos. Com todo respeito, com tantas portas fechadas e o Espírito do lado de fora, não me estranho se as únicas, abertas, sejam as das humildes casas das irmãs "doquinhas", não deixando de lembrar que me refiro àquelas que são grandes servas do Senhor, que trabalham na informalidade, fazendo campanhas de orações nas casas.







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