sábado, outubro 09, 2010

Minha Interpretação das estatísticas eleitorais do TSE em 2010

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QUADRO ESTATÍSTICO DOS ELEITORES BRASILEIROS

DISTRIBUÍDOS POR SEXO E GRAU DE INSTRUÇÃO

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João Cruzue

Quero apresentar para você as estatísticas eleitorais do TSE, base julho/2010, com distribuição do eleitorado por sexo e grau de instrução. O retrato do prejuízo sofrido por nosso país por não possuir políticas públicas eficientes está aqui. Não sou especialista no assunto, mas vim de uma família muito humilde. A diferença, eu creio, veio da influência de minha mãe, que aos 15 anos de idade era professora rural. Ela tinha um profundo foco na educação.

Apenas 5,2 milhões de pessoas possuem o grau superior completo. Isto significa que em tese, essas pessoas são potencialmente mais capazes de auferir uma renda maior, de uma forma menos estafante. As mulheres estão na frente dos homens em graduação superior: são quase 3 milhões contra 2.227.953 homens.

Cabe notar que de 135.804.433 eleitores, apenas 5.197.950 têm graduação superior; 135,2 milhões não são graduadas. Quase 100 milhões estão sem o ensino médio. Se partirmos da premissa de que estes 100 milhões brasileiros não são potencialmente capacitados para conseguir uma renda maior, o quanto o país não está deixando de ganhar em termos de riqueza de recursos humanos que, por conseguinte significa menos impostos e menores aposentadorias?

Se alguém estivesse procurando um retrato da situação econômica da população brasileira, infelizmente, as estatísticas periódicas do TSE sempre trazem um retrato fiel de como o Brasil desperdiça seus recursos humanos, por não ter um projeto decente e um gestor eficiente para reduzir esta miséria educacional.

Se todos os 135 milhões de eleitores aptos a votar neste mês de outubro tivessem conquistado uma graduação superior, nosso PIB e riqueza seriam suficientes para nos levar a terceira economia do mundo - ou mais.

Não basta despejar 25% de recursos públicos no ensino fundamental. Por falta de onde gastar, muito dinheiro está sendo desperdiçado em ações que não melhoram o quadro desta foto. É preciso repensar do começo ao fim toda política educacional brasileira, e colocar sua gestão nas mãos de uma pessoa que seja apaixonada pela Educação. É preciso mudar muita coisa. Que país é este, em que o pobre tem pagar uma faculdade particular para estudar à noite, enquanto os que podem pagar estudam de graça?

Por outro lado, a responsabilidade não está apenas na gestão do governo. Se a família não é focada em educação, filhos netos e bisnetos vão continuar ganhando uma renda bem inferior, se comparada com aqueles que se graduam. Além das famílias, também a Igreja deveria trabalhar mais o aconselhamento no mesmo sentido, incentivando seus membros a investir tempo e esforços na educação.

Eu estou chocado com estas estatísticas. Somente 5,2 milhões de pessoas graduadas, e 130 milhões ainda não graduadas. Para quem gosta de porcentagem são 3,8% contra 96,2%. É o país jogando fora trilhões de reais por não conseguir graduação para seus cidadãos. Este é o maior desperdício que este país tem.

Falar de bolsa família diante deste quadro é ofender minha inteligência. Quando uma pessoa se gradua, ela não muda apenas sua capacidade de fazer renda, mas da família inteira. Ela nunca mais vai precisar de bolsa família. Eu prefiro ver todos os jovens brasileiros cursando integralmente uma faculdade, do que recebendo bolsa família a vida inteira. As pessoas precisam de relevância em suas vidas; elas não querem esmola.

Pense bem nisso!


Fonte: TSE


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Oriandelabassi

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João Cruzué

Esta semana um antigo pastor veio nos visitar e isso mexeu com minha memória. Lembrei-me de algo muito engraçado, dos tempos em que fui convidado por ele, para assumir uma classe de novos convertidos. E no meio dessa classe, chegou, um dia, um irmãozinho que tinha um bar e estava em fase de aproximação de Cristo.

Eu já vi muita coisa em 35 anos de fé, mas não tinha visto ainda um dono de bar, crente. E no bar ele falava de Jesus com a autoridade, para cada um dos frequentadores, que o olhavam incrédulos, servindo uns copos da "mardita".

Quando ele chegou na classe, fui informado do assunto. Também me disseram para ter paciência com ele. Então, deixei que o Espírito Santo trabalhasse naquele coração que ainda não se mostrava nem um pouquinho de preocupado em abandonar o bar. Eu fiquei quieto; mas dava uma vontade imensa de falar, mas costurei minha boca, ficando só na oração. Eu pensava: se sua conversão for sincera, em breve ele vai mudar de comércio.

E isto aconteceu. O bar foi perdendo os fregueses. E percebendo isso, mudou seu ramo de negócio para uma mercearia. E já em outro período, anos mais tarde, aquele espaço se tornou em salão de Igreja.

Voltando no tempo, nosso irmãozinho, baiano da terra de Caetano, parou de vender pinga, talvez forçado pelos próprios fregueses irritados com suas pregações. O Espírito acabou vencendo. Convertido, sim senhor; de verdade; bar fechado. Novo ramo de negócio, dono de mercearia. Ele se firmou batizou-se e foi batizado no Espírito Santo.

Dá-me um vontade imensa de dizer seu nome, mas não posso. Vou ficar só o milagre, sem dizer o nome do santo. E eis que ele se apaixonou por outra baiana, mas não foi correspondido. Tentou a aproximação de várias formas, mas nada. Então apelou para a música, como compositor iria consquistá-la.

Comprou um violão e arriscou umas dedilhadas. Eu mesmo estive algumas vezes em sua casa.Morava com um sobrinho. Depois veio uma irmã. E treinando as posições no pinho.

Quando viu que a baiana não queria mesmo nada com ele, arriscou uma última tentativa. Compôs uma canção em línguas estranhas. He he he! Começava um verso em português, e sapecava algumas palavras em línguas no final dele.


"Ele morreu e foi crucificado.... Orieandê,

E morreu por mim no calvário... Orieandê, Oriendeondestás!"


Gente... a Igreja inteira séria, segurando a vontade imensa de rir... mas não se ouvia nem um pio. Todo mundo surpreso. Nem um aleluia, nem nada! Mas na casa de cada um, era o assunto mais saboroso do dia. Da semana até. E ele chegou a cantar sua canção mais de uma vez.

E foi assim que meu irmão, ex-dono de bar, já com uns dois anos de convertido, ficou definitivamente sem a baiana! De tanta vergonha que ela passou. Ele voltou para a Bahia e se tornou pastor. Ela continuou em São Paulo e se casou.

Eu já tinha visto alguém cantar em línguas espirituais, e era maravilhoso ver. Mas hino composto em língua estranha foi a primeira, e última vez.




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