sábado, setembro 11, 2010

IBGE e o Censo dos evangélicos em 2010

João Cruzué

Muitos evangélicos estão surpresos com as diretrizes de contagem do novo Censo do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, com base no questionário básico . Muitos crentes e eu damos testemunho disso pois atendemos agente do Instituto em nossas casas, e não estão perguntando sobre religião. Se houver quantificação neste Censo para o item não será por contagem, mas por projeção estatística baseado no do questionário amostra, (Item 6:) que não está sendo aplicado à maioria dos lares.

No final do mês de agosto uma agente de recenseamento do IBGE bateu à porta de casa e procurei atendê-la com a honra que esta Instituição merece. Convidei-a para entrar, assentar-se no sofá da sala e ofereci água. Respondi suas perguntas, que foram poucas, e no final perguntei: Você não me vai perguntar sobre religião? E ela me disse que não havia designação para perguntar sobre o item para minha casa. Exatamente como aconteceu com minha mãe e com um colega do estado de Pernambuco havia me falado.


O item "Religião" não está relacionado dentro do interesse geral do Censo 2010, pelo menos para, creio, 95% ou mais do recenseamento. A quantificação em 2010, será feita por projeção, da mesma forma que estão sendo feitas as pesquisas eleitorais para o cargo presidencial.

Resumindo, mediante amostra.

Quando o Censo de 2010 for divulgado, em 27 de novembro 2010, conforme o previsto, se você encontrar uma quantificação demográfica sobre o aspecto religioso, saiba que os números oficiais vão ser meras projeções. Isto leva-me crer que pode haver grandes distorções; uma margem de 3 a 4% de erro sobre 195 milhões de brasileiros dá "apenas" quase 7 milhões de diferença, para mais ou para menos.


Antes de terminar, quero deixar esta importante informação: Com base no Censo de 10 anos atrás, eu mesmo fiz uma projeção em abril de 2009 e depois publiquei neste Blog em duas postagens: Projeção Censo Evangélicos 2010 e Projeção membros por Igrejas evangélica 2010. Se os números do IBGE forem parecidos, quero deixar um alerta: eu apenas incrementei um fator de crescimento para as projeções de 2010. O IBGE tem que fazer melhor que isto. Se não fizer, fica aqui o registro da minha desconfiança.


Fonte: João Cruzué/abril 2009
Proj2009
As informações da tabela são oficiais, exceção aos dados de 2010, que foram projetados


Fonte: João Cruzué/abril 2009
Project





SP 11.09.2010.


cruzue@gmail.com




sexta-feira, setembro 10, 2010

Dá-me de beber


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Amilton Santos Jr

Frase comum e cotidiana.

Sem me aprofundar muito na pesquisa à palavra de Deus, suponho que Jesus a tenha dito duas vezes. A primeira vez, citada em João 4, onde narra-se o encontro de Jesus com a mulher samaritana. Se possível, peço que você leia do versículo 5 ao 30 antes de continuar com esta meditação. A segunda vez foi quando estava agonizando na cruz.

Essa história é muito conhecida, sendo vastamente pregada em todas as igrejas e congregações mundo a fora. Espero poder trazer algum ponto de vista diferente, que toque sua vida.

Neste capítulo João narra a caminhada de Jesus saindo da Judéia indo para a Galiléia. Para fazer este percurso, ele teria suas opções: ou atravessaria o Jordão – como fazia a maioria dos Judeus pelo fato de não terem bom relacionamento som os samaritanos – ou teria que passar pela Samaria. Quando lemos esta passagem, a única lembrança que nos vem à cabeça é de que samaritanos não se dão bem com judeus. E só isso. Talvez seria necessário conhecer mais sobre os habitantes da Samaria.

Os samaritanos são um pequeno grupo religioso oriundos dos próprios judeus. Do mesmo modo que seus aparentados, baseiam-se no Pentateuco. Uma das únicas diferenças é que não consideram Jerusalém como uma cidade sagrada. Trazendo para hoje, poderiam ser considerados uma denominação evangélica qualquer, exemplificando, os judeus poderiam ser os irmãos Quadrangulares e os samaritanos, os Batistas, ou vice-versa. Essa rivalidade que tinham na época é vista hoje entre as milhares de denominações existentes no Brasil, não? Sempre há uma vertente afirmando que a igreja A ou B é melhor pois segue doutrinas, não é conivente com certas atitudes, etc e etc. Se você analisar, não é comum ver irmãos de uma denominação fazendo visitas a outras igrejas.

Muitos pastores, numa atitude de auto-defesa, já proclamam que o irmãozinho fica pulando de galho em galho. Ou não entendem o contexto da palavra de Deus ou simplesmente têm medo de perder mais membros. Na verdade a ordenança de Jesus a Pedro dizendo “apascenta as MINHAS ovelhas” e não as TUAS não é muito lembrada ultimamente. As ovelhas pertencem a Jesus e não aos pastores. Mas isso é um assunto para outra meditação. Só para que você se enquadre neste texto, pegue agora papel e caneta e comece a escrever os nomes dos irmãos de outras denominações que tens amizade. A dica é que não penses muito, pois poderá demorar um pouco. Tudo bem, voltemos ao texto então.

Muito ouve-se sobre avivamento e unidade da igreja. Mas como essa unidade será efetiva se não sabemos nem onde ficam as outras igrejas de nossa cidade? Não estou pregando que devemos ir a uma igreja diferente a cada domingo. NÃO! O que digo é que nossa atual unidade virtual não nos levará a nada.


Continua no Blog do Amilton




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