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sexta-feira, fevereiro 20, 2015

Os negros não foram amaldiçoados na Bíblia


Branco e negro
REVISTA DESPERTAI/TORRE DE VIGIA
(Edição;  22 março 1978)

"MUITOS líderes religiosos responderam que “Sim”. Os clérigos Robert Jamieson, A. R. Fausset e David Brown, em seu comentário bíblico, asseveraram: “Maldito seja Canaã [Gênesis 9:25] — esta maldição se tem cumprido na . . . escravização dos africanos, os descendentes de Can.” — Comentary, Critical and Explanatory, on the Whole Bible (Comentário, Crítico e Explicativo, de Toda a Bíblia).

Afirma-se que não só a escravização dos negros cumpria tal maldição bíblica, mas que sua cor preta também. Assim, muitos brancos foram levados a presumir que os negros são inferiores, e que Deus propôs que fossem servos dos brancos. Muitos negros ficaram amargurados pelo tratamento recebido, em resultado desta interpretação religiosa. Uma delas observa:

[Testemunho de uma vítima do preconceito]:

“Era o verão de 1951 quando eu, menina curiosa de 7 anos, sentei nos degraus da Primeira Igreja Batista em Sheepshead Bay, Brooklyn, e chorei. Tentara diligentemente esfregar a negritude de minha pele até ela sair, porque minhas coleguinhas brancas tinham comentado que era repulsiva. Esfregá-la com detergente Ajax apenas deixou uma mancha vermelha e inchada. Aquilo doía, quase tanto quanto meu coração infantil, quando comecei a ponderar por que um Deus de amor me tinha feito negra, a menos que não me amasse.

“Tinha ouvido dizer que isso era devido a uma maldição imposta por Deus à nossa raça. Mas, não conseguia entender ou compreender o que havíamos feito a Deus para merecer tal castigo. E acho, refletindo, que no fundo do coração eu sempre nutri um ressentimento particular contra Deus por me fazer negra e me colocar num mundo branco.

“Nos distúrbios esmagadores das zombarias e epítetos raciais de minhas coleguinhas, tais como: ‘Se é branca, é uma linda criança; se é morena, só nos dá pena; se negra é aqui não ponha o pé’, surgiu uma condição marcada, em que comecei a ferver de raiva, especialmente diante de meninas brancas da minha idade.”

O que dizer dessa maldição bíblica? São negras as pessoas por causa duma maldição imposta por Deus a algum ancestral delas? E sofreram os negros séculos de escravidão em cumprimento desta maldição? Ensina realmente a Bíblia tais coisas? 

Vejamos. O relato bíblico que em pauta reza:

“E [Noé] bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos os seus irmãos fora. . . . E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.” — Gên. 9:21-27, Tradução Almeida.

Tem-se afirmado que esta maldição bíblica marca os negros para a servidão perpétua. Com efeito, em 1838, o realizador duma cruzada anti-escravista, Theodore Weld, escreveu num tratado popular: A “profecia de Noé [supracitada] é o vade-mécum [companheiro constante] dos senhores de escravos, e eles jamais se aventuram a sair sem ele”. — The Bible Against Slavery (A Bíblia Contra a Escravidão), página 66.

Mas, primeiro de tudo, queira notar que nada se diz neste relato bíblico sobre alguém ser amaldiçoado com a negritude de pele. E, observe, também, que foi Canaã, e não seu pai, Cã, que foi amaldiçoado. Canaã não tinha pele negra, nem seus descendentes, os quais se fixaram na terra que se tornou conhecida como Palestina. (Gn. 10:15-19) Os cananeus, com o tempo foram subjugados pelos israelitas, descendentes de Sem, e, mais tarde, pela Medo-Pérsia, Grécia e Roma, descendentes de Jafé. Tal subjugação dos cananeus cumpriu a maldição profética sobre seu ancestral, Canaã. A maldição, assim, nada teve que ver com a raça negra.

De onde, então, veio a raça negra? Dos outros filhos de Cã, Cus e, provavelmente, também de Pute, cujos descendentes se fixaram na África. Mas, como vimos, a Bíblia não diz absolutamente nada sobre os descendentes negros de tais homens serem amaldiçoados! Todavia, presumiu-se incorretamente que assim o foram. Quando é que os comentaristas eclesiásticos começaram a aplicar a maldição a Cã?

Um eclesiástico de uns 1.500 anos atrás, Ambrosiaster, aplicou-a assim, dizendo: “Devido à sua tolice, Cã, que tolamente zombou da nudez de seu pai, foi declarado escravo.” E John F. Maxwell observa em seu recente livro Slavery and the Catholic Church (A Escravidão e a Igreja Católica): “Este exemplo desastroso de exegese [explicação] fundamentalista continuou a ser usado por 1.400 anos e levou ao conceito amplamente expendido de que os negros africanos foram amaldiçoados por Deus.”

Até mesmo há uns cem anos, a Igreja Católica detinha o conceito de que os negros foram amaldiçoados por Deus. Maxwell explica que este conceito “aparentemente sobreviveu até 1873, quando o Papa Pio IX associou uma indulgência à oração em favor dos ‘desgraçados etíopes da África Central, para que o Deus Todo-poderoso remova inteiramente a maldição de Cã de seus corações’”.

Todavia, mesmo antes do começo da cristandade, mais de 1.500 anos atrás, sim, possivelmente mesmo antes de Jesus Cristo viver na terra, os rabinos judeus ensinavam uma estória sobre a origem da pele negra. Afirma a Encyclopœdia Judaica: “O descendente de Cã (Cus) tem pele negra como castigo por Cã ter tido relações sexuais na arca.”

“Estórias” similares foram inventadas nos tempos modernos. Os defensores da escravidão, tais como John Fletcher, de Louisiana, EUA, por exemplo, ensinavam que o pecado que motivou a maldição de Noé fora um casamento inter-racial. Afirmavam que Caim fora assolado com a pele negra por matar seu irmão, Abel, e que Cã pecara por se casar com alguém da raça de Caim. É digno de nota, também, que Nathan Lord, presidente da Faculdade Dartmouth, no último século, atribuiu também a maldição de Noé sobre Canaã, parcialmente, ao “casamento misto proibido [de Cã] com a raça previamente iníqua e amaldiçoada de Caim”.

Mas, tais ensinos não têm nenhuma base na Bíblia. E houve gente, nos séculos passados, que mostravam que a maldição proferida por Noé estava sendo aplicada erroneamente aos negros. À guisa de exemplo, em junho de 1700, o Juiz Samuel Sewall, de Boston, EUA, explicou: “Pois Canaã é a pessoa amaldiçoada três vezes, sem se mencionar Cã. . . . Ao passo que os da raça negra [em inglês, Blackmores] não descendem de Canaã, mas de Cus.”

Também, em 1762, certo John Woolman publicou um tratado em que argumentava que a aplicação desta maldição bíblica, de forma a justificar a escravização de pessoas e privá-las de seus direitos naturais, “é uma suposição embrutecida demais para ser admitida pela mente de qualquer pessoa que sinceramente deseje ser governada por sólidos princípios”.

Imensos danos resultaram da aplicação errônea, por parte de eclesiásticos, desta maldição bíblica! A escravização dos negros africanos, e os maus tratos que lhes impuseram, desde os dias da escravidão, não podem de forma alguma ser justificados pela Bíblia. A verdade é: Os negros não são, e jamais foram, amaldiçoados por Deus!"

---Fim---

Opinião do Blogueiro sobre a origem da raça negra:

Na minha vida de cristão  ouvi muitas vezes, sempre de pessoas iletradas que nem pensavam direito no que repercutiam, que a cor negra da pele era a maldição de Caim. Sem ficar repetindo esse assunto, e indo direto ao ponto, a pessoa que ressuscita este tipo de  texto em pleno século XXI está procurando encrenca. 

A Genética, um ramo da verdadeira Ciência que trata, entre outras coisas, do estudo do DNA, genes, cromossomos, bases de ligação, já jogou luz suficiente neste assunto, para dar a entender a quem investiga a beleza da criação de Deus que este tipo de comentário não resiste à mais simples lógica científica. Se Caim ou Canaã foi amaldiçoado com a pele negra, como se explica a cor negra das aves, dos peixes, dos  animais e até das frutas e legumes? Será que somente o homem possui a cor da pele negra?

Se nós cristãos cremos pela fé que Deus criou o corpo do homem e da mulher, também devemos crer que Ele potencializou sua genética (DNA) para produzir filhos e filhas com diferentes cores de: pele, olhos e cabelos. A esta opinião devo acrescentar as Leis de Mendel, que tratam do estudo das características recessivas e dominantes transmitidas pela união de indivíduos diferentes da mesma espécie.

A pele negra, os olhos e  cabelos negros tem tudo a ver com  melanina e nunca foi uma maldição divina. Sua origem é genética e tem perfeita explicação na Biologia. 

Pesquisando a Bíblia, é muito provável que a sedição de Miriã e Arão em Números 12:1 tenha tido origem na cor da pele da mulher  de Moisés que era cuxita (etíope). Se assim foi, Deus não deixou isso barato. A lepra de Miriã  a deixou branca como a neve. Teria este castigo alguma repreensão direta contra racismo?  Por que uma doença que mudasse a cor da pele para um branco extremo? 

Bem, se em nossos dias, alguém ainda fica falando ou citando abobrinhas racistas nos púlpitos de Igrejas, talvez esteja mesmo procurando sarna ou processo para se coçar. Depois não me venha com conversa de perseguição injusta por causa da fé... Pois  em Provérbios 26:3 está escrito: "O açoite é para o cavalo, o freio é para o jumento, e a vara é para as costas dos tolos." 






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domingo, janeiro 31, 2010

A difícil arte de ser desagradável


João Cruzué

Existem pessoas que deixam uma sensação de bem estar quando se despendem de você. Elas têm um "não-sei-o-quê" de bom que alegra o seu dia. Isso me lembra o irmão Raimundo um moço alegre, que conheci nos tempos da minha juventude. "Irmão João, que gravata bonita!". Ele sempre procurava algo nos amigos para destacar e elogiar.

Também conheci o outro lado da moeda. Congreguei em certa Igreja onde existia um cooperador mal-humorado. A primeira vez que algum crente novo chegava àquela Igreja, passava pela lupa daquele irmão. Se não tivesse um defeito à vista, ele tratava de puxar conversar para descobrir algum. Quando ele saía de perto da gente, ficava aquela queimação no estômago.

Eu passei pelo crivo de um desses irmãos outro dia. Assim que me encontrou no supermercado, a primeira frase que ouvi foi: "João, você está mais gordinho..." Olha, você precisa fazer umas caminhadas, etc. Não sabia ele que estou 10kg mais magro e que passei o fim de ano caminhando o bastante para perder dois quilos, em vez de engordar. Fui contar a bênção que o Senhor deu-me no final do ano, e ouvi: "Sabe, eu nunca precisei de 'bater' cartão". Não entrei em detalhes nem respondi que não existe relógio de ponto onde trabalho. Mais eu fiquei chateado.

Não escrevi esta crônica para choramingar, mas para contar uma coisa: como é tão fácil você ser agradável com alguém. Imagino Jesus olhando para Zaqueu. O Senhor poderia dizer muitas coisas ruins sobre aquele baixinho, corrupto e prevaricador. Acho que Zaqueu levou um susto quando ouviu: "Zaqueu, desce depressa, porque me convém pousar hoje em tua casa" Imagino que boa impressão aquele chefe dos publicanos de Jericó teve de Jesus.

Você sabia que existem muitas mulheres cristãs que já não vão mais à Igreja porque têm problemas de obesidade ou nem tanto? Elas preferem ficar em casa deprimidas, pelo pavor de ir ao culto e ouvir: "Irmã, você engordou!" Hoje o maior preconceito da sociedade e até dentro das Igrejas não é mais quanto à raça, sexo ou religião. É contra as pessoas que tem alguns quilos a mais.

O conceito mundano de estética estabelecido por nem sei quem, criou a ditadura da anorexia. Coitado de quem tem uns quilinhos a mais. Se for mulher, a cruz então fica muito mais pesada.

Quem é que aguentaria meia dúzia de comentários inconvenientes e recorrentes sobre o excesso de peso, em um culto de domingo? Entristecedor.É possível ser cristão e desagradável ao mesmo tempo?


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segunda-feira, junho 30, 2008

Significados de preconceito racismo e discriminacao social

Série de textos sobre o discriminação - 1/3

Cartilha Cidadania para Todos


Fonte: Conselho Estadual dos Direitos do Homem de do Cidadão da Paraíba

"PRECONCEITO, RACISMO E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL"

"O Estado brasileiro foi constituído a partir de diferentes matrizes étnicas e culturais, formando, assim, uma sociedade multicultural. As desigualdades sociais, construídas historicamente com base na exploração econômica, violência e escravidão gerou um modo de pensar e agir desiguais.

Várias são as incompreensões existentes entre os termos Preconceito, Racismo e Discriminação.

O documento Brasil, Gênero e Raça, lançado pelo Ministério do Trabalho, define:

Racismo – "a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos humanos";

Preconceito - "uma indisposição, um julgamento prévio negativo que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos";

Estereótipo - "atributos dirigidos a pessoas e grupos, formando um julgamento a priori, um carimbo. Uma vez ‘carimbados’ os membros de determinado grupo como possuidores deste ou daquele ‘atributo’, as pessoas deixaram de avaliar os membros desses grupos pelas suas reais qualidades e passam a julgá-las pelo carimbo";

Discriminação – "é o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros".

Racismo é crime inafiançável e imprescritível.(Art. 5.º, XLII, CF).

Segundo a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. A Carta diz, também, que constituem princípios fundamentais da Republica Federativa do Brasil o de promover o bem comum, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação.

Dentre os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor, punidos pela lei (Leis N.º 7.716/89 e 9.459/97), estão os seguintes:

1 – Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Pública, bem como negar ou impedir emprego em empresa privada.

2 – Recusar, negar ou impedir a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino público de qualquer grau;

3 – Impedir o acesso ou recusar o atendimento nos seguintes locais: a) restaurantes, bares e confeitarias; b) estabelecimentos esportivos, casas de diversões e clubes sociais abertos ao público; c) hotéis, pensões e estalagens;

4 – Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e respectivos elevadores ou escadas de acesso."

Fonte: C. E. D. D. H. C.


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terça-feira, abril 08, 2008

Lição de Cidadania

08.04.2008

Photobucket
Não compre produtos que patrocinam o preconceito
contra a comunidade evangélica

BOICOTE
CAMPANHA DE ESCLARECIMENTOS
João Cruzué

Muitos leitores ainda não entenderam o espírito do boicote aos produtos que patrocimam o preconceito e a difamação do povo evangélico, por isso estamos aqui de, de forma didática, para tirarmos dúvidas através de perguntas e respostas.

1 - O que é um boicote? - é uma decisão pessoal, consciente de deixar de comprar um produto ( shampu, sabonete, carro, medicamentos, biscoitos, pasta de dentes, etc) ou deixar de usar um serviço ( bancário, telefonia, seguradora) com um propósito didático.

2 - Qual é o objetivo de um boicote? - protestar pacificamente, sem violência, com o propósito de dar uma lição (econômica) em pessoas ou empresas que estejam ferindo os direitos civis de consumidores, geralmente por estimular estereótipos negativos e imagens preconceituosas.

3 - O boicote é legal? - considerando que a pessoa que tem seus direitos feridos (por preconceito) é um consumidor em potencial, nada melhor que exercer seu direito de defesa, deixando de adquirir marcas de produtos e serviços. Esta recusa em comprar vai causar um prejuízo ou uma redução de lucros. É perfeitamente pacífico, ordeiro e legal.

4 - Por que o Blog Olhar Cristão defende esta causa: a comunidade evangélica sofre com preconceitos religioso e cultural. Essencialmente somos diferentes nas formas: de cultuar, vestir, falar, arrecadar dízimos e ofertas e evangelizar, e somos criticados acidamente por isso. Se antes éramos minoria, estatisticamente, hoje devemos ser 25% da população brasileira. Alguns evangélicos têm fixação negativa pela TV Globo, considerando que dali partem, conscientemente, a maior difamação e preconceito contra a comunidade evangélico. Cremos que não é democrático desejar que esta rede transmissora de TV se acabe, por desejos de vingança. O caminho não é por aí, pois usar a lei de talião - "olho por olho, e dente por dente" qualquer um poderia fazer. Temos que agir de forma pacífica, consciente, mas com uma força suficiente para que esta TV, que prima pela qualidade, também prime-se pelo respeito à cultura e expressão religiosa evangélicas. Foi uma atitude super-desrespeitosa e muito ofensiva associar a prática de atos radicais e violentos ao povo evangélico.

Mas, além de crentes somos consumidores, detentores de no mínimo 20% da renda nacional. E no papel de consumidores podemos dar nossa resposta (um boicote) recusando adquirir marcas de produtos em supermercados ou em outros estabelecimentos - que estejam patrocinando qualquer tipo de programa em TV ou Rádio que seja ofensivo à cidadanias dos crentes brasileiros. Resumindo uma lição ou um boicote com efeito didático.

5 - O efeito didático de um boicote - a cada recusa consciente em adquirir um produto no supermercado, é um prejuízo a mais na rentabilidade de uma empresa. Por exemplo: ontem fui ao supermercado para comprar sabonetes. Como eu vi pessoalmente a marca "Albany" patrocinando uma certa novela que vem difamando principalmente à mulher evangélica ao estereotipar seu cabelo (cabelão) e saias (saião), associando evangélicos a cenas de violência e linchamento. Quando passei pela gôndola, dei um sorriso e uma bela "banana" para eles, e comprei sabonetes de outra marca, naturalmente melhores. A marca Albany de produtos de toucador ( sabonetes, shampus, sondicionadores, e o resto), conscientemente, não mais entrará em nossa lista de compras no supermercado.

O dia em que, da mesma forma, as famílias evangélicas conhecerem de fato seu poder econômico como consumidores, e derem uma grande lição (boicote) bem sucedida em uma empresa que patrocine programas difamatórios contra os crentes, será o bastante para que todas as outras pensem duas vezes antes de assumir o risco patrocinar programas difamatórios. Elas podem detestar nossa religião, mas garanto que adoram nosso dinheiro. O efeito indireto do boicote é: sem patrocínio, qualquer programa de TV (novela) acaba mais cedo. Ou melhor: nem começa. Exerça, pois, seus direitos de consumidor, mostrando seu descontentamento de forma inteligente: concentre seu ataque na origem do financiamento, isto é, contra os patrocinadores.

6 - Quais produtos ultimamente vêm financiando programas que difamam a comunidade evangélica: No mês de março eram: Albany- sabonetes, aspirina da bayer; biscoito traquinas; operadoras de celulares vivo e claro;. l'oreal - tinturas e shampus. Tudo com letra minúscula mesmo...Mas a melhor forma de saber é anotando - hoje - as marcas de produtos que aparecerem nos intervalos comerciais da novela duas caras.

7 - Livre arbítrio: se você crê que já está na hora de protestarmos contra a forma preconceituosa e difamatória com que certas empresas ofendem a comunidade evangélica mostre seu descontentamento deixando de comprar seus produtos. Uma decisão consciente, pessoal e pacífica. Explique para sua família porquê vai tomar ou não esta atitude.

8 - Conclusão: quando uma empresa sofrer no bolso uma boa lição de economia (boicote) dada pelos crentes, como forma de descontentamento contra essas atitudes de preconceito e difamação, a comunidade evangélica vai começar a ser respeitada. E não me admiraria de no futuro lermos nos rótulos coisas assim: "Este produto é amigo dos evangélicos". Mas para conquistar o respeito nosso de cada dia, vamos à luta.


João Cruzué
cruzue@gmail.com

VEJA AQUI
UMA DAS MAIORES OFENSAS PÚBLICAS QUE
OS EVANGÉLICOS JÁ SOFRERAM

Jornal O Dia

"Na quarta-feira Duas Caras rendeu 42 pontos na prévia da audiência com uma cena que deixou os telespectadores parados diante da TV. Liderados por uma possuída ["evangélica"] Edivânia (Susana Ribeiro), uma multidão ameaça linchar o triângulo amoroso formado por Dália (Leona Cavalli), Heraldo (Alexandre Slaviero) e Bernardinho (Thiago Mendonça). Inclusive Lucimar (Cristina Galvão), que dizia aceitar o trio, estava no grupo. "A cena foi muito forte, mostrou a outra cara do preconceito e da hipocrisia de determinadas pessoas, que pareciam que os estavam aceitando, mas não estavam", analisa a atriz Leona Cavalli. "Era uma cena bem intensa e de emoção bem complicada", completa Thiago.

Susana conta que foi sua cena mais forte em televisão. "Fiquei mexida, é um assunto superdelicado, isso de ficar entre a loucura e o fervor, mexer com uma menina grávida, usar palavras da Bíblia, é estranho. Você toca em coisas relevantes para muita gente", analisa.

Muito impactante, a cena durou longos (para TV) seis minutos. "Achei muito exagerada, muito forte para o horário", opina a dona-de-casa Helena Fonseca, 50 anos.

O pastor Marcos Pereira da Silva, da Assembléia de Deus dos Últimos Dias, não gostou de saber que a novela mostrou evangélicos agindo de forma tão violenta. "Nós não atacamos ninguém, atacamos o demônio, que é quem faz as pessoas praticarem o mal", argumenta ele, que frisa que novela é ficção. "O que se passa ali é algo que vem da cabeça do autor, não é verdade. Nós não vemos TV e esse é um dos motivos: ela mostra coisas que não condizem com a realidade."

A contadora Glauce Teles, 28 anos, também acredita que a imagem passada não foi favorável aos religiosos. "Não sei como é um culto evangélico. Mas, se fosse evangélica, ia ficar ofendida. Foi tão grande a agressão ao trio quanto à religião", defende ela, que é espírita.

A aposentada Cenir Bianco, 78, católica, também viu insulto aos evangélicos e desrespeitou a religião: "Acho que transmitiu que eles são agressivos. Foi violento, eles quase mataram os dois", diz.

Os atores tentam abrandar a questão religiosa. "Espero que os evangélicos não tenham se ofendido. Antes de ser evangélica, Edivânia é uma pessoa como todos nós, que tem defeitos. Existem outros evangélicos na novela que pregam justamente o contrário dela", diz Susana".

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PROVA DO PATROCÍNIO

"Renove seu dia com Albany" campanha criada pela LewLara/TBWA, os filmes mostram o vasto portfolio de sabonetes do grupo, reforçam o posicionamento da marca e o seu rejuvenescimento. Com um investimento de R$ 20 milhões, os três filmes, com duração de cinco segundos cada, ficarão no ar por três meses e patrocinam a novela Duas Caras, da Rede Globo.