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segunda-feira, janeiro 27, 2014

A Cracolândia paulista e o CRATOD do Parque da Luz


Prédio do CRATOD
Avenida Prates, 165 - Parque da Luz
João Cruzué

Eu conheço a Cracolândia Paulista há mais tempo que o CRATOD - Centro de Referência do Álcool, Tabaco e Outras Drogas. A primeira  é a terra dos noias. Sempre na mídia. Tomei conhecimento da sua existência numa tarde de domingo, quando saí da prova de um concurso, há uns seis anos, numa escola técnica da região. Foi quando, na ocasião, passei pelas Ruas Mauá, Santa Ifigênia, Timbiras, São João. Naquele horário, umas 18:00h, estava cheio de grupinhos de pessoas acendendo as luzinhas de seus isqueiros e fumando  em seus cachimbos as pedras da morte - o crack.

Já o CRATOD, fiquei conhecendo no começo de 2012, quando estive pessoalmente lá,  a trabalho. Funcionava durante 12 horas; lá pelo meio do ano, o Governador Alckmin anunciou o funcionamento integral - 24 horas por dia. 

Os profissionais do local são competentes. A alimentação é servida para quem está se tratando em algum programa. Tem café da manhã, almoço, e não tenho certeza, mas deve ter jantar também. O CRATOD tem cozinha industrial, aulas de instrumentos musicais, bateria e muitas outras atividades. Tem tratamento dentário com próteses e tudo. Farmácia, medicamentos e atendimento médico.


Governador Alckmin no CRATOD

O CRATOD fica bem em frente do Parque da Luz. Região do Bom Retiro. É vizinho da Cracolândia; fica perto da Estação da Luz do Metrô.

De repente, esta Casa transformou-se em assunto de primeira páginas de jornais e revistas. Famílias e dependentes químicos começaram a bater na porta da Instituição, buscando ajuda e internação.

E a resposta tem sido, não, talvez, não é bem assim, quem sabe...

Quanto ao CRATOD, sem problemas. O problema está mais em cima. O governador Alckmin errou. Subestimou o desespero dos dependentes e das famílias que lutam com parentes viciados em crack. Quando escrevi este texto, há um ano, era esta situação. Agora em 2014, o novo Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad tem trabalhado em conjunto com o Governador Alckmin. Os jornais divulgaram um projeto de oferta de trabalho para quem quiser, enquanto a polícia tenta desmontar uma favela do crack que se instalou na região. O mais estarrecedor veio através de uma recente notícia (jan.2014) que o tráfico de crack no local está sendo suprido por dois polícias, que ganham salário do povo, justamente para combater o tráfico. Isto é o fim da picada.

O que está acontecendo: Mexeram em uma legislação, para copiar o que está sendo feito no Rio de Janeiro. Foi dada muita publicidade para o assunto, na base  daquele formato populista de "amostra". Explico. Você faz um estardalhaço manipulando a imprensa, tira a foto de um sujeito sendo internado, e depois sai dizendo nando para todos os desesperados em busca de tratamento e socorro.

O que está errado nisso?

Deveria ter pelo menos uns 40 CRATODs só na Capital de São Paulo. Cada cidade com pelo menos 50 mil habitantes deveria ter no minimo um. Digo mais, a praga do consumo do crack está só aumentando.


Noias na Cracolândia

O CRATOD  é bom e funciona. Mas de que vale apenas uma unidade em uma Metrópole com 10 milhões de habitantes, e um Estado com outros 32 milhões de almas em mais 644 municípios?

Se não era para valer, por que fizeram tanto barulho por nada? Se o que planejaram atender foi só uma gota. Senhor Governador, o que o senhor deu foi só uma amostra. Um projeto piloto para tirar fotos e colocar na mídia. Quando é que teremos o implementação de um programa de CRATODs de verdade?










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domingo, janeiro 27, 2013

A cracolândia e o CRATOD


Prédio o CRATOD
Avenida Prates, 165 - Parque da Luz
João Cruzué

Eu conheço a Cracolândia há mais tempo que o CRATOD - Centro de Referência do Álcool, Tabaco e Outras Drogas. A primeira  é a terra dos noias. Tomei conhecimento da sua existência numa tarde de domingo quando saí de uma prova de concurso, há uns seis anos, numa escola técnica da região. Foi quando passei pelas Ruas Mauá, Santa Ifigênia, Timbiras, São João. Naquele horário, umas 18:00h estava cheio de grupinhos de pessoas acendendo as luzinhas de seus isqueiros e fumando  em seus cachimbos as pedras da morte: o crack.

Já o CRATOD, fiquei conhecendo no começo de 2012. Estive pessoalmente lá a trabalho. Funcionava durante 12 horas; lá pelo meio do ano, o Governador Alckmin anunciou o funcionamento integral - 24 horas por dia. Os profissionais do local são competentes. A alimentação para quem está se tratando em algum programa, é café da manhã, almoço e não tenho certeza, mas deve ter janta também. O CRATOD tem cozinha industrial. Além disso,  tem aulas de instrumentos musicais, bateria e muitas outras atividades. Tem tratamento dentário com próteses e tudo. Farmácia, medicamentos e atendimento médico.


Governador Alckmin no CRATOD

O CRATOD fica bem em frente do Parque da Luz. Região do Bom Retiro. É vizinho da Cracolândia; fica perto da Estação da Luz do Metrô.

De repente, esta Casa se transformou em assunto de primeira páginas de jornais e revistas. Famílias e dependentes químicos começaram a bater na porta da Instituição, buscando internação.

E a resposta tem sido, não, talvez, não é bem assim, quem sabe...

Quanto ao CRATOD, sem problemas. O problema está mais em cima. O governador Alckmin errou. Subestimou o desespero dos dependentes e das famílias que lutam com parentes viciados em crack.

O que está acontecendo: Mexeram em uma legislação, para copiar o que está sendo feito no Rio de Janeiro. Foi dada muita publicidade para o assunto, na base  daquele formato populista de "amostra". Explico. Você faz um estardalhaço manipulando a imprensa, tira a foto de um sujeito sendo internado, e depois sai dizendo nando para todos os desesperados em busca de tratamento e socorro.

O que está errado nisso?

Deveria ter pelo menos uns 40 CRATODs só na Capital de São Paulo. Cada cidade com pelo menos 50 mil habitantes deveria ter no minimo um. Digo mais, a praga do consumo do crack está só aumentando.


Noias na Cracolândia

O CRATOD  é bom e funciona. Mas de que vale apenas uma unidade em uma Metrópole com 10 milhões de habitantes, e um Estado com outros 32 milhões de almas em 644 municípios?

Se não era para valer, por que fizeram tanto barulho por nada? Se o que planejaram atender foi só uma gota. Senhor Governador, quando é que vamos ter um rio?










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