Mostrando postagens com marcador Batismo no Espírito Santo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Batismo no Espírito Santo. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Falando em línguas estranhas

.

Dove

Por João Cruzué

O título desta postagem, na verdade, é uma provocação. Até hoje, depois de muito procurar, não encontrei um versículo na Bíblia que contenha esta expressão: línguas estranhas. Então, se você quiser vir comigo,  vamos analisar, juntos, este assunto com mais profundidade.

Estatisticamente falando, a palavra "línguas" aparece 42 vezes, em 40 versículos da Bíblia. Usei como referência de contagem, a Bíblia América versão 12.2 pró, editada gratuitamente pelo irmão Eliseu Ferreira Araujo Junior

Em Marcos 16:17, a expressão "novas línguas" aparece pela primeira vez no Novo Testamento.

Em Atos dos apóstolos 2:4, está escrito que todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em OUTRAS línguas, conforme o Espírito Santo concedia que falassem, às nove horas da manhã .

Naquele dia, havia uma grande peregrinação em Jerusalém. Judeus, que viviam espalhados pelo mundo, vieram até a Cidade Santa para adorar o Deus Eterno no Templo.  A maioria poderia ser comerciantes que por lá se estabeleceram havia muito tempo. Em Atos 2: vv. 8 ao 11 está registrado de onde tais peregrinos vieram:


8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos

9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia, 

10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, 

11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. 

12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? 


Eles estavam presenciando um ajuntamento de galileus,  fazendo o maior barulho, falando em línguas diferentes parecendo bêbados. Essa gente era desprezada e considerada inculta, habitantes da região norte de Israel.

E que línguas eles estavam falando? 

Estranhas?  Não! 

Eles falavam das grandezas de Deus nas línguas dos povos das terras onde aqueles peregrinos vieram: Partia, Média, Pérsia, Mesopotâmia, Capadócia (Turquia), Líbia, etc. (Geografia Bíblica).  Os peregrinos ouviam galileus sem instrução dando glória a Deus em NOVAS línguas. Novas porque não eram as línguas faladas em Israel. Ali, as línguas conhecidas eram o aramaico, o grego, o latim e talvez a língua falada no Egito. As velhas línguas. As novas línguas eram as dos países distantes. 

Os discípulos cheios do Espírito Santo falavam em línguas "estranhas" à população local mais CONHECIDAS pelos peregrinos, porque eram os mesmos sons  dos povos das terras onde estavam morando. Estas línguas eram um sinal para pessoas que não pertenciam ao grupo dos discípulos. Eram algo que maravilhou os visitantes.

Um conhecido irmão nosso foi missionário na Albânia logo após a queda do comunismo. Jesus batizou com o Espírito Santo, na igreja "dele", uma senhora albanesa. 

Sabe em que língua ela falou? 

Falou das grandezas de Deus no mais claro e erudito PORTUGUÊS sem nunca ter frequentado uma escola. Este foi um sinal de Deus para o missionário brasileiro. Ela falou uma nova língua, desconhecida pelo povo da Albânia, mas para os ouvidos do missionário, era a língua da sua terra natal, o Brasil.

É com muito respeito e temor que vou dizer isto: Nos dias de hoje, grande parte, senão a maioria das línguas que ouvimos nos púlpitos de nossas Igrejas Pentecostais, não são línguas concedidas pelo Espírito Santo, mas uma repetição de sons copiados de outros crentes.  Quer um exemplo: O que me diz dos "charabacandas" que um "monte" de pregadores repetem  nos púlpitos, no meio das suas mensagens? Se isto fosse mesmo resultado de que estariam CHEIOS do Espírito, já imaginou a quantidade de curas, renovações e batismos? Isso tem acontecido? Não!

Certa vez, uma senhora bêbada parou na frente da casa de um membro da Igreja e disse assim: Eu já fui crente, mas continuo a falar em línguas estranhas. Aí, sapecou uma dúzia de palavras, um repertório de sons muito  ouvidos dentro de nossas Igrejas. Minha esposa e eu, de vez em quando nos lembramos de um moço que possuía um bar e se convertera da para Cristo. Durante um bom tempo ele ainda continuou com o estabelecimento Era tão focado  com o falar em línguas que compôs um "hino" cujo coro era cantado em "línguas estranhas"

..."Ele foi maltratado, humilhado, crucificado... Oriandei, oriandei ondestás."

Ao meu sentir, para que serve o dom de línguas? Vejo dois propósitos. 

O primeiro está evidente em Atos 2. Um sinal da presença de Deus para pessoas não crentes (I Cor. 14:22). Eu posso dar um exemplo: Um casal de tios evangelizaram-me. Minha tia disse-me que na sua Igreja os crentes falavam em línguas (variedade de línguas), por curiosidade eu fui lá conferir. Saí maravilhado. 

O segundo propósito é para a prática da oração. O dom de  línguas tem como propósito edificar a vida do próprio crente. A presença de Deus quando é sobre ele, a sua boca glorifica a Deus com palavras que ele não entende, mas que Deus conhece o significado. Então, não são línguas estranhas.

Em minha interpretação particular, línguas estranhas, são palavras desconhecidas faladas sob a inspiração de um espírito estranho, que não o Espírito Santo. Daí, penso que a maioria tem origem na própria carne.

Em I Cor. 14: 14, está escrito: Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Uma língua desconhecida para a própria pessoa que ora. Os discípulos, quando ficaram cheios do Espírito Santo, falaram em outras línguas. Estas línguas eram desconhecidas para eles, mas muito familiares aos ouvidos dos peregrinos que estavam em Jerusalém.

Por ainda existe crente sai por aí repetindo que o pentecostal fala em línguas estranhas? Desconfio que seja porque não haja um exame sincero da palavra de Deus com profundidade  e o amor necessários. No salmo 119:11 está escrito: Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti.

E quanto às pessoas que saem por aí  generalizando que as línguas que o povo pentecostal fala  têm origem maligna? 

Se os críticos forem pessoas que têm profundo conhecimento bíblico (evangélicos tradicionais), na verdade, podem cair na armadilha da sua própria soberba e pecar  contra o Espírito Santo. Da mesma forma, alguns judeus tentaram explicar o barulho dos discípulos, zombando deles e dizendo que estavam cheios de "mé". Eram da mesma escola que ofendiam Jesus dizendo que ele expulsava os demônios por Belzebu (Lc. 11).

Este assunto não se esgota com esta reflexão. Há muito mais para meditar. Paulo aconselhou aos pastores da Igreja que não proibissem o falar em línguas. Mas o pastor que perceber que um membro da sua Igreja está fazendo muito barulho e produzindo pouco na obra de Deus, alguma coisa pode estar errada. Se a língua é concedida pelo Espírito Santo, um crente cheio deste Espírito, com certeza, deve ir muito além das palavras.


Glória a Jesus!





sábado, junho 06, 2015

O Batismo no Espírito Santo para novos convertidos


Batismo no Espírito Santo e com fogo
AUTOR: JOÃO CRUZUÉ
.
Conheci o Evangelho em 1974. Em janeiro de 1975 fiz minha decisão pessoal, aceitando Jesus como meu Senhor e Salvador pessoal na congregação da Rua Oito, Jardim São Luís, da Igreja Pentecostal Deus é Amor, na Cidade de São Paulo. Em maio de 1975, batizei-me na Represa do Guarapiranga, no Bairro de Veleiros, Zona Sul de São Paulo. Em julho do mesmo ano, em uma vigília em um salão onde fora o antigo Cine Coliseu, Bairro  Tucuruvi, recebi o Batismo no Espírito Santo. Portanto, vai fazer 40 anos no mês que vem. Isto não aconteceu somente comigo, mas com toda mocidade da congregação.

A obra do Espírito Santo começa quando ele enche o crente de poder para testemunhar do amor de Deus e pregar o Evangelho com ousadia. Foi isto que aconteceu com meus Tios Paulo e Glória. Todo fim de semana eles visitavam a casa onde eu morava junto com outros parentes. Tia Glória me convidou para ir na Igreja, e disse que lá os crentes falavam em outras línguas. A curiosidade me levou até lá. Um ano depois eu já estava batizado.

Meus pais eram muito católicos. Sabendo que eu me tornara um crente em Jesus, minha mãe viajou para a Capital de São Paulo com o único propósito de me demover da ideia de ser um crente. Na ocasião, mandou-me jogar a Bíblia fora, mas eu já recebera o batismo no Espírito Santo e, mais apegado eu fiquei á minha fé. Convidei-a para o culto de onde ela saiu escandalizada com o barulho.

Ela e meu pai muito lutaram para que eu não prosseguisse na fé pentecostal. Tio Joaquim, irmão de meu pai, era crente da Igreja Assembleia de Deus. Quando eu ainda era pequeno, de tempos em tempos ele visitava nossa casa na roça e sempre falava de Jesus, para desagrado de meu pai e minha mãe. Por isso, quando aceitei a fé, pai e mãe achavam que isto era "praga" de língua, pois eles falavam muito mal do meu tio.

O tempo da contrariedade passou. E como meus pais eram pessoas muito honradas, trabalhadoras e de bom testemunho, a graça de Deus também os alcançou.  Mãe, aceitou Jesus primeiro e foi congregar na Igreja Presbiteriana. Como ela tinha gosto pelo batismo nas águas, tive o privilégio de batizá-la no sítio onde ela morava. Meu pai, dois anos depois de minha mãe, também aceitou Jesus. Ele, foi morar com o Senhor em 1998 e minha mãe, em 2011. Posso dizer que produzi frutos de salvação dentro da casa de meus pais.

A resistência contra a guerra que se estabeleceu dentro da minha família quando me tornei um crente foi a graça do Senhor Jesus. E a ousadia com a qual eu pregava dentro da casa de minha avó, na presença de meus tios vinha do Espírito Santo. Um dos meus tios planejou me dar uma surra por que eu sempre falava contra as imagens e esculturas de "santos" que havia na casa da minha vó. Muitos anos depois, ele me dizia como desabafo que ele estava errado.

Tendo dito estas coisas, que acontecerem no tempo de minha adolescência e juventude, passo a mostrar na Bíblia a diferença entre TER o Espírito Santo e SER cheio dele.

Ninguém se converte ao Cristo sem a ação do Espírito Santo. Por trás da pregação do Evangelho, do testemunho de conversão de um cristão, está o mover do Espírito Santo que usa as palavras da boca de um crente quando ele fala com ousadia da escravidão do pecado e do grande amor de Deus. O próprio Jesus, que era cheio do Espírito Santo, realizava milagres, curava enfermos e expulsava demônios com o poder do Espírito Santo. Assim registrou o Profeta Isaías:

"O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos." (Isaías 61.1)

Lucas confirmou esta profecia no Evangelho: 

"O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração" (Lucas 4.18) .

Assim, também, em Atos dos Apóstolos 10.38 Lucas registrou a pregação de Pedro: 

"Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele" (Atos 10.38).

Este enchimento de poder de Deus (Batismo no Espírito Santo) é uma obra que o Espírito Santo realiza na vida de um novo convertido para que ele pregue sem timidez o Evangelho da Salvação. É uma capacitação para o trabalho.

Ao testemunhar do que Jesus fez em sua vida, o novo convertido transmite a voz do Espírito Santo nas palavras do seu testemunho. Estas palavras penetram nos ouvidos das pessoas e podem produzir o novo nascimento. Sobre este assunto, Jesus deu um verdadeira aula da Palavra de Deus a um mestre religioso do seu tempo que foi procurá-lo de noite: Nicodemos.

E HAVIA entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.  Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. 

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 

Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.  Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.  (João 3. 1-7)

O novo nascimento, de que Jesus fala neste texto, é a obra da regeneração que é realizada pelo Espírito Santo na vida daquele que aceita com boa vontade a Palavra de Deus.

Quando estive à frente, por seis anos, de uma congregação da Assembleia de Deus, orei para Jesus batizar com o Espírito Santo por várias vezes, sem resultado. Era uma vergonha atrás da outra.  Por isso, orei ao Senhor: Senhor vou tentar mais uma vez, se nada acontecer, não vou orar mais não. Foi aí que aprendi que era preciso oferecer sacrifício de jejum a Deus. Por três vezes  (cultos de Santa Ceia) eu jejuara antes , durante a semana, (três dias seguidos sem comer) e quando chegava o sábado da Ceia, o Senhor Jesus batizava. Não precisava vir pregador de fora para Jesus abençoar os crentes com o batismo. Lembro-me, que na primeira vez, Jesus batizou uma senhora que tinha muito medo de ir ao púlpito para dar um testemunho de Jesus. A partir do dia que foi batizada, ela nunca mais teve medo de falar de Jesus quando lhe era dado a oportunidade.

O sinal da experiência do batismo no Espírito Santo registrado por Lucas no capítulo 2 de Atos dos Apóstolos foi o falar em outras línguas. Estas outras línguas foram faladas pelos discípulos sem que as tivessem aprendido em escolas. Elas foram um sinal de Deus para os peregrinos judeus que vieram de terras distantes para adorar no Templo de Jerusalém. Veja isto em Atos 2.4-21:

4. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 

5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. 

6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. 

7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? 

8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? 

9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia, 

10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, 

11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. 

12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? 

13 E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto. 

14 Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 

15 Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. 
16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 

17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; 

18 E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; 

19 E farei aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e vapor de fumo. 

20 O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor; 

21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 


Assim, quando alguém houve de boa vontade a palavra da pregação de alguém cheio do Espírito Santo, este mesmo Espírito Santo vai e faz morada no coração do ouvinte. E este ouvinte, depois de ter nascido de novo (pelo Espírito Santo), vai e começa a viver uma vida de oração, santificação e de de abandono do pecado. Convertido, ele busca com persistência e zelo e recebe o batismo no Espírito Santo. Ao receber este batismo ele sai e começa a testemunhar do que Jesus fez em sua vida. Outras pessoas vão ouvir e aceitar o Evangelho, formando-se um círculo virtuoso: Regeneração, busca e batismo. Batismo, testemunho e regeneração.

E como é que se faz para receber o batismo no Espírito Santo? A receita foi Jesus quem deu: "Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á" (Lucas 11.1).

Oooô glória!