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terça-feira, abril 01, 2014

Biografia de Madre Teresa de Calcuta


Prêmio Nobel da Paz de 1979

Mother Teresa
Madre Teresa e as crianças
. Nobel Foundation Site


. Tradução: João Cruzué

Madre Teresa nasceu Agnes Gonxha Bojaxhiu, in Skopje - Macedônia, em 26 de agosto de 1910. Sua família tinha descendência albanesa. Aos 12 anos de idade, a adolescente Agnes sentiu a poderosa chamada de Deus. Ela soube que seria uma missionária para espalhar o amor de Cristo. Com 18 anos, ela deixou a casa dos pais em Skopje  e juntou-se às Irmãs de Loreto, uma comunidade irlandesa de freiras com missões na Índia. Depois de poucos meses de treinamento em Dublin, ela foi enviada para à Índia, onde fez seus votos iniciais de freira  em 24 de maio de 1931.

De 1931 a 1948, Madre Teresa ensinou no Colégio Santa Maria de Calcutá, porém o sofrimento e a pobreza que observava fora das paredes do convento lhe causou profunda impressão. Em 1948 ela recebeu permissão de sua superiora para deixar a escola no convento para devotar-se ao trabalho entre os mais pobres entre os pobres, nas favelas de Calcutá. Embora não tivesse recursos financeiros, pois dependia unicamente da Providência Divina, a Madre começou uma escola ao ar livre, para crianças daqueles bairros pobres. Logo outros voluntários uniram-se à ela. O suporte financeiro também apareceu e isto  trouxe-lhe a possibilidade de estender o projeto da obra.

Em 07 de outubro de 1950, Madre Teresa recebeu permissão da Santa Sé para iniciar uma nova Ordem: As "Missionárias da Caridade", cuja tarefa principal era amar e cuidar daquelas pessoas que não tinham ninguém por si. 

Em 1965, a Sociedade tornou-se uma Família Religiosa Internacional por um decreto do Papa Paulo VI.

Hoje esta Ordem abrange ramos ativos e contemplativos de Irmãs e Irmãos em vários países. Em 1963 foram fundados tanto o seguimento Contemplativo das Irmãs como o ramo Ativo dos Irmãos. Em 1979 o ramo Contemplativo dos Irmãos foi acrescentado e em 1984 o ramo do Sacerdócio foi estabelecido.

A Sociedade das Missionárias da Caridade espalhou-se por todo mundo, incluindo a antiga União Soviética e os países do Leste Europeu. Elas providenciam ajuda efetiva, para os mais pobres entre os pobres, em grande número de países da Ásia, África e América Latina. Elas também empreendem o trabalho de socorro seguindo-se a catástrofes naturais como: inundações, epidemias, fome e refugiados. A Ordem também possui Casas na América do Norte, Europa e Austrália, aonde cuidam de leprosos, alcoólatras, moradores de ruas e pessoas com Aids.

As Missionárias da Caridade são auxiliadas e assistidas em todo mundo por colaboradores que se constituiram em uma Associação Internacional em 29 de março de 1969. Pelos anos 90s existiam mais de um milhão de colaboradores em mais de 40 países. Junto aos colaboradores, os Missionários Leigos da Caridade procuram seguir o espírito e o carisma de Madre Teresa em suas famílias.

O trabalho de Madre Teresa tem sido reconhecido e aclamado através do mundo. Ela recebeu inúmeros prêmios e distinções, incluindo o Prêmio da Paz Papa João XXII e o Prêmio Nerhu pela Promoção da Paz Internacional e Entendimento (1972). Ela também recebeu o Prêmio Balazan (1979) e as condecorações Templeton e Magsaysay.

Fonte: Nobel Foundation Site

COMENTÁRIOS
Embora seja evangélico e Madre Teresa, católica, o trabalho social desenvolvido por ela na Índia transcende a qualquer preconceito, pois teve como característica a linguagem universal do amor, que caracteriza os filhos de Deus. Ela pode ser perfeitamente comparada com a boa samaritana da parábola de Jesus em tempos de pastores e levitas de coração árido.

Já li o livro: "Madre Teresa" publicado pela 
Ediouro Livros. Ali pela primeira vez, são revelados os medos e angústias que Madre Teresa fazia tanta questão de preservar ocultos aos olhos da mídia. Ninguém jamais acreditaria, se ela contasse, que durante muito tempo orou e não recebeu respostas. Um período em que se sentiu vazia diante do silêncio de Deus. Muitos outros Cristãos também passaram por uma sensaçao de abandono semelhante, inclusive, o próprio Cristo. Transparece a mim que ela lutava com Deus em oração, na Índia, diante de uma opressão e miséria maligna enormes, cujo dimensão trazia-lhe um profundo sentimento de impotência.

A Índia dos Dalits, dos Intocáveis, das "Scheduled Castes", que pelos nossos recentes posts, nos mostram a mais cruel forma de dominação e opressão planejada dentro de uma religião (Hinduísmo), que arranca pela raiz qualquer dignidade e esperança humanas, principalmente, entre os mais pobres entre os pobres que Madre Teresa cuidava.

Em um mundo tão "moderno" onde diplomas de teologia são muito apreciados nas paredes
 enquanto as grandes carências humanas são "resolvidas" apenas com teorias e "orações", o testemunho, a obra e os escritos de Madre Teresa são um "soco" no estômago pelo agir, pelo fazer, pela compaixão. Uma coisa muito interessante chamou-me a atenção neste livro: Eu esperava encontrar dezenas e dezenas de referências a Maria ou a Nossa Senhora, como é costume católico dizer. Mas nada! É Jesus , e Jesus, e Jesus quase do começo ao fim. Percebi que Madre Teresa de Calcutá conseguia ver a Índia com um legítimo olhar cristão.

João Cruzué

cruzue@gmail.com

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sábado, agosto 21, 2010

O testemunho de fé um de jovem cristão indiano

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Por Aby Mammen

Tradução: João Cruzué

Eu cresci em um lar temente a Deus que frequentava uma Igreja Episcopal protestante. Ali havia uma antipatia geral contra o movimento pentecostal. Eu mesmo me lembro tendo aversão contra ele. Meu pai faleceu quando eu tinha um ano e seis meses de idade; minha irmã nasceu duas semanas depois da morte dele e minha mãe tinha uma pequena interação com algumas irmãs pentecostais, por essa época. Elas costumavam orar pelo meu pai que estava morrendo de câncer.

Irmãos Aby Mammen e Sheena Samuel

Havia uma irmã pentecostal que passou a noite inteira com minha mãe na noite em que meu pai se foi. Aquela irmã era uma estranha para minha mãe. Ela tinha ido ao hospital para visitar e orar pelos doentes, quando descobriu que minha mãe era amiga de uma certa conhecida dela, então ela decidiu ficar com minha mãe. Daquele momento em diante, minha mãe passou a sentir uma atração pelas igrejas pentecostais.

Eu era visitante de igreja e seguia a vida cristã nominal. Eu amava o Senhor, mas na verdade não tinha nascido de novo. Eu tinha 15 anos, quando o Senhor começou a trabalhar na minha vida para me trazer sua graça salvadora. Eu fui atraído pelo Senhor de formas diferentes: através de um folheto, estudos bíblicos, cultos públicos, e finalmente, quando eu vi um homem ser curado pela oração de um pastor, decidi entregar meu coração ao Senhor. Dois meses mais tarde, eu dei testemunho público ao Senhor no batismo em águas e depois passei a frequentar uma Igreja pentecostal.

Meu pastor costumava jejuar por 41 dias sem comer. Ele instou comigo para que pedisse ao Senhor que me enchesse com o Espírito Santo para adorar ao Senhor em línguas estranhas.

Eu não estava tão interessado porque vi alguns irmãos falando muito alto em línguas na Igreja. Assim, eu comecei a orar para que Deus me enchesse com seu Espírito Santo. Eu esperei por três meses. Em uma tarde de quarta-feira, depois da oração matinal, no momento de uma pequena oração intercessória, na reunião da Igreja, meu pastor sentiu um desejo de colocar suas mãos sobre mim e orar. Eu senti o poder de Deus caindo sobre a minha cabeça e se derramando dentro do meu coração, até não mais poder suportar.

Era como se eu estivesse queimando por dentro. Ao mesmo tempo eu senti que estava diante da santa presença do Senhor e que eu não mais ficar em silêncio. Meu corpo inteiro gritou em adoração a Ele. Minhas orações eram muito altas e eu não podia mais me controlar. Eu estava adorando a Deus de uma maneira diferente, que eu nunca tinha experimentado antes. Naquele dia, Deus me deu a evidência de que Ele era real!

No dia seguinte eu fui à escola e dei testemunho do que tinha acontecido comigo a um amigo Hindu. Ele me escutou atentamente. Embora ele não pudesse completamente me entender quando eu disse a ele que leu tinha sido cheio do Espírito de Deus, ele percebeu que alguma mudança tinha acontecido comigo. Ele costumava me ouvir e discutir comigo sobre assuntos relativos a Deus por alguns anos. Anos mais tarde o Senhor também trouxe a sua graça salvadora sobre a vida deste amigo.

Houve uma época, em meus primeiros anos de crente que o Senhor me concedeu o dom da profecia. O Senhor me fortalecia, de vez em quando, para entregar uma mensagem profética para fortalecer alguém. Já faz um bom tempo que o Senhor me fortaleceu dentro desta forma. O Senhor tem me dado um dom de comunicar a Palavra de Deus para as pessoas em uma linguagem simples. Eu tenho usado isso em nossa Igreja e nas reuniões próximas de meu local de trabalho.

Atualmente, nós estamos ministrando para crianças. Deus tem nos concedido três oportunidades: uma vez por semana, com alguns de nossos amigos, crentes, nós vamos até as proximidades de uma escola e ensinamos lições de moralidade (basicamente histórias bíblicas e canções). Uma vez a cada duas semanas nós conseguimos uma oportunidade para ministrar em um convento para meninos e meninas. As crianças são muito receptivas à mensagem que nós pregamos através da Palavra. Nós cremos que trazer uma criança para Cristo em sua tenra idade é muito mais eficaz.

Eu estava muito fraco em meus estudos na escola. Mas Deus transformou a minha fraqueza em força na faculdade. Ele me deu um emprego, que eu não merecia.

Eu faço pare de uma associação paraeclesiástica. O local aonde eu trabalho é um parque tecnológico, ond há mais de 100 companhias de softwares. Há muitos amigos convertidos trabalhando aqui em várias companhias. O Senhor tem levantado muitos irmãos e irmãs maravilhosos para juntos aprender, seriamente, a palavra do Senhor. Toda terça-feira, nós temos um estudo sistemático da Bíblia e um momento de oração. Os amigos que vêem a esta associação são de diferentes denominações. Esta associação tem seguido o modelo da Igreja Batista. A palavra de Deus é muito enfatizada.

Foi nesta associação que eu conheci Sheena, a jovem que hoje é minha esposa.


Nota: Irmão Aby é nosso conhecido há uns quatro anos. Desde o tempo em que era solteiro e achava difícil encontrar uma jovem para se casar. Há uns dois anos ele me enviou seu convite de casamento. Deus honrou sua fé. Quero dizer aos leitores de blog, que tenho visto sinceridade neste moço, nativo da Índia; tenho planos de contar com a ajuda dele para enviar contribuições para sustento de missionários nativos de sua terra, que trabalham em regiões muito difíceis. Já deu para perceber que o Pentecostes funciona na Índia e que a teologia da "prosperidade" não consegue fazer sucesso por lá. (João Cruzué)


Em 21.08.2010

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