segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Opinião sobre Contribuições financeiras para pastores, Igrejas e ministerios


João Cruzué


Tenho visto grande investida dos formadores de opinião da mídia, assustados com o crescimento robusto da cultura evangélica. Esta investida tem trazido inquietação e dúvida no coração de crentes como você e eu. Até que ponto estas opiniões emitidas por tanta gente de fora do meio evangélico devem ou não ser ouvidas? Devo acreditar na voz de qualquer "celebridade" para guiar minhas decisões de contribuir para a obra de Deus? Este é o propósito deste artigo.

É uma voz recorrente entre a opinião pública não crente que os pastores evangélicos estão se dando bem na vida particular pela apropriação indevida dos dinheiros de dízimos e ofertas da Igreja. Principalmente, agora que a maioria dos crentes ascenderam das classes mais baixas e contribuem com maiores valores. Na opinião dessas pessoas, que nunca foram cristãs, os crentes devem ser libertos da lavagem cerebral que esses pastores praticam. Na opinião deles, parafraseando uma antiga senhora que a pouco tempo morreu de um câncer, "esses" crentes são uns coitadinhos... Na verdade por uma questão de sabedoria deixou de emendar na boca de lobos disfarçados de pastores.

E na corrente destes formadores de opinião de não-cristãos nadam uma multidão de pastores, blogueiros e gente de ministérios caídos engrossam o mesmo blá-blá-blá cuja autoria engolem sem a mínima análise. 

Desde quando a voz de ateus, incrédulos e gente promíscua de repente se tornou em voz de Deus? Está é a primeira pergunta que faço a mim, mesmo, para me guiar se devo ou não devo contribuir para este ou aquele ministério. 

Quando a "gente" ganha pouquinho, e contribui com 10% do pouquinho, ninguém vai se preocupar com micharia. Mas,quando uma multidão de famílias começa a ser abençoada e filhos e netos da geração "pobreza" se tornam doutores, economistas, juízes federais, advogados, empresários, banqueiros, grandes comerciantes, o pouquinho cede lugar à fartura e a milhões e bilhões. Dessa forma as Igrejas, que antes tinham uma economia invisível, passam a fazer grandes investimentos, remunerar bem seus pastores,  ter grandes retornos com suas casas editoriais além de eleger muitos representantes, proporcionais à população religiosa, a visibilidade é transposta para o Jornal Nacional.

A Igreja Evangélica brasileira cresceu muitíssimo dos anos 80 para cá. É de minha autoria as tabelas do  Mapa religioso do Brasil 2010     editadas a partir de dados do IBGE desde 1890. Vou dar alguns dados:   No censo IBGE 1980 a população evangélica era 6,63%  ou  7.885.846 habitantes  em 119.002.706. Cerca de 30 anos depois, no Censo de 2010, ela subiu fortemente para  22,2%, e 42.275.437 em 190.958.454 habitantes. E as projeções indicam que até 2020 os evangélicos serão mais de 1/4 da população brasileira. 

Isto implica em estimativas de 1/4 da representação nas casas legislativas e no executivo das três esferas de governo. Uma participação proporcional na Renda Nacional e do PIB seja na forma de salários ou receitas empresariais. Como nós evangélicos temos o costume de contribuir regularmente para a Obra de Deus, e este costume é herança da cultura judaica, fatalmente vamos conviver com uma Igreja rica.

É sabido que uma das evidências mais fortes da existência de Deus é a sobrevivência do Estado de Israel. O povo de Israel sempre foram generosos em suas contribuições religiosas. Não tenho dados sobre a riqueza deste povo, mas estão entre as pessoas mais ricas do mundo. Eu creio firmemente nas promessas divinas que estão bem claras em toda a Bíblia. Ali, o dono do ouro e da prata é JEOVÁ, e que as bênçãos financeiras e patrimoniais são CONDICIONAIS com  a generosidade do coração da liberalidade em dar. 

Na Bíblia NÃO está escrito "É dando que se recebe", mas Lucas relata  que Paulo citou palavras do  Senhor em Atos 20:35 onde "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber".

Quando a o ministério de um pastor ou bispo é posto é cheque pela opinião pública de que ele desvia os dinheiros da Igreja para seu próprio benefício, há duas questões implícitas. Isto já aconteceu antes (Judas) e vai continuar acontecendo. Mas, até que ponto estas ilações do meio externo são verdadeiras é a questão. Para tratar deste caso o país conta com instituições sérias que são a Receita Federal, o Ministério Público e a Polícia Federal. 

Quem tem pisado fora dos trilhos tem se dado mal. A outra questão implícita são os negócios das atividades de alguns líderes que, ao terem investido tempo e cuidados  por décadas em suas Igrejas, agora podem vender 500 mil, 1 milhão, 10 milhões de livros, CDs, DVDs, e outras coisas lícitas, aproveitando a oportunidade. Digno é o obreiro de receber por seu trabalho. E o boi que trabalha sobre o trigo  não pode ter sua boca amordaçada para que viva sempre com pouco. 

É inegável que por trás da opinião de muitos políticos e celebridades não crentes, a opinião de que os crentes são  coitadinhos explorados e os pastores, lobos safados, são apenas o lado visível da moeda.

É um fato inegável que as velhas oligarquias dominantes deste país veem com preocupação o crescimento do poder econômico da Igreja Evangélica. Em um primeiro momento, desde as compras de uma dezena de grandes emissoras de Rádio pelo Pastor David Miranda, da Igreja Pentecostal Deus é Amor e depois da TV Record pelo Bispo Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, a reação dos poderosos da nação foi a de querer "tomar" e barrar a iniciativa dos evangélicos. 

Este tempo está passando, e prova disso é a recente decisão das Organizações Globo de abrir espaço para a cultura evangélica. Fato muito curioso é que, se no passado foi esta organização manipulou o episódio do "chute na santa" para barrar o avanço vertiginoso do Bispo Macedo, minha surpresa veio ontem, quando o Pr. Maurício Price encaminhou um comentário sobre um notícia veiculada no Portal Globo sobre a profanação de imagens de cultos evangélicos em um clipe da banda carioca os Azuis.

O avanço da cultura e influência  evangélica neste país são irreversíveis. E quando o foco dos manipuladores da opinião pública se concentra na suposta safadeza da liderança dos grandes ministérios evangélicos, na verdade estão pouco se lixando para os "pobres explorados" mas em defender seus quadrados, ou seja as concessões de midia televisiva. Não sabemos neste momento a que interesses servem, mas temos certeza de eles existem.

Deu certo com o casal Hernandes, que perderam a Rede TV, por evidências de mal testemunho. A bola da vez é o apóstolo Valdemiro Santiago que decidiu comprar a CNT e o Canal 21. 

Foi-se o tempo que o velho bordão "Televisão ou Rádio é o caixote do diabo", hoje é sabido que foi um erro não ter investido há mais tempo. Isso incomoda, principalmente porque a fonte de investimentos (dízimos e ofertas) tende a crescer em maiores taxas que os negócios dos descrentes.

Contribuir ou não contribuir - eis a questão cuja resposta é fácil: sem dúvida, deve-se contribuir.

Deus NUNCA ordenou que se encolhesse a mão. A prosperidade de cada família é um efeito cuja causa é um coração generoso. A questão da safadeza de alguns pastores, que não se contentando com o bíblico, passa a lavar a cabeça das pessoas em busca de suas propriedades e heranças é um abuso que deve ser combatido e denunciado sem dó, para que todos vejam o tamanho da avareza desses gananciosos. Não me nego a opinar que, se eu tiver CERTEZA e evidências claras de que isto esteja acontecendo dentro do lugar onde estiver congregando, vou ofertar em outra Igreja. Mas, minha oferta é condicionada primeiro a consciência de que estou ofertando para a manutenção e crescimento da Igreja do Senhor e não para o pastor S. ou o bispo M. Contribuo para obedecer à vontade de Deus. O próprio Jesus contribuía.

Deixar de contribuir porque  me entristeci ouvindo a voz do diabo dizendo que meu pastor anda de jatinho ou tem uma casa na Europa é um engano. Primeiro, porque a prova de que a voz é do diabo é a produção de dúvida e  tristeza no meu coração. Nesta história e nestas opiniões que nos bombardeiam todo dia a voz de Deus pode estar completamente ausente. E se estiver ausente, como poderemos tomar uma decisão correta?  Deixar de contribuir está fora de questão. O destino da contribuição é que pode ser analisado e repensado. 

Eu prefiro mil vez contribuir para o ministério de um  pastor que passou a vida inteira ralando e passando fome e que hoje conquistou seu espaço e anda direito com sua família, do que para  as organizações de um  incrédulo cujos valores nunca foram cristãos. 

É isto que está posto. Os reais motivos das opiniões desfavoráveis e discriminatórias  contra pastores podem não ser o que dizem, mas os que deixam de dizer. 

Por fim, quero lembrar que nos dias em que o Bispo Macedo foi preso, a única boca que a TV Globo "alugou" para dar sustento às opiniões da casa na época foi a de Caio Fábio. A História cuidou de mostrar que diante da soberba vem o buraco sem fundo. Não é bom que estejamos parelhos com as opiniões de pessoas que nunca puseram os pés na Casa de Deus, e também que estejamos com os ouvidos abertos para ouvir as palavras do Espírito Santo.

Portanto, você e eu devemos continuar contribuindo para a Casa de Deus, não por força, tristeza ou dúvida. Contribuamos com alegria, para que sejamos prósperos. Se os judeus são, é porque as promessas de deus são verdadeiras. Quanto aos corvos que grasnam à beira do caminho, deixe que grasnem, tendo o cuidado de não deixá-los tirar de nós a fé para crer nas palavras de Deus.

Agora você que leu, dê sua opinião. Ela é muito importante para  mim. Se não conseguir deixar seu comentário, escreva para mim: cruzue@gmail.com






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