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João Cruzué
Quem usa muito o computador conhece um pequeno exercício para não forçar muito as vistas. Cerca de quinze em quinze minutos é bom mirar um ponto lá bem longe no horizonte para não cansar a visão. Parece inacreditável, mas no começo, quando colocaram o Telescópio Hubble na órbita, ele apresentou um defeito. As imagens estavam borradas. Os cientistas descobriram que, de alguma forma, havia uma falha no posicionamento de um espelho. O Hubble estava míope. Então eles colocaram lentes corretivas nele, para que pudesse focar nitidamente.
É possível que nós, participantes da cultura evangélica de hoje, estejamos com problemas de visão?Eu temo que sim.
Vou tomar o caso de Saulo de Tarso. Líder religioso, judeu, fariseu, com graduação, pós-graduação, mestrado, e tudo o mais no conhecimento das leis de Jeová. Tinha dois olhos bem grandes que enxergavam muito bem, mas combatia o Cristo e os cristãos. Não tinha problemas de córneas, nem de retina, seu nervo ótico estava 100%, mas a luz verdadeira não chegava a seu entendimento. Para Deus ele era o verdadeiro cego. Tinha olhos mas não via. Para curá-lo, era preciso cegar seus olhos para que sua mente pudesse enxergar a verdade.
Estranho diagnóstico. E a operação deu certo.
Estou lendo esses dias "How to Change the World - Social Entrepreneurs and the Power of new Ideas" do Jornalista David Bornstein. Há uma citação no começo do livro: "True compassion is more than flinging a coin to a beggar; it comes to see that an edifice that produces beggars needs reestructuring" Autor da frase: Pastor Martin Luther King, Jr. A tradução é mais ou menos assim: A compaixão verdadeira é muito mais do que atirar uma moeda um mendigo; é descobrir que se um edifício que produz mendigos, ele necessita de reestruturação.
A ideia de edifício aqui é análoga à casa construída na areia na parábola de Jesus Cristo.
Eu me sinto desconfiado da forma como usamos nossa visão, considerando fatos bíblicos passados que evidenciaram a possibilidade de ver mas não compreender o todo da forma como Deus vê. Ainda mais, se pensarmos que os órgãos de nossos sentidos para audição, visão e cheiro são duplos. A preocupação de Deus em reforçar nosso edifício.
É possível compreender no Brasil de hoje o que está acontecendo com a Igreja Evangélica brasileira sem contar com a possibilidade de usar uma máquina do tempo para viajar 20 anos a frente, e de lá focar o passado para descobrir onde começou o desvio?
Deus por certo sabe que temos um Manual de procedimentos de uma ferramenta de grande utilidade que Amós chamava de prumo. A presença do Espírito Santo avivando e perturbando a consciência do crente. Quando aparece a tortura da parede, à medida que cresce mas próximo estará da sua queda.
E sobre parede e prumo, lembro-me de um sonho. De uns 15 anos atrás. Eu via o edifício de uma Congregação cuja parede da frente estava meio metro fora do prumo lá no topo. As colunas de sustentação estavam com seus vergalhões quebrados, e à mostra. Olhando dentro da Igreja, a segunda laje estava arriada pelo esfarelamento de algumas colunas. Bem no local do Círculo de Oração das Senhoras. E uma voz explicava sem que eu perguntasse: as colunas se esfarelaram, porque foi usado pouco cimento. E neste momento da visão, o novo pastor daquela congregação chegava com um carrinho de pedreiro na mão, com mais dois irmãos serventes para continuar a construção da Igreja. E eu pensei alto: Coitado deste irmão! Ele vai ter que derribar toda a construção, pois ela está totalmente fora de prumo.
Que atitudes devemos tomar nos dias de hoje em certos meios evangélicos onde houve muitas mudanças para fora do prumo? Estive pensando. A primeira atitude seria não fazer companhia a desviados. A segunda não sustentar ministérios desviados. A terceira não tomar parte nos desvios. A quarta não dar honra a quem pisa na cruz de Cristo. E estas coisas são dificílimas de seguir por causa da timidez. Medo em perder o sustento e a glória dos homens. Nestes dias é mais fácil negar a Deus do que dizer não aos pedidos dos homens.
A primeira coisa que fica vulnerável na casa de um líder evangélico quando ele racionalize e minimiza sua participação na sustentação do erro é sua família. A família de Acã morreu. junto com ele. A famlía de Davi sofreu por causa da brecha que o pecado dele abriu. Perde a família para o reino das trevas quem tem a luz, mas prefere as trevas. A família é nosso bem mais precioso na terra. Será que vale o sacrifício?
O declínio da santidade é visível. A paródia das coisas mundanas acontece amiúde. É carnaval, funk, baile - Gospel!!! Mas o pior vem dos mestres. De homens humildes a príncipes de vida nababesca. A igreja evangélica sofre na língua dos incrédulos por causa do testemunho de pastores e pregadores desviados. A sociedade que busca um espelho de virtude fica estarrecida com o que vê. Como pode as contribuições de dízimos e ofertas produzir impunemente entretenimento televisivo pornográfico, profano, fonte de maus costumes?
Como pode isto ser tolerado? O sucesso, a expertize dos grandes líderes evangélicos pesam mais na balança do que a fraude, o embuste e a profanação do nome de Cristo? Que recompensa Deus dará aos que lideram e aos que sustentam líderes desviados da verdade?
Sempre que o sucesso ministerial bate à porta de alguém e ele se torna tão grande a ponto de mudar às verdades de Deus, este alguém está próximo da queda. Basta apenas um milímetro a mais no desvio, uma gota a mais na medida, para que a graça de Deus se apague e o maligno se aposse de edifícios limpos e adornados.
Por que estamos vendo tantas impiedades e fingimos que não temos parte nisso? Por que um evangelho secularista, humanista, egoísta, continua produzindo mais e mais pregadores de prosperidade. Por que uma ganânica desenfreada? Quando isso vai parar?
Lembro-me que, nos tempos da ditadura, a Venezuela era um dos poucos países da América Latina em que havia democracia. Mas que a corrupção foi e foi crescendo tanto que hoje a situação é oposta. Eles fizeram mau uso da liberdade e se corromperam. O que vejos hoje? Um desmonte, uma desconstrução de tudo. A liberdade religiosa está por um fio.
Alguém ainda acha que o preço do mau testemunho, da corrupção que tem assolado o meio evangélico vai ser barato? Não, ele vai ser muito caro. Alguém já disse que um povo somente é conquistado por um adversário estrangeiro, quando ele já está totalmente corrompido por dentro.
Estamos no caminho do desvario. Com raras e maravilhosas exceções. Que cada um abra bem os olhos e deixe a luz do Espírito brilhar em nossa mente. Que o prumo da palavra de Deus nos perturbe para manter nossa consciência viva.
Ebenezer!
Maranata!
Shalom!
É possível que nós, participantes da cultura evangélica de hoje, estejamos com problemas de visão?Eu temo que sim.
Vou tomar o caso de Saulo de Tarso. Líder religioso, judeu, fariseu, com graduação, pós-graduação, mestrado, e tudo o mais no conhecimento das leis de Jeová. Tinha dois olhos bem grandes que enxergavam muito bem, mas combatia o Cristo e os cristãos. Não tinha problemas de córneas, nem de retina, seu nervo ótico estava 100%, mas a luz verdadeira não chegava a seu entendimento. Para Deus ele era o verdadeiro cego. Tinha olhos mas não via. Para curá-lo, era preciso cegar seus olhos para que sua mente pudesse enxergar a verdade.
Estranho diagnóstico. E a operação deu certo.
Estou lendo esses dias "How to Change the World - Social Entrepreneurs and the Power of new Ideas" do Jornalista David Bornstein. Há uma citação no começo do livro: "True compassion is more than flinging a coin to a beggar; it comes to see that an edifice that produces beggars needs reestructuring" Autor da frase: Pastor Martin Luther King, Jr. A tradução é mais ou menos assim: A compaixão verdadeira é muito mais do que atirar uma moeda um mendigo; é descobrir que se um edifício que produz mendigos, ele necessita de reestruturação.
A ideia de edifício aqui é análoga à casa construída na areia na parábola de Jesus Cristo.
Eu me sinto desconfiado da forma como usamos nossa visão, considerando fatos bíblicos passados que evidenciaram a possibilidade de ver mas não compreender o todo da forma como Deus vê. Ainda mais, se pensarmos que os órgãos de nossos sentidos para audição, visão e cheiro são duplos. A preocupação de Deus em reforçar nosso edifício.
É possível compreender no Brasil de hoje o que está acontecendo com a Igreja Evangélica brasileira sem contar com a possibilidade de usar uma máquina do tempo para viajar 20 anos a frente, e de lá focar o passado para descobrir onde começou o desvio?
Deus por certo sabe que temos um Manual de procedimentos de uma ferramenta de grande utilidade que Amós chamava de prumo. A presença do Espírito Santo avivando e perturbando a consciência do crente. Quando aparece a tortura da parede, à medida que cresce mas próximo estará da sua queda.
E sobre parede e prumo, lembro-me de um sonho. De uns 15 anos atrás. Eu via o edifício de uma Congregação cuja parede da frente estava meio metro fora do prumo lá no topo. As colunas de sustentação estavam com seus vergalhões quebrados, e à mostra. Olhando dentro da Igreja, a segunda laje estava arriada pelo esfarelamento de algumas colunas. Bem no local do Círculo de Oração das Senhoras. E uma voz explicava sem que eu perguntasse: as colunas se esfarelaram, porque foi usado pouco cimento. E neste momento da visão, o novo pastor daquela congregação chegava com um carrinho de pedreiro na mão, com mais dois irmãos serventes para continuar a construção da Igreja. E eu pensei alto: Coitado deste irmão! Ele vai ter que derribar toda a construção, pois ela está totalmente fora de prumo.
Que atitudes devemos tomar nos dias de hoje em certos meios evangélicos onde houve muitas mudanças para fora do prumo? Estive pensando. A primeira atitude seria não fazer companhia a desviados. A segunda não sustentar ministérios desviados. A terceira não tomar parte nos desvios. A quarta não dar honra a quem pisa na cruz de Cristo. E estas coisas são dificílimas de seguir por causa da timidez. Medo em perder o sustento e a glória dos homens. Nestes dias é mais fácil negar a Deus do que dizer não aos pedidos dos homens.
A primeira coisa que fica vulnerável na casa de um líder evangélico quando ele racionalize e minimiza sua participação na sustentação do erro é sua família. A família de Acã morreu. junto com ele. A famlía de Davi sofreu por causa da brecha que o pecado dele abriu. Perde a família para o reino das trevas quem tem a luz, mas prefere as trevas. A família é nosso bem mais precioso na terra. Será que vale o sacrifício?
O declínio da santidade é visível. A paródia das coisas mundanas acontece amiúde. É carnaval, funk, baile - Gospel!!! Mas o pior vem dos mestres. De homens humildes a príncipes de vida nababesca. A igreja evangélica sofre na língua dos incrédulos por causa do testemunho de pastores e pregadores desviados. A sociedade que busca um espelho de virtude fica estarrecida com o que vê. Como pode as contribuições de dízimos e ofertas produzir impunemente entretenimento televisivo pornográfico, profano, fonte de maus costumes?
Como pode isto ser tolerado? O sucesso, a expertize dos grandes líderes evangélicos pesam mais na balança do que a fraude, o embuste e a profanação do nome de Cristo? Que recompensa Deus dará aos que lideram e aos que sustentam líderes desviados da verdade?
Sempre que o sucesso ministerial bate à porta de alguém e ele se torna tão grande a ponto de mudar às verdades de Deus, este alguém está próximo da queda. Basta apenas um milímetro a mais no desvio, uma gota a mais na medida, para que a graça de Deus se apague e o maligno se aposse de edifícios limpos e adornados.
Por que estamos vendo tantas impiedades e fingimos que não temos parte nisso? Por que um evangelho secularista, humanista, egoísta, continua produzindo mais e mais pregadores de prosperidade. Por que uma ganânica desenfreada? Quando isso vai parar?
Lembro-me que, nos tempos da ditadura, a Venezuela era um dos poucos países da América Latina em que havia democracia. Mas que a corrupção foi e foi crescendo tanto que hoje a situação é oposta. Eles fizeram mau uso da liberdade e se corromperam. O que vejos hoje? Um desmonte, uma desconstrução de tudo. A liberdade religiosa está por um fio.
Alguém ainda acha que o preço do mau testemunho, da corrupção que tem assolado o meio evangélico vai ser barato? Não, ele vai ser muito caro. Alguém já disse que um povo somente é conquistado por um adversário estrangeiro, quando ele já está totalmente corrompido por dentro.
Estamos no caminho do desvario. Com raras e maravilhosas exceções. Que cada um abra bem os olhos e deixe a luz do Espírito brilhar em nossa mente. Que o prumo da palavra de Deus nos perturbe para manter nossa consciência viva.
Ebenezer!
Maranata!
Shalom!
Um comentário:
A minha visão é buscar a restauração,pois pela graça e misericórdia de Deus luto contra dependência química.obrigado senhor,por usar homens como o pastor
Cruzué,para abrir os olhos daqueles,
que buscam a presença do senhor Jesus Cristo em sua vida.
Louvado e engrandecido,seja o nome do Senhor Jesus.
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