quinta-feira, outubro 30, 2008

Iraque - 2.200 famílias de cristãos foram expulsas de Nínive

Perseguição de Cristãos no Iraque

Muros de Nínive
Os muros da cidade de Nínive no Norte do Iraque
World News

Tradução de João Cruzué

A UNHCR - Agência para Refugiados da ONU - estimou que mais de 2.200 famílias ou cerca de 13.000 pessoas foram expulsas de seus lares desde 04 de outubro 2008. A UNHCR disse que isto representa a metade da população cristã da província de Nínive. Somamdo a isto , outras 400 famílias cruzaram a fronteira com a Síria, enquanto outras procuraram por áreas mais seguras para o Norte e Leste de Mosul, e ainda outras rumaram para as províncias na vizinhança como: Dahuk, Erbil e Kirkuk.

"Muitos saíram de Nínive com pouco dinheiro e precisam de ajuda" informou a UNHCR, acrescentando que tinha enviado suprimentos para socorro de 1.700 famílias de cristãos.

A polícia estimou que 12 cristãos foram mortos durante a violência. O último incidente aconteceu em 13 de outubro, quando um atirador surgiu em uma loja de discos em Mosul matando seu proprietário cristão e ferindo o sobrinho.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas acredita-se que extremistas sunitas estejam por trás desta campanha, que está acontecendo a despeito das operações de ajuda EUA-Iraque contra remanescentes das milícias inimigas ao Norte da capital.

A recente expulsão destes 13.000 cristãos soma-se aos mais de 4.2 milhões de iraquianos que já abandonaram seus lares, desde que os EUA lideraram a invasão do país em 2003, segundo a UNHCR. Destes refugiados, cerca de 2 milhões estão vivendo em países vizinhos, mormente na Síria e Jordânia - enquanto os remanescentes estão sendo expulsos dentro do Iraque.

Comentários: Em 26 de outubro, segundo o jornal World News, com a presença das forças americanas a perseguição dimininui, e poucas as famílias agoram estão abandonando a região.


cruzue@gmail.com

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Um comentário:

daladier.blogspot.com disse...

Repasso a informação de que quando Saddam Hussein estava no poder havia liberdade religiosa no Iraque. Tariq Aziz, seu "primeiro-ministro", era cristão. Havia liberdade para missões.