Deserto da Judéia
Joao CruzuéHoje, eu acordei pensando em João 15: Eu sou a videira verdadeira e meu Pai o viticultor. Fiquei meditando sobre o aquele tempo de deserto que passei, muitos crentes já passaram e outros estão passando. Em algum momento dessa caminhada cristã todos vão passar.Tanto no deserto quanto no mar tempestuoso não há motivos para desespero nem desânimo nem murmuração. É um tempo e lugar onde Deus nos leva para fazer uma pós-graduação em sua Universidade.
Como bom pai que é, nosso Paizinho do céu cuida de nós de uma maneira muito especial. Ele sabe que somos manhosos, às vezes sem interesse em melhorar nosso caráter, nosso diálogo com o próximo, nossos sentimentos infantis, egoísmos notórios, falsos humildes, pobres soberbos, hipócritas... Ou seja, teimosas “gabrielas”. “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, sempre Gabriela...”
“E todo ramo da videira que, em Cristo, não dá fruto, Ele tira. E limpa o outro ramo que frutifica para que dê ainda mais fruto. Jesus empregou uma linguagem popular, não teológica, para explicar o processo criado por Deus para tratar com seus filhos. Este tratamento é pessoal; tanto o é que o substantivo e o verbo estão no singular. E filhos de Deus somos, se publicamente aceitamos crer em Jesus como o único caminho para nossa reconciliação com o Paizinho e salvação de nossas almas.
O tempo que passei pelo “deserto” veio a minha lembrança. Hoje posso ver que nos anos de aflição que minha família e eu passamos, Deus não havia se esquecido de nós. Não estávamos abandonados. Os olhos do Senhor nos contemplavam dia e noite; horas, minutos e segundos. Como naquela oportunidade em que os discípulos cruzavam de barco o Mar da Galiléia, sob a fúria do vento.
Depois daquele tempo de deserto, em muitas oportunidades tenho visto o Senhor respondendo minhas orações em assuntos do cotidiano. Pedidos grandes e pequenos. Hoje, tenho consciência de que se orar, sei que o Senhor vai responder, mais cedo ou mais tarde. Adquiri esta confiança depois do deserto. Como você não é ou será diferente. Se já passou pela provação ardente, entende o que estou escrevendo.
No tempo da poda, o viticultor conhece os ramos da sua vide. Dos ramos produtivos ele vai tirar galhos menores que apenas roubam a força dos futuros cachos. Então o bom viticultor tira sistematicamente tudo o que vai atrapalhar a produção da próxima safra. E que ramos inúteis de videira são estes: São os ramos da presunção, da indiferença, do mau humor, da mesquinhez, da dificuldade em perdoar, da recusa em fazer a vontade do Senhor, da falta de ocupação na obra de Deus, da estupidez no tratar com o próximo, da falta de solidariedade, da insistência em andar com más companhias, do interesse por pornografia, da inveja das bênçãos dos outros, do insistente hábito de murmurar, etc.
E, depois que você e eu passamos pelos dias da poda, chegaremos à perfeição.
“E não vos conformeis que este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e a perfeita vontade de Deus.” Apóstolo Paulo em Romanos 12.
"Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiseres e vos será feito". Jesus Cristo em João 15:7.
O Senhor está preparando você na Universidade da Oração. Eu diria que os tempos de prova seriam a pós-graduação. Deus tem promessas de coisas muito grandes e firmes que você ainda não sabe – parafraseando o profeta Jeremias.
Ele, não só tem bênçãos grandes, como também nos prepara não apenas para receber bênçãos, mas para orar por elas devidamente “afinados” com sua vontade. E nisto vemos o grande amor de Deus: Ele não quer simplesmente nos dar as bênçãos; quer ir além disso; Ele quer sejamos seus amigos. E nós seremos amigos de Deus, pela obediência: “Tenho vos dito isto para que minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa. João 15:11.
Portanto se você tem andado em sinceridade com Deus, e neste exato momento está no barco com sua família enfrentando a fúria do mar e a força do vento, alegre-se. Anime-se. Continue orando e clamando ao Senhor. Não abandone os remos e toque o barco. O Senhor é a sua companhia. Quando você chegar do no porto do outro lado, vai descobrir uma maravilhosa diferença. Quando você orar, já saberá de antemão que o Senhor vai responder.
Se Ele não nos amasse de verdade, ficaria satisfeito com a vida medíocre que às vezes levamos. Mas ele nos ama. Ele ama você pessoalmente. E um dos sinais deste amor é o deserto. Todos os personagens bíblicos passaram por ele. Se você também estiver enfrentando o deserto , saiba que está na Escola de pós-graduação em oração do Senhor. Quando terminar o curso, a alegria do Senhor em você vai ser completa. Você vai aprender a pedir melhor, e tudo o que você pedir, receberá.
Não se esqueça: Jesus ama você!
cruzue@gmail.com
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3 comentários:
Meu Deus, como foi causticante o sol no meu deserto... Como senti sede, calor e nas noites frio... Mas como louvo a Deus pela dor, pelo gemido... Quantas vezes cantei "Tu És fiel Senhor" com as lágrimas rolando pelo meu rosto... Ó provai e vede que O Senhor é bom!
Deus continue te abençoando amado. Abraços. Guiomar.
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Obrigado pelo comentário Irmã Guiomar. Eu creio que a senhora e eu estreitamos uma amizade maior com nosso Paizinho celestial depois da temporada no "deserto", ou seja, as grandes lutas e provações pelas quais passamos.
Hoje nós sabemos duas coisas: Uma pedir de acordo com a vontade do Senhor, e duas: saber que vamos receber o que pedimos.
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Estou passando por um deserto onde tenho aprendido muito .... a leitura desta mensagem neste momento acredito que foi uma resposta de Deus .... creio que estou crescendo a cada dia e por isso continuo glorificando o SENHOR (Rm.5.3)
O SENHOR te abençoe mais e mais!
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