segunda-feira, maio 05, 2008

O consumidor evangélico

Uma nova consciência evangélica de consumo

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exemplo de preconceito e difamação
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João Cruzué

O consciência do consumidor evangélico está mudando. Responsável por mais de 25% do consumo brasileiro, há uma tendência recente de rejeição a produtos que de alguma forma desrespeitem sua identidade religiosa. Assim como já acontece com consumidores de outras religiões os evangélicos estão descobrindo agora sua força de consumo. Eles serão cada vez mais exigentes quanto aos produtos que consomem.

O consumidor árabe quando compra, tem uma série de exigências religiosas para fechar negócios, pricipalmente no ramo da alimentação. E por respeito ao dinheiro deles, as empresas atendem.

"O abate islâmico é feito com o peito do frango virado para Meca (cidade sagrada na Arábia Saudita) e degolado com uma faca afiada com o animal desperto. Isso, para os muçulmanos, permite que uma maior quantidade de sangue escorra deixando a carne mais limpa.

Lootah acrescentou que na década de 70, quando foi fundada a Dubai Co-operative Society, as empresas estrangeiras fornecedoras não sabiam o que era abate halal. Além das questões religiosas, que são essenciais, a certificação de que um alimento foi produzido de acordo com as regras islâmicas é um bom marketing para vender na região.

Halal é a palavra mágica para o mercado árabe", disse o executivo. Tanto isso é verdade de a Co-op Islami mantém uma equipe de quatro pessoas durante períodos de seis meses nos países fornecedores para fiscalizar a produção dos alimentos". Fonte: Blog Islamicchat.

Da mesma forma o consumidor judeu também exige atenção aos preceitos da Torá, para negociar com seus fornecedores. E por respeito ao dinheiro deles, as empresas também os atendem.

"Fazer parte da seleta lista de produtos kosher - consumidos pela comunidade judaica ortodoxa - tornou-se um importante desafio para a indústria de alimentos, mesmo que isso signifique abrir suas portas e segredos industriais. Pepsico, Dr. Oetker, Leite Nilza, Bauducco e Garoto são algumas das empresas que já despertaram para esse nicho de mercado, que atinge também consumidores não-judeus mas extremamente exigentes.

"O selo Kosher é visto como um atestado de qualidade por outras comunidades", diz o vice-presidente de vendas e marketing da Vilma Alimentos, Cezar Tavares. Entrar nesse universo, no entanto, não é nada fácil. Afinal, as empresas precisam revelar aos rabinos todos os ingredientes e fornecedores envolvidos no processo. Caso sejam aprovados, a fábrica ainda tem que receber, a cada ano, uma visita de um religioso para certificar o produto. Fonte: Blog Herança Judaica.

Há uma nova consciência evangélica de consumo que se alastra entre os formadores de opinião protestantes. A publicidade de produtos associados ao desrespeito de costumes evangélicos pode trazer um aumento do encalhe de no mínimo 25% nas gôndolas e prateleiras de supermercados e farmácias. O processo de conscientização pode ser lento, mas veio para ficar.

Uma vez associado ao desrespeito, um produto terá pouca chance de consumo entre as famílias evangélicas. As idéias do Pastor Martin Luther King, mestre em batalhas pela igualdade racial e lider do movimentos pela conquista dos direitos civis nos EUA, estão sendo conhecidas e divulgadas no meio evangélico brasileiro.

A TV Globo vem há muito tempo insistindo em veicular uma imagen negativa dos crentes brasileiros. Sempre que aparecem "evangélicos" em suas novelas e mini-séries ou eles tem caráter de charlatães - pastores - ou de duplo comportamento - fundamentalistas de dia e devassos à noite, geralmente personagens femininos. A maioria dos crentes não assistem esses programas, nem por isso deixam de ser difamados por eles. Quanto aos produtos que patrocinam tais programas, independentemente de que rede de TV forem, há um movimento de formação de opinião entre os evangélicos orientando para deixá-los nas prateleiras e substituí-los por outras marcas.

Isto significa boicotes conscientes, silenciosos, crescentes e eficazes. Em algum momento nos próximos cinco anos as empresas brasileiras vão aprender também a respeitar o consumidor evangélico, senão pela sua religião, pela força do seu dinheiro. A união traz o respeito.


João Cruzué
Blog Olhar Cristão

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