segunda-feira, maio 26, 2008

Contra a publicidade de bebidas alcoólicas

Isto é o que a publicidade mostra

moças bebendo

rapazes bebendo

E ISSO É O QUE ELA ESCONDE DA SOCIEDADE

acidentes de trânsito

Pessoas morrendo: cinco jovens mortos na Lagoa

e espancamento de mulheres e crianças
Jornal O Globo

"Como pai eu sou suspeito, mas meu filho estudava e trabalhava, ia e voltava do trabalho comigo, é um garoto bom", desculpou ele, contando que o rapaz afirma que não participou do espancamento, porque estava alcoolizado e sem condições de descer do carro.

Cinco jovens de classe média [bêbados] roubaram e agrediram a socos e pontapés a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, de 32 anos, que estava em um ponto de ônibus na Barra da Tijuca, bairro de elite na zona oeste do Rio, na manhã de sábado, 23. Um dos três agressores que foram presos justificou o crime à polícia dizendo que acharam que a mulher era "uma vagabunda".

Dois deles estão foragidos.
O crime aconteceu por volta das 5:00h da manhã de domingo. Os jovens fugiram levando a bolsa de Sirlei, com telefone celular, documentos, carteira e R$ 47. Ela entrou correndo no prédio em que trabalha. Um motorista de táxi que testemunhou o crime anotou a placa do carro dos agressores e avisou ao segurança do edifício onde ela havia entrado. Sirlei havia saído cedo da casa da patroa para ir ao médico.

Segundo ela, o Gol preto com cinco ocupantes parou a cerca de 100 metros do ponto. "Eu vi que eram filhinhos-de-papai e achei que fossem entrar no prédio em frente. Mas eles vieram em minha direção, arrancaram a bolsa e começaram a me bater e xingar. Xingaram muito", disse ela.
Ela contou que se abaixou e colocou as mãos no rosto, numa tentativa de se proteger. Ao mesmo tempo, todos os rapazes chutavam sua cabeça: "Ainda estou com muita dor de cabeça".

Eles também teriam agredido, com menos violência, outras duas mulheres que também estavam no ponto. Essas teriam conseguido fugir entrando em um ônibus.
Com o olho esquerdo roxo e um corte na face, além de hematomas no antebraço que comprovam sua tentativa de se defender, Sirlei foi levada pelo patrão para o Hospital Lourenço Jorge, onde foi atendida.

Através da placa do carro, policiais da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca)chegaram ao dono do carro, o estudante de direito Felipe Macedo Nery Neto, de 20 anos. Ele foi o primeiro a ser preso, confessou o crime e entregou os outros participantes. Leonardo de Andrade e Júlio Junqueira, de 21 anos, também foram presos.

Segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, eles seriam indiciados por roubo, lesão corporal dolosa e formação de quadrilha e deveriam ser transferidos para a Polícia Interestadual (Polinter) ainda neste domingo. Os procurados pela polícia por suposta participação no crime são Rodrigo Bassalo, de 20 anos, e Rubens Arruda, de 19.


Na porta da delegacia, o técnico em informática Sérgio, pai de um dos jovens presos, que não quis dar o sobrenome nem dizer o nome do filho, disse estar em estado de choque. Segundo ele, os meninos se conheciam porque moravam em condomínios vizinhos e freqüentavam os mesmos lugares no bairro.
Na hora do crime, eles voltavam de uma festa rave no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste.

"Como pai eu sou suspeito, mas meu filho estudava e trabalhava, ia e voltava do trabalho comigo, é um garoto bom", desculpou ele, contando que o rapaz afirma que não participou do espancamento, porque estava alcoolizado e sem condições de descer do carro.
"Se ele não participou, tenho medo que sua vida fique marcada por esse episódio, mas se espancou essa moça e a Justiça provar isso, então ele vai ter que pagar", disse Sérgio.

É a mesma coisa que a doméstica e sua família querem: "Justiça", pediu ela, que ainda não decidiu se irá processar os agressores por dano moral. "Eu também tenho um filho homem e não quero nada de mal para esses garotos, mas eles têm que ser julgados pelo que cometeram", disse o pedreiro Renato Moreira Carvalho, pai de Sirlei, que a acompanhou para prestar depoimento na delegacia.


Comentários do blog Olhar Cristão: se é verdade, o que eu duvido, que apenas o filho do Sr. Sérgio estivesse bêbado e não podia descer do carro, será que só ele bebeu na tal festa rave? É claro que o álcool não é a única justificativa pela barbárie cometida por cinco jovens universitários contra a doméstica -confundida com uma prostituta. Este caso é mais um acontecimento de violência cometida por bêbados.

Se for mesmo confirmado que foi a primeira vez que esse grupo de universitários bêbados cometeram tal crime, e que antes viviam uma vida normal, como o pai de um deles insinuou, estamos diante do mesmo fato grave: o resultado do maciço marketing de bebidas alcoólicas martelando insistentemente a mente de crianças, adolescentes e adultos, através da Tv dentro das casas, das famílias brasileiras que já se acostumaram com suas propagandas que julgam inofensivas.

Como diria Boris Casoy: "isto é uma vergonha!"

Quanto tempo mais vamos ter que ouvir sobre mortes, espancamentos, acidentes de trânsito, tendo o álcool como componente dessas desgraças? Será que vai ser preciso acontecer alguma tragédia com o filho de algum político importante para que o foco se volte para essa grave omissão do poder público?

Essa associação de belas mulheres, artistas e modelos, com propaganda de cerveja produz um efeito perverso na mente de milhões de crianças, adolescentes e jovens. Mente vazia, já disseram, é oficina do diabo. Enquanto a mídia se enche de dinheiro as custas da indústria de bebidas alcoólicas, os hospitais públicos gastam milhões de impostos dos contribuintes para tratar ferimentos de vítimas do álcool, como o que aconteceu com a doméstica Sirlei Dias de Carvalho Pinho.

Cada dia aparece uma propaganda de cerveja mais rídicula que a outra. A cerveja fulana era a número "um". Sim a número um em produzir acidentes de trânsitos, socos e pontapés em esposas e filhos. Tem uma outra cerveja cuja alcunha é "boa". Sim, boa para atropelar pessoas nas calçadas das ruas, no estômago de motoristas embriagados. Tem outra que é a cerveja dos "amigos". Dos amigos da "onça", dos amigos caídos pelas calçadas das ruas.

Bom seria que as pessoas que ainda não bebem - e mesmo as que já o fazem, comprassem uma bíblia para ler, e procurassem uma Igreja evangélica para receber oração e aceitar Jesus como libertador, Senhor e Salvador para abandonar
esse maldito vício. Eu tenho certeza que Jesus liberta de qualquer coisa.

Lembro-me de meu já falecido avô, um homeM de bem e bom pai de família até o dia que bebeu um copo de vinho, e não sabia que era um alcoólatra em potencial.
Foi assim que ele passou muitos anos trazendo infelicidade para si e infernizando a vida da família.

Abaixo este sofisma que é propaganda de bebidas alcoólicas, que vende "alegria" para tolos enquanto mata, atropela, espanca, destrói famílias e onera pesadamente o orçamento da saúde pública.


autor dos comentários: João Cruzué.


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