domingo, agosto 12, 2012

Cultura de Israel: alimentação urbana

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Por Viviane Zigelman/ direto de  Israel

Se você está de passagem marcada pra Israel e preocupado com o que comer em seus passeios, fique tranquilo, aqui vão algumas dicas. Em Israel, quando se está na rua e com fome, há muito o que comer. As opções variam de gosto prá gosto, mas falarei do que mais se come aqui quando se trata de comida de "rua".



 Falafel: São bolinhos fritos e crocantes por fora, feitos de grão de bico cozido e semi-triturado. É gostoso comer puro, com tehina ou humus, com saladas, ou em pitta com tudo junto.  O preço não é muito caro e sustenta bem, até a próxima refeição! Seria como comermos no Brasil os salgadinhos de rua: pastelão, esfiha, kibe, etc.


Saladas: Israelenses adoram comer saladas e são muitos os tipos. Qualquer lugar, barzinho ou lanchonete, que pararmos para almoçar vocês verão muitas saladas.

Quando pedimos uma pitta com falafel, por exemplo, há lugares que perguntam quais saladas queremos dentro da pitta, e outros deixam como self-service mesmo.

No Brasil é comum pedirmos mostarda e maionese quando comemos na rua. Aqui pedimos tehina (pasta de gergelim), muito saudável e saborosa e humus - pasta de grá-de-bico com tehina.

Eu amo tehina, que pode ser servida com páprica picante ou doce e óleo de azeite com folha de salsa para decorar.

O humus não é muito minha praia, mas os israelenses amam e as crianças também. É muito saudável quando caseiro e sem conservantes. Ele pode ser servido de diversas maneiras, mas uma delas é num prato e no meio azeite com alguns grãos inteiros de grão-de-bico.



O Humus é mais pastoso e concentrado; a Tehina é mais líquida.



Shuarma: Carne de vitela com cordeiro, juntas num espeto giratório, assada. Cortada fininha com o foção ou cortador de shuarma. É uma delícia!

Pode ser servida com saladas e batata frita, dentro de pitta com saladas ou dentro de laffa (pitta fina e grande) com saladas, o humus e a tehina não podem faltar!

Custa mais que comer um hamburger no MacDonald's, mas sustenta muito mais além de ser muito mais saudável.


Laffa: A pitta de massa fina e de tamanho grande. Olhe acima... Ótima pra comer quentinha, saindo do forno, com humus ou tehina, ou com shuarma como mostra na foto.

Laffa com shuarma - uma delícia e sustenta muitoooooo!

Espero tê-los ajudado a entender um pouco mais de comida urbana de Israel, agora quando vierem pra cá, já sabem o que pedir, quanto pagar mais ou menos, e o que vem dentro de cada um desses pratos.

Caso alguém se interessar por receitas ou pela tehina, entrem em contato pelo meu blog ou enviem email para: workvivi@gmail.com, enviarei com prazer, e a tehina poderá ser adquirida através da minha loja, assim como temperos daqui também.

Bom apetite!

sábado, agosto 11, 2012

A compaixão do pai do filho pródigo

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João Cruzué

Fui assistir hoje, pela décima vez, o filme Lutero. E sempre que o vejo, aprendo uma coisa nova ou descubro algo que antes não tinha prestado atenção. Desta vez, quase no final do filme, me deparei com a cena em que Lutero contava a párabola do filho pródigo para um grupo de crianças. Por que aquele pai saiu correndo para abraçar o filho? perguntou. Eu imagino que tudo mundo saiba, mas de algum modo, eu não tinha pensado nisto antes.

Quando o filho pródigo voltou, poderia ter acontecido o mesmo que certamente ocorre na maioria das grandes Igrejas evangélicas brasileiras: Nada! 


Preocupados com tantas reuniões, pregações, convenções, prioridades... Os levitas e sacerdotes de nossa época não mudaram, continuam tão religiosos quanto os personagens parábola do "Bom Samaritano". E como tem "irmãos" mais velhos em nossos dias!

O pai do pródigo não se esqueceu do seu garoto. Ele o amava. E, todo dia olhava pelo caminho por onde o filho tinha se ido embora. Foi por isso que o avistou ainda longe, voltando para casa. Então saiu correndo ao encontro do moço, abraçou-o e beijou-o.

No filme, Lutero conta às crianças a história do Pai do filho pródigo: Sabem por que aquele Pai saiu correndo para abraçar o filho? Foi porque ele tinha medo  que o filho caçula fosse humilhado e mal recebido. Ele sabia que se isso acontecesse o jovem voltaria de vez para ficar junto aos porcos. 


Era exatamente isso que teria acontecido se a primeira pessoa a recebê-lo fosse, por exemplo,  o irmão mais velho.

Essa atitude tem um nome: compaixão.





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