domingo, novembro 27, 2011

O Salmo dos políticos cristãos


Salmo Primeiro

Paródia de João Cruzué

BEM-AVENTURADO o político cristão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos corruptos.

Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.

Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.

Não são assim os corruptos; mas são como a moinha que o vento espalha.

Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os políticos corruptos se elegerão na congregação dos justos.

Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos corruptos perecerá.





100 mil blogs evangélicos até dezembro 2012.

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João Cruzué


Tenho acompanhado o crescimento da blogosfera evangélica brasileira desde 2007. Acredito que ela não atingiu ainda nem 10% do seu potencial de popularização. Depois do Rádio e da TV, a Internet é a maior forma de comunicação e evangelização já disponibilizada. Se a Igreja evangélica brasileira tem mais de 20 milhões, 100 mil representam apenas 5% dos que poderiam aprender a publicar conteúdo na WEB.

O Evangelho foi atingido pelo fenômeno da globalização. A Internet abriu as portas do mundo para ouvir as boas novas da Palavra de Deus. O tempo é curto. Terremotos e mais terremotos. Filmes de ficção científica de meteoros e cometas vem produzindo impacto na terra e na mente de centenas de milhões de pessoas. Diante disso temos duas alternativas: aceitar o impacto da mensagem subliminar passivamente ou aproveitar o contexto para protagonizar um impacto de fé para glória de Deus.

Entre algumas frases quotadas por pessoas notáveis do passado, escolhi uma de Eleanor Roosevelt, que gostaria de comentar mais abaixo.

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"Grandes mentes discutem ideias,

mentes medianas discutem eventos


e mentes pequenas discutem sobre pessoas."

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Por que 100 mil blogueiros até 2012? Bom, temos as circustâncias a nosso favor, e brevemente teremos mais um: a Microsoft outra gigante do mundo digital decidiu desbancar o Google nos serviços de busca e conteúdo. Isto pode significar mais oportunidades para publicação de conteúdo gratuitamente na Internet. Competição pelo grande potencial de receitas de anúncios virtuais. Um enorme campo de batalha está disposto.

De um lado está a grande imprensa tradicional que gasta uma fortuna com repórteres e jornalistas para produzir jornais e revistas - onde - veiculam anúncios de grandes usuários: indústrias automobilísticas, bancos, cosméticos, petroquímica e bebidas alcoólicas. Do outro lado os grandes portais de serviços da Internet: Google, Bing e Yahoo. O Google tem a maior fatia do mercado de publicação de anúncios virtuais. A imprensa tradicional ainda não sabe faturar na Internet pois perdeu o trem da oportunidade. Discute nos tribunais o abuso do Google que se apropria de conteúdo tradicional sem pagar por isso.

Ao acionar o dispositivo de busca todo usuário começa a sofrer um bombardeio de anúncios. Quando um blogueiro, como você ou eu, começa a produzir conteúdo, notícias originais, reportagens, mensagens, crônicas, testemunhos, críticas, e as publica na WEB é um leitura a menos nos sites tradicionais. Quem ganha com isto? o Google que procura disponibilizar notícias produzidas fora da grande imprensa. É por isso que temos o Blogger gratuitamente, pois isso interessa ao dono na plataforma.

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Precisamos de 100 mil blogueiros

que tenham o temor de Deus;
que escrevam e publiquem

para sua glória, e não para sua vergonha!

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Fico me perguntando: por que precisamos de 100.000 blogueiros publicando na Internet até 2012? Bom, é porque eu creio em um sonho. Se criarmos e produzirmos um movimento que leve a maioria das lideranças evangélicas deste país a participar da produção e publicação de conteúdo cristão na Internet teremos levado a Igreja do Senhor a um mais um
shift em sua cultura de comunicação. É preciso deixar de ser apenas um leitor passivo para se tornar se tornar um protagonista atuante neste mundo digital, onde as novas gerações já nascem com o dedo no celular e não se desgruda de um computador.

Cem mil blogueiros evangélicos. Estamos muito ocupados desde 2007 na missão de multiplicar as fontes de conteúdo bíblico - a começar por blogs, e não somente em blogs. É preciso ser um erudito para começar? Não. É preciso ter um diploma de teólogo? Não. É preciso ser um pastor para começar? não. E justamente porque não é a Igreja, nem a Universidade, nem o Seminário que disponibilizam as plataformas de publicação. É por isso que não há barreiras de qualquer espécie, a não ser a forma de pensar da própria pessoa. E quanto a isto, Romanos 12:2 dá uma verdadeira receita: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que conheçais a boa, a agradável e a perfeita vontade de Deus."

Eu prefiro ler o testemunho e a frase de um blogueiro evangélico do que a crônica de um ateu. Sei que Internet tem espaço para milhões de publicadores, de ativistas engajados com a grande comissão. Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." João 8:12. E disse também: "Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." Mateus 5:13.

O que é preciso para começar: abrir uma conta de email no Google: www.gmail.com e criar o primeiro blog no portal do Blogger: www.blogger.com . Pronto. Como devo começar? Vou dar uma sugestão: comece publicando com riqueza de detalhes o testemunho de sua conversão. Depois, escreva, revise e publique todas as mudanças e bênçãos que Deus fez em sua vida. Nisso eu tenho certeza, que haverá mais de 200 mil textos edificantes inundando a Internet e sendo fonte de bênçãos e inspiração para milhões de leitores. Basta que cada blog receba 10 visitas de pessoas não cristãs. Se ficarmos apenas e tão somente nisso, já teríamos produzido um poderoso impacto na vida de milhares de pessoas. Só para lembrar: um blog do Google pode ser lido em qualquer lugar do mundo.

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Só para lembrar:

um blog do Google ou do
Wordpress,

pode ser lido em qualquer lugar do mundo.


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Tenho ouvido opiniões negativas da maioria dos blogueiros veterenos de que isto é pura perda de tempo, pois - segundo eles - a qualidade dos conteúdos publicados é muito pobre. Em parte eles têm razão: há mesmo muita gente que procura o caminho do sucesso mais fácil e menos trabalhoso de copiar em lugar de PRODUZIR textos de própria lavra. Mas estou falando de uma cultura onde as pessoas adquiram o hábito de usar a internet para escrever e publicar. Uma cultura de uso ativo da Internet. Considero que o esforço e o tempo podem resolver a dificuldade, uma vez que de 2004 para cá eu percebi que melhorei muito e tenho mais de 1.000 leitores diários mesmo não sendo pastor, nem teólogo, nem blogueiro de fofocas.

O que é preciso para conseguir 100 mil blogueiros evangélicos publicando até 2012? Resposta: muita comunicação e conscientização. Cada líder evangélico, não importa se adolescente, jovem, músico, pastor, levita, Batista, Assembleiano, Presbiteriano, Metodista, de todas as Grandes e pequenas Igrejas, comunidades e missões, DEVE SABER e SER CONSCIENTIZADO de que a Internet é boa para o lazer, para ler, pesquisar, mas melhor ainda é produzir textos e publicá-los para outros os leiam. Impactar, sem ser apenas impactado. Formar opiniões em lugar de ter a mente massificada. Conduzir, iluminar, salgar, em lugar de ser tangido e entristecido pela opinião de ímpios e ateus.
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Eu também tenho um sonho.

E neste sonho, eu posso ver milhares de evangélicos escrevendo

e publicando textos para a glória de Deus.

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Eu também tenho um sonho: e neste sonho eu posso ver milhares de evangélicos escrevendo e publicando textos para a glória de Deus. Aprendendo melhor a língua portuguesa para encantar seus leitores. Deixando de lado o foco emperrado no aspecto negativo da vida dos outros para emprestar os olhos a Deus para enxergar mais longe e mais alto. Vejo antigos copiadores escrevendo e publicando conteúdo posicionado na primeira posição de um buscador. Vejo o Pastor despertando seus liderados, os seminários abrindo a visão de seus educandos, a família conscientizando seus membros e a juventude editando notícias e eventos. E tudo isso a custo financeiro mínimo.

Cem mil blogueiros é um número alcançável? Na minha opinião ele é até baixo. Incentivar e fomentar uma nova consciência mais ativa e mais participativa, no mundo digital, é a missão comecei implementando de setembro de 2008 a abril de 2010 n União de Blogueiros Evangélicos e prossigo fazendo o mesmo hoje na Associacão de Blogueiros Cristãos.

Termino dizendo que tenho os pés no chão. Sei que o mundo digital tem produzido impactos sutis dentro de nossas casas. Ficamos menos comunicativos na vida real. Mais isolados. Menos propensos ao dialógo na vida real. Quem já assistiu o filme "O substituto", com Bruce Willis, entende o que estou dizendo. Creio firmemente que a fé cristã precisa de ambiente cristão real.

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Mas se o mundo se isola e se fecha

em um quarto atrás de uma tela de computador, é nele

que temos uma grande oportunidade de produzir impacto!

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Mas se o mundo se isola e se fecha em um quarto atrás de uma tela de computador é nele que temos uma grande oportunidade de produzir impacto! É preciso muito mais que 100 mil blogueiros evangélicos. Não para fazer fofoca, falar mal da vida e da Igreja dos outros, perder tempo com frivolidades - para isto já tem outros que fazem bem este papel. Precisamos de 100 mil blogueiros que tenha temor de Deus, que escrevam e publiquem para sua glória.


cruzue@gmail.com


sábado, novembro 26, 2011

O Natal e o perdão de José do Egito

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João Cruzué

Eu confesso a você que estou de fato ficando velho. Ou, pelo menos, mais emotivo e mais chorão. É claro que já li, ouvi e ensinei sobre José do Egito. Mas ontem, passando por Belo Horizonte, assisti (outra vez) o mesmo filme e percebi novas mensagens e novos ângulos durante a história desse moço. É claro que o roteiro não segue literalmente a Bíblia, todavia não a contradiz.

Desde a primeira vez que reviu seus irmãos, na ocasião que foram comprar trigo no Egito, o coração de José reviveu velhas emoções. Emoções que não machucavam mais. Por que? Primeiro com a chegada de Manassés, cujo significado é mais ou menos: Deus me fez cicatrizar as feridas com que fui ferido na casa de meus irmãos. Esta versão não é literal, mas é citada nos Profetas, apontando para Jesus.

O sofrimento na vida de José tinha, sim, o grande propósito. Não foi um sofrimento pequeno. Primeiro foi atirado em um poço. Depois cogitaram de matá-lo. Em seguida, foi vendido como escravo. E não parou por aí. Perseguido pela mulher do Intendente, foi acusado injustamente de tentativa de estupro. De preso, desceu à condição de presidiário. A Bíblia não menciona qualquer ação do diabo, mas quem poderia ter tanto interesse em ferir, machucar e matar José?

Ao tempo da chegada de Manassés, o coração de José já tinha as feridas cicatrizadas. A presença súbita dos irmãos em busca do trigo do Egito era o primeiro ato para solucionar a questão de uma vez por todas. Simeão ficou, para forçar a vinda de Benjamim.

O segundo ato começou quando o trigo do Egito acabou na casa de Israel. Com muito desgosto, o velho Jacó cedeu. Judá se responsabilizou pela vida do rapaz. Foram, compraram o trigo, mas o cálice do governador do Egito foi achado no saco de trigo de Benjamim. Um golpe duríssimo. Então o Judá, que deu a ideia de vender José como escravo, se ajoelhou e pediu para ficar como escravo no lugar do irmão mais novo.

Diante daquelas mudanças, o coração de José foi esmagado pela voz do perdão: Irmãos, eu sou José. Naquele dia, e naquele momento, Deus providenciou o perdão que faltava, não para quem foi ferido, mas para quem odiou, magoou, maltratou, e tirou a liberdade de um irmão.

Deus trabalhou para vencer o mal dos três lados.

José foi o primeiro a perdoar. Por isso, a presença de Deus o levou até uma vida medíocre nunca o levaria. A culpa que (de vez em quando) atormentava as consciências dos irmãos mais velhos também foi perdoada - pela bondade de Deus que movia o coração de José. E o velho Jacó, que fazia diferença entre filhos e filho, tornou a ver a face de um filho que achava estar morto.

Acredito que aqueles dias, foram dos mais felizes já acontecidos na família de Israel. Setenta pessoas se abraçando, chorando, louvando a Deus. Deixando a fome e recebendo a fartura da provisão de Deus.

E tudo isso teve inicio quando brotou o perdão no coração de José. E ele não foi surdo à voz de JEOVAH. E perdoou.

Natal é tempo de Cristo. Cristo ensinou que é preciso perdoar. É difícil? É. Você não é obrigado perdoar. Mas se não fizer isto, vai impedir a vitória que Cristo tem para lhe dar e trazer para dentro da sua casa e no meio da sua família.

Se José tivesse retido o perdão, a história de Israel seria bem outra. Um filho morto na prisão e o restante da família, ceifado pela fome.

Antes de chegar o Natal, trate suas feridas com oração e o perdão de Cristo. Faça como José do Egito.





terça-feira, novembro 22, 2011

Opinião de blogueiro evangélico

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João Cruzué

Estou de férias. Após um longo ano de muita instrução de processos. Assim, sobrou um tempinho para respirar e escrever um artigo atualizado do que estou pensando sobre nosso futuro na Internet como blogueiros cristãos, depois de (meus) seis anos de uso do Blogger do Google.

1. Blogueiros costumam ser individualistas - cada um no seu casulo. Nós cristãos podemos ser diferentes.

É isso mesmo. Mas sozinho, não dá para manter um entusiasmo crescente por muito tempo. Também é antibíblico agir sozinho. Veja: Os grandes portais das mídias impressas seculares usam um time de blogueiros. A direção é blogar em grupo. É difícil? É. Por analogia vou usar uma coisa que todos gostam. Um carro. São milhares de peças. Quando reunidas, bem ajustadas, com combustível no tanque, pode funcionar como um relógio e nos levar mais rápido e para longe. Eis o grande desafio: abandonar o casulo e migrar do individual para o comunitário, pelo exercício da comunicação e da humildade.

2. Estilo de postagem.

Eu dou graças a Deus pela paciência sua paciência de leitor. Já coloquei até um texto no
sidebox pedindo perdão por não poder agradecer de pronto a sua boa vontade de não ter desistido, ainda, de comentar alguns de meus posts. Sinceramente: Tenho três horas livres de segunda à sexta. Único tempo disponível para festar com a família. O resto (maioria) é gasto no trabalho e no trânsito de São Paulo.

Bem, na minha opinião, um blogueiro cristão deve escrever/comentar sobre tudo. Ou quase tudo. Melhor ainda: Se priorizar a criação de notícias trabalhando sobre fatos originais. Principalmente sobre os assuntos de grande interesse popular.

A diferença é que um blogueiro cristão deve evitar o excesso de polêmicas, sempre que possível. Como também deve evitar cabresto e patrulhamento ideológico/teológico da cultura religiosa de onde vem. Você pode revelar (sem perceber) as faces de seu caráter quando escreve. E o caráter de um cristão é mostrado pela moderação nas palavras e não pela beligerância delas. Posso dizer tudo o que penso, mas nem tudo pode ser edificante. Coerência e respeito à consciência dos leitores é um bom investimento para crescer sempre, considerando que o bom senso das pessoas rejeita o radicalismo.

Escrever sobre assuntos variados, como é variado o conteúdo de uma boa revista. Surpreendendo os leitores antigos e cativando os novos com
posts bem construídos, inteligentes. Não é petulância minha lembrar um ponto importante: quanto mais presentes estivermos na produção e publicação de conteúdo na Internet melhor. Não basta postar, tenho firme convicção de que temos que desafiar que outros também venham a publicar. Somos atores de um processo de aculturação digital. E o mundo digital passa por transformações diárias. A velocidade das transformações é rápida demais. Se não investirmos tempo e esforço nessa direção vamos perder nossa capacidade de comunicação com as novas gerações.

A cultura cristã que eu vejo deve influenciar todas as áreas humanas, principalmente as de interesses de adolescentes e jovens, pois são eles que definem os fins da era digital. E isso pode ser feito sem perder a presença de Deus em nossa vida. O processo da comunicação do Evangelho pode envolver novas formas e novos conceitos, a essência da sua mensagem, não.

3 . Ainda há futuro para quem ainda pretende começar um blog cristão?

Minha resposta sempre foi sim. Como ponto de partida, não de chegada. Um blog é uma mídia digital nada desprezível. Quando comecei não era tão popular por aqui. Hoje todos os artistas e esportistas têm um. Desde 2007 a União de Blogueiros Evangélicos e outras associações de blogueiros têm incentivado e promovido a criação de Blogs.

Foi manuseando blogs que aprendi sobre HTML, CSS, design gráfico, melhora no uso da Língua Portuguesa, indexação por tags, funcionamente de motores de busca, entedimento dos aplicativos de estatísticas de visitas, trend topics ou assuntos populares do momento, etc. Se eu tivesse desprezado tudo isso e continuasse acomodado a uma cosmovisão antiga tudo isso seria "grego" para mim. Não teria acumulado os conhecimentos que tenho, que não são tantos, mas, consideráveis.

Como cristãos, tudo o que Deus tem feito por nós é motivo de agradecimento. Quando você dá seu testemunho ou conta uma bênção na sua Igreja, o alcance da sua voz pode ser restrito. Mas quando você escreve sobre as coisas que Deus lhe deu, eum uma mídia de alcance GLOBAL (um blog) sua gratidão pode ser conhecida na sua língua em qualquer canto do mundo. E se você traduzir para o inglês, poderá ser lido por quase três bilhões de pessoas. Isso não é nada desprezível.

É preciso uma consciência cristã sensível para começar. E uma disciplina de um maratonista para continuar. Escrever e publicar pelo menos um texto por semana. Os não cristãos escrevem por vários motivos. Nós podemos escrever sobre tudo, mas sempre com um propósito sincero de glorificar a Cristo. Um meio para buscar um fim.

4. Como alguém vai ler minhas coisas, se sou como uma formiga diante dos grandes sites da Internet?

Não menospreze o talento que você não sabe (ainda) que tem. Quando eu não tinha contadores de visitas em meus blogs, achava que ninguém os lia. Nos dois anos (2005 e 2006) comecei a usá-los e descobri que tinha recebido 7.000 visitas. Para atingir a mesma quantidade, hoje, eu preciso em média de apenas quatro dias. Diante de outras mídias digitais seculares é muito pouco, entretando estou sempre crescendo.

De onde vieram tantos leitores? Desde março 2008 já foram mais de 2 milhões de visitas. Mas não é tanta gente assim. Uma coisa precisa ser dita: 95% de meus leitores chegam até meus textos pela
busca do Google. A mesma empresa que hospeda gratuitamente o meu e todos os blogs que possuem a extensão "blogspot". O Google não privilegia os grandes sites em detrimento de meus textos. De certa forma a divulgação é democrática. E, é assim porque a esta empresa interessa que a maioria do conteúdo da internet seja produzido por pessoas que utilizam sua plataforma.

5. Qual é o grande segredo de aparecer na primeira página de buscas do Google em qualquer assunto?

O segredo não é complicado. Primeiro, você precisa postar com regularidade. De um a dois textos (de sua autoria) por semana. Dê preferência a criar seus próprios textos, isto é muito importante. Segundo: aprenda a planejar o título das suas postagens. Isto mesmo! Títulos planejados para suas postagens. Por exemplo: veja o link da combinação das três "tags" (palavras importantes) que usei para titular o texto: opinião+blogueiro+evangélico". Veja as possibilidades de busca: 1) opinião de blogueiro; 2) Blogueiro Evangélico; 3) Opinião Evangélico; 4) Opinião de Blogueiro Evangélico.

Um título planejado precisa ter
no mínimo de três tags. Pense: Se alguém for fazer uma pesquisa na Internet, que palavras ele vai usar na busca do Google, para chegar até seu texto?

Texto maravilhoso sem um título bem planejado é como colocar uma nuvem escura entre o sol e o seu blog. Pense nisto.

6. Por que criar mais um blog evangélico?

Se você tem espírito de liderança, você precisa ter um blog. Se você já exerce de fato esta liderança em alguma área da sua Igreja, você precisa publicar um blog. Se você serve, principalmente, no ministério do Ensino, deve começar a publicar um blog com urgência.

Por que?

Porque há muitos leitores esperando para saber o que Deus tem feito por você.

Porque a maioria das pessoas que publicam na Internet não é cristã.

Porque a maioria dos formadores de opinião não é cristã.

Porque Deus espera que você compartilhe com todo mundo o que recebe Dele.

Porque o Espírito que habita em nós não é indiferente diante das oportunidades de apregoar o Evangélico para todos os povos, raças tribos e nações.

Porque nossos filhos e netos são usuários frequentes da Internet.

Porque mesmo se você achar que todos os argumentos acima não sejam válidos, vou responder dizendo que o mal nunca dorme nem desanima.


7. Um blog, comparado com um site, não é uma mídia inferior?

Não. Se fosse, o Hufpost não teria sido vendido no ano passado por 350 milhões de dólares. E esta é apenas uma das respostas. Aproveite e planeje o seu; por enquanto tanto a criação quanto a hospedagem pode ser de graça. Daqui a alguns anos, não teremos mais esta oportunidade.

Se quiser mais detalhes para começar: como blogar e
curso de blogs


Associação de Blogueiros Cristãos





Regência verbal do verbo assistir

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João Cruzué



1 - Assistir de: ver um programa ou um filme.

Detalhe: uso da preposição "a".

Ele assistiu ao Jornal Nacional.



2 - Assistir de: prestar socorro, auxiliar.

Detalhe: sem preposição.

O médico assistiu o motoqueiro atropelado.



3 - Assistir de: morar.

Detalhe: uso da preposição "em".

O ex-presidente assiste em São Bernardo do Campo.




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Combate ao turismo sexual na Amazônia

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UMA REALIDADE CRUEL

MAS POR SER TÃO FREQUENTE , PASSOU A SER VISTA COMO "NATURAL"



IHU On-Line.

Entrevista com Dom Flávio Giovenale/bispo de Abaetetuba-PA


Desde quando acontece turismo sexual no Brasil? Quais são as razões que favorecem essa prática?

Dom Flávio Giovenale – Há dezenas de anos. Mas, nos últimos 15 anos, o turismo sexual se intensificou nas regiões Norte e Nordeste. Antes, as vítimas eram mulheres, mas, agora tem se intensificado o turismo sexual infantil.

Na verdade, o turismo é um meio utilizado para praticar a prostituição. Os estrangeiros, especialmente americanos e europeus, que se envolvem nesse tipo de turismo querem satisfazer seus extintos com “pessoas exóticas”. Eles pensam que o Brasil é o país do sexo e do paraíso. Há alguns anos, a propagada federal brasileira contribuía para intensificar esse crime no país, pois apresentava o Brasil com imagens de mulheres e passava a ideia de que no país tinha “mulher fácil”. O nome Amazônia é algo mágico para os estrangeiros e eles gostam de dizer que fizeram sexo com uma pessoa da região.

Outra causa que facilita o ingresso de estrangeiros no país é a falta de controle policial. Portanto, passa-se a ideia de que no país é possível praticar um crime e ficar impune. Além disso, cresce, no mundo, uma propaganda em vista “do prazer custe o que custar” e algumas pessoas acabam priorizando o prazer.

Quais são os motivos que levam as pessoas a se prostituírem?

Dom Flávio Giovenale – Na Amazônia, a grande causa que leva as pessoas a se prostituírem é a miséria. Aqueles que moram no interior dos estados da Amazônia não têm perspectiva de vida. As capitais dos estados concentram a força econômica, enquanto os municípios do interior vivem do funcionalismo público, das aposentadorias e do Bolsa Família. Escutamos relatos que são inacreditáveis: pessoas trocam uma relação sexual por um cachorro-quente. É triste dizer isso, mas as pessoas se submetem a essa situação porque sentem fome.

Muitas meninas recebem propostas de morar na cidade para poder estudar e trabalhar em casas de família; mas, quando chegam ao local, se transformam em escravas sexuais. Elas são ingênuas e desconhecem a realidade. Por outro lado, alguns jovens pensam que a única perspectiva de vida é a prostituição. E, ao escolher entre ser prostituta do interior, passando fome ou ser prostituta nos grandes centros, preferem migrar para as cidades com a esperança de não passar fome.

Na região também cresce o tráfico sexual entre a classe média?

Dom Flávio Giovenale – De vez em quando aparece alguma denúncia em relação à classe média. Porém, o tráfico sexual é muito forte em algumas regiões como a Ilha de Marajó – nesses locais há uma união entre miséria e organizações criminosas. Não sei dizer se aumentou o tráfico sexual ou se aumentaram as notícias e o interesse em investigar esses casos de prostituição.

Qual é o destino das vítimas do tráfico sexual? Existem rotas internacionais que favorecem a intensificação desse crime?

Dom Flávio Giovenale – Na região oriental da Amazônia, onde ficam os estados do Pará e Amapá, tem um destino que liga a Goiás, e de Goiás as pessoas são levadas para a Europa. A outra rota é por meio da Guiana Francesa e Suriname. Nesses dois países existem comunidades brasileiras clandestinas, que trabalham em garimpos. As vítimas do tráfico sexual são levadas a esses locais e trabalham em bordéis, garimpos, nas periferias das cidades e nas capitais.

Essas pessoas costumam retornar para o Brasil?

Dom Flávio Giovenale – Pouquíssimas. Voltam aquelas que são resgatadas pela polícia, mas, geralmente chegam ao país com pouca perspectiva de vida. Depois de migrarem para esses países, é difícil retornar porque para isso é preciso dinheiro. Algumas pessoas deixam de ser exploradas e passam a ser aliciadores, tornando-se subchefes do tráfico. Poucas pessoas conseguem superar a condição de miséria dos garimpos, pois estes locais são extremamente controlados. Nos bordéis, normalmente as mulheres são tratadas como escravas e são vigiadas.

O turismo sexual se configura como um problema social no Brasil? Em sua opinião, a sociedade e o Estado estão dando a devida atenção a esse problema?

Dom Flávio Giovenale – Nos últimos anos, aumentou a consciência de que o turismo sexual é um crime, tanto que a propaganda do Brasil no exterior foi alterada no sentido de mostrar as belezas naturais, sem apelo sexual. Também existe no país um desejo de mudança e um sentimento de revolta, porque os brasileiros não querem ser vistos como um “povo fácil”. Além disso, há um empenho positivo do governo contra o turismo sexual por meio de campanhas. Por isso lhe digo que não sei dizer se há um aumento do tráfico sexual ou se agora as autoridades estão descobrindo o que acontece. Em minha avaliação, a descoberta de casos de turismo e de exploração sexual demonstra que a luta contra os crimes está sendo eficaz.

Como a população reage diante do turismo sexual e da exploração sexual na região da Amazônia e do Pará? As pessoas costumam denunciar esses casos?

Dom Flávio Giovenale – A grande maioria da população reage com indignação. Mas a situação da miséria é tão intensa, que o fato de alguém da família se prostituir por um determinado período é uma situação considerada normal. É triste dizer isso, mas em algumas famílias todas as mulheres já se prostituíram. Geralmente, a história começa com a mãe; depois continua com a irmã mais velha, que ao completar 18 anos deixa de se prostituir porque chegou a vez da irmã mais nova, de 12 anos. Essas são situações localizadas, onde a venda do sexo para pessoas da região ou para turistas se torna uma atividade normal.

A construção de megaobras no Pará e na região tem favorecido a violência sexual?

Dom Flávio Giovenale – Todas as grandes construções implicam um deslocamento muito grande de pessoas. As fazendas da região também estão recebendo um aglomerado de homens, porque um projeto de biodiesel, coordenado pela Petrobras em 38 municípios do Pará, gera uma movimentação de milhares de pessoas na região, que migram para trabalhar nas plantações de dendê.

Nos dias de pagamento, as vilas dos agricultores enchem de prostitutas, que se prostituem de sexta a domingo. Muitos dos trabalhadores dessas grandes obras vêem na prostituição uma diversão para final de semana. Essa á uma realidade que se repete em todos os grandes empreendimentos. Recentemente, li uma notícia de que o governo brasileiro está preocupado com os futuros eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas no sentido de evitar a prostituição.

Como vê a legislação e a fiscalização da exploração sexual e do turismo sexual no país?

Dom Flávio Giovenale – O Brasil está firmando vários acordos internacionais com países como Inglaterra, França, Itália para prevenir o tráfico sexual. Então, por exemplo, se um italiano abusar sexualmente de uma menina brasileira, o crime será julgado na Itália como se tivesse sido feito com uma menina italiana.

Há alguns anos, dois aviões fretados com turistas que tinham conotação sexual chegaram a um aeroporto brasileiro e, imediatamente, a polícia os mandou de volta para o país de origem. Penso que o Brasil não está fechando os olhos para o problema. Essa violência tem que ser tratada como um crime contra a humanidade.

Recentemente, jornais americanos repercutiram o envolvimento de empresas americanas com turismo sexual no Brasil. O senhor sabe dizer que empresas são essas?

Dom Flávio Giovenale – Li que a Polícia Federal está investigando uma agência americana de turismo, que tem base em Manaus. Essa empresa organizava um pacote turístico que incluía turismo sexual. Não vejo essa notícia como algo estranho porque o turismo sexual não se organiza sozinho; tem o apoio de agências. Alegro-me quando esses casos são descobertos e espero que os aliciadores sejam punidos.

O senhor continua sendo ameaçado de morte em função das denúncias que fez sobre o turismo sexual na Amazônia?

Dom Flávio Giovenale – Há dois anos e meio não recebo mais ameaças. Depois da divulgação de que eu estava sendo ameaçado, parei de receber mensagens. Recebo bastante apoio do povo e das autoridades que moram na região. Sinto-me bem trabalhando na comunidade e espero continuar meu trabalho com serenidade.


Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

D. Flávio Giovenale, SDB, é bispo de Abaetetuba, Pará. Ele é um dos bispos ameaçados de morte por denunciar o tráfico humano. Ele sempre é acompanhado por agentes de segurança.


MAIS SOBRE O PROBLEMA NO PARÁ

1. O caso da
adolescente L.

2. Abaetetuba- calbouço medieval



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quinta-feira, novembro 17, 2011

Dia da Consciencia Negra - Eu tenho um sonho - de Martin Luther King

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Pastor Martin Luther King
(15/01/1929 - 04/04/1968)


Tradução de João Cruzué

"Eu lhes digo hoje, meus amigos, apesar das dificuldades que enfrentamos hoje e amanhã, eu ainda tenho um sonho. É um sonho enraizado no Sonho Americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e dará testemunho do verdadeiro significado do seu credo; nós conservamos estas verdades para que fique autoevidente: Que todos os homens foram criados iguais.

Eu tenho um sonho, que um dia sobre as colinas vermelhas da Geórgia os antigos donos de escravos serão capazes de se assentarem juntos à mesa da irmandade.

Eu tenho um sonho que um dia, mesmo o estado do Mississipi, sufocado pelo calor da injustiça, sufocado com o calor da opressão, será transformado em um oásis da liberdade e da justiça.


Eu tenho um sonho: Que um dia esta nação se porá de pé e viverá o verdadeiro significado de sua crença: Nós conservamos esta verdade para ser auto-declarada, que todos os homens foram criados iguais.

Eu tenho um sonho, e nele, meus quatro filhos pequenos viverão em uma nação em que não serão julgados pela cor de suas peles, mas pelo conteúdo de seus caráteres."


Eu tenho um sonho que meus quatro filhos um dia viverão em uma nação onde eles não serão julgados pela cor da sua pele mas pela conteúdo de seus caráteres.

Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia lá embaixo no Alabama com seus vícios racistas, com seu governador tendo em seus lábios palavras de interposição e nulificação, um dia bem ali no Alabama, os garotinhos negros e menininhas negras serão capazes de andar de mãos dadas com os garotinhos brancos e menininhas brancas, como irmãs e irmãos.

Eu tenho este sonho hoje.


Esta esperança é nossa esperança. É com esta fé que eu me volto para o Sul. É com esta fé que nós seremos capazes de transformar a montanha do desespero em uma pedra de esperança. Com esta fé nós seremos capazes de trabalhar juntos, lutar juntos, para juntos ficarmos de pé pela liberdade, sabendo que um dia, nós seremos livres"

"Deixe a liberdade ressoar. Nos cumes das colinas prodigiosas do Novo Hampshire, deixe a liberdade ressoar. Nas montanhas poderosas de Nova York, deixe a liberdade ressoar. Nas elevações dos Alleghenies da Pensilvânia, deixe a liberdade ressoar. Mas não só isto; deixe a liberdade ressoar no Monte Stone da Geórgia. Deixe a liberdade ressoar em cada colina e até nos montículos de terra das toupeiras do Mississippi.

E quando isto acontecer, quando nós a deixarmos ressoar, vamos nos apressar para aquele dia quando nós, todos os filhos de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e pagãos, Protestantes e Católicos, seremos capazes de nos dar as mãos e cantar as palavras do velho Negro Espiritual:


"Livre por fim, livre por fim

Graças ao Poderoso Deus

Por fim, livre eu estou."





Autoria do Sermão: Pastor Martin Luther King, Jr.
Local: Lincoln Memorial
Washington-DC/USA
1963

Tradução de João Cruzué - para o Blog Olhar Cristão





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TV Globo - Vem aí o primeiro Especial Gospel de Natal

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Foto: Henrique Porto/G1
Promessas
O Diretor Luiz Gleizer do núcleo global (óculos) e parte dos primeiros artistas evangélicos da Som Livre

João Cruzué

Veja depois a Matéria atualizada


Domingo, 18 de dezembro de 2011. Esta data vai marcar entrada definitiva de um peso pesado da Televisão Brasileira na Música Gospel. A partir das 22:30, a Rede Globo de Televisão vai transmitir o primeiro Especial de Natal da Música Gospel Nacional - o Show Promessas. Seu alvo: O domínio de um mercado musical que vende mais de 2 bilhões de reais por ano.

O tempo do Gospel chegou ao Brasil.

A gravadora Som Livre está investindo em artistas evangélicos de peso do mundo gospel, para aumentar o faturamento das Organizações Globo. Diante do Trono, André Valadão, Ana Paula Valadão, Davi Sacer, Ludmila Feber, Regis Danese, Asaph Borba, Carlinhos Felix, já estão na busca da gravadora
Som Livre/Gospel.

A raiva do Bispo Macedo destilada contra Ana Paula Valadão no domingo passado era uma reação típica de um mau perdedor. Enquanto ele apostava em novelas mundanas para vencer sua guerra particular contra a TV Globo, a família Marinho o surpreendeu apostando na música Gospel, para conquistar mais audiência entre os crentes.

Um dos maiores sinais deste aproximação foi dada há poucos anos, quando a emissora desautorizou um escritor de novelas a levar ao ar em uma novela a primeira cena de um beijo gay. E por que não avançou o sinal como sempre fazia? Porque estava cuidando de seus interesses futuros, ou melhor, no potencial de consumo de 40 milhões de crentes.

Se a qualidade da música evangélica vai melhorar ou piorar, me arrisco a dizer que vai melhorar. Pelo menos três grandes gravadoras vão disputar os melhores compositores e os melhores artistas. O mercado musical dos padres católicos já está se esgotando. E a Igreja Evangélica sempre teve tradição de produzir artistas de grande talento.

Raul Gil sabe disto. A Globo resistiu, torceu o nariz, desprezou, mas acabou se rendendo ao que milhões de brasileiros já aprovaram. Há uma multidão de gente que detesta, mas não importa: 25% dos brasileiros gostam de Música Gospel.

Que venha o Primeiro Especial Gospel de Natal da Rede Globo. Minha casa e eu queremos ver o Show "Promessas" do início ao fim.



Veja aqui a Matéria atualizada

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quarta-feira, novembro 16, 2011

Os Negros na Bíblia Sagrada



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"Há Negros na Bíblia?"
(Comentário sobre o Livro do Reverendo Arão Litsuri)


BRAZÃO MAZULA / de MOÇAMBIQUE


Dois aspectos introdutórios à minha fala:

Quando recebi um exemplar do livro, das mãos do meu padrinho de casamento e com uma dedicatória muito amiga do autor, havia-me decidido a lê-lo pela curiosidade que o título em si provocava em mim; talvez não o lesse agora; ii) telefonei ao Rev.do Arão Litsuri para felicitá-lo pela obra e agradecer-lhe pela gentil dedicatória. Foi então que disse que queria falar comigo. Numa tarde dessas, encontramo-nos no Hotel Polana. Ele bebendo água e eu tomando um copo de leite, o Rev. Arão Litsuri convidava-me a falar do livro por ocasião do lançamento. Fiquei surpreendido, porque não esperava. Salvo o único encontro que tive com ele durante o processo eleitoral de 2004, do qual ele foi presidente, encontramo-nos algumas vezes em momentos formais e protocolaras, mas nunca tivemos um encontro para bate-papo.

Aceitei o convite, porque não podia recusar. Por duas razões: i) por princípio de vida, não costumo recusar à Igreja: eu sou resultado da formação da Igreja e nunca conseguirei retribuir o quanto a Igreja me deu; - ii) é difícil recusar um convite destes provido duma personalidade com a estatura moral do Rev. Litsuri. Arão Litsuri é artista nato em música, é pastor e dirigente religioso, é mestre. Isto significa que o seu convite é refinado e bem peneirado. No entanto, aceitei o convite com a ressalva de que não sou teólogo. Rev.do Litsuri sorriu como quem não concordava com a minha ressalva.

O Rev.do Litsuri apresenta-nos, para refeição desta noite, apropriando-se da expressão de Santo Agostinho, uma obra teológica. Não se trata de teologia geral, mas de teologia bíblica, fazendo uma exegese da Sagrada Escritura. Uma das áreas mais difíceis nos estudos teológicos é, precisamente, a de estudos bíblicos. Só isto qualifica o autor de um teólogo profundo. Nota-se essa profundidade na busca de fontes primárias assentes na própria Sagrada Escritura. Para isso, estuda o hebraico, língua fundamental para a investigação bíblica. Há quatro línguas fundamentais para a exegese bíblica: o hebraico, o grego e o aramáico e o latim.

Arão Litsuri escolheu o hebraico, a língua original que lhe permitiu investigar o sentido vernáculo e a escrita original dos termos como o de Kush, o seu ponto de referência para a sua tese. A profundidade da sua análise é evidenciada pelo recurso a estudos comparados de historiadores, exegetas, ás fontes arqueológicas e, inclusive, a historiadores africanos e africanistas, como Basil Davidson (p.21), E. Mveng (p.74) e Cheik Anta Diop (p. 82). Essa profundidade é mais evidenciada ainda nas “ferramentas” metodológicas de análise que utiliza. Ao longo da leitura da obra, percebe-se como ele segue lógica e rigorosamente “o método histórico-crítico, o criticismo literário, o criticismo de fonte e o método arqueológico” adoptados (p. 22)

Como o título sugere, o autor propôs-se para a dissertação do seu mestrado em Estudos Religiosos a “pesquisar os antecedentes africanos no estudo da Bíblia Hebraica” (pag. 17). A sua preocupação é a de saber se “há negros na Bíblia. Não se trata apenas de pesquisar a sua presença física, mas de investigar o estatuto, a condição e o papel desses negros no livro sagrado milenar, de cerca de 4500 anos a.C. Arão Listuri não tem receio der abordar esta questão; não se contenta com apreciações ligeiras; persegue-a até encontrar provas convincentes. Arão Litsuri investiga sem preconceito algum. Procura, a todo o momento, equilibrar a racionalidade que uma investigação científica exige, com a fé no que faz assegurando a dimensão epistemologica da pesquisa e a sua sensibilidade africana pela causa africana.

É um trabalho ingente e de muita paciência que vemos no seu livro. O investigador Arão Litsuri palmilha o Pentatêutico, os Salmos, os profetas, as Crónicas, os livros históricos, da Sabedoria e de Ben-Sirá.

Para ponto de partida (p. 17 e 27), escolhe a palavra Kush que aparece muitas vezes nos textos bíblicos e que em hebraico significa “preto, escuro, cara queimada” (p.27).

No seu percurso investigativo, Arão Litsuri observa e demonstra, através de evidências bíblicas, três coisas:

i) que Kush era bem conhecido e “de acordo com o profeta Ezequiel (29:10) Kush localizava-se “no sul do Egipto” e foi bem conhecido pelos hebreus por causa do papel proeminente que aquele país desempenhou nas relações com o Egipto e a Palestina” (p. 28). Demonstra que o “antigo Kush” compreendia as actuais regiões do Sudão e Et~iópia”, “na alrtura (...) também, conhecidos por Núbia” (p. 29) Outros nomes como Sheba, Seba, Sabines, Ofir estão igualmente associados a Kush (p. 30-31). O mais interessante é que os Sabeanos, habitantes de Sheba, cerca de 1000 a.C., devem ter descido até Sofala/Moçambique para o comércio de ouro (p. 31). A exploração e o comércio de ouro até Kush, Líbia, Ofir, Sofala são outras evidências de referências de negros na Bíblia.

ii) Em segundo lugar, percorrendo minuciosamente os textos bíblicos, desde Génesis (2: 10-14), Êxodo, Números, passando pelos profetas Isaías, Ezequiel, Sefonias, Jeremias, Samuel e Daniel, pelos Salmos e pelo livro sapiencial de Job, e pelas Crónicas, pelos livros históricos dos Reis, Naum e Ester, vai descobrindo que Kush aparece como “um termo geográfico”, “nome de uma pessoa”, “uma pessoa”, como “um povo” e como “uma nação( (p.33 – 69). Por exemplo, actual Sudão como antigo Kush (p.35), no século VII a C. , Kush já era conhecido na corte real de Jerusalém (p. 48 e cfr. Num. 12:1).

Nisto, o autor encontra uma prova inconcussa em Jeremias (13.23) quando se interroga se “Pode o etíope mudar a sua pele (a sua própria cor), ou um leopardo as sua manchas (- as pintas da sua pele)? Aqui o termo em hebraico “O kushita” (-etíope, em grego) “denota”, segundo Arão Listsuri, “a colectividade” abrangendo “todos os Kushitas em geral” e, por conseguinte, referiundo-se “ao povo, aos habitantes da terra de Kush”, mais especificamente os “negros”. Assim, o termo etíope, em grego, ou seja kushita em hebraico, está ligado “ao conceito de raça, a (própria) raça negra na Bíblia” (p. 51). Kush (Etiópia) aparece também como nação, como uma identidade própria e “envolvida em questões internacionais como o Egipto, Punt (actual Somália, p. 122) Líbia, Assíria e Palestina e com “Faraós kuchitas”, ou seja, Faraós Negros” (p. 60-61).

Iii) O terceiro aspecto muito importante é o referido pelo profeta Amós (entre os anos 760-750 a. C). A referência a Amós é de grande importância na medida em que, como simples pastor e cultivador de sicómoros (Amós1:1 e 7:14), o profeta Amós aparece à primeira vista como “uma pessoa pobre e sem cultura”, mas na realidade é um conhecedor profundo do seu povo, do que se passa nos países vizinhos e de “toda a problemática social, política e religiosa de Israel” (cfr. Bíblia dos Capuchinhos. Lisboa/Fátima, 1998, p. 1478. Pela boca de Amós, o oráculo do Senhor diz: “Não sois vós para mim, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? (Cfr. Versão dos Capuchinhos: “Porventura não sois vós para mim, ó filhos de Israel, como os filhos dos cuchitas? –oráculo do Senhor”). A importância deste versículo está em que, segundo Arão Litsuri, “Amós revolucionou o pensamento fechado dos israelitas para lhes fazer ver que todos os outros povos também eram povos escolhidos, incluindo os africanos”. (p.53).

Posto isto, o autor tira algumas conclusões.

A primeira conclusão, decorrente do método do criticismo das fontes, diz que “o conhecimento difundido sobre Kush era bem conhecido em todos os tempos” e estendia-se a partir de 1500 a. C. (p.73). Mais concrectamente: “que Kush, onde o rio Gihon (ou Nilo) corre, é “um país africano, posto que o rio Nilo corre na África” (p. 74).

A segunda conclusão reforça a primeira. Baseando-se nas expressões do profeta Isaías (18: 1-2) que se referem “para além dos rios da Etiópia” a “Embaixadores do mar”, conclui não haver nenhuma “ sombra de dúvida de que “Etiópia” (Kush) neste caso, está em África, do mesmo modo que não há dúvida de que o Nilo está em África”. E que o Nilo era uma rota de transporte entre Kush, Sudão e Egipto” (p. 79). Não duvida que Kush se localiza em África e não na Ásia (p. 122).

Para terceira conclusão, observa que esse Kush, identificado pelas suas riquezas de topázio, pedra preciosa ou crisolite e ouro, “foi um vizinho próximo do Egipto e que, consequentemente, situava-se em África (p. 80). A quarta conclusão decorre do Salmos 60:31 que diz que “embaixadores reais virão do Egipto: a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos”. Daí que “Javé é já adorado em Kush”, ou seja, que “Deus intervém na história humana e assim todas as nações devem adorá-lo”, (p.101). Finalmente em quinto lugar, que é nessa qualidade que estabelece “parceria com Egipto” e “teve pontos de contacto com Israel” (p. 105). Em suma, conclui que “há negros na Bíblia (p. 123).

Para terminar, quero, mais uma vez, felicitar o pesquisador e estudioso em assuntos bíblicos, Arão Litsuri, por este trabalho de grande valor para a ciência teológico-bíblica e para o alimento da nossa fé em Deus. Quero também, agradecer-lhe por me ter servido este delicioso manjar intelectual e espiritual e ter-me honrado com um gesto de amizade de poder participar neste acto solene, de lançamento do seu livro ao público. Intitulei esta minha fala de “depoimento”, deixando assim traduzir o meu pensar e as lições que aprendi e continuarei a aprender. De facto, esta obra ensina-nos muito. Quanto mais a lemos, mais apreendemos coisas nova. Não se trata de obra que apenas enche as nossas cabeças com muita informação. Para isso, basta cada um pegar na bíblia e lê-la à sua maneira. O aspecto particular, para o qual convido o público a adquirir o livro, está na interpelação que a obra nos provoca: a de ver a Bíblia não mais como um simples livros de estante e de pietismo, mas tê-la sempre como fonte da nossa metánia, da nossa permanente transforamação para a perfeição.

Esta obra faz-me pensar der novo na importância da introdução de estudos religiosos, ou seja, de estudos teológicos, nas nossas instituições públicas do ensino superior. Por que não? Existem em muitos países. Não fere a laicidade do Estado. Quanto mais os seus cidadãos tiverem uma cultura religiosa profunda, mais serão interpelados pelos altos valores da existência e da vida, dignificando mais a sua sociedade e, consequentemente, mais enobrecerão o próprio Estado.

Não podia haver um ambiente mais bonito de apresentar esta obra ao público do que fazer coincidir com o lançamento do seu álbum musical, transportando-nos, desta forma, para a fé de David que expressava tambem através da sua harpa. A harpa deste rei bíblico simboliza a razão humana, a sabedoria da vida, a fé em Deus e a cultura caminhando juntos!

Parabéns, Rev.do Arão Litsuri, pois a sua pesquisa cuidada alimenta a nossa razão humana; o rigor do manejo da sua metodologia de investigação deixa transparecer a sua sabedoria de vida; a escolha do tema e a paciência no trabalho realizado revelam-nos a sua fé em Deus; e a viola que o acompanha coroa as quatro dimensões da razão da existência humana neste mundo!

*Depoimento apresentado por ocasião do lançamento do livro e do álbum musical do Reverendo Arão Litsuri, no dia 13 de Dezembro de 2007, no Cine-África, cidade de Maputo

Fonte Jornal Noticias - Moçambique - palavra pesquisada: pastor


Cruzue@gmail.com

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Encerramento Centenário da Igreja Assembleia de Deus em São Paulo

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João Cruzué

Debaixo de muita chuva e com a presença de 100 mil fiéis, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus realizou, simultaneamente, hoje, dois grandes cultos de encerramento das comemorações de seu Centenário no Brasil. As comemorações tiveram lugar no Pacaembu e na Arena de Barueri. Entre as autoridades políticas que honraram o evento estiveram: O Ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, representando a Presidente Dilma; o Governador do Estado, Dr. Geraldo Alckmin, o Prefeito da Cidade de São Paulo, Sr. Gilberto Kassab e o ex-governador José Serra.


Cem
CGADB - PACAEMBU

Barueri
CONAMAD - ARENA BARUERI

A celebração no Estádio do Pacaembu, cedido excepcionalmente para o encerramento das comemorações do Centenário pelas autoridades municipais, foi liderada pelo Pastor Presidente da CGADB, José Welington Bezerra da Costa - Ministério da Missão/Belenzinho.

Milhares de jovens, adolescentes, senhoras do Círculo de Oração, pastores de diversas regiões do país, estiveram unidos, para agradecer a Deus por 100 anos de grande desenvolvimento da Igreja.

Perto do final da comemoração, o evento foi interrompido pela Justiça, pois há uma determinação do Ministério Público desde 2009, de que apenas eventos esportivos devem ser realizados no local.
A proibição vem de ação contra os eventos religiosos foi movida em 2004 pela Associação Viva Pacaembu, formada por moradores do bairro.

O Prefeito Kassab, mesmo correndo o risco de ser processado pelo MPE por improbidade administrativa, abriu exceção e autorizou o uso do Estádio pela Igreja Assembleia de Deus. Esta atitude me leva a crer ele conta com o apoio da Igreja para suas futuras prentensões políticas em São Paulo.

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A Grande Cruzada do Centenário na Arena de Barueri esteve a cargo da CONAMAD - Convenção do Ministério de Madureira, sob a liderança do Pastor Samuel Ferreira, líder da Igreja Assembleia de Deus do Brás/SP.

Cruzada
Banner da Cruzada do Centenário da Ass. Deus Ministério Madureira

A nota triste das comemorações do primeiro centenário das Igrejas Assembleias de Deus, foi o espírito de divisão. À separação do Ministério da "Missão" com o Ministério de Madureira acentuada depois de janeiro de 2007 somou-se a mais uma: A da Igreja Mãe de Belém do Pará.

As três lideranças: Pr. Manuel Ferreira, Pr. José Wellington e Pr. Samuel Câmara não conseguiram arrancar o espinho da cizânia que fere as Assembleias de Deus desde os anos 30.

Quanto mais penso na questão, mais fico propenso a dizer se isto não teve início já nos primeiros dias da congregação quando os missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingrem, quando saíram da Igreja Batista que os acolheu em Belém do Pará. As informações conhecidas são de que foram "convidados" a deixar aquela Igreja, mas não conhecemos completamente o contexto dessa ruptura.






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segunda-feira, novembro 14, 2011

A Favela da Rocinha e os juros pagos pelo Governo Brasileiro

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Rocinha
Favela da Rocinha

João Cruzué

Em 1976 (há 25 anos) uma jovem evangélica, nossa conhecida, foi ao Rio de Janeiro à convite de amigas da Igreja Assembleia de Deus. Levava consigo a filha de dois anos e nãão sabia que suas anfitriãs moravam na região da Favela da Rocinha. Assim que chegou, sua amiga a levou até as "autoridades" locais para as apresentações: Olha fulano, está é minha amiga, irmã de Igreja de São Paulo e este bebê é a filhinha dela. Ela veio aqui para visitar e cantar em nossa Igreja. O tal fulano, com um baita fuzil ou coisa parecida no ombro, olhou e tomou conhecimento. Minha conhecida ficou tão surpresa, para não dizer assustada, que ao dar o primeiro passo à frente, torceu, quebrou e voltou com o pé engessado.

Há mais de 25 anos a comunidade da Rocinha está de alguma forma debaixo da lei do tráfico que a cada ano foi ocupando e ocupando o vácuo do Estado. A invasão policial acontecida nesta semana tem sido um espetáculo produzido especialmente para as câmeras de TV. Por que demoraram tanto?

O fermento em pó que branqueou a Rocinha nos últimos 25 anos, na verdade já se espalhou e cresce exponencialmente em centenas de outras favelas das periferias de grandes cidades. É como se fosse uma franquia de um supermercado cujos produtos são: O pó, a erva, o crack e agora o oxi tendo como fundo musical som do "pancadão" ou dos bailes funks.

Segundo declaração não confirmada de Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, metade de seu faturamento de
100 milhões de reais por ano seguia para o bolso de policiais do Rio. O tráfico da rocinha pagava bem: 200 reais por semana para os enroladores e 1.500,00 para os empregados no refino. A "empresa Rocinha Pó Ltda." faturava 2 milhões de reais por semana. E ela prosperou não apenas pelo vácuo do poder do Estado, mas porque parte desse poder se tornou da empresa.

O que está sendo mostrado na Rocinha é o retrato em maior escala do que está acontecendo nas favelas do Brasil inteiro. O termo País emergente, 350 bilhões de dólares em reservas, o saldo positivo de 3 bilhões da balança comercial em setembro de 2011 é apenas vaidade, conversa para boi dormir. O passivo social deste País, a dívida para com estas milhões de pessoas que procuram viver e sobreviver nestas favelas é cerca de 10, 20 vezes mais do que as garantias (reservas de 350 bilhões) dos barões dos Bancos.

A cada meio ponto porcentual que o COPON derruba da taxa SELIC, um bando abutres (economistas de meia tigela) irritados se faz ouvir. Sei que não é tão simples assim mexer nas variáveis macroeconômicas de uma nação, mas anote este número absurdo: 107,7 bilhões de reais. Foi isso que o Brasil (União) pagou de juros em 2011 até setembro passado. Projetando para um ano inteiro serão 143,6 bilhões de reais.

É claro que o capital financeiro deve ser bem remunerado. É ele que irriga as artérias da economia nacional, todavia, por que não à taxas bem menores? A Rocinha é a vista verdadeira da janela dos fundos do Brasil. Sabe o que significaram em termos de juros os oito anos de mandato dos Presidentes FHC e Lula? A "bagatela" de 2,2 trilhões de reais. Metade disso teria eliminado o vácuo de poder do Estado em todas as rocinhas do Brasil. A miséria foi repartida com os que já eram pobres e a gordura (juros) do Brasil foi entregue aos grandes banqueiros e especuladores mundiais.

As próximas informações vieram da site do Tesouro Nacional (STN), onde são publicados os RREOs - Relatório Resumido da Execução Orçamentária (Anexos I e II). Estou familiarizado com elas, pois além de blogueiro, sou contador público, tendo já publicado tais relatórios por mais de seis anos na Prefeitura de São Paulo. Então vamos a elas:

Período: setembro 2011

TabJoao

Olhando sem muita cerimônia para os dados da tabela, você há de convir que: A soma dos orçamentos da Saúde, Educação e Assistência Social - é praticamente o que a União previu e já pagou de JUROS em 2011.

Não sou nenhum idiota anticapitalista nem nunca cri na utopia marxista. No entanto sou cristão, e como tal acho uma vergonha o discurso ufanista que PT/PSDB vêm matraqueando neste país. Foi feito alguma coisa? Foi. Mas para tantos anos de miséria que este país passou, ainda serão necessários igual tanto, para distribuir melhor a renda e zerar a dívida social. Mas de que forma, se ainda pagamos os juros mais altos do mundo?

Quando é que vai sobrar alguma coisa para investir nas periferias das grandes Cidades? A ocupação da Rocinha no Rio, para mim não passa de um grande teatro, onde se vende a ilusão de que o poder paralelo do tráfico está dominado.

Não! Não está dominado coisa nenhuma.

Há centenas de outras rocinhas crescendo neste momento por aí. O maldito tripé droga+traficante+polícia se mostrou um negócio viável, para a infelicidade dos mais pobres.

É preciso mais distribuição de renda. Estes garotos que crescem nas "rocinhas" precisam de algum tipo política pública, para não recorrerem aos empregos informais do tráfico. Trabalho abaixo dos 16 anos "não pode", mas os empresários do pó têm seus próprios regulamentos.

As ações do governo na Rocinha do Rio de Janeiro não passa de uma peça de marketing. Elas estão atrasadas, no mínimo, 25 anos. E que não fique escondido de ninguém que o Brasil está pagando de juros, todo ano, a mesma coisa que gasta com Saúde, Educação e Assistência Social.

Pense nisto da próxima vez que olhar para uma favela.

Por fim vou dizer mais um "desatino": acho que o valor dessas bolsas esmolas que o governo dá para esta gente humilde das periferias abandonadas ainda é menor que os tributos que ele retira do consumo das coisinhas que compram.

Isto é uma tristeza!






Rede Record ressuscita o cai-cai de Toronto para humilhar Ana Paula Valadão


João Cruzué

Ontem, quando voltei do culto, a Rede Record do Bispo Macedo estava pondo mais fogo em uma velha meninice que foi muito comentada no Brasil em 2007, quando Paul Gowdy, um de seus criadores, deixou publicamente o movimento (não me lembro por qual razão) através de uma carta traduzida por João A. de Souza Filho, postada em agosto de 2007 no blog do Pastor Ciro Zibordi .

Para quem quiser ir bem fundo nisso, que foi um dos maiores engodos "pentecostais" do século XX, pode começar por: www.deceptioninthechurch.com, passando por um artigo do Ultimato. Mas se quiser ir direto à fonte em anote o site catch the fire ou o que restou da Toronto Airport Christian Fellowship, antes chamada de Toronto Airport Vineyard Church.

As imagens
veiculadas pela TV Record ontem, no "Domingo Espetacular", 13/11/2011, ali pelas 22:00h , a meu ver tinham um alvo certo: A cantora Ana Paula Valadão e o líder da Igreja Batista da Lagoinha, Pastor Márcio Valadão. Foi o centro da mensagem que passaram.

O que estou escrevendo não foi por ter ouvido de outros. Pessoalmente assisti o que vou continuar a relatar.

Em uma das imagens que a Record mostrou, um pastor estrangeiro fez uma oração e tanto a cantora Ana Paula Valadão quanto seu pai, o Pastor Márcio Valadão, caíram como que desmaiados. Ela depois de algum tempo meneava a cabeça sem se levantar do chão. Seu pai permanecia deitado e imóvel. Em outra imagem, não sei se gravada no mesmo dia, a cantora engatinhava pelo púlpito imitando os passos de um pretenso leão.

Nas imagens seguintes e secundárias, foi mostrado o "efeito paletó". Um pastor passa o paletó e as pessoas caem como pedras de um dominó. Fiquei particularmente impressionado com uma imagem do pastor americano Benny Hinn. Ele orou, fez um gesto, e um senhor de paletó foi atingido por um soco invisível que o atirou metro e meio para trás, instantaneamente.

Bem isso não é novidade para mim que sou pentecostal, nascido na Igreja Deus é Amor, desde 1975. Já naquele tempo tinha se iniciado as manifestações do "pula-pula". Dois anos depois fui para a Igreja Assembleia de Deus, onde estou até os dias de hoje. De tempos em tempos sempre apareceram (e vão continuar aparecendo) fenômenos estranhos que trouxeram dúvidas no meio assembleano. Por exemplo: os tais dentes de outro. As "pílulas de fogo". Os tapas na testa. Os "arrebatamentos" em vigílias. Isso, creio, não seja nem 10% do que de fato ocorreram por aí, mas que não tomei conhecimento, pois não sou do tipo curioso, como a maioria dos crentes da Assembleia.

A meninice é um fato bíblico incontestável.

Como também é incontestável que a maturidade cristã a suceda sob os efeitos de uma alimentação espiritual sólida. Acredito que as duas fases são reais, como também tenho certeza de que uns deixam de ser meninos cedo, enquanto outros nunca conseguem avançar para a maturidade. No meio disso estão os pregadores com "efeitos especiais" que não raramente transformam Igrejas em alguma coisa semelhante a um circo.

Uma boa notícia é que, cedo o tarde, os "efeitos especiais" se tornam conhecidos e a ilusão desaparece pelo conhecimento da verdade.

Tenho certeza de que as imagens veiculadas pela TV Record ontem, domingo, não foram meras reportagens. Elas tinham um endereço certo: jogar mais gasolina em um assunto recente em que o Bispo Macedo afirmou que mais de 90% dos cantores evangélicos (mostrando Ana Paula Valadão) são endemoninhados. Será que isto tem a ver com o crescente mercado da música gospel?

Esta tese não é nova. O Bispo sempre disse que Deus não derruba ninguém para enchê-la do seu Espírito Santo. Não vou entrar nesta questão, mesmo porque nunca caí.

Entretanto um estrago muito pior vem, não das meninices, mas das atitudes do chamado profeta velho registradas em I Reis 13: 11/31.

Profeta velho sim. A partir do momento que um Bispo passa a usar o dinheiro dos dízimos e das ofertas da Igreja para financiar uma rede mundana de TV. Esta atitude em uma escala de desvio espiritual é imensamente maior que cair pelo "vento" do paletó, andar como leão e frequentar o "cai-cai".

É como repetir o discurso de convencimento que levou o jovem profeta a ser morto que vou parodiar: "Olha Deus falou mesmo assim: nada de "cai-cai", de passear como leão, de usar o "vento" do paletó - forçar a barra para mostrar que é muito espiritual. Mas tem uma coisa, você pode vir até minha casa para assistir a minha rede de TV e se alimentar das novelas (indecentes) e ver a performance dos artistas que contratei (alguns filhos de santo) com os dinheiros do dízimo e das ofertas da "minha" Igreja"

Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, preciso: A trave julgando o argueiro.


Importante: Não estou julgando o Bispo, mas suas atitudes anticristãs. A Igreja Universal do Reino de Deus é uma bênção e creio que todos os seus bispos e pastores NÃO andam por aí remexendo em quedas alheias, para expô-las em uma rede aberta de televisão com propósitos mesquinhos. Isso pode ser tudo, menos atitude de um cristão.



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domingo, novembro 13, 2011

Como criar um blog evangélico no Google



Blogando de graça o Evangelho por todo mundo


Dicas de João Cruzué


Olá!

Se você está procurando por dicas para começar um blog evangélico de forma gratuita, veio ao lugar certo. Há mais de seis anos comecei a blogar conteúdo cristão. Ainda estou aprendendo, mas sem esquecer de compartilhar o conhecimento adquirido. Printei algumas fotos em sequência, para que você possa clicar nelas e dar seus primeiros passos. Crie um blog para a glória de Cristo. Tenho outras dicas em www.cursodb.blogspot.com e em www.comoblogar.blogspot.com



PASSO 1

Crie uma conta de email no Google em: www.gmail.com
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PASSO 2



Criar o blog gratuito no Google em: www.blogger.com
use a mesma senha do email para entrar no blog.


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PASSO 3

Escolher o modelo para configurar seu blog.
Minha sugestão: o último modelo "viagem" é o mais completo.

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PASSO 4

Ajustar as larguras em "Designer do Blog" Ajustar larguras

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PASSO 5

COLOCAR O BANNER/CABEÇALHO DO BLOG
Eu uso dois programas para criar um banner: Paint e Jasc Paint Shop Pró

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O RESULTADO

Confira aqui: www.regdei.blogspot.com


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Tempo gasto: 60 minutos


A paz de Cristo

cruzue@gmail.com





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