sexta-feira, dezembro 12, 2008

A cocaína mata , mas Jesus liberta do pó


Jesus Liberta do pó

João Cruzué

Dia 14 de dezembro, domingo do mês, é comemorado por nós evangélicos como o Dia da Bíblia. Um livro antigo como o sol, que não perde o brilho nem a majestade, e sem dúvida é o maior Best-seller de todos os tempos. Como um tributo de honra a este livro, onde encontramos o Manual de instruções de Deus para guiar nossas vidas em qualquer tempo e situaçao, quero abordar uma questão atual e muito triste. Tenho observado quanta gente rica e famosa vem perdendo a vida, ainda bem jovem, por overdose de cocaína. Jesus Cristo, o personagem central da Bíblia, é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Ele perdoa todos os pecados, restaura pessoas e famílias, cura todas as enfermidades, e tem poder para libertar os cativos - inclusive os dependentes do pó!

Eu poderia fazer uma lista de nomes de pessoas famosas ou ricas que perderam suas vidas por overdose de cocaína. Uma simples pesquisa nos levaria à centena de nomes. Mas não vamos associar o nome de pessoas vivas ou que já se foram com esta miséria de cor branca, que começa com uma folha, que depois é misturada com cimento, acetona e sei mais lá o que - para escravizas, enlouquecer, matar pessoas ricas e pobres em plena juventude. O que leva uma pessoa famosa, com muito dinheiro, carros exclusivos, iates, jatinhos ou simplesmente tudo a se deixar aprisionar nas correntes da cocaína?

A vulnerabilidade seria uma resposta bem apropriada. Vulnerabilidade pela ausência de Deus. Deus em segundo ou terceiro, quarto, quinto - no último lugar de suas vidas. A infelicidade com origem em um grande paradoxo: como é possível ter quase tudo e mesmo assim se sentir infeliz e vazio como se nada tivesse? Por que este vazio, esta falta de contentamento, como uma fome canina, nunca é satisfeita? É porque falta o principal. Falta a presença de Deus na vida. Deus está completamente fora da vida dessas pessoas. Sem Deus, há vulnerabilidade.

Quando Deus está do lado de fora, algo espiritual, oculto, já usurpou o lugar. Um espírito mau , mesmo sem ser convidado, vem e ocupa o lugar que era de Deu. Escondido nas sombras, instiga e aguça os sentidos da pessoa em busca de coisas más para destruir a própria pessoa e semear a infelicidade a tantas outras atraídas para o círculo de relacionamento. Se o temor de Deus é o princípio da Sabedoria, a proposta de não dependência e distanciamento de Deus é o princípio da loucura. Loucura por aborrecer o santo e buscar o profano, para satisfazer um espírito mau e odiar a Deus. A culpa disso não é exclusiva do diabo, se espontânea e voluntariamente milhares e milhões de filhos pródigos decidem fugir da presença de Deus.

Este mundo tem duas dimensões conhecidas. A dimensão física decifrada pela mente dos mais brilhantes cientistas da humanidade e a dimensão espiritual descrita em textos da Bíblia Sagrada pela mão de estadistas, militares, reis, profetas e apóstolos, entre outros. E a dimensão espiritual governa a dimensão física. O poderio espiritual da maldade é tão grande, que se não fosse contido por Deus, já teria instigado os homens ao aniquilamento total. Estas hostes da maldade, de vez em quando são liberadas pelo do extravasamento do limite de um pecar contínuo da humanidade. Quem poderia explicar de onde surgiu, por exemplo, as explosões de destruição humana das Primeira e Segunda Guerras Mundiais? Por que em determinados países a cultura do ódio é tão exarcebada e em outros ainda não? Por trás desse universo físico, na dimensão espirutal, existem anjos e demônios de todas ordens e poderios que, se ordenados e libertados, em frações de tempo destruiriam tudo ou manipulariam os corações dos homens a tal ponto que os levariam à loucuras inimagináveis.

A partir de certo limite, quando a sociedade ofende profundamente a Deus desprezando a justiça pelo pecado, pela corrupção em todos os sentidos, o Juízo de Deus cai sobre ela, deixando-a à mercê da fúria destruidora das hostes espirituais da maldade. Quando a sociedade rompe o muro dos limites morais estabelecidos por deus, vai enfrentar aquilo que mora do outro lado deste muro. Exemplo? Não estaria longe da verdade se dissesse que a prostituição desemfreiada após os anos 60 atraíu o mal da cocaína para o seio da sociedade.

O diabo, satisfeito com o grau de prostituição alcançado, cujos efeitos se tornaram visíveis na mesma medida pela destruição dos elos familiares do amor e do respeito, introduziu a cocaína para potencializar tanto a prostituição quanto a violência. Notícias de Fflhos assassinando pais sob efeito do pó. E Deus não pode impedir a colheita daquilo que a sociedade semeia - a menos que haja um arrependimento verdadeiro. Se a dimensão espiritual não existisse, seria muito fácil matar, na origem, o nascedouro dos processos malignos. Mas ela é real. Existe. As leis não humanas não conseguem acabar com a prostituição nem com o crescimento do uso da cocaína. Ao prender um traficante, aparecem 10. As grades de uma prisão de hoje não mais conseguem conter os negócios do pó. Antes seo tráfico era coisa de adultos, hoje os "aviõezinhos" podem crianças de cinco seis anos. Por que não se consegue acabar com isso? Por que nem polícia, nem o juiz, nem ninguém? É porque a origem do mal está no mundo espiritual, onde os homens não têm autoridade nenhuma para combater.

Somente a presença de Deus na vida das pessoas, nas famílias, na comunidade, nas cidades, nações - é que poderiam se livrar destes males perversos e contínuos. No meio das drogas, a cada ano surge algum mais destruidor e mais desagregador, que atingi do magnata ao mendigo.O que abre as portas para isso: a rebeldia em fugir diante da presença de Deus, de escolher o caminho do pecado, em lugar do caminho da justiça.

O filho pródigo do Evangelho em Lucas 15 percebeu em tempo que, vivendo em meio aos porcos e desejando comer de suas bolotas, estava a um passo da loucura e da morte. Caíu em si, reuniu um resto do bom senso ponderou: "Até mesmo os serviçais na casa de meu pai têm uma vida melhor que a minha. Levantar-me-ei e partirei para a casa de meu Pai. Pedirei perdão a ele. Direi: Pai pequei contra o céu e contra ti, já não sou mais digno de ser chamado de filho, deixa-me, porém, ficar e ser como um dos seus empregados." Pensou, e logo depois agiu. Levantou-se e voltou para casa do pai. E quando chegou foi foi recebido com festa, e abraçado, e perdoado, e restaurado , pois estava perdido e foi achado.

Eu imagino que a parábola do filho pródigo da Bíblia não tem apenas o objetivo de acutilar a idiossincrasia do irmão mais velho. Aquele texto está ali para dizer a todos filhos pródigos distantes da Casa de Deus que o perigo ronda a vida de quem vive entre os porcos. O mau cheiro da lavagem os alimenta e a sujeira onde vivem não é um lugar de famosos, mas de condenados à miséria do espírito disfarçados de pessoas felizes e famosos. Onde está a fama em meio a um vício que aprisiona, que acorrenta, envilece, enlouquece, desmoraliza, causa pena e está sempre levando alguém ainda jovem à morte?

Deus nunca estará longe daqueles que se levantam e buscam uma aproximação com Ele. O peso de uma atitude de reconciliação o agrada. Eu sei que do outro lado deste monitor esta mensagem está caindo como um luva na vida de alguém escravo deste pó. Quando os demônios se cansam de tanto humilhar uma pessoa, eles trazem outra casta ainda mais perversa, para concluir o serviço. Eles existem, e o próprio Cristo leu na sinagoga de Nazaré a profecia registrada no capítulo 61 de Isaías: "O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque me ungiu para pregar as boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os quebrantados de coração, a proclamar a liberdade aos CATIVOS e a abertura da PRISÃO aos presos."

Deus é muito maior que a fama; é o mais rico dos ricos; o Rei dos reis; o Senhor dos senhores, mas também ele é Pai. Deus amou o mundo de tal maneira, que nos enviou seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Deus ama você. Tome uma atitude ainda hoje. Entre no seu quarto, feche a porta, e diga para Deus que quer aceitar Jesus como Senhor da sua vida e libertador da sua alma. Depois, compre uma boa Bíblia de Estudos; não importa se católica ou evangélica, mas comece sua leitura a partir do Evangelho de São João. Separe regularmente todo dia, uma parte do seu tempo, para leitura da da Bíblia - a Palavra de Deus.

Chame a atenção de Deus, procurando agradá-lo, se interessando pelas coisas santas, procurando uma Igreja Evangélica mais perto de sua casa para congregar. Converse com o pastor e diga que você está ali para aceitar Jesus como Senhor da sua vida. Você vai receber o perdão de Deus, a orientação da Igreja e libertação do vício da cocaína.
Não deixe que o diabo continue a contagem regressiva para destruir sua vida. A cocaína mata, mas Jesus Cristo liberta do vício deste maldito pó.


Escrito em SP-13/12/2008

cruzue@gmail.com

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História e notícias da Visão Mundial / World Vision


HISTÓRIA

Tradução: João Cruzué

Bob Pierce, fundador da ONG internacional Visão Mundial

A World Vision teve início com a visão de um homem – O Reverendo Bob Pierce.
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Em 1947 Bob Pierce conheceu uma professora chamada Tena Hoelkedor, durante uma viagem à China. Ela lhe apresentou uma criança espancada e abandonada chamada White Jade. Incapaz de cuidar dela, a professora perguntou: “O que o senhor vai fazer por ela?” Então, o Reverendo Pierce lhe deu seus últimos 5 dólares, e combinou de enviar, todo mês, a mesma quantia, para ajudar aquela mulher a cuidar da menina.

Aquele encontro trouxe uma virada na vida de Bob Pierce. E foi assim que em 1950 ele fundou uma organização dedicada a ajudar crianças do mundo inteiro, chamada World Vision. O seu primeiro programa de patrocínio infantil começou três anos depois, para atender as necessidades de centenas de milhares de crianças órfãs coreanas, do final da Guerra da Coréia.

Durante as próximas décadas, a Visão Mundial estendeu seu trabalho a todas as partes da Ásia, América Latina, a África, o Oriente Médio e Europa Oriental. Os recursos do patrocínio infantil assistiram crianças pobres com comida, educação, cuidado de saúde e formação profissional.

Nos anos 70, a Visão Mundial abraçou um amplo modelo de desenvolvimento comunitário e estabeleceu uma divisão de socorro de emergência. Ela tentou atingir as causas da pobreza concentrando-se em atender necessidades comunitárias tais como: água, saneamento, educação, saúde, treinamento de lideranças e programas de geração de renda.

A Visão Mundial iniciou o século XXI fortalecendo seus esforços de advocacia, particularmente em questões relacionadas á sobrevivência infantil e diminuição da pobreza. Se tornou mais ativa em parcerias com governos, empresas e outras organizações em questões ligadas ao trabalho infantil, crianças em conflitos armados e à exploração sexual de mulheres e crianças.

A Visão Mundial se tornou uma organização líder em questões humanitárias. Aproximadamente 31,000 membros de pessoal implementam programas de desenvolvimento comunitário, ajuda de emergência e promoção de justiça em quase 100 países.


O QUE FAZ A VISÃO MUNDIAL


A Visão Mundial trabalha com desenvolvimento comunitário, ajuda em desastres, e advocacia.

Transformando Comunidades
Transforming communitiesCom a pobreza tem causas locais e globais, a Visão Mundial opera dentro das comunidades e através de áreas geográficas para ajudar indivíduos e grupos a melhorar o bem-estar de crianças e a superar a pobreza.

Resposta aos Desastres
Responding to disastersQuando os disastres sobrevêm, a World Vision fica globalmente posicionada para ajudar com gêneros de primeira necessidade tais como: alimentos, água e abrigo. A Visão Mundial também trabalha junto à comunidade para a recuperação pós-desastre e prevenção de futuras catástrofes.

Buscando uma Mudança Global
Seeking global change
A Visão Mundial engaja instituições, doadores e o grande público, para atacar os problemas globais que perpetuam a pobreza. O staff da advocacia capacita as comunidades a defender seus direitos, tanto local como globalmente.

Comentários: No mês de novembro tivemos a oportunidade de conhecer o pastor e conferencista luterano, Valdir Raul Steuernagel, na abertura da Conferência Missionária 2008 da Igreja Batista do Morumbi. O pastor Valdir foi durante alguns anos o Presidente do Conselho Administrativo da Visão Mundial Internacional ( World Vision). Na ocasião se mostrava preocupado com a atual e grave crise financeira. Chegando de uma recente viagem à Moçambique e África, afirmou que quando uma crise mundial se aproxima, os primeiros recursos a minguarem são os fundos destinados às causas humanitárias por governos e empresas. A primeira vítima da crise, disse ele, é a solidariedade. Também impresionou-me seu relatório abordando o lado espíritual de certos lugares de extrema miséria no mundo, como os campos de refugiados de Darfur no Oeste do Sudão. Ele disse com todas as letras que não existe em lugar nenhum do mundo um lugar onde um processo demoníaco de aniquilação é tão evidente quanto em Darfur. Disse que ao andar ali um cristão se angustia em ver, sentir e ouvir um processo destrutivo interminável. Que em pleno século XXI ninguém conseguiu deter ainda. Uma mistura de pavor, impotência, angústica ao ser confrontado com uma situação onde todos os tipos de misérias se aglutinam para humilhar, quebrantar, matar pela fome, pela doença, pela sede, violência - enfim - eu entendi de suas palavras que a última palavra em ação destrutiva com todos os requintes do inferno está acontecendo ali, cravado bem no coração da África.

Como não vi publicado em lugar algum, vou reportar que a Prefeitura do Município de São Paulo, através do Decreto 50.299 de 05/12/2008, publicado do DOC de 06/12/2008, delegou competência ao Secretário Municipal de Participação e Parceria, Sr. José Ricardo Franco Montoro, para representar o Município de São Paulo na assinatura de Contrato de Subvenção entre a PMSP e a Visão Mundial, cujo objeto é a implementação de atividades de gerenciamento do Centro de Refer~encia da Mulher, voltado ao atendimento da demanda de mulheres em situação de vulnerabilidade social e/ou casos de violência doméstica.

Também, ainda sobre a Visão Mundial, nosso contato para confirmação de assuntos de perseguição religiosa na Índia, irmão Jyoti, é missionário da World Vision, que trabalha entre outras coisas em campos de plantio de arroz em West Bengal para atender comunidades carentes.

Muito inspiradora esta visão inicial da WWI. Um fato deu conseqüência a um ato de solidariedade humana, que ao se repetir, deu lugar a uma visão; e depois uma instuição de renome mundial. tE 60 anos depois, cresceu tanto ao ponto de estender suas mãos generosas que ajudam pessoas em quase 100 países, inclusive no Brasil.

João Cruzué.

cruzue@gmail.com

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SOS Santa Catarina - relação de mortos na enchente


Enchente - Relação, por município, da pessoas encontradas mortas.

Diário Catarinense

ASCURRA
Uma vítima fatal

Identificado:
Valmir Raulino, 44 anos

BENEDITO NOVODuas vítimas fatais

Identificados:

Irma Dallabrida, 74 anos
Luiza Girardi Dallabrida, 46 anos


BLUMENAU — 24 vítimas fatais

Identificados:

Luana Sofia Eger, 3 anos
Larissa Sabrina da Conceição, 8 anos
Maria Carolina Ladislau, 13 anos
Luciano da Conceição, 32 anos
Maurício Macagge, 36 anos
Joice Elita dos Santos, 29 anos
Roger Simar Lana, 16 anos
Diego Malikowsky, 23 anos
Joni Reis, 35 anos
Adilson Bezerra, 30 anos
Sabrina Bezerra, 9 anos
Eliane Beatriz Chiminelli, 40 anos
Cassiano Lazarim, 14 anos
Andressa Ariane Silva, 17 anos
Allan Carlos Rosa, 15 anos
Miguel Nascimento, 73 anos
Valeria Dickman, 63 anos
Dorvalina Bittencourt, 59 anos
Rosemari Rocha, 49 anos
Michelle Malikowsky, 26 anos
Lourdes de Aguiar Wandscheer, 59 anos
Ednilson Cypriano, 42 anos
Francisco do Nascimento Junior, 38 anos


BOM JARDIM DA SERRA — Uma vítima fatal

Identificada:

Cristina dos Santos, 21 anos


BRUSQUEUma vítima fatal

Identificado:

André Alexandre Bittencourt, 29 anos


GASPAR19 vítimas fatais

Identificados:

Ricardo Pitz, 22 anos
Osvaldo Piskke, 60 anos
Jacinto Pitz, 56 anos
Débora Mendonça de Oliveira, 26 anos
Elienai Mendonça de Oliveira, nove anos
Ester Mendonça de Oliveira, três anos
Jéssica Cavalheiro, 14 anos
Maria Marlene Mendonça, 49 anos
Charles Fernando Lima de Ramos, 19 anos
Francieli Mendonça, 17 anos
Luis Paulo Hostim, 17 anos
João Pedro da Silva, um ano e nove meses
Daniel Krause, 70 nos
Mara Aparecida de Freitas, 52 anos
Alcido Oecksler, 52 anos
Luiz Fernando Oecksler, 10 anos
Odirlei Bachmann, 30 anos


ILHOTA 39 vítimas fatais

Identificados:

Antônio Roberto Richart, 48 anos
Bárbara Cristina Richart, 23 anos
Deonilda Seberino, 50 anos
Joana Maria Annader, 1 ano
João Pedro da Silva Olares, 8 meses
Larissa Schambach, 1 ano
Leandro Marildo Backman, 5 anos
Luiz Paulo Hostins, 17 anos
Maria Tatiana Hostins, 8 meses
Marinéia Martendal, 28 anos
Marques Sabel,13 anos
Nelson Gaudino da Silva, 62 anos
Sueli Terezinha Bea
Vitório Bea, 76 anos


ITAJAÍ Duas vítimas fatais

Identificadas:

Bruno de Jesus Lima,15 anos
Marco Antônio Correia, 37 anos


JARAGUÁ DO SUL13 vítimas fatais

Identificados:

Silvana Cleide Martins, 30 anos
Bruna Thais Manske, oito anos
Maria Eduarda Manske, três anos
Mônica Maria Franzner Lescowicz, 41 anos
Nathan Victor Lescowicz, 11 anos
Moacir José Lescowicz, 44 anos
Alana Micaeli Franzner, 13 anos
Kauê João Franzner, seis anos
Guido João Franzner, 43 anos
Ivonete Oderdenge Franzner, 34 anos
Avelino Franzner, 72 anos
Zilda Tecilla Franzner, 72 anos
Valmir Alexandre da Silva, 39 anos


LUIZ ALVES11 vítimas fatais

Identificados:

Elsa Sabel Stein, 68 anos
Everson Luiz Reinert, 7 meses
Francisco Bettoni Neto, 3 anos
Maicon Diego Reinert, 19 anos
Maria Saleti Bittencourt, 40 anos
Licia Luciane, 66 anos
Luiz Felipe Saplinsky, sete anos
Eduardo Estanislau Saplinsky, 11 anos
Norma Schlickmann Schmitt,66 anos
Walmor Luciani, 66 anos


POMERODEUma vítima fatal

Identificado:

Arno Geisler, 78 anos


RANCHO QUEIMADO Duas vítimas fatais

Identificados:

Antônio Koch, 58 anos
Cecilia Hawerroth Kock, 61 anos

RODEIOQuatro vítimas fatais

Identificados:

Dario Salvio Eccel, 44 anos
Kendy Eccel, 15 anos
Kelly Eccel, sete anos
Giacomina Cosi Eccel, 44 anos


SÃO PEDRO DE ALCÂNTARAUma vítima fatal

Identificada:

Maria Nuch Coelho Laurentino, 76 anos,


FLORIANÓPOLISUma vítima fatal

Identificado:

Ricardo Dias de Oliveira, 34 anos


TIMBÓDuas vítimas fatais

Identificados:

Herbert Roduenz, de 51 anos
Eleonora Raduenz, 46 anos


PESSOAS AINDA DESAPARECIDAS: 28

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quinta-feira, dezembro 11, 2008

Shakespeare e o melhor de você


Pine on the Hill

Tradução de João Cruzué


Se
você
não pode ser um pinheiro no topo da colina

Seja uma pequena árvore no vale

Mas seja a melhor dos arbustos ao lado da colina.

Seja um arbusto se não pode ser uma árvore.


Se
você
não pode ser uma rodovia, seja apenas um trilho

Se você não pode ser o sol, seja uma estrela

Não é pelo tamanho que você vence ou fracassa.

Seja o melhor de tudo o que você é.



Citação de Martin Luther King no sermão "The three dimensions of a complete life" Stanford University


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terça-feira, dezembro 09, 2008

Sermão: O Manual da Igreja Construtiva


Sermões do Pastor Martin Luther King

Martin Luther King, Jr
Pastor Martin Luther King- (1929 - 1968)

"O manual da Igreja construtuiva"
(Guidelines for a constructive Church)

Pastor Martin Luther King

Tradução:* João Cruzué

Esta manhã eu gostaria de submeter a vocês que nós, seguidores de Jesus Cristo, que mantemos sua Igreja viva e caminhando, também temos um manual de instruções a seguir. Em algum lugar por trás da névoa escura da eternidade, Deus estabeleceu seu manual de instruções. E através de seus profetas, e acima de tudo, através de seu Filho Jesus Cristo, Ele diz: “Há algumas coisas que minha Igreja deve fazer. Há um manual que minha Igreja deve seguir.” E se nós, dentro da Sua Igreja, não quisermos veros recursos da sua graça cortados de sua divina providência, temos que seguir este manual. Ele está claramente estabelecido para nós em algumas palavras proferidas pelo nosso Senhor e Mestre assim que ele, um dia, entrou na sinagoga, e fez uma leitura no livro do Profeta Isaías: “O Espírito do Senhor é sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar as Boas Novas aos pobres, ele me enviou para dar vista aos cegos, para trazer à liberdade os que estão cativos, para pregar o ano aceitável do Senhor”. Estas são asinstruções.

Veja você, a Igreja não é um clube social, apesar de que algumas pessoas pensem assim. Eles são apanhados em seus exclusivismo, e sentem que ela é uma espécie de clube social com um leve viés de religiosidade, mas a Igreja não é um clube sócia. A Igreja não é um centro de entretenimentos, apesar de que algumas pessoas pensem que ela é. Você pode dizer que em muitas igrejas como eles agem, revelando que eles pensam que ela é um centro de entretenimento. A igreja não é um centro de entretenimento. Macacos são para entreter, mas os pregadores não.

Mas em uma análise final a Igreja tem um objetivo. A igreja está tratando do ultimato ao homem. E por isso ele deve seguir as instruções.

Eu desejo que o tempo me permita entrar em cada aspecto deste texto, mas quero apenas fazer menção a alguns deles. Vamos primeiro pensar no fato de que a Igreja esteja seguindo seu manual, procurando curar os quebrantados de coração. Não há provavelmente nenhuma outra condição humana mais atormentadora do que um coração quebrantado. Veja você que um coração quebrantado não é uma condição física; mas uma situação de esvaziamento espiritual. E quem aqui esta manhã já não experimentou um coração quebrantado?

Eu diria que um coração quebrantado vem basicamente da experiência de uma frustração. E eu não acredito que haja muitas pessoas aqui nesta manhã sob o som da minha voz que não foram desapontadas por alguma coisa.

Aqui está um jovem e uma moça sonhando com um grande carreira e pretendendo chegar na escola para tornar possível aquela carreira. Até descobrir que eles não têm faculdades mentais o bastante, a experiência técnica, para adquirir excelência naquele determinado campo. E assim eles terminam por escolher a segunda alternativa de vida melhor, e porisso eles terminam com um coração quebrantado.

Aqui está um casal de pé diante do altar em um matrimônio que parecia ter nascido no céu, somente até descobrir que, seis meses depois ou um ano mais tarde, os conflitos e dissensões surgiram; argumentos e desentendimentos começaram a aparecer. E aquele mesmo casamento que há um ano atrás parecia ter nascido no céu, termina na justiça civil e os indivíduos ficam com um coração quebrantado.

Aqui está uma família, a mãe e um pai se esforçando desesperadamente para educar seus filhos, no caminho que eles devem andar. Trabalhando muito, para conseguir uma boa educação para eles; trabalhando duro para lhes dar um senso de direção, orando fervorosamente por sua orientação. E, de repente, a despeito de tudo, um ou dois filhos terminam por entrar em um caminho errado em direção a um país longínquo estranho e trágico. E os pais vêm a saber que aqueles filhos que eles criaram são pródigos, que estão perdidos em um país distante, e assim eles terminam com um coração quebrantado.

E depois vem aquela última tragédia, que sempre produz um coração quebrantado. Quem aqui nesta manhã não experimentou isto? Quando você fica diante do caixão de um ente querido. Naquele dia quando se fecham as cortinas da vida, aquela experiência chamada morte, que é o denominador comum irredutível de todos os homens. Ninguém perde um amado, ninguém perde uma mãe ou o pai, a irmã, o irmão, uma criança, sem ficar com um coração quebrantado. Corações quebrantados são uma realidade na vida.

E domingo após domingo, semana após semana, as pessoas vêm à Igreja de Deus com os corações quebrantados. Elas necessitam de uma palavra de esperança. E a Igreja tem uma resposta – se ela não tiver, ela não é uma Igreja. A Igreja deve dizer que, em essência, que quebrantadura de corações é um fato na vida. Não tente escapar quando você passa por uma experiência dessas. Não tente reprimi-la. Não termine em cinismo. Não fique com pena de si mesmo quando vier esta experiência. A Igreja deve dizer para este homem e para esta mulher que a "Sexta-feira da Paixão" é um fato na vida. A Igreja deve dizer para as pessoas que a queda é um fato na vida. Algumas pessoas estão condicionadas somente ao sucesso. Elas estão condicionadas apenas a realizações. Então quando as provas e os fardos da vida sobrevêm eles não conseguem se aguentar de pé com eles. Mas a Igreja deve dizer aos homens que a "Sexta-feira da Paixão" é um fato na vida, como a Páscoa. Quedas na vida são fatos muito mais freqüentes que sucessos. Frustrações são um fato muito mais freqüente que realizações. E a Igreja deve dizer aos homens para tomar seus fardos, tomar suas tristezas e olhar para elas e não correr delas. Diga esta é a minha tristeza, e eu devo suportá-la. Olhe bem duro para ela e diga: Como posso transformar este passivo em um ganho?

Este é o poder que Deus deu a você. Ele não disse que você vai escapar das tensões; Ele não disse que você vai escapar das frustrações, Ele não disse que você vai escapar das provas e tribulações. Mas o que a religião diz mesmo é que: Se você tiver fé em Deus, que Deus tem o Poder de dar a você um espécie de equilíbrio interior através da sua dor. Então não se turbe o vosso coração. Se você crer em Deus, e também crer em mim” Outra voz ecoa “Vinde a mim, todos que estão fatigados e estão sobrecarregados” Como se dissesse: Vinde a mim, todos vós que estais sobrecarregados. Vinde a mim todos vós que estais frustrados. Vinde a mim todos vós com nuvens de ansiedade flutuando sobre o céu das vossas mentes. Vinde a mim todos vós que estais quebrados. Vinde a mim todos vós que estais com os corações quebrantados. Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. E o descanso que Deus dá é um que ultrapassa todo entendimento. O mundo não entende este tipo de descanso, porque ele é um descanso que torna possível a você ficar de pé em meio as tempestades exteriores, enquanto você mantém a calma interior. Se a Igreja está verdadeiramente em suas , ela cura os corações dos quebrantados

Em segundo lugar, quando a Igreja está verdadeiramente dentro do manual, ela tem o desejo de pregar a libertação para aqueles que estão cativos. Este é o papel da Igreja: Libertar as pessoas. Isto quer dizer de forma simples, libertar àqueles que estão escravos. Agora se você observar algumas Igrejas elas nunca lêem esta parte. Algumas igrejas não estão preocupadas em libertar ninguém. Algumas Igrejas brancas enfrentam o fato de domingo após domingo de que seus membros são escravos do preconceito, escravos do medo. Você tem em um terço delas, a metade delas ou mais, escravos de seus preconceitos. E os pregadores raramente fazem alguma coisa para libertá-los do preconceito.

Depois, você tem um outro grupo assentado ali, que realmente gostaria de fazer alguma coisa conta a injustiça racial, mas eles têm medo das represálias econômica, políticas e sociais, assim eles ficam em silêncio. E os pregadores nunca diz alguma coisa para levantar suas almas e libertá-las daquele medo. E assim eles terminam cativos. Vocês sabem que isto também acontece nas Igrejas negras. Vocês sabem que há pregadores negros que nunca abriram suas bocas em favor do movimento da liberdade. E não apenas eles não têm aberto suas boas, com não têm feito qualquer coisa. E de vez em quando você tem alguns membros que falam demais sobre os direitos civis naquela Igreja. Eu estava conversando com um pregador, outro dia, e ele me contou que alguns membros da sua Igreja estavam dizendo isto. Eu disse: não preste atenção no que eles dizem. Porque, número 1: Não foram os membros que ungiram você para pregar. E qualquer pregador que permite que seus membros lhe digam o que deve pregar, não tem nada de pregador.

Para que estas instruções fiquem bem claras, Deus me ungiu. Nenhum membro da Igreja Batista Ebenezer convidou-me para o ministério. Você me chamou para a Ebenezer e pode tirar-me daqui, mas você não pode tirar-me do ministério, porque eu consegui o manual e minha unção do Deus todo Poderoso. E qualquer coisa que eu quiser dizer, eu vou dizer aqui deste púlpito. Isto pode ferir alguém, eu não quero saber, alguém pode não concordar com isso. Mas quando Deus fala, quem mais pode profetizar? A palavra do Senhor é sobre mim como um fogo cerrado em meus ossos, e quando a palavra de Deus vem sobre mim, eu tenho que dizê-la, Eu tenho de contá-la a todos em qualquer lugar. Porque Deus me chamou para libertar aqueles que estão no cativeiro.


Algumas pessoas estão sofrendo. Algumas pessoas estão famintas esta manhã. Algumas pessoas ainda estão vivendo em segregação e discriminação esta manhã. Eu vou pregar sobre isto. Eu vou lutar em favor delas. Eu morrerei por elas se necessário, porque eu tenho o meu manual bem claro. E o Deus a quem eu sirvo, e o Deus que me chamou para pregar, já me disse que de vez em quando eu terei que ir preso por elas. De vez em quando eu terei que agonizar e sofrer pela liberdade de suas crianças. Eu posso até ter que morrer por isso. Mas se isto é necessário, eu preferiria seguir o manual de Deus do que o manual dos homens. A igreja foi chamada para por em liberdade aqueles que estão cativos, para por em liberdade aqueles que são vítimas da escravidão da segregação e da discriminação, aqueles que foram apanhados na escravidão do medo e do preconceito.

Então, a Igreja, que está verdadeiramente dentro do manual, deve pregar o ano aceitável do Senhor. Você sabe que o ano aceitável do Senhor é o ano que é aceitável para Deus porque preencheu os requisitos do seu Reino. Algumas pessoas quando estão lendo esta passagem sentem que isto está falando a respeito de um período além da história, mas eu digo a vocês nesta manha que o ano aceitável do Senhor pode ser este ano. E a Igreja é chamada para pregá-lo.


O ano aceitável do Senhor é qualquer ano quando os homens decidirem fazer o certo.

O ano aceitável do Senhor é qualquer ano quando os homens pararão de mentir e enganar.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano quando mulheres começarão a usar o telefone para propósitos construtivos e não para espalhar fofocas maliciosas ou boatos sobre seus vizinhos.

O ano aceitável do Senhor é qualquer ano quando os homens pararão de jogar fora as preciosas vidas que Deus lhes tem dado em um viver sedicioso.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano quando o povo no Alabama pararão de matar o direito civil dos trabalhadores e o povo que simplesmente está engajado no processo de busca pelos seus direitos constitucionais.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens aprenderam a viver juntos como irmãos.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens manterão suas teologia ao lado de suas tecnologias;

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens manterão os fins pelos quais eles vivem ao lado dos mesmos meios em que vivem.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens guardarão sua moralidade ao lado de sua mentalidade

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que todos os líderes mundiais se assentarem junto à mesa de conferência e perceberem que a menos que a humanidade ponha um fim na guerra, a guerra vai por um fim na humanidade.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens converterão suas espadas de em relhas e suas lanças em ganchos e que as nações pararão de se levantar umas contra as outras, nem estudarão a guerra nunca mais.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens permitirão que a justiça role para baixo como águas e a retidão desça como uma poderosa corrente.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que nós enviaremos ao Congresso e às Assembléias estaduais de nossa nação homens que procederão justamente, que amarão a misericórdia e que caminharão humildes com o seu Deus.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que todo o vale será exaltado, e cada montanha será rebaixada, que os lugares ásperos seriam aplainados e que os os lugares tortuosos, retos, e a glória do Senhor será revelado, e toda carne verá verão isto em junta.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens farão para os outros aquil que eles querem que os outros façam para eles

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens amarão seus inimigos, abençoarão aqueles que os maldizem e orarão por aqueles os perseguem.

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que os homens descobrirão por causa do sangue Deus fez todos homens para habitarem sobre a face da terra

O ano aceitável do Senhor é aquele ano em que todo joelho se dobrará e toda língua confessará o nome de Jesus. E em todos os lugares os homens clamarão “Aleluia, Aleluia! O Reino deste mundo tem se transformado no Reino de Nosso Senhor de de seu Cristo, e ele reinará por todo o sempre. Aleluia, aleluia!”

O ano aceitável do Senhor é o ano de Deus.

Estas são as instruções do manual, e se nós apenas seguirmos o manual, nós estaremos aptos para o Reino de Deus, e nós faremos aquilo que a Igreja de Deus é chamada para fazer. Nós não seremos um pequeno clube social. Nós não seremos um pequeno centro de entretenimento. Mas estaremos em um negócio sério, de trazer o Reino de Deus para esta terra.

Parece que eu já posso ouvir o Deus do universo sorrindo e falando para esta igreja, dizendo “Vocês são uma grande Igreja, porque eu estava faminto, e vocês me deram de comer. Vocês são uma grande Igreja porque eu estava nu, e vocês me deram o que vestir. Vocês são uma grande Igreja, porque eu estava enfermo e vocês me visitaram. Vocês são uma grande Igreja porque eu estava na prisão e vocês me consolaram e visitaram. E esta é a Igreja que é vai salvar este mundo. “O espírito do Senhor é sobre mim, porque ele me ungiu para curar os quebrantados de coração, e por em liberdade os cativos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.

Início da tradução: 09.12.08; conclusão: 10.12.2008. Proibida a cópia sem o consentimento do tradutor.

Source: http://www.stanford.edu/group/King/publications/sermons/contents.htm


Leia também o sermão Redescobrindo os valores perdidos


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Há Negros na Bíblia?


"Há Negros na Bíblia?"

Comentário sobre o Livro do Reverendo Arão Litsuri


Por BRAZÃO MAZULA - de Moçambique

Dois aspectos introdutórios à minha fala:

i) quando recebi um exemplar do livro, das mãos do meu padrinho de casamento e com uma dedicatória muito amiga do autor, havia-me decidido a lê-lo pela curiosidade que o título em si provocava em mim; talvez não o lesse agora; ii) telefonei ao Rev.do Arão Litsuri para felicitá-lo pela obra e agradecer-lhe pela gentil dedicatória. Foi então que disse que queria falar comigo. Numa tarde dessas, encontramo-nos no Hotel Polana. Ele bebendo água e eu tomando um copo de leite, o Rev. Arão Litsuri convidava-me a falar do livro por ocasião do lançamento. Fiquei surpreendido, porque não esperava. Salvo o único encontro que tive com ele durante o processo eleitoral de 2004, do qual ele foi presidente, encontramo-nos algumas vezes em momentos formais e protocolaras, mas nunca tivemos um encontro para bate-papo.

Aceitei o convite, porque não podia recusar. Por duas razões: i) por princípio de vida, não costumo recusar à Igreja: eu sou resultado da formação da Igreja e nunca conseguirei retribuir o quanto a Igreja me deu; - ii) é difícil recusar um convite destes provido duma personalidade com a estatura moral do Rev. Litsuri. Arão Litsuri é artista nato em música, é pastor e dirigente religioso, é mestre. Isto significa que o seu convite é refinado e bem peneirado. No entanto, aceitei o convite com a ressalva de que não sou teólogo. Rev.do Litsuri sorriu como quem não concordava com a minha ressalva.

O Rev.do Litsuri apresenta-nos, para refeição desta noite, apropriando-se da expressão de Santo Agostinho, uma obra teológica. Não se trata de teologia geral, mas de teologia bíblica, fazendo uma exegese da Sagrada Escritura. Uma das áreas mais difíceis nos estudos teológicos é, precisamente, a de estudos bíblicos. Só isto qualifica o autor de um teólogo profundo. Nota-se essa profundidade na busca de fontes primárias assentes na própria Sagrada Escritura. Para isso, estuda o hebraico, língua fundamental para a investigação bíblica. Há quatro línguas fundamentais para a exegese bíblica: o hebraico, o grego e o aramáico e o latim.

Arão Litsuri escolheu o hebraico, a língua original que lhe permitiu investigar o sentido vernáculo e a escrita original dos termos como o de Kush, o seu ponto de referência para a sua tese. A profundidade da sua análise é evidenciada pelo recurso a estudos comparados de historiadores, exegetas, ás fontes arqueológicas e, inclusive, a historiadores africanos e africanistas, como Basil Davidson (p.21), E. Mveng (p.74) e Cheik Anta Diop (p. 82). Essa profundidade é mais evidenciada ainda nas “ferramentas” metodológicas de análise que utiliza. Ao longo da leitura da obra, percebe-se como ele segue lógica e rigorosamente “o método histórico-crítico, o criticismo literário, o criticismo de fonte e o método arqueológico” adoptados (p. 22)

Como o título sugere, o autor propôs-se para a dissertação do seu mestrado em Estudos Religiosos a “pesquisar os antecedentes africanos no estudo da Bíblia Hebraica” (pag. 17). A sua preocupação é a de saber se “há negros na Bíblia. Não se trata apenas de pesquisar a sua presença física, mas de investigar o estatuto, a condição e o papel desses negros no livro sagrado milenar, de cerca de 4500 anos a.C. Arão Listuri não tem receio der abordar esta questão; não se contenta com apreciações ligeiras; persegue-a até encontrar provas convincentes. Arão Litsuri investiga sem preconceito algum. Procura, a todo o momento, equilibrar a racionalidade que uma investigação científica exige, com a fé no que faz assegurando a dimensão epistemologica da pesquisa e a sua sensibilidade africana pela causa africana.

É um trabalho ingente e de muita paciência que vemos no seu livro. O investigador Arão Litsuri palmilha o Pentatêutico, os Salmos, os profetas, as Crónicas, os livros históricos, da Sabedoria e de Ben-Sirá.

Para ponto de partida (p. 17 e 27), escolhe a palavra Kush que aparece muitas vezes nos textos bíblicos e que em hebraico significa “preto, escuro, cara queimada” (p.27).

No seu percurso investigativo, Arão Litsuri observa e demonstra, através de evidências bíblicas, três coisas:

i) que Kush era bem conhecido e “de acordo com o profeta Ezequiel (29:10) Kush localizava-se “no sul do Egipto” e foi bem conhecido pelos hebreus por causa do papel proeminente que aquele país desempenhou nas relações com o Egipto e a Palestina” (p. 28). Demonstra que o “antigo Kush” compreendia as actuais regiões do Sudão e Et~iópia”, “na alrtura (...) também, conhecidos por Núbia” (p. 29) Outros nomes como Sheba, Seba, Sabines, Ofir estão igualmente associados a Kush (p. 30-31). O mais interessante é que os Sabeanos, habitantes de Sheba, cerca de 1000 a.C., devem ter descido até Sofala/Moçambique para o comércio de ouro (p. 31). A exploração e o comércio de ouro até Kush, Líbia, Ofir, Sofala são outras evidências de referências de negros na Bíblia.

ii) Em segundo lugar, percorrendo minuciosamente os textos bíblicos, desde Génesis (2: 10-14), Êxodo, Números, passando pelos profetas Isaías, Ezequiel, Sefonias, Jeremias, Samuel e Daniel, pelos Salmos e pelo livro sapiencial de Job, e pelas Crónicas, pelos livros históricos dos Reis, Naum e Ester, vai descobrindo que Kush aparece como “um termo geográfico”, “nome de uma pessoa”, “uma pessoa”, como “um povo” e como “uma nação( (p.33 – 69). Por exemplo, actual Sudão como antigo Kush (p.35), no século VII a C. , Kush já era conhecido na corte real de Jerusalém (p. 48 e cfr. Num. 12:1).

Nisto, o autor encontra uma prova inconcussa em Jeremias (13.23) quando se interroga se “Pode o etíope mudar a sua pele (a sua própria cor), ou um leopardo as sua manchas (- as pintas da sua pele)? Aqui o termo em hebraico “O kushita” (-etíope, em grego) “denota”, segundo Arão Listsuri, “a colectividade” abrangendo “todos os Kushitas em geral” e, por conseguinte, referiundo-se “ao povo, aos habitantes da terra de Kush”, mais especificamente os “negros”. Assim, o termo etíope, em grego, ou seja kushita em hebraico, está ligado “ao conceito de raça, a (própria) raça negra na Bíblia” (p. 51). Kush (Etiópia) aparece também como nação, como uma identidade própria e “envolvida em questões internacionais como o Egipto, Punt (actual Somália, p. 122) Líbia, Assíria e Palestina e com “Faraós kuchitas”, ou seja, Faraós Negros” (p. 60-61).

Iii) O terceiro aspecto muito importante é o referido pelo profeta Amós (entre os anos 760-750 a. C). A referência a Amós é de grande importância na medida em que, como simples pastor e cultivador de sicómoros (Amós1:1 e 7:14), o profeta Amós aparece à primeira vista como “uma pessoa pobre e sem cultura”, mas na realidade é um conhecedor profundo do seu povo, do que se passa nos países vizinhos e de “toda a problemática social, política e religiosa de Israel” (cfr. Bíblia dos Capuchinhos. Lisboa/Fátima, 1998, p. 1478. Pela boca de Amós, o oráculo do Senhor diz: “Não sois vós para mim, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? (Cfr. Versão dos Capuchinhos: “Porventura não sois vós para mim, ó filhos de Israel, como os filhos dos cuchitas? –oráculo do Senhor”). A importância deste versículo está em que, segundo Arão Litsuri, “Amós revolucionou o pensamento fechado dos israelitas para lhes fazer ver que todos os outros povos também eram povos escolhidos, incluindo os africanos”. (p.53).

Posto isto, o autor tira algumas conclusões.

A primeira conclusão, decorrente do método do criticismo das fontes, diz que “o conhecimento difundido sobre Kush era bem conhecido em todos os tempos” e estendia-se a partir de 1500 a. C. (p.73). Mais concrectamente: “que Kush, onde o rio Gihon (ou Nilo) corre, é “um país africano, posto que o rio Nilo corre na África” (p. 74).

A segunda conclusão reforça a primeira. Baseando-se nas expressões do profeta Isaías (18: 1-2) que se referem “para além dos rios da Etiópia” a “Embaixadores do mar”, conclui não haver nenhuma “ sombra de dúvida de que “Etiópia” (Kush) neste caso, está em África, do mesmo modo que não há dúvida de que o Nilo está em África”. E que o Nilo era uma rota de transporte entre Kush, Sudão e Egipto” (p. 79). Não duvida que Kush se localiza em África e não na Ásia (p. 122).

Para terceira conclusão, observa que esse Kush, identificado pelas suas riquezas de topázio, pedra preciosa ou crisolite e ouro, “foi um vizinho próximo do Egipto e que, consequentemente, situava-se em África (p. 80). A quarta conclusão decorre do Salmos 60:31 que diz que “embaixadores reais virão do Egipto: a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos”. Daí que “Javé é já adorado em Kush”, ou seja, que “Deus intervém na história humana e assim todas as nações devem adorá-lo”, (p.101). Finalmente em quinto lugar, que é nessa qualidade que estabelece “parceria com Egipto” e “teve pontos de contacto com Israel” (p. 105). Em suma, conclui que “há negros na Bíblia (p. 123).

Para terminar, quero, mais uma vez, felicitar o pesquisador e estudioso em assuntos bíblicos, Arão Litsuri, por este trabalho de grande valor para a ciência teológico-bíblica e para o alimento da nossa fé em Deus. Quero também, agradecer-lhe por me ter servido este delicioso manjar intelectual e espiritual e ter-me honrado com um gesto de amizade de poder participar neste acto solene, de lançamento do seu livro ao público. Intitulei esta minha fala de “depoimento”, deixando assim traduzir o meu pensar e as lições que aprendi e continuarei a aprender. De facto, esta obra ensina-nos muito. Quanto mais a lemos, mais apreendemos coisas nova. Não se trata de obra que apenas enche as nossas cabeças com muita informação. Para isso, basta cada um pegar na bíblia e lê-la à sua maneira. O aspecto particular, para o qual convido o público a adquirir o livro, está na interpelação que a obra nos provoca: a de ver a Bíblia não mais como um simples livros de estante e de pietismo, mas tê-la sempre como fonte da nossa metánia, da nossa permanente transforamação para a perfeição.

Esta obra faz-me pensar der novo na importância da introdução de estudos religiosos, ou seja, de estudos teológicos, nas nossas instituições públicas do ensino superior. Por que não? Existem em muitos países. Não fere a laicidade do Estado. Quanto mais os seus cidadãos tiverem uma cultura religiosa profunda, mais serão interpelados pelos altos valores da existência e da vida, dignificando mais a sua sociedade e, consequentemente, mais enobrecerão o próprio Estado.

Não podia haver um ambiente mais bonito de apresentar esta obra ao público do que fazer coincidir com o lançamento do seu álbum musical, transportando-nos, desta forma, para a fé de David que expressava tambem através da sua harpa. A harpa deste rei bíblico simboliza a razão humana, a sabedoria da vida, a fé em Deus e a cultura caminhando juntos!

Parabéns, Rev.do Arão Litsuri, pois a sua pesquisa cuidada alimenta a nossa razão humana; o rigor do manejo da sua metodologia de investigação deixa transparecer a sua sabedoria de vida; a escolha do tema e a paciência no trabalho realizado revelam-nos a sua fé em Deus; e a viola que o acompanha coroa as quatro dimensões da razão da existência humana neste mundo!

*Depoimento apresentado por ocasião do lançamento do livro e do álbum musical do Reverendo Arão Litsuri, no dia 13 de Dezembro de 2007, no Cine-África, cidade de Maputo

Fonte Jornal Noticias - Moçambique - palavra pesquisada: pastor


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Moçambique - tributo aos missionários suiços


Missão Suíça: “património histórico nacional”

Marcos Macamo

Permita-me V. Excia suspirar em jeito destas linhas na pagina do jornal de que vós sois digno de o dirigir­. Missionários suíços têm sido o cartaz no meio dos círculos académicos e não só, isto nos últimos tempos da nossa história. Este facto deve-se, na minha óptica, ao mérito que a eles se deve, mercê do empenho, labor e abnegação que demonstraram ao longo dos anos que “cultivaram” na machamba da vida dos moçambicanos.

Assim, a Missão Suíça não só cultivou, mas desbravou plantou e colheu. Plantou o saber que liberta e que salva o Homem de todo tipo de escravidão: quer do Diabo ou de si mesmo. A própria Missão Suíça chegou e implantou-se. Germinou e fortificou-se. Em momentos de abalo, era cada vez mais forte e inspirava-se na verdadeira reforma. Foram homens e mulheres prontos a morrer para salvar os outros. Só que essa salvação não se limitava apenas a abrir o caminho para o céu nas nuvens, mas também na terra.

A missão preparou-se e prontificou-se. Traçou o plano global que tange todas vertentes humanas. Reuniu os Homens com as mais variadas capacidades de enfrentar o mundo e enviou-os. Criaram pequenas vilas semelhantes as da Suíça, onde não faltou um pequeno hospital, oficina, escola, internatos, cemitérios (Lhanguene) e por aí em diante. Escolheram as belas colinas e lá se instalaram. Não se importavam de estar nas zonas do interior, sempre à busca do africano. Não me interessa o quão o possam ter admoestado ou atormentado, mas interessa, sim, o produto final deste desafio protestante suíço.

A Missão Suíça aproximou-se dos chefes locais e até de Ngungunhana e certamente tinham uma missão para com aquele rei. Secretamente desenharam um plano de libertação total do Homem africano, com a finalidade de este se projectar no mundo. Criaram bases sólidas para que um povo se pudesse conduzir num futuro distante. Aprumaram o moçambicano em todos os sentidos, mostrando-o a maneira da utilização do livro. Assim colocavam nas mentes de seus obreiros um alto sentido de crítica e autocrítica, estima e auto-estima.

Nunca aceitaram que um evangelista, professor ou pastor seu fosse um ignorante em relação ao mundo que o rodeava. Convidaram outras missões a formar uma Frente Unida “versus” uma única Missão de Cristo em Moçambique “versus” Conselho Cristão ligando ao Conselho mundial das Igrejas. Acompanhavam atentamente os desenvolvimentos do Mundo e procuraram encaixar os moçambicanos num panorama global: abriram-lhe a vista.

Assim, graças a esse ensinamento acerca do amor, à pátria divina começava pela pátria terrestre. Dizia um desses obreiros aos seus educandos que, quando o chefe nos chama à guerra, devemos aceitar, pois é a bem do evangelho. Certamente que o chefe referido era Cristo, mas nas patrulhas a semântica se prolongava. A luta era contra o mal, incluindo o colonialismo. É assim que das patrulhas (catequeses) saíram os melhores artilheiros da luta armada de libertação de Moçambique, saíram grandes pensadores e oradores, saíram grandes humanistas que entregaram suas vidas pelos outros. Saíram líderes humanistas.

Os missionários suíços certamente que não se aperceberam das consequências vindouras de sua actividade, mas os poucos que ainda vivem hoje, testemunhariam um sonho de há várias décadas e certamente que diriam: valeu a pena!

Próximo ano de 2008, a Missão Suíça de Chicumbane (o bastião dos revolucionários cristãos), completa 100 anos de sua existência. Foi ali a oficina do evangelho da liberdade, do qual o pastor Zedequias Manganhela viria a ser martirizado como cérebro de apoio aos guerrilheiros na Tanzania.

Bem haja Missão Suíça que ensinou o povo a pensar por si! É o nosso património e assim seja!

Fonte Jornal Noticias - Moçambique - palavra pesquisada: pastor

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segunda-feira, dezembro 08, 2008

Igreja Assembléia de Deus Pentecostal de Angola - Templo Maculusso


Templo Assembleia Deus Luanda

"Igreja Assembleia de Deus tem novo local de culto"

Jornal de Angola
25.11.2008

"Os fiéis da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus do Maculusso contam, desde sábado, com um novo local de culto, inaugurado pelo pastor presidente do Templo Sede, Francisco Domingos Sebastião.

A nova igreja, um recinto edificado com a contribuição dos seus fiéis, durante cerca de cinco anos, está situada nas imediações do Largo da Independência, por detrás do Supermercado Jumbo, e, em cada culto, pode albergar cerca de 600 pessoas sentadas.

O evento de sábado foi motivo de alegria para os crentes, que acorreram às dezenas para a sua inauguração. Num acto que acabou por se tornar uma verdadeira festa da congregação, não faltaram lágrimas na hora do corte da fita e, depois, ao longo do convívio, com louvores e música religiosa à mistura.

A diaconisa Fernanda Barros, a “Mamã Nanda”, como é carinhosamente tratada, a grande impulsionadora do projecto, não teve palavras para poder expressar a sua alegria para, finalmente, em casa própria, poder continuar a fazer a Obra do Senhor.

Para o pastor Francisco, é ideia da sua Congregação edificar locais de culto que sejam modestos, económicos, mas onde haja comodidade.

“Se o comércio opta pela abertura de estabelecimentos comerciais, nós vamos para a abertura de centros como este, cómodos e económicos”, disse, na altura.

“Combatentes da Fé”, a nova designação da congregação, rebaptizada sob inspiração Divina, como afirmou o seu presidente, funcionou primeiramente na Avenida dos Combatentes, daí o seu nome original, mas depois transferiu-se para o São Paulo num local alugado, com todos os condicionalismos que daí advêm."


Pastor apela à unificação dos cristãos

06.10.2008

O Pastor Presidente da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal do Maculusso, Francisco Domingos, lançou ontem, em Luanda, um vigoroso apelo à unificação das igrejas cristãs em Angola, para que Deus possa glorificar e abençoar o país.

Segundo o pastor, que falava durante a homilia dominical, só com a união, o povo se sentirá amparado e com força para ultrapassar todos os problemas e vicissitudes que atravessa. “Não basta a regeneração do Espírito Santo. É necessária a entrega genuína e a ligação completa das nossas vidas em sacrifício para Deus”, frisou o pastor, baseando-se no “ivro Sagrado”.

Convidou os féis presentes a cultivarem o hábito pela leitura bíblica para maior entendimento sobre temas como “a necessidade do amor como veículo de união entre os homens”, disse.

Por outro lado, pediu aos jovens para livrarem-se do consumo de álcool e de outros vícios como a delinquência, que muito tem contribuído para o insucesso do homem na sociedade.

“A Bíblia refere que o uso em de álcool apodrece a alma de qualquer cidadão, de formas que todos aqueles que pretendem viver uma vida cristã devem abdicar de tal vício”, referiu.


Jovens abordam casamento na vida cristã
01.10.2008

Carlos Bastos | Sumbe

Temas como a integridade cristã, casamento, namoro e noivado, foram abordados, no ultimo fim de semana, na localidade da Carimba, a 15 quilómetros da cidade do Sumbe, província do Kwanza-Sul, pelos jovens fiéis da Igreja Assembleia de Deus Pentecostal, durante um acampamento que congregou todos os centros e sub-centros do referido município.

Ao intervir no tema namoro, noivado e casamento, o pastor Guilherme Maurício disse que no seio da Igreja encontram-se certos jovens que não respeitam os padrões religiosos, pautando por uma conduta que nada dignifica os mandamentos de Deus.

“Muitos jovens da Igreja namoram como se fossem ateus, namoram às escondidas no beco e dizem que são crentes, não há diferença entre o namoro cristão e o mundanismo”, disse.

O pastor da Igreja Assembleia de Deus advertiu igualmente à juventude a pautar por um posicionamento digno e de referência para os vizinhos, amigos, colegas de escola e de trabalho, e que assumam as suas responsabilidades religiosas dentro e fora da Igreja, como cristãos que são.


Culto e show gospel encerram acção formativa

29.11.2008

Filipe Eduardo

Sob o lema “a geração dos incluídos”, realiza-se, amanhã, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, um culto geral acompanhado de espectáculo de música gospel, para assinalar o encerramento de um curso de refrescamento de 450 obreiros, realizado pela Igreja Assembleia de Deus.

A acção formativa, uma iniciativa da Escola Bíblica da Assembleia de Deus, realiza-se anualmente e tem como objectivo reciclar os conhecimentos dos obreiros para um melhor desempenho da sua actividade divina.

Com a duração de uma semana, a acção, que contou com a participação de prelectores nacionais e estrangeiros, provenientes do Brasil, Portugal, África do Sul e Espanha, contou, também, com a participação de membros das áreas de influência da igreja, espalhados pelas províncias do Namibe, Bengo, Malanje e Lunda-Norte.

Por seu turno, o pastor presidente da Assembleia de Deus Pentecostal do Maculusso e vice-representante legal das Assembleias de Deus Pentecostal de Angola, reverendo Francisco Domingos Sebastião, apelou a todos os membros da instituição e às igrejas congéneres para que façam parte da manifestação e que juntos busquem a inclusão, desde social à espiritual.

A Assembleia de Deus Pentecostal conta, actualmente, com treze mil membros.

Fonte: Jornal de Angola - Busca/Procura "Assembleia de Deus"

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sábado, dezembro 06, 2008

SOS Santa Catarina - Fale com as Igrejas Evangélicas


Serviço de utilidade pública do Blog Olhar Cristão.

Você pode comunicar-se diretamente com as Igrejas Evangélicas no Estado de Santa Catarina. Mas, nem todas elas estão em municípios atingidos pela enchente. Antes de clicar nos links veja os esclarecimentos mais abaixo.


ENDEREÇOS E TEL. IGREJAS EVANGÉLICAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA

Assembléias de Deus

Igrejas Batista

Igrejas do Evangelho Quandrangular

Igrejas Presiterianas

Igrejas Metodistas

Congregação Cristã

Igrejas Deus é Amor

Igrejas Luteranas

Comunidades Evangélicas


ESCLARECIMENTOS

Atenção ao rodapé das páginas. Os nºs. de 1 a 10 significam 10 páginas de endereços.


Guarde bem estas orientações


1 - Somente entre em contato se tiver algo para contribuir, ou puder entregar em SC.

2 - Não Ligue depois das 22:00h nem antes das 08:00h

3 - Não ligue a cobrar, pois quem precisa de ajuda são eles.

4 - Colchões, lençóis, cobertores, produtos de higiene pessoal - melhores dicas de doações.

5 - Se for contribuir financeiramente, não deposite em contas em nome de pessoas.

6 - Toda ligação telefônica é gravada pela operadora, para o que couber.


João Cruzue/Blog Olhar Cristão.


cruzue@gmail.com


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quarta-feira, dezembro 03, 2008

A Voz da Primeira Igreja Batista de Blumenau


CRÔNICA DO DIA SEGUINTE


(The Day After)


Por: Pastor Edson e Ilana Mesquita
Primeira Igreja Batista de Blumenau

Blumenau vive um momento trágico. Não há precedentes na história de nossa cidade. Palavras jamais poderiam expressar as cenas diante de nossos olhos.

Finalmente, consegui um ponto de internet, depois de dois dias ilhado, totalmente isolado de minha família e dos irmãos. Fomos celebrar um casamento sábado à noite no interior da cidade vizinha de Gaspar e não conseguimos mais retornar. Minha esposa ainda está lá, longe de casa, até que as estradas sejam liberadas. Cheguei à minha casa um pouco a pé, um pouco de carona, passando por muita lama, barreiras, áreas alagadas... Graças a Deus encontrei meus familiares bem. Vários irmãos que estavam em retiros no final de semana estão ilhados e isolados desde sábado.

O que aconteceu em Blumenau é algo inexplicável. Os montes simplesmente vieram abaixo. Não foi uma enchente como todas as outras que já atingiram nossa cidade no passado.

Para que vocês tenham uma idéia, vou tentar explicar: As enchentes acontecem quando o Rio Itajaí Açu transborda. Aos poucos a água vai atingindo os pontos mais baixos a partir do rio, ou seja, de baixo para cima. As enxurradas são águas que vêm de cima para baixo. O que aconteceu aqui foram as duas coisas.

Há três meses chovia sem parar em toda a região. Era uma chuva fraca, mas, aos poucos, foi encharcando o solo até que ficou sem a possibilidade de absorver mais a água que caía. No sábado à tarde, dia 22, uma enxurrada caiu sobre a cidade e as montanhas começaram a cair, arrastando casas inteiras com as famílias em seu interior. Mas isso foi apenas o começo. Depois daquela, sucessivas enxurradas começaram a cair durante toda a noite de sábado e o dia de domingo. Os ribeirões, afluentes do Rio Itajaí, transbordaram, ao mesmo tempo em que o nível do Rio Itajaí subia com as águas que desciam das chuvas que caiam no Alto Vale. As águas da enxurrada não tinham vazão e a correnteza foi arrastando tudo o que vinha pela frente.

Olhando ao redor, parece que não ficou um ponto onde os montes não deslizaram. Não são áreas de risco, desmatadas, mas áreas com vegetação espessa, abundante, bem florestadas, que vieram abaixo. A vegetação não segurou as montanhas. É inexplicável e indescritível toda essa situação. Ricos e pobres foram atingidos.

Estamos dando suporte às pessoas atingidas na medida do possível. Milhares de pessoas perderam suas casas com tudo que tinham. Diferente das outras enchentes, elas não tem para onde ir agora. Os que conseguiram sair de suas casas apenas com a roupa do corpo estão agradecidos a Deus por suas vidas.

Ainda estamos, aos poucos, tomando conhecimento da situação. A comunicação é bem precária. Não há água potável nem luz. E não se tem previsão certa de quando tudo será normalizado. O lodo cobre a maioria das ruas e casas.

Como profetas, sabemos que tudo o que acontece no reino físico é uma mensagem do reino espiritual. Assim como Jó, no momento da aflição, se aproximou de Deus para depois conhecê-Lo na intimidade e dizer: “Agora meus olhos te vêem...”, cremos também que esta tragédia inclinará o coração desta cidade para Deus. Blumenau será chamada Cidade do Senhor.

O Senhor mudará nossa sorte! Não só nos restituirá, mas nos levará debaixo de um temor nunca antes experimentado para uma restituição em dobro, assim como fez com Jó.

Temos plena consciência de nossa responsabilidade sobre este território. Não ignoramos o que pode causar as catástrofes. Por favor, orem por nós, orem pela igreja em Blumenau, para que haja arrependimento. Orem pelos sacerdotes, para que exerçam seu papel de chorarem entre o pórtico e o altar e cessarem as competições, e divisões, e invejas, e amarguras..., para que venha a restauração e a restituição. Orem pela nossa unidade, pois é assim que conquistaremos esse território e veremos todo joelho se dobrando e toda língua confessando que Jesus Cristo é o Senhor.

Obrigado por ouvirem nosso apelo.

Fiquem na paz,


CRÔNICA DO QUINTO DIA (SEGUINTE)

(Amados Irmãos)

Por Ap. Edson e Ilana Mesquita
Primeira Igreja Batista de Blumenau

Graça e paz, irmãos

Hoje é o quarto dia consecutivo de sol, contrariando as previsões meteorológicas! Isso ajuda bastante na limpeza da cidade, porém em alguns lugares ainda há até um metro e meio de lama. As máquinas não conseguem fazer um trabalho mais rápido enquanto não secar.

Das mil e oitocentas ruas da cidade, mais de oitocentas foram danificadas e ainda há trezentas totalmente bloqueadas.

O Exército continua controlando o acesso às áreas de risco. Trinta e cinco por cento do território da cidade é agora considerado área de risco. Sessenta por cento das áreas desocupadas não poderão mais ser ocupadas. Os abrigos estão lotados ainda (escolas, igrejas, creches, centros sociais). As pessoas não têm para onde ir, pois perderam suas casas, móveis, mas também o terreno; diferente das outras enchentes que, após baixarem as águas, todos retornavam às suas próprias casas e a vida voltava ao normal.

Alguns conseguiram lugar em casas de familiares, parentes e amigos, ou conseguiram alugar as últimas casas e apartamentos disponíveis. Agora não há mais casas para alugar. Os que estão nos abrigos terão que ficar lá até que novas casas sejam construídas. Muitas pessoas estão indo embora da cidade, voltando para suas cidades de origem, pois ficaram traumatizadas com a tragédia, e também porque não têm mais moradia.

O fornecimento de água e energia elétrica, aos poucos, vai voltando ao normal. Em alguns lugares nasceram verdadeiros rios que ainda correm pelo meio das ruas e estradas. A revista Veja usou o termo "dilúvio" para denominar o acontecido. Agora temos uma pequena noção do que significa um dilúvio. O fenômeno climático que causou o que está sendo considerada a maior catástrofe natural do Brasil não pode ser explicado. Explica-se como aconteceu, mas não o porquê. Foi simplesmente um mistério!

"As águas te viram, ó Deus, as águas te viram, e tremeram; os abismos também se abalaram" (Sl. 77:16).

Pouco mais de uma semana depois, o Conselho de pastores da cidade, criou um comitê de técnicos para elaborar um projeto de construção de casas populares. A prioridade emergencial do poder público, agora, é a recuperação da malha viária.

Os pastores, conscientes de seu papel profético e sacerdotal, têm a grande oportunidade de se posicionarem como pastores de uma cidade e não mais de uma igreja local.

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COMENTÁRIOS DE JOÃO CRUZUÉ

De todos os relatos que li e ouvi nenhum mostrou um retrato com tanta clareza da situação de nossos irmãos Catarinenses quanto ao do Pastor Edson Mesquita da Primeira Igreja Batista de Blumenau. O que aconteceu ali, pareceu-me com outro desastre, da mesma magnitude, no mês de maio dos irmãos de Myanmar sobre o que aconteceu depois da passagem do Ciclone Nargis. Dias depois quando as águas baixaram, e as pessoas tentavam voltar para suas casas, muitos não as achavam mais; às vezes, nem mais existia o terreno onde foram construídas.

O propósito deste post é afirmar com muita convicção que a ajuda aos nossos irmãos catarinenses não poderá ser restrita a uma ou duas semanas de campanhas e generosidade. As necessidades ali são imensas. Para reconstruir o que foi levado, é possível que dois anos não sejam o bastante. Essas necessidades continuarão ainda mais reais e cruas por muito tempo, principalmente depois que o foco da grande mídia passar. Não foram somente casas, vidas e terrenos que desapareceram. A economia do Estado de Santa Catarina foi seriamente atingida pela enchente.

É por isso, que nossa atenção pelos irmãos catarinenses não pode se dispersar. De antemão peço licença ao Pastor Edson Mesquita e Irmã Ilana para reproduzir nesta espaço algumas das crônicas que eles têm escrito de Blumenau, para não nos esqueçamos de orar, de contribuir e de ajudar a carregar o duro fardo que muitos irmãos catarinenses estão levando.


SP 03.12.2008

cruzue@gmail.com


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Sermão: Redescobrindo os Valores Perdidos


Sermão do pastor Martin Luther King


Jesus at 12Jesus no templo no meio dos doutores da Lei


"Rediscovering lost values"

Martin Luther King, Jr. (1929-1968)
Tradução de João Cruzué

Eu quero que vocês meditem comigo nesta manhã sobre este tema: Redescobrindo os valores perdidos. Redescobrindo os valores perdidos. Há algo de errado com nosso mundo. Alguma coisa fundamental e basicamente errada. Eu creio que nós não precisamos olhar muito longe para enxergar isso. Estou certo que a maioria de vocês concordaria comigo em fazer esta afirmação. E, quando paramos para analisar a causa dos males de nosso mundo, muitas coisas nos vêm à mente.

Vamos iniciar, perguntando se é devido ao fato de não sabermos o suficiente. Mas, não pode ser isso, porque em termos de acumulação de conhecimento, nós conhecemos muito mais hoje do que os homens conheciam em qualquer outro período da humanidade. Nós temos fatos à nossa disposição. Nós sabemos mais sobre Matemática, Ciências, Ciências Sociais e Filosofia do que nós nunca soubemos em qualquer período da história do mundo. Então, não pode ser porque nós não sabemos o suficiente. Bem, não pode ser isto porque nosso progresso científico sobre os anos passados tem sido surpreendente.


Em seguida, gostaríamos de saber se não foi pelo fato de nossa genialidade científica tenha ficado para trás.Isto é, se nós não temos feito mais progressos na área científica. O homem através de sua genialidade científica tem encurtado distâncias e reduzido tempo. Tanto, que hoje (28.02.1954) é possível tomar o café da manhã em Nova York e cear em Londres, na Inglaterra. Por volta de 1753, uma carta demorava três dias para ir de Nova York a Washington e hoje você pode ir daqui à China em menos tempo que isso. Não pode ser porque o homem esteja estagnado quanto aos progressos científicos, pois a genialidade científica do homem tem sido assombrosa.

Eu penso que nós temos que olhar mais profundamente o que temos feito para encontrar a real causa dos problemas humanos e dos males deste mundo de hoje. E, se nós quisermos mesmo encontrar teremos que olhar dentro dos corações e da alma dos homens.

"Assim nós nos vemos pegos em um mundo complicado. O problema é no próprio homem, na alma do homem. Nós não aprendemos como ser justos, e honestos, e gentis, verdadeiros e amáveis. Está é a causa de nosso problema. O verdadeiro problema é que através de nossa genialidade científica nós fizemos do mundo uma vizinhança, mas através de nossa moral e genialidade espiritual nós falhamos em torná-lo uma irmandade.

E o grande perigo que enfrentamos hoje, não é tanto pela bomba atômica, que foi criada pelos físicos. Não tanto por aquela bomba que você pode colocar em um avião e jogá-la sobre a cabeça de centenas de milhares de pessoas – tão perigosa quanto ela é. Mas o perigo verdadeiro que confronta a civilização de hoje é aquela bomba atômica que está no coração dos homens, capaz de explodir o ódio mais vil e no mais destrutivo egoísmo — isto é a bomba atômica que devemos temer hoje.

O problema está no homem. Dentro dos corações e das almas dos homens. Esta é a verdadeira causa do nosso problema.

Meus amigos, tudo que eu estou tentando dizer é que se nós quisermos seguir em frente hoje, temos que voltar para reencontrar alguns poderosos e preciosos valores que deixamos para trás. É o único caminho que teríamos para fazer de  nosso um mundo um mundo melhor, e para fazer deste mundo o que Deus quer que ele seja, com significado e propósito real. A única maneira que nós podemos fazer é voltar, para redescobrir os mais preciosos  e poderosos valores que deixamos para trás.

Nossa situação de mundo hoje, faz-me lembrar de um popular acontecimento que tomou lugar na vida de Jesus. Isto foi lido nas Escrituras hoje pela manhã, que se encontra no 2º capítulo do Evangelho segundo São Lucas. A história é muito familiar, muito popular e todos nós a conhecemos. Vocês se lembram quando Jesus tinha de 12 anos de idade, havia o costume das festas. Os pais de Jesus o levaram para Jerusalém. Era um acontecimento anual, a festa da Páscoa, e eles subiram à Jerusalém e levaram Jesus com eles. E, eles ficaram ali por poucos dias. E depois de estarem por lá, decidiram voltar para casa em Nazaré. E eles partiram e eu acho, como era a tradição daqueles dias, que o pai provavelmente viajava na frente e a mãe com as crianças, atrás. Veja você, eles não tinham as comodidades modernas que temos hoje. Eles não tinham automóveis, metrôs ou ônibus. Eles andavam a pé, viajavam sobre jumentos e camelos. Então eles viajavam muito devagar, mas era a tradição do pai guiar o caminho.

E eles deixaram Jerusalém, caminhando de volta para Nazaré, e eu imagino que caminharam um pouco sem olhar para trás, para ver se todo mundo estava lá. Mas então as Escrituras dizem que eles seguiram jornada de um dia, e pararam. Eu imagino para checar e para ver se tudo estava em ordem. E eles descobriram que alguma coisa muitíssimo preciosa estava faltando. Eles descobriram que Jesus não estava com eles. Jesus não estava no meio. E assim eles fizeram uma pausa, procuraram e não o viram em volta. E, eles foram e começaram a procurar no meio da parentela. E eles voltaram até Jerusalém e o encontraram no Templo, junto com os doutores da lei.

Agora, o mais importante para ser visto aqui é isto: que os pais de Jesus observaram que tinham partido e que tinham perdido um valor muitíssimo precioso. Eles tiveram senso o bastante para saber que antes de seguir em frente - para Nazaré, eles tinham que voltar a Jerusalém para reencontrar este valor. Eles sabiam disso. Eles sabiam que não poderiam ir para casa em Nazaré sem que voltassem à Jerusalém.

Algumas vezes, você sabe que é necessário retroceder a fim de seguir em frente. 

Isso é uma analogia da vida. Eu me lembro que um dia eu estava dirigindo de Nova York para Boston, e eu parei em Bridgeport, Connecticut para visitar alguns amigos. E eu saí de Nova York pela pista expressa que vocês conhecem por Merritt Parkway, em direção a Boston, numa ótima avenida. E eu parei em Bridgeport, e depois de ficar por ali por duas ou três horas eu decidi seguir para Boston, e eu queria pegar outra vez a Merrit Parkway. E eu saí pensando que eu estava indo em direção à Merrit Parkway. Eu parti, e rodei, e continuei rodando e eu procurei localizar uma placa mostrando duas milhas para uma pequena cidade que eu teria de cruzar – Eu não cruzei por aquela particular cidade. Então eu pensei que eu estava na estrada errada. Eu parei e perguntei a um cavalheiro sobre a estrada que eu deveria pegar para chegar na Merritt Parkway. E ele disse: “A Merrit Parkway está de 12 a 15 milhas para trás. Você tem que virar e voltar até a Merrit Parkway”; você está fora do seu caminho agora. Em outras palavras, antes de seguir em frente para Boston, eu tinha que voltar de 12 a 15 milhas, para pegar a Merriit Parkway. Não poderia o homem moderno ter pego a avenida errada? Se ele está para seguir para a cidade da salvação, ele tem que voltar e pegar a avenida certa.

E foi isto que os pais de Jesus observaram: que eles tinham que voltar e encontrar o valor mais precioso que eles tinham deixado para trás, a fim de prosseguir. Eles observaram isto. E assim que eles voltaram para Jerusalém eles encontraram Jesus, o reencontraram por assim dizer, a fim de seguir em frente para Nazaré.

Agora isto é o que nós temos que fazer em nosso mundo de hoje. Nós temos deixado muitos valores preciosos para trás; nós temos perdido muitos valores preciosos. E se nós quisermos seguir em frente, se nós quisermos fazer um mundo melhor para se viver, nós temos que voltar. Nós temos que voltar para reencontrar estes valores preciosos que nós deixamos para trás.

Eu quero tratar de um ou dois destes valores muito preciosos, que nós temos deixado para trás, que se nós vamos seguir em frente para tornar este mundo melhor, nós precisamos redescobrir.

O primeiro princípio de valor que nós necessitamos redescobrir é este: que toda realidade depende de fundamentos morais. Em outras palavras, que este é um universo moral, e que há leis morais suportando o universo tanto quanto leis físicas. Eu não estou certo se todos nós cremos nelas. Nós nunca duvidamos que há leis físicas no universo, que nós devemos obedecer. Nós nunca duvidamos disso. E por isso, nós não pulamos de um aeroplano ou saltamos de altos edifícios por diversão – não fazemos isto. Porque inconscientemente nós o sabemos intuitivamente, e assim não saltamos do mais alto prédio em Detroit por achar isto divertido – nós não fazemos isto. Porque nós conhecemos que existe a Lei da Gravitação Universal. Se nós desobedecermos a ela, sofreremos as conseqüências.

Mas eu não estou tão certo se nós sabemos que há leis morais que suportam o universo tanto quanto as leis físicas. Eu não estou tão certo disso. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos que existe a lei do amor no universo, e que se desobedecê-la, você sofrerá as conseqüências. Eu não estou tão certo se nós realmente cremos nisso. Pelo menos duas coisas me convencem de que nós não acreditamos nela, que nós temos nos desgarrado do princípio que este é um universo moral.

A primeira coisa que nós adotamos neste mundo moderno é uma espécie de relativismo ético. Eu não estou tentando usar um palavrão aqui, estou tentando dizer algo muito concreto. E isto é o que temos aceitado a atitude de que o certo e o errado são meramente relativos para nossas convicções. Grande parte das pessoas não podem defender suas convicções, porque a maioria pode não devem estar fazendo isto. Veja, se a maioria não está fazendo isto, então nós devemos estar errados. E desde que tomo mundo esteja fazendo isto, isto deve ser o certo. Uma espécie de interpretação numérica do que é o certo.

Mas, eu estou aqui para dizer a vocês nesta manhã que algumas coisas estão certas e algumas, estão erradas. Eternamente assim, absolutamente assim. É errado odiar. isto sempre tem sido errado e sempre será errado. É errado na América, é errado na Alemanha, é errado na Rússia, é errado na China. Era errado em 2000 antes de cristo, e é errado em 1954 A.D. Está errado jogar fora nossas vidas em um viver sedicioso. Não importa se alguém em Detroit esteja fazendo isto, é errado. Está errado em qualquer época e está errado em cada nação. Algumas coisas são certas e algumas coisas são erradas, não importa se alguém está fazendo o contrário. Algumas coisas do universo são absolutas. O Deus do universo as tem feito assim. E contanto que adotemos esta atitude relativa em relação ao certo e ao errado , estamos nos revoltando contra as mesmas leis do próprio Deus.

Agora, isto não é a única coisa que me convence de que estamos desviados do caminho desta atitude, deste princípio. A outra coisa é que temos adotado uma espécie de teste pragmático para o certo e errado – aquilo que funcionar é o “certo”. Se funcionar, está jóia. Nada está errado, a não ser aquilo que não funciona. Se você não foi apanhado, é o certo. Esta é a atitude, não é? Tudo bem, em desobedecer os Dez Mandamentos, mas apenas não desobedeça o décimo primeiro: Não se deixe apanhar! Esta é a atitude. A atitude prevalecente em nossa cultura. Não importa o que você faça, apenas o faça com um pouquinho de classe. Sabe, o tipo de atitude da sobrevivência do mais esperto. Não a sobrevivência Darwiniana do mais apto, mas a sobrevivência do mais liso, o mais esperto – é aquele que está certo. É muito bom mentir, se mentir com dignidade. Tudo bem em furtar, em roubar e extorquir, mas o faça com um pouquinho de finesse. E até é muito bom odiar, mas vista seu ódio apenas com trajes de amor e faça transparecer que você esteja amando, quando você está odiando de fato. Apenas vire-se! É assim que é o certo segundo esta nova ética.

Meus amigos, esta atitude está destruindo a alma de nossa cultura. Está destruindo nossa nação. Aquilo que nós necessitamos nos dias de hoje é um grupo de homens e mulheres que queiram defender o certo e resistir ao errado, onde quer que for. Um grupo de pessoas que precisam vir para ver que algumas coisas estão erradas, mesmo se eles nunca são pegos. E algumas coisas são certas, mesmo que ninguém veja você fazendo ou não.

Tudo que eu estou tentando dizer a vocês é: Que o nosso mundo depende de uma fundação moral. Deus o fez assim. Deus fez o universo para ser baseado em uma lei moral. Se o homem desobedecê-la, está se revoltando contra Deus. Isto é tudo o que precisamos no mundo de hoje: pessoas que sustenham o certo e a bondade. Não é o bastante conhecer as firulas da zoologia e da biologia, mas nós temos que saber as intricações da Lei. Não é o bastante saber que dois e dois são quatro, mas temos que saber de qualquer maneira aquilo que é certo, para ser honestos com nossos irmãos. Não é o bastante conhecer nossas disciplinas matemáticas e filosóficas, mas nós temos que conhecer as simples disciplinas de ser honesto e amoroso para com toda a humanidade. Se nós não aprendermos isto, nós nos destruiremos a nós mesmos, pelo abuso de nosso próprio poder.

Este universo depende de fundações morais. Há alguma coisa neste universo que justifica o que Carlyle diz: “Nenhuma mentira pode viver para sempre.” Há alguma coisa neste universo que justifica o que disse William Cullen Bryant: A verdade, quando esmagada na terra, se levantará novamente”. Alguma coisa neste universo justifica os versos de James Russell Lowell:

"A verdade, sempre no cadafalso

O erro, eternamente no trono

Ainda que o cadafalso mude de opinião no futuro

Por trás do obscuro ignorado, de pé está Deus

Dentro das sombras observando tudo"


Há algo neste universo que justifica o escritor bíblico dizer: Você ceifará aquilo que plantar” Esta é uma lei de sustentação universal. Este é um universo moral. Ele depende de fundações morais. Se nós queremos fazer disso um mundo melhor, temos que voltar e redescobrir os valores preciosos que deixamos para trás.

E depois, há uma segunda coisa, um segundo princípio que nós temos que voltar e redescobrir. E isto é aquilo que controla toda realidade espiritual. Em outras palavras, nós temos que voltar e redescobrir o princípio que há um Deus por trás do processo. Bem, vocês vão dizer: Por que você tem tocado neste ponto em seu sermão em uma Igreja? Pelo mero fato de nós estarmos na Igreja, nós cremos em Deus, e não precisamos voltar para redescobrir aquilo. Pelo mero fato de estarmos aqui, e o mero fato de que nós cantamos e oramos, e vamos para a igreja – nós cremos em Deus. Bem, há alguma verdade nisso. Mas nós devemos lembrar que é possível afirmar a existência de Deus com nossos lábios, e negar sua existência com nossas vidas!

O mais perigoso tipo de ateísmo não é o ateísmo teórico, mas o ateísmo prático. Este é o mais perigoso tipo. E o mundo, e mesmo a igreja, está repleta de pessoas que prestam culto com os lábios em lugar de um culto com a vida.E sempre há um perigo em que nós deixamos transparecer externamente que nós cremos em Deus, quando internamente não. Nós dizemos com nossas bocas que nós cremos nele, mas vivemos nossas vidas como se Ele nunca tivesse existido. Isto é o perigo sempre presente confrontando a religião. Isto é um tipo perigoso de ateísmo.

E eu penso, meus amigos, que isto é uma coisa que tem acontecido na América. Que nós temos inconscientemente deixado Deus para trás. Agora, nós não temos feito isso conscientemente; mas inconscientemente. Veja você, o texto, você se lembra do texto que dizia que os pais de Jesus seguiram uma jornada de um dia inteiro sem saber que ele não estava com eles? Eles não o deixaram para trás conscientemente. Foi sem querer; seguiram um dia inteiro e nem mesmo sabiam disso. Não foi um processo consciente. Veja você, nós não crescemos para dizer: “Agora Deus, adeus! Nós vamos deixar o Senhor agora.” O materialismo na América tem sido algo inconsciente. Desde a ascensão da Revolução Indústria na Inglaterra, e com as invenções de todos os nossos aparelhos e bugingangas, de todas as coisas do conforto moderno, nós inconscientemente deixamos Deus para trás. Nós não pretendíamos isto.

Nós apenas ficamos envolvidos em conseguir nossas contas bancárias graúdas que nós inconscientemente nos esquecemos de Deus. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós ficamos tão envolvidos em conquistar nossos carros de luxo, e eles são mesmo ótimos, mas nós ficamos tão envolvidos nisso, que isto se tornou muito mais conveniente dirigir até à praia no domingo à tarde do que vir para a Igreja de manhã. Isto foi inconscientemente, não pretendíamos fazer isto.

Nós ficamos tão envolvidos e fascinados pelas tramas da televisão que nós achamos um pouco mais conveniente ficar em casa do que vir para a Igreja. Foi uma coisa inconsciente. Nós não pretendíamos fazer isto. Nós não apenas nos levantamos para dizer “ Agora Deus, nós vamos embora”. Nós temos seguido uma jornada de um dia inteiro, e então nós vimos que nós inconscientemente conduzimos Deus para fora do universo. Um dia inteiro de jornada – não queríamos fazer isto. Nós apenas ficamos tão envolvidos nas coisas que nós nos esquecemos de Deus.


E este é o perigo que nos confronta, meus amigos, que em uma nação como a nossa, onde damos ênfase na produção em massa, e isto é de importância considerável, onde temos tantas conveniências e luxo e tudo o mais, há o perigo de que nós inconscientemente, nos esqueçamos de Deus. Eu não estou afirmando que aquelas coisas não sejam importantes; nós precisamos delas, nós precisamos de carros, nós precisamos de dinheiro; de tudo o que é importante para viver. Mas sempre quando elas se tornam em substitutos de Deus, elas são prejudiciais.

Eu devo dizer para vocês esta manhã, que nenhuma dessas coisas podem jamais ser substitutos reais para Deus. Automóveis e metrôs, TVs e rádios, dólares e centavos, nunca podem ser substitutos de Deus. Porque muito antes da existência delas, nós necessitamos de Deus. E por muito tempo depois que elas tiverem passado, nós ainda necessitaremos de Deus.
E para concluir, eu digo para vocês nesta manhã que eu não colocar minha o fundamento de minha fé nestas coisas. Eu não vou colocar minha a base de minha fé em bugigangas e invenções. Com um jovem com grande parte de minha vida ainda pela frente, eu decidi bem cedo dar minha vida por algo absoluto e eterno. Não para estes pequenos deuses que estão por aí hoje, e amanhã se vão, mas para Deus que é o mesmo ontem, hoje e para sempre.

Não nos pequenos deuses que podem estar conosco em poucos momentos de prosperidade, mas no Deus que caminha conosco através do vale da sombra da morte, e nos motiva a não temer mal algum. Este é o Deus.

Não em um deus que pode nos dar alguns carros Cadillacs e Buicks conversíveis, embora eles sejam lindos, que estão na moda hoje e ficarão fora de moda depois de três anos, mas em um Deus que criou as estrelas para ornar os céus como faróis tremeluzentes de eternidade.

Não em um deus que pode construir alguns edifícios arranha-céus, mas em um Deus que criou as gigantescas montanhas, beijando o céu, como se banhassem seus picos no imponente azul.

Não em um deus que pode nos dar alguns rádios e aparelhos de TV, mas em um Deus que criou a grande luz cósmica que se levanta cedo de manhã no horizonte leste, que pinta seu technicolor através do azul, algo que o homem nunca pode fazer.

Eu não vou por os fundamentos da minha fé em pequenos deuses que podem ser destruídos em uma era atômica, mas em um Deus que tem sido nosso socorro desde as eras passadas, e nossa esperança para os anos que virão, e nosso abrigo no tempo da tempestade, e nosso eterno lar. Este é o Deus em quem eu estou colocando o fundamento da minha fé. Este é o Deus que eu rogo a vocês para adorarem nesta manhã.

Saiam e estejam certos de que este Deus vai durar para sempre. Tempestades podem vir e ir. Nossos grandes edifícios arranha-céus podem vir e ir. Nossos belos automóveis virão e passarão, mas Deus estará aqui. As plantas podem desaparecer, as flores podem murchar, mas a palavra de nosso Deus permanecerá para sempre e nada pode impedi-la. Nenhum P-38 desde mundo pode alcançar Deus. Todas as nossas bombas atômicas jamais podem alcançá-lo.

O Deus de quem eu estou falando para vocês nesta manhã é o Deus do universo, é o Deus que permanece através de todas as eras. Se nós temos que seguir em frente nesta manhã, nós temos que voltar para encontrar este Deus. Este é o Deus que exige e ordena a nossa máxima submissão


Se nós vamos seguir em frente, devemos voltar lá atrás e redescobrir estes valores preciosos: que toda realidade depende de fundamentos morais e que toda realidade tem um controle espiritual. Deus abençoe vocês!


Source: http://www.stanford.edu/group/King/publications/sermons/contents.htm

Leia também o sermão O Manual da Igreja Construtiva

cruzue@gmail.com

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