quarta-feira, outubro 12, 2011

Caso do Pastor Youcef Nadarkhani vai para o Aiatolá Ali Khamenei

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Por Jordan Sekulow

Washington Post

Tradução de João Cruzué

Antes de ler a tradução que fiz da mais recente notícia do Pastor Youcef Nadarkhani, quero dizer que há um um "monte" de informações espalhadas pela blogosfera que não retratam a realidade do caso. Não podemos nos esquecer de pesquisar na grande imprensa internacional e que não podemos reproduzir matérias sem absoluta certeza de que são recentes e verdadeiras. Da mesma forma que fiz a cobertura da grande perseguição cristã de 2008 de Orissa na Índia, também vou acompanhar de perto o caso deste Pastor Iraniano. (João Cruzué)

Agora a matéria de minha pesquisa no Washington Post, datada de 10.10.2011.

A Corte de Gilan, que recentemente determinou que o Pastor Youcef Nadarkhani convertesse ao Islã ou enfrentasse a execução, atrasou a decisão por escrito. Devido à repercussão do caso, os juízes remeteram o assunto ao Lider supremo do Irã, o Ayatolá Ali Khamenei.

De Acordo com o advogado de Youcef, Mr. Mohamad Ali Dadkhah, a Corte decidiu perguntar primeiro pela opinião do Aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo que é jurista islâmico e o árbitro final da Lei da Sharia.

No Irã, ele é visto com um gardião protetor do país.

A decisão de envolver o mais poderoso líder, demonstra que o Irã está sentido a pressão internacional. Envolver o Supremo Líder antes do caso passar pela instância da Corte Regional - é incomum no Irã.

Nós podemos estar certos de uma coisa: Se as mentiras (estupro, extorsão e sionismo) espalhadas pelo Irã contra o Pastor Youcef fossem verdade, a Corte de Gilan não procuraria pelo conselho do Aiatolá Supremo.

Agora que o Supremo Lider foi chamado no caso, é imperativo que os embaixadores TOPs de todas as nações reclamem do Irã por uma libertação incondicional do Pastor Youcef Nadarkhani.


Nota: Não deixe de ler a confirmação desta notícia na Christianity Today, dois dias depois.




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Consciência Política e Evangélicos

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Bible
Bíblia - livro "homofóbico"?

João Cruzué


A seriedade dos assuntos atuais que estão na pauta do Congresso Brasileiro e outras Casas legislativas, onde arte de se fazer política com bom senso e responsabilidade precisa de compromisso e atenção, vem definitivamente trazer o eleitor evangélico diante de um "Jordão". A consciência anterior do exercício de votar precisa ser repensada, melhorada, sob pena de, ao aceitar as propostas dos candidatos a "faraós" modernos, comprometermos nossa caminhada em busca uma pátria mais justa para nossos filhos, netos, as novas gerações, principalmente no que diz respeito à liberdade de expressão tanto religiosa quanto nos meios de comunicação. Chegamos a um período sombrio onde cada passo deve ser dado com extremo cuidado.

Irmão vota em irmão. Este bordão vem sendo repetido ao longo de uma geração. Com raríssimas exceções, o resultado tem sido uma safra de políticos fisiológicos mais comprometidos com o atacado do que com o varejo, isto é, cadeira política para cabidões de empregos de familares de ministros, que às vezes recebem sem nem mesmo trabalhar. Ao escolher um candidato evangélico sem nenhuma consulta democrática aos crentes, talvez por medo, a liderança de uma Igreja "espanta" os votos da casa para uma segunda opção. Essa escolha de forma não democrática é difícil de entender, pois é difícil acreditar que os interesses políticos dos fiéis sejam tão "diferentes" das lideranças da igreja.

O voto em descrente. Se a situação anterior é ruim, o voto em candidato descrente é um desastre. Diante de projetos de lei da magnitude de: liberdade de expressão religiosa, concessão e outorga de emissoras de rádio e TV, evangelização de índios, pseudo-homofobia, uso de espaços públicos para eventos religiosos, educação saúde e saneamento básico, capelanias, aborto, pedofilia, pesquisas de células-tronco embrionárias, publicidade de bebidas alcoólicas, classificação horária para conteúdo para TV, planos diretores municipais, respeito aos direitos humanos, reforma agrária, grupos anárquicos, casamentos não heterossexuais e direitos civis e políticos em geral - o que os evangélicos podem esperar de um voto em uma pessoa sem um caráter cristão? Só mesmo um desastre. A velha máxima ainda é válida: "O preço da liberdade é a eterna vigilância".

No momento atual, a nação brasileira aguarda em sinal amarelo com expectativa de grandes mudanças. A costumeira alienação política da maioria dos evangélicos pode ser um "tiro" no pé. A velha guarda quando não compreendia bem os benefícios do uso do rádio, por ignorância o rotulou como a voz do diabo. Fez a mesma coisa com a TV e assim desperdiçou 40 anos que significaram um prejuízo - não recuperável - de no mínimo de 25% na participação na população brasileira. Isso só não foi pior, bem ou mal, graças a visão de três pastores: David Martins Miranda, Romildo R. Soares e Edir Macedo.

Temos hoje assuntos na pauta do Congresso Nacional que estão diretamente ligados à liberdade de expressão religiosa. Ou as lideranças evangélicas dialoguem melhor e democraticamente com seus membros para garantir uma "Canaã" mais justa para as próximas gerações.
Ou daqui a pouco a Bíblia pode ser considerada um livro homofóbico pelo seu conteúdo contrário ao homossexualismo. Daí por diante não pára mais. Aulas de "diversidade" (homossexualismo) nas escolas de ensino fundamental, prisões de pastores, mandados de juizes para celebração de casamentos (na marra) de homossexuais nas Igrejas evangélicas, processos com multas indenizatórias altas por exercício da consciência cristã, etc.

Conclusão: se o Brasil tomar um caminho ruim de agora em diante vai ser principalmente por vacilo e falta de consciência cristã das lideranças das grandes Igrejas Evangélicas a continuar com seus métodos unilaterais, antidemocráticos e "expertos" de escolha de pré-candidatos. Este tipo de hipocrisia produz uma resistência latente, uma revolta, contra o "cabresto", e daí vem a origem voto em descrentes, pois na balança da consciência do crente a hipocrisia pesa mais que a incredulidade. O destino da Igreja Evangélica está sendo traçado agora. A cada eleição surge o velho rótulo: política é coisa do diabo! Isso pode ser mortal. Solução: mais consciência, mais transparência, mais respeito, mais responsabilidade, menos sanguessugas, menos cabidões e mais diálogo com a Igreja. Sem consciência política bem formada o povo evangélico comprometerá seu futuro.

Lembremos da promessa de Deus a Israel e por extensão aos crentes: E o SENHOR te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir. Deuteronômio 28:13

cruzue@gmail.com

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